“Quem Foi Quem na Toponímia de Barcelos”

 

Câmara Municipal de BarcelosMARIA JOSÉ MARQUES DA SILVA Martins, Arquitecta, natural do Porto, nasceu em 1915 e faleceu em 1994. Era filha do Arquitecto José Marques da Silva e de Maria Júlia Lopes Martins e irmã de Maria Amélia Lopes Martins. Concluiu o Curso de Arquitectura na Escola de Belas Artes do Porto e em 1943 defendeu o seu Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto (CODA), tendo sido a primeira Arquitecta a diplomar-se na Escola Portuense. Iniciou a actividade profissional no Atelier de seu pai, o Arquitecto José Marques da Silva, e, depois da sua morte, sucedeu-lhe na direcção de algumas obras (como, por exemplo, a Igreja de S. Torcato, junto a Guimarães).

A produção saída deste Gabinete conjunto traduziu-se em projectos de planeamento urbano, que reflectem a moda das cidades jardim, mas também as condicionantes do mercado e do tempo político: trabalhos de consultadoria, projectos, equipamentos, edifícios mistos, habitações (rurais e urbanas), peças de mobiliário, continuação e conclusão de obras iniciadas por Marques da Silva.

Desde os aos 40 que este duo de Arquitectos foi autor de inúmeros edifícios, nomeadamente para a Cidade do Porto. Para esta Cidade riscaram a sede da Cooperativa dos Pedreiros (1934-1939) e a “Torre Miradouro” (1963-1969), na Rua da Alegria e ainda o Prédio de Rendimento “Trabalho e Reforma” (1949-1953), na Rua Nossa Senhora de Fátima; projectaram o Palácio do Comércio (1944-1946), no quarteirão das Ruas Sá da Bandeira, Fernandes Tomás, Bolhão e Firmeza; e o da Igreja de Nossa Senhora da Conceição e seu remate, na Praça Marquês de Pombal.

Depois da morte do Mestre Marques da Silva, em 1947, Maria José e o marido, o Arquitecto David Moreira da Silva, finalizaram vários dos seus projectos, como, por exemplo, o novo edifício da Sociedade Martins Sarmento, o Mercado Municipal, o Santuário da Penha e a Igreja de S, Torcato, em Guimarães, e o prédio da Rua Barjona de Freitas, em Barcelos.

Nas décadas de 70 r 80, o casal afastou-se das lides do urbanismo e dedicou-se essencialmente à produção agrícola em Barcelos. No entanto, ainda nessa época, Maria José Marques da Silva desempenhou cargos de chefia na Associação dos Arquitectos Portugueses, tendo presidido à Secção Regional do Norte da Associação dos Arquitectos e organizado o 40º Congresso desta organziação, realizado no Palácio da Bolsa, em 1986.

Nos seus últimos anos de vida procurou degnificar a vida e obra de seu pai instituindo um legado testamentário para a Universidade do Porto, para que se criasse o Instituto José Marques da Silva.

Actualmente, a Fundação Institutot Arquitecto Marques da Silva dedica-se à promoção, estudo e divulgação do património artístico e arquitectónico de José Marques da Silva e do acervo de Maria José Marques da Silva e de David Moreira da Silva, assim como à incorporação de outros acervos de Arquitectura e Urbanismo

O seu nome faz parte da Toponímia de: Barcelos (Freguesia de Rio Covo – Rua Arquitecta Maria José Marques da Silva).

Fonte: “Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto”.

Fonte: “Universidade do Porto – Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto”

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