Archive for Setembro, 2011|Monthly archive page

Cruz Magalhães

OS ESQUECIDOS DA HISTÓRIA

Quantas pessoas, naturais ou não de Lisboa, portugueses ou estrangeiros, não terão  já visitado  o Museu Rafael Bordalo Pinheiro, sem que saibam a quem se deve a existência daquele magnífico Museu.

O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, deve-se a um ilustre cidadão de Lisboa, que, como muitos outros, igualmente ilustres, não são conhecidos do grande público.

Aqui ficam alguns elementos Biográficos relativos ao seu fundador.

 

CRUZ MAGALHÃES

Escritor

(03-05-1864) – (09-08-1928)

    Cruz Magalhães,

    retratado por José Malhoa em 1926

Fotografia com dedicatória à mulher

Museu Bordalo Pinheiro Espólio Fotográfico

Artur Ernesto de Santa Cruz Magalhães, nasceu em 03-05-1864, em Lisboa e faleceu, em 09-08-1928, também em Lisboa. Cursou o Liceu, e iniciou os Preparatórios Médicos, de que desistiu. Entrou para a Alfândega de Lisboa, como Aspirante, e passou à inactividade  em 1895. Escritor, Coleccionador, Crítico e Humorista.

Publicou as seguintes obras: Os Grilos, (monólogo, 1887); Manhã de Inverno, (1890); As Minhas Sogras, (monólogo, 1898); Camilo Castelo Branco e a sua Obra, (258 artigos publicados em A Época de 1902 a 1908); Camilo Castelo Branco, (trechos curiosos publicados em O Mundo, 1908 e 1909); Eléctroicos, (1909); Luta de Amores, (1910); Deixai Viver, (1913); A Bandeira, (1915); Cães da Serra, (1916); Hermínio e Seus Descendentes, (1916); Rafael Bordalo Pinheiro, O Museu, (1916); Explicações, (1917); Sem Norte, (poesias, 1918); A Entrevista, (trad. De F. Coppée, 1918); Em Terra de Ingratos, (campanhas camilianas, de colaboração com Oldemiro César e com reproduções de desenhos de Rafael Bordalo Pinheiro, 1923); Máximas, Mínimas, Ditos, Mal Ditos e Riso Amargo, (1926); Vultos de Ontem, Vultos de Hoje, (traços biográficos-anedóticos, 1928); Carta para o Outro Mundo, (s/d).

Entusiástico admirador de Rafael Bordalo Pinheiro, deve-se-lhe a criação do notável Museu ao mesmo dedicado, instalado num anexo da sua residência, na Rua Oriental do Campo 28 de Maio (actual Campo Grande), em Lisboa, onde, sem o menor auxílio monetário, realizou uma grande obra reunindo uma colecção preciosíssima de obras de Rafael Bordalo Pinheiro, originais ou reproduções.

O Museu pertence à Câmara Municipal de Lisboa, por oferta do fundador feita em 1924. Cruz Magalhães constituiu um Grupo de Amigos do Museu e concorreu muito para a construção do monumento ao caricaturista, que foi colocado no Campo 28 de Maio, (actual Campo Grande).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 8, Pág. 182)