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O Poeta Augusto Gil, nasceu fas hoje 143 anos.

BALADA DA NEVE

Batem leve, levemente,

como quem chama por mim.

Será chuva? Será gente?

Gente não é, certamente

e a chuva não bate assim.

 

Areeiro 0008AAUGUSTO César Ferreira GIL, Poeta, nasceu no Porto, a 31-07-1873, e faleceu em Lisboa, a 26-02-1929. Viveu na Guarda desde os 3 anos. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Em Lisboa levou vida apagada de Advogado e Alto Funcionário, o que não o impediu de cultivar  um convite literário e político de raro encanto.

A sua obra manifesta diversas influências: contaminada pelo parnasiamismo (sobretudo nos primeiros livros), é visível a de Jão de Deus e do seu domínio do soneto, a de Cesário Verde no tom do realismo da descrição urbana e no coloquialismo, e certa assimilação de processos simbolistas (nomeadamente de Verlaine e Eugénio de Castro). De todo este encontro de tendências ressalta a sua característica mais pessoal, que é, sem dúvida, uma sensibilidade tipicamente portuguesa, de um lirismo terno e suave, atravessado, por vezes, de um humor agreste e sarcástico, traduzido em várias formas de ironia e auto-ironia.

Estreou-se  com Musa Cerúla, (1894). As suas obras mais significativas são: Versos, (1898); Luar de Janeiro, (1909); O Canto da Cigarra, (sátiras às mulheres, 1910);  Sombra de Fumo, (1915); Alba Plena, (poema de adoração a Nossa Senhora, 1916); O Craveiro da Janela, (1920); Avenida Rústica, (1927); Rosas desta Manhã, (1930); Gente de Palmo e Meio, (em prosa, sobre (e não para) crianças, 1913).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Amadora; Caldas da Rainha (Freguesia de Santo Onofre, Deliberação de 03-12-1975); Cascais (Freguesias de Cascais, Estoril e São Domingos de Rana); Castelo Branco (Freguesia de Alcains); Celorico da Beira; Évora; Figueira de Castelo Rodrigo; Guarda; Ílhavo (Freguesia de Gafanha da Nazaré); Lisboa (Freguesia do Areeiro, antiga Freguesia de São João de Deus); Loures (Freguesias de Santa Iria de Azóia e São João da Talha); Matosinhos (Freguesia da Senhora da Hora); Odivelas; Oeiras (Freguesia de Queijas); Santa Maria da Feira (Freguesias de Arrifana e Fiães); Sintra (Freguesias de Algueirão-Mem Martins e Casal de Cambra).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 12, Pág. 379 e 380)

Fonte: “Dicionário Crologógico de Autores Portugueses”, (III Volume, Organizado pelo Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Publicações Europa América, 1990, Pág. 139 e 140).

Fonte: “A Toponímia da Cidade da Guarda e a Construção da Memória Pública no Século XX”, (por Maria José Santos Neto. Dissertação de Mestrado em Estudos do Património, Universidade Aberta, 2011)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 249).

“PAIS e FILHOS (à moda antiga); isto é: Pais também engloba Mães, Filhos e Filhas, na Toponímia”.

Rainha Dona Filipa; Dom Duarte e Infante Dom Henrique, Mãe e Filhos na Toponímia.

 

Rainha Dona Fulupa(Filippa of Lancastre) Filipa de Lencastre, nasceu em Inglaterra, a 31-03-1350, e faleceu em Odivelas, a 19-07-1415. Era filha do Duque de Lencastre. Foi Rainha de Portugal pelo seu casamento com Dom João I, contribuiu para um maior estreitamento da aliança com a Inglaterra, firmada em 1372 e confirmada em 1373. Casaram-se na Sé do Porto e os festejos duraram 15 dias. Dona Filipa era bela, delicada e discreta. Prudente conselheira de seu marido, desenvolveu na Corte uma acção moralizadora e disciplinadora, assim como concorreu para a fidelidade ao Papa. Em vésperas da partida para Ceuta, Dona Filipa adoeceu de peste. Ela e Dom João I partiram para Sacavém para fugirem à epidemia, mas como também aí grassava, foram para Odivelas onde veio a falecer. Mãe exemplar, educou primorosamente os seus oito filhos (a Ínclita Geração): Dona Branca, Dom Afonso, Dom Duarte (depois Rei), Dom Pedro (Regente), Dom Henrique (Infante de Sagres), Dona Isabel, Dom João (Mestre da Ordem de Santiago), e Dom Fernando (o Infante Santo).

Antes de partirem para Ceuta e já moribunda, entregou, a cada um dos três filhos mais velhos, uma espada, recomendando, a Dom Duarte, a quem entregou a espada maior, que velasse pelos povos, a Dom Pedro, pelas donas e donzelas e, a Dom Henrique, encomendou-lhe todos os senhores, cavaleiros, fidalgos e escudeiros do reino.

Existe em Lisboa uma Escola Secundária com o seu nome e, em 1949, os CTT lançaram uma emissão de selos em homenagem à fundação da Dinastia de Avis, onde a sua efígie figura.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alenquer (Freguesia da Abrigada); Almada (Freguesia da Charneca de Caparica); Amadora; Cascais (Freguesias de Alcabideche e São Domingos de Rana); Gondomar (Freguesia de Rio Tinto); Lisboa (Freguesia do Lumiar, Edital de 10-11-1966); Loures (Freguesias de Santa Iria da Azóia e São João da Talha); Odivelas (Freguesias de Odivelas e Ramada); Oeiras; Porto; Santiago do Cacém; Setúbal (Azeitão); Sintra (Freguesias de Belas e Casal de Cambra); Valongo (Freguesia do Sobrado); Vila Franca de Xira (Freguesia de Alverca do Ribatejo).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 222).

 

Dom DuarteDom Duarte, O Eloquente. Rei de Portugal, nasceu em Viseu, a 31-10-1391, e faleceu em Tomar, a 09-09-1438. Era filho de Dom João I e de Dona Filipa de Lencastre, Dom Duarte fez parte da notável descendência de Dom João I que ficou conhecida como a »Ínclita Geração«. Desde 1412, o pai associou-o à governação, integrando-o na expedição e cosquista de Ceuta (1415), onde foi armado cavaleiro por Dom João I, na mesquita local, então transformada em templo cristão.

Em 1428 casou com Dona Leonor de Aragão, filha de Dom Fernando I, rei de Aragão e Sicília. Dom Duarte ascendeu ao trono em Agosto de 1433. No entanto o seu reinado seria curto e amargurado pelo desastre da campanha militar de Tânger (1437), pelo martírio de seu irmão Dom Fernando, que aí ficou refém como penhor da entrega de Ceuta e pela peste que então devassou todo o reino. Dom Duarte não foi um rei virado para a acção política, nem paras as guerras, preferindo sobretudo o campo da admnistração régia. Dentro desse espírito, prolulgou a »Lei Mental«, com vista a fortalecer a riqueza do estado, revertendo então muitos bens a favor da coroa. Do seu reinado subsiste também um intenso labor diplomático, numa vontade clara de assegurar a efectiva independência portuguesa e a convocação de quatro ou cinco cortes, com o intuito de reformar a administração pública. Prosseguiu no seu reinado a expansão ultramarina para a costa africana, e, em 1434, Gil Eanes dobrava o Cabo Bojador. Dom Duarte foi um monarca culto e filósofo, pensador erudito com forte gosto pelas letras, ficando associado ao cognome de »O Eloquente«. Era possuidor de uma rica biblioteca e fomentou, em Portugal, a tradução de autores clássicos e modernos, como Bocaccio. As suas obras Leal Conselheiro e Ensinança do Bem Cavalgar Toda a Sela, manual de equitação e primeiro deste género a ser publicado na Europa, revelam de um modo claro a sua formação e cultura. Em ambos os casos, trata-se de obras que fazem parte da chamada prosa doutrinal de corte e que constituem normas de conduta para a nobreza. O Leal Conselheiro debruça-se sobretudo sobre temas de natureza moral, procurando ensinar o leitor a resistir ao pecado. Já a Ensinança do Bem Cavalgar Toda a Sela pretende recuperar a arte nobre do desporto a cavalo, própria da nobreza, com os valores morais de coragem e autodomínio que lhe estão associados. No entanto, nesta última obra, Dom Duarte aproveita também para levar a cabo diversas excursões sobre temas variados, revelando, por vezes, uma grande espontaneidade e profundidade na análise de questões psicológicas. Aqui, como em Leal Conselheiro, o monarca aproveita mesmo a sua capacidade introspectiva para debater vivências e sentimentos individuais.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alcobaça (Freguesia de São Martinho do Porto); Almada; Amadora; Barreiro; Batalha; Bragança; Ílhavo (Freguesia da Gafanha da Nazaré); Lisboa (Freguesia de Santa Maria Maior, ex-Freguesia de Santa Justa, Edital de 28-08-1950); Loures (Freguesia de Santo António dos Cavaleiros); Odivelas (Freguesia da Pontinha); Oeiras; Peniche (Freguesia da Atouguia da Baleia); Ponte de Sôr; Sabugal; Santo Tirso; São Pedro do Sul (Freguesia de Pindelo dos Millagres); Sesimbra (Freguesia da Quinta do Conde); Sintra (Freguesia do Casal de Cambra); Torres Vedras (Freguesia da Silveira); Viseu; Vouzela.

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 193 e 194).

 

Infante Dom HenriqueInfante Dom Henrique, Navegador, nasceu no Porto, a 04-03-1394, e faleceu em Vila do Bispo, a 13-11-1460. Era o quinto filho de Dom João I  e de Dona Filipa de Lencastre. Dado ao desporto e às artes da guerra, seu pai confiou-lhe a organização da frota concentrada no Porto, com gentes do Norte e da Beira, para a expedição a Ceuta, tendo reunido 70 navios grandes e muitos outros de abordagem. Assinalou-se na conquista da cidade marroquina (1415) onde seu pai o armou cavaleiro com seus dois irmãos mais velhos. Em Setembro de 1415 tornou-se duque de Viseu e senhor da Covilhã. Em 18-02-1416 ficou a ser administrador e governador da Ordem de Cristo, de que seria investido por Martinho V em 20-05-1420, ficando deste modo com valioso recursos para a realização do seu sonho ultramarino. A Dom Henrique confiou seu pai, em 1416, o encargo de administrar o dinheiro destinado à defesa de Ceuta. A necessidade de navegar por mares, batidos por tempestades e sulcados por grossas correntes marítimas, que arrastaram até às canárias navios encarregados da defesa costeira meridional do País, levoiu o infante a iniciar a exploração dos mares, daí advindo o redescobrimento de Porto Santo (1419), da Madeira (1420) e do grupo oriental dos Açores (1427).

Para o adestramento técnico dos seus marinheiros e arquivar as experiências e realizações obtidas, Dom Henrique rodeou-se de peritos, fundando em Sagres uma autênctica escola náutica, chamando a Portugal, entre outros mestres, o já célebre cartógrafo Jafuda, ou Jácome de Malhorca, que com os elementos fornecidos pelos navegadores portugueses elaborou nocas cartas náuticas. Entre os interesses determinantes da sua dedicação às navegações contam-se os de ordem religiosa (espírito de cruzada, que lhe impunham a defesa e propagação da fé católica), política e económica. Mas a sua dedicação à empresa ultramarina não era em exclusivo. Reorganizou os estudos (1431) da Universidade de Lisboa, onde introduziu o estudo da Matemática e da Astronomia, participou na infeliz expedição a Tânger (1437) e na conquista de Alcácer Ceguer (1457).

Na crise que culminou em Alfarrobeira (20-05-1449) esforçou-se por defender Dom Pedro, em Santarém, mas em Alverca, respeitando a autoridade do sobrinho, manteve uma atitude passiva ao lado do monarca. Embora não desligado dos problemas nacionais, e em especial da Universidade, de que era desvelado protector, os seus grandes interesses centravam-se nas terras de além-mar, e para isso viveu a maior parte do tempo na, então, vila algarvia de Lagos ou na Vila do Infante (Sagres). Ingentes os problemas que pesavam sobre os seus ombros; a preparação e execução das expedições marítimas, a colonização dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, as relações com a África recém-descoberta (no aspecto comercial, pol+itico e missionário), a responsabilidade do governo da Ordem de Cristo, a defesa dos direitos e interesses de Portugal junto do papa e do rei de Castela. Tenaz e persistente, o êxito, das primeiras expedições marítimas levou-o a lançar-se, norteado pelo ideal de cruzada, corroborado pelo de interesses de ordem económica e política, na empresa dos Descobrimentos, que abriu novos rumos não só a Portugal mas ao mundo inteiro.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Abrantes; Alandroal; Albergaria-a-Velha; Albufeira; Alcanena (Freguesias de Alcanena e Minde); Alcobaça (Freguesia de Alfeizerão); Alenquer (Freguesia do Carregado); Aljustrel (Freguesias de Aljustrel e São João de Negrilhos); Almada (Freguesias da Costa de Caparica e Trafaria); Almeirim (Freguesia sde Almeirim e Fazendas de Almeirim); Alvito (Freguesia de Vila Nova da Baronia); Amadora; Aveiro; Avis; Barcelos; Barrancos; Barreiro; Batalha; Beja; Benavente (Freguesia de Samora Correia); Bombarral (Freguesias do Bombarral, Roliça e Vale Covo); Braga (Cidade de Braga e Freguesia de Ruílhe); Bragança; Cadaval; Caldas da Rainha; Camoo Maior; Cascais (Freguesias de Alcabideche, Carcavelos, Cascais, Estoril, Parede e São Domingos de Rana); Castelo Branco (Cidade de Castelo Branco e Freguesia de Alcains); Chamusca (Freguesias de Chamusca, Chouto e Parreira); Coimbra; Covilhã (Cidade da Covilhã e Freguesia da Coutada); Elvas; Évora; Fafe (Freguesia de Regadas); Faro; Ferreira do Alentejo (Freguesias de Ferreira e Figueira dos Cavaleiros); Figueira da Foz; Figueira de Castelo Rodrigo; Fundão (Freguesia do Souto da Casa); Golegã; Gondomar (Freguesias de Rio Tinto e Valbom); Grândola; Guarda; Guimarães; Ílhavo (Freguesia da Gafanha da Nazaré); Lagoa (Cidade de Lagoa e Freguesias de Estômbar e Ferragudo); Lagoa (São Miguel); Lagos (Cidade de Lagos e Freguesia da Luz); Leiria; Lisboa (Freguesias de Marvila, Olivais, Penha de França, Santa Maria Maior, São João e São Vicente de Fora, Edital de 24-07-1948); Loulé; Loures (Freguesias de Bobadela, Bucelas, Loures, Portela, Santa Iria de Azóia, Santo António dos Cavaleiros, São João da Talha e São Julião do Tojal); Lourinhã; Mação; Macedo de Cavaleiros; Machico; Maia; Manteigas; Marinha Grande; Mira (Freguesia da Praia de Mira); Moimenta da Beira; Moita (Freguesia do Vale da Amoreira); Monção (Freguesia de Cortes); Montijo (Freguesias de Montijo, Pegões e Santo Isidro de Pegões); Mora (Freguesia de Cabeção); Mortágua; Moura (Fregueias de Moura e Póvoa de São Miguel); Murtosa; Nelas (Freguesias da Aguieira e Santar); Odemira (Freguesias de Colos e São Luís); Odivelas (Freguesias de Odivelas e Pontinha); Oeiras (Freguesias de Barcarena, Carnaxide e Oeiras); Ourém (Freguesia de Caxarias); Ovar (Freguesias de Esmoriz, Ovar e Válega); Paços de Ferreira (Freguesia de Seroa); Palmela (Freguesias de Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo); Paredes; Peniche (Freguesias de Atouguia da Baleia e Ferrel); Pombal; Ponta Delgada (Cidade de Ponta Delgada e Freguesias de Capelas e Fenais da Luz); Ponte de Sôr; Portimão (Cidade de Portimão e Freguesia de Alvor); Porto; Porto de Mós (Freguesia de Mira de Aire); Redondo; Reguengos de Monsaraz; Ribeira Brava; Ribeira Grande (Fregueisas de Rabo de Peixe e Ribeira Grande); Sabugal; Salvaterra de Magos (Freguesia de Muge); Santa Maria da Feira (Freguesias de Argoncilhe e Arrifana); Santarém (Freguesias de Alcanhões e Amiais de Baixo); Santiago do Cacém (Freguesia de Alvalade); Santo Tirso (Freguesias de Aves, Rebordões e Santo Tirso); São João da Madeira; Seixal (Freguesias de Corroios e Fernão Ferro); Serpa (Freguesia de Pias); Sesimbra (Freguesias da Quinta do Conde e Sesimbra); Setúbal (Cidade de Setúbal e Azeitão); Sintra (Freguesias de Agualva-Cacém, Almargem do Bispo, Belas, Colares, Monte Abraão e Rio de Mouro); Silves (Freguesia de Pêra); Tavira (Fregueisa de Cabanas de Tavira); Tomar; Torre de Moncorvo; Torres Novas; Torres Vedras (Cidade de Torres Vedras e Freguesias A-dos-Cunhados e Silveira); Trancoso; Trofa; Vale de Cambra; Valongo (Freguesias de Alfena, Ermesinde e Valongo); Valpaços; Viana do Castelo; Vila do Bispo (Freguesias da Raposeira, Sagres e Vila do Bispo); Vila do Conde (Freguesias do Mindelo, Retorta, Touguinha e Vila do Conde); Vila Franca de Xira (Freguesia de Vialonga); Vila Franca do Campo; Vila Nova de Famalicão (Freguesia de Ribeirão), Vila Nova de Gaia (Cidade de Gaia e Freguesias de Arcozelo e Perosinho); Vila Real de Santo António (Freguesias de Monte Gordo, Vila Nova de Cacela e Vila Real de Santo António); Viseu.

Fonte: Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 268).

Faz hoje 37 anos que a Engenheira Maria de Lurdes Pintasilgo foi escolhida para Primeira-Ministra.

Por iniciativa presidencial, foi divulgada, a 30 de Julho de 1979, a composição do V Governo Constitucional. A Engenheira química Maria de Lourdes Pintassilgo entra na história como a única mulher que até hoje desempenhou o cargo de Primeiro-Ministro em Portugal, tendo estado em funções desde 01 de Agosto de 1979 a 03 de Janeiro de 1980. Foi, também, a segunda mulher a desempenhar este cargo em toda a Europa, dois meses depois da tomada de posse de Margaret Thatcher.

Fonte: “Diário de Lisboa, nº 20018, de 30-07-1979, 59º ano de publicação, p. 1”

 

Carnaxide 0245MARIA DE LURDES Ruivo da Silva Matos PINTASILGO, Engenheira, nasceu em Abrantes, a 18-01-1930, e faleceu em Lisboa, a 10-07-2004. Filha de Jaime de Matos Pintasilgo e de Amélia do Carmo Ruivo da Silva Matos Pintasilgo. Em 1937, a família de Maria de Lourdes Pintasilgo abandonou Abrantes e instalou-se em Lisboa. Fez já a instrução primária numa escola particular, na Avenida Almirante Reis, o Colégio Garrett. Em 1940, ingressou no Liceu D. Filipa de Lencastre. Por dois anos consecutivos, obteve o Prémio Nacional. Em 1947, terminou o curso liceal. Em 1953, com 23 anos de idade, licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial, pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, numa época em que eram poucas as mulheres que enveredavam pela área da engenharia. Entre os 253 alunos do seu curso, apenas 3 eram mulheres. Com a opção por esta licenciatura, desejava mostrar que o desafio industrial e a novidade técnica eram também acessíveis às mulheres.  Entre 1952 e 1956, presidiu à Juventude Universitária Católica Feminina (JUC/F). Foi co-presidente, com Adérito Sedas Nunes, do I Congresso Nacional da Juventude Universitária Católica. Entre 1956 e 1958 foi presidente internacional da Pax Romania – Movimento Iinternacional de Estudantes Católicos. Nessa qualidade, em 1957, presidiu ao I Seminário de Estudantes Africanos, no Gana, e à Assembleia-Geral do movimento realizada em El Salvador. Em 1958, presidiu ao Congresso Mundial de Estudantes e Intelectuais Católicos, realizada em Viena de Áustria. Iniciou a sua carreira profissional, em Setembro de 1953, como investigadora na Junta Nacional de Energia Nuclear, na qualidade de bolseira do Instituto de Alta Cultura. Em Julho de 1954, foi nomeada chefe de serviço no Departamento de Investigação e Desenvolvimento da Companhia União Fabril (CUF), que aceita pela primeira vez uma mulher nos seus quadros técnicos superiores. Trabalhou sucessivamente nas fábricas do Barreiro e nos Centros de Investigação de Sacavém e Lisboa. Entre 1954 e 1960, assumiu a direcção de projectos no Departamento de Estudos e Projectos da CUF, dos quais se destacam a edição da revista Indústria e a organização dos Colóquios de Actualização Científica, destinados aos quadros técnicos da empresa. Em 1957, depois de uma passagem pelos Estados Unidos da América, fundou em Portugal, com Teresa Santa Clara Gomes, o movimento internacional Graal. Entre 1964 e 1969, enquanto vice-presidente internacional do Graal, foi coordenadora de programas de formação e de projectos-piloto no domínio da emancipação da mulher, do desenvolvimento, da acção sócio-cultural e de uma evangelização enraizada no seu tempo. Representou o Graal em actividades internacionais, nomeadamente no II Congresso Mundial do Apostolado dos Leigos, realizado em Roma (1957). Simultaneamente foi designada, pelo Papa Paulo VI, representante da Igreja Católica num grupo de ligação ecuménica com o Conselho Mundial das Igrejas (1966-1970). Ainda no âmbito do Graal em Portugal foi mentora, entre outros, dos seguintes projectos: Rede Lien (1989-2004); Trabalho e Família – Responsabilidade Total (2001-2002), no âmbito da iniciativa comunitária EQUAL (2000-2001); Para uma Sociedade Activa (1986-2000), no âmbito do IV Programa para a igualdade de Oportunidades entre as Mulheres e os Homens da Comissão Europeia e com o apoio da Comissão para a igualdade no Trabalho e no Emprego (2001-2003) e da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres (2003). Em 1969, após recusar o convite de Marcelo Caetano, para integrar a lista de deputados à Assembleia Nacional, Maria de Lourdes Pintasilgo aceitou ser designada procuradora à Câmara Corporativa na Secção XII – Interesses de ordem administrativa, 1ª Subsecção: Política e Administração Geral. Foi a primeira mulher a exercer funções nesta secção, cargo que desempenhou até Abril de 1974. Entre 1970 e 1973, trabalhou como consultora junto do Secretário de Estado do Trabalho e Previdência, do Ministério das Corporações e Previdência Social. Presidiu, ainda, ao Grupo de Trabalho para a Participação da Mulher na Vida Económica e Social. No exercício  dessas funções, integrou a Delegação Portuguesa à Assembleia Geral da ONU, tendo realizado cinco intervenções, subordinadas às problemáticas: da situação social no mundo (Outubro de 1971), no direito dos povos à auto-determinação (Novembro de 1971), da condição feminina (Novembro de 1972), da juventude (Dezembro de 1972), e da liberdade religiosa (Dezembro de 1972)  Depois do 25 de Abril de 1974, foi nomeada Secretária de Estado da Segurança Social no I Governo Provisório. Ocupou como ministra a pasta dos Assuntos Sociais nos I e II Governos Provisórios. O programa de acção que concebeu para aquele Ministério mereceu a classificação de programa-modelo, por parte do Secretariado do Desenvolvimento Social para a Europa da ONU. Introduziu, no programa daquele ministério, a aplicação do princípio da universalidade das prestações sociais do Estado. Em 1975, retomou a presidência da Comissão da Condição Feminina, permanecendo em funções até à tomada de posse como embaixadora junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, onde realizou um trabalho notável durante quatro anos. Em 1979, foi indigitada pelo presidente da República, general Ramalho Eanes, para chefiar o V Governo Constitucional (31-07-1979-03-01-1980), um governo de gestão incumbido de preparar as eleições intercalares marcadas para 2 de Novembro de 1979. Maria de Lourdes Pintasilgo tornou-se a primeira mulher portuguesa a assumir o cargo de chefe de Governo. Em 1980, apoiou a candidatura do general Ramalho Eanes à Presidência da República. Entre 1981 e 1985, exerceu funções como consultora do Presidente da República, gerindo durante essa época o dossier Timor-Leste. Dotada de um estilo carismático foi dinamizadora de importantes movimentos sociais e cívicos, resultantes da sua preocupação com o aprofundamento da democracia. De nomear entre outros: a Rede de Mulheres (1980-1986), a Plataforma Inter-Grupos, o Movimento para o Aprofundamento da Democracia (MAD), surgido entre 1982 e 1985, e a Plataforma Europeia para o Ambiente. Foi candidata independente às eleições presidenciais de 1986, as mais competitivas e polarizadas do regime democrático português, onde pela primeira vez, após o 25 de Abril, os candidatos eram civis e não militares. Entre 1987 e 1989 foi deputada no Parlamento Europeu, na qualidade de independente integrada no Grupo Socialista. Foi membro do conselho directivo do World Policy Institute da New School of Social Research, em Nova Iorque (1982). Em 1983 tornou-se membro do Conselho de Interacção de Ex-Chefes de Governo, organismo criado por Kurt Waldheim, Leopold Senghor e Helmut Schmit, ocupando a sua vice-presidência entre 1988 e 1993, por designação do Comité Executivo. Foi igualmente membro do Conselho Directivo da Universidade das Nações entre 1983 e 1989, por designação do Secretário-Geral da ONU, do Director-Geral da UNESCO e da Santa Sé. De 1989 a 1991 foi membro do Conselho da Ciência e da Tecnologia ao Serviço do Desenvolvimento, eleita pela Assembleia Geral da ONU, e membro do Grupo de Peritos da OCDE sobre A Mudança Estrutural e o Emprego das Mulheres (1990-1991), a convite do Secretário-Geral daquela organização. Maria de Lourdes Pintasilgo, foi membro das seguintes entidades: Fundação Europa – América Latina (1984); Clube de Roma, Paris (1984); Sisterhood is Global Institute, em Nova Iorque (1986, tornando-se sua presidente, em 1994), do comité consultivo do Synergos Institue, Nova Iorque (1988), Instituto para o Desenvolvimento e a Acção Cultural (IDAC), Rio de Janeiro (1997); Institue for Democratic Electoral Assistance, em Estocolmo (1997); Conselho de Women World Leaders, Cambridge (1998) e membro do World Order Model’s Project. Pertenceu ainda à Pax Christi (1984) e ao Movimento Internacional de Mulheres Cristãs. Em 1987, leccionou na Universidade Internacional de Lisboa um Curso sobre Problemas de Desenvolvimento Global. Durante o ano de 1994, foi Professora na Universidade Aberta de Lisboa, no âmbito do Mestrado em Relações Interculturais, da disciplina Nacionalidade, Cidadania e Identidade Cultural. Entre 1991 e 2002 foi membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, eleita pela Assembleia da República. Em 2001, assumiu a presidência da Fundação Cuidar O Futuro, por si concebida e instituída pela Associação Graal.

Foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo (09-04-1981), tornando-se na primeira mulher agraciada nessa Ordem com esse grau; com a Grã-Cruz da Ordem do Infante (10-06-1994) e com a Medalha Machado de Assis pela Academia Brasileira de Letras (13-11-1997).

Obras publicadas: Sulcos do nosso querer comum (Porto, Afrontamento, 1980); Imaginar a Igreja (Lisboa, edições, Multinova, 1980), Les nouveaux féminismes; question pour les chrétiens (Paris, Éditions du Cerf, 1980); As dimensões da mudança (Porto, Edições Afrontamento, 1985); As Minhas Respostas, (1985).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Abrantes, Lisboa (Freguesia de Santa Clara, Edital de 03-07-2008*), Maia, Oeiras (Freguesia de Carnaxide), Palmela (Freguesia de Pinhal Novo), Seixal (Freguesia de Aldeia de Paio Pires), Vila Franca de Xira (Freguesias de Forte da Casa e Vialonga).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. V, Publicações Europa América, Pág. 758 e 759)

Fonte: “Uma História para O Futuro”, (Luísa Beltrão e Barry Hatton, Tribuna da História).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume II de M-Z), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág., 345, 346, 347, 348, 349, 350 e 351).

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 303 e 304).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 422).

“PAIS e FILHOS (à moda antiga); isto é: Pais também engloba Mães, Filhos e Filhas, na Toponímia”.

Tomás Ribeiro e Branca de Gonta Colaço, Pai e Filha na Toponímia de Cascais e de Lisboa.

 

Tomás RibeiroTOMÁS António RIBEIRO Ferreira. Escritor ultra-romântico português e Polítivo, nasceu na Freguesia de Parada de Gonta (Tondela), a 01-07-1831, e faleceu em Lisboa, a 06-02-1901. Era filho de João Emílio Ribeiro Ferreira, e de Maria Amália de Albuquerque, e pai da Escritora Branca de Gonta Colaço.

Fez os estudos preparatórios em Viseu. Estudou Direito em Coimbra, integrando-se no grupo do Novo Trovador e no círculo de António Feliciano de Castilho, Alexandre Braga, Silva Gaio e Ernesto Marecos. Formou-se em 1855.

De regresso a Tondela, aí instalou a sua banca de Advogado, tendo desempenhado, também, as funções de Presidente da Câmara Municipal de Tondela e de Administrador do Sabugal.

Ingressou na carreira política: foi Deputado, em 1862, Ministro da Marinha e das Obras Públicas e Embaixador no Brasil.

Em 1870, sendo o Visconde de S. Januário nomeado Governador da Índia, Tomás Ribeiro acompanhou-o a Goa como Secretário-Geral, fundando aí o Instituto Vasco da Gama destinado à investigação histórica, e só regressando em 1872.

Elemento influente do Partido Regenerador, além das funções de Deputado, ocupou cargos de Governador Civil em Bragança (01-08-1872 a 25-11-1873) e no Porto (02-04-1881 a 29-12-1881) e de Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça (15-11-1878 a 13-12-1878), Ministro da Marinha e Ultramar (29-01-1879 a 01-06-1879); Ministro do Reino (14-11-1881 a 24-10-1883), e por duas vezes, Ministro das Obras Públicas (19-11-1885 a 20-02-1886 e de 13-10-1890 a 21-05-1891).

Pertenceu a ambas as Casas do Parlamento, sendo Deputado desde 1861 e Par do Reino a partir de 1881. Para a Câmara dos Deputados foi eleito em representação do círculo uninominal de Tondela, em 1861 e 1864. Em 1868 foi candidato pelo mesmo círculo, mas foi derrotado por margem apreciável, por António Gonçalves da Silva Cunha, Lente da Universidade, que voltou a vencer novo acto eleitoral no ano seguinte, então já sem a concorrência de Tomás Ribeiro.

O regresso ao Parlamento deu-se sete anos mais tarde, sucessivamente eleito pelos círculos uninominais de Braga, em 1874; de Mangualde, em 1878; e de Nisa, em 1879. Em 1881 foi eleito pelos círculos uninominais de Lmego e do Sabual, mas não chegou a ser proclamado Deputado, por entretanto ter sido elevado a Par do Reino (Carta Régia de 29-12-1881), lugar de que tomou posse a 25 de Janeiro de 1882.

Na Câmara dos Deputados pertenceu às seguintes Comissões Parlamentares: Redacção (1861); Diplomática (1863); Verificação de Poderes (1875); Resposta ao Discurso da Coroa (1875, 1877, 1878); Administração Pública (1875, 1876, 1877 e 1878); Legislação (1875); Ultramar (1875, 1876, 1877 e 1878(; Obras Públicas (1876); Legislação Penal (1876, 1877 e 1878); Instrução Pública (1877 e 1878); Regimento (1877 e 1878); Especial para a Reforma da Lei Eleitoral (1877 e 1878); Instrução Primária e Secundária (1880 e 1881) e Marinha (1880 e 1881).

Quando Portugal reatou as relações diplomáticas com o Brasil, interrompidas em 1893, Tomás Ribeiro recebeu a incumbência de reatar a aproximação reclamada pela numerosa comunidade portuguesa nesse País, sendo nomeado Ministro Plenipotenciário no Rio de Janeiro (1895-1896). Desempenhou, também, os cargos de Director-Geral do Ministério da Justiça, Vogal do Tribunal de Contas e Presidente da Junta de Crédito Público.

Quando começou a sua carreira profissional, em meados da década de 1850, casou-se com Maria da Glória Loureiro Correia Castelo Branco. De uma senhora inglesa, Ann Charlotte Syder, teve vários filhos, nomeadamente a Poetisa Branca de Gonta Colaço (1889-1945).

Possuía as Grã-Cruzes das Ordens da Coroa de Itália e da Coroa Real do Sião, as Comendas das Ordens de Sant’Iago e de Carlos III, de Espanha, e a Medalha de Mérito Científico, Literário e Artístico.

Colaborou em muitos jornais, dos quais citaremos: Gazeta de Portugal, República (que fundou com Luciano Cordeiro), O Imparcial (também fundado por Tomás Ribeiro); A Opinião, Artes e Letras, Actualidade, Jornal das Colónias (onde colaborou com o pseudónimo de Tomé de Diu) e Jornal de Viseu.

A obra de Tomás Ribeiro insere-se plenamente no Romantismo português da Regeneração. Admirado por Camilo Castelo Branco e por Castilho, recebeu deste grandes elogios a propósito do seu »Dom Jaime« (1862). O louvor de Castilho, num prefácio longo em que exalta a autenticidade nacionalista e a simplicidade natural da obra de Tomás Ribeiro, foi mais um pretexto para o despoletar da célebre Questão Coimbrã, que viria a concretizar o choque latente entre os poetas do Romantismo e a nova geração coimbrã. Mais tarde, Tomás Ribeiro viria a assimilar também algumas características do Realismo, sem contudo abandonar um fundo melodramático ultra-romântico.

Escreveu, para além de Dom Jaime; as obras: A Delfina do Mal, (1868); Sons Que Passam, (1868); Vésperas, (1880); Dissonâncias, (1890); e as crónicas reunidas em jornadas (1873).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Amadora; Cascais (Freguesia do Estoril); Lisboa (Freguesias de Arroios e Avenidas Novas, antes Freguesia de São Jorge de Arroios e São Sebastião da Pedreira, Edital de 26-02-1901); Matosinhos; Moimenta da Beira; Oeiras (Freguesias de Carnaxide, Linda-a-Velha e Queijas); Penafiel; Porto; Santa Maria da Feira (Freguesia de Arrifana); Seixal (Freguesias de Corroios e Seixal); Setúbal; Sines; Tondela (Vida de Tondela e Freguesia de Parada de Gonta); Torre de Moncorvo; Trofa.

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. II, Publicações Europa América)

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol II, de D-M), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, Pág. 157, 158, 159, 160 e 161”

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 452).

 

Branca de Gonta ColaçoBRANCA Eva DE GONTA Syder Ribeiro COLAÇO, Escritora, natural de Lisboa, nasceu a 08-07-1880 e faleceu a 22-03-1945. Era filha do Poeta Tomás António Ribeiro Ferreira, e da Poetisa inglesa Ana Carlota Syder e mãe do Escritor Tomás Ribeiro Colaço.

Aos 18 anos casou com o Pintor Jorge Colaço, de quem enviuvou em 1942. Prefaciou e editou as cartas de Camilo Castelo Branco a seu pai, Tomás Ribeiro, assim como as Memórias da Marquesa de Rio Maio (1930), que esta lhe ditou. Erudita e poliglota, foi poetisa, prosadora, conferencista e dramaturga. Foi, ainda, colaboradora nos jornais O Dia e Talassa, periódicos humoristas dirigidos por seu pai. Colaborou ainda na revista Alma Feminina, onde assinou textos sobre Carolina Michaëlis de Vasconcelos, (1926) e Adelaide Cabete (1936), presidiu, durante anos consecutivos, à Secção da Paz (1928-1934) e de Arte (1936-1937), e foi incluída, com obras diversificadas, na “Exposição de Livros Escritos por Mulheres”, organizada pela agremiação na Sociedade Nacional de Belas Artes em 1947. Militou activamente no Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, a partir de meados da década de 1920, e ofereceu livros para a sua Biblioteca.

Branca de Gonta Colaço, passou várias temporadas balneares na Feitoria, em Oeiras, residência oficial de seu pai e em Carnaxide, onde seu pai tinha residência particular, em Caxias e em Paço de Arcos.

Escreveu, ainda, algumas peças para o Teatro, O Auto dos Faroleiros e a Comédia da Vida.

Outras obras: poesia: Matinas, (1907); Canções do Meio-Dia, (1912); Hora da Sesta, (1918); Últimas Canções, (1926): ensaios: Poetas de Ontem, (1915); À Margem das Crónicas, (1917); teatro: Auto dos Faroleiros, (representado em 1921); Comédia da Vida; Porque Sim; Abençoada a Hora em Que Nasci, (1945, edição póstuma); Memórias da Linha de Cascais, (de colaboração com Maria Archer, 1943). Recebeu a Ordem de Santiago da Espada.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica); Cascais, (Freguesia do Estoril); Lisboa (Freguesia de Campo Grande, Edital de 19-07-1948, antiga Rua 2 do Sítio de Alvalade); Sesimbra (**); Tondela.

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Publicações Europa América, Pág. 229 e 230)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 157).

“PAIS e FILHOS (à moda antiga); isto é: Pais também engloba Mães, Filhos e Filhas, na Toponímia”.

Maria Isabel Aboim Inglês e Carlos Aboim Inglês (também aparece grafado como Inglez), Mãe de Filho na Toponímia de: Almada, Amadora e Lisboa. Foram dois lutadores pela liberdade.

 

Belém 0002MARIA ISABEL Hahenman Saavedra de ABOIM INGLÊS, Política, nasceu na Rua Nova do Loureiro, em Lisboa, a 07-01-1902, e faleceu na mesma cidade de Lisboa, a 07-03-1963. Era filha de João Saavedra e de Elisa Augusta Hahenman Saavedra. Com um pai de convicções profundamente republicanas e uma mãe de raízes fortemente católicas, Maria Isabel teme a liberdade de escolher a sua convicção religiosa e o seu caminho político.

Aos 14 anos de idade, abandona o catolicismo eprocura nos familares e amigos paternos bases cívicas e políticas.

Mãe de cinco filhos, peranta a doença terminal do marido, decide tirar um Curso na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa aos 36 anos de idade, de forma a garantir o sustento familiar.

Concluido o Curso de Ciências Histórico-Filosóficas em 1938, funda em sua casa o Colégio Fernão de Magalhães, particular, tendo inicialmente apenas os seus cinco filhos e mais duas crianças como alunos.

Será na década de 1940 que a sua actividade política e cívica conhece um grande impulso.

Em 1941, após defender brilhantemente a sua tese de Licenciatura, é convidada pelo Professor Vieira de Almeida para o cargo de Assistente nas cadeiras de Filosofia Antiga e Psicologia.

É demitida em 1945 por razões políticas, quando se inicia uma sérir de perseguições tendo como alvo o seu Colégio e a sua vida familiar.

Em 1946, é presa pela primeira vez pela PIDE, devido à sua ligação com o MUD e sob a acusação de ser «um elemento comunista».

A partir deste momento, Maria Isabel dedica-se ao combate à ditadura e à defesa do papel das mulheres na vida política.

No MUD foi membro da Comissão Central, da Comissão das Mulheres e da Comissão de Solidariedade. Em 1948, o Governo proíbe o MUD, e Isabel Maria foi presa pela segunda vez, juntamente com outros membros da Comissão Central do MUD, sob a acusação de actividade e propaganda subsersivas. Nesse mesmo ano, a direcção da Faculdade de Letras impede-a a concorrer a um cargo de Assistente, com base num relatório fortemente negativo da polícia política.

Pouco depois, no seguimente da campanha de Norton de Matos, o Ministro da Educação Nacional encerra o Colégio Fernão de Magalhães e anula os Diplomas de Isabel Maria Aboim Inglês, impedindo-a assim de poder ensinar.

Abre então um Ateliê de costura, dá explicações e faz traduções para sustento da família.

Além do seu forte envolvimento na Comissão Central da candidatura de Norton de Matos, destaca-se o seu papel na Comissão Central do Movimento Nacional Democrático Feminimo; na candidatura de Ruy Luís Gomes; na Comissão Centralda candidatura de Arlindo Vicente e na candidatura de Humberto Delgado.

Em 1952, é novamente presa, com toda a Comissão Central do Mivimento Nacional Democrático (MNI). No ano seguinte, é convidada a leccionar Filosofia numa Universidade brasileira, mas o regime nega-lhe a emissão do passaporte.

Em 1958, é novamente presa por desrespeito ao Tribunal Plenário, o tribunal político especial do regime. É impedida pelo Governo de se apresentar como candidata da Oposição Democrática nas eleições para a Assembleia Nacional em 1961. Continuava politicamente activa quando, em 1963, morreu de embolia cerebral.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Sobreda); Lisboa (Freguesia de Santa Maria de Belém, Edital de 24-03-1975); Moita (Freguesia de Alhos Vedros).

Fonte: “ A Perseguição aos Professores”, (de Fernando Rosas e Cristina Sizifredo, Editado por Tinta da China, Edição de Setembro de 2013, Pág. 85, 86 e 87)

Carlos de AboimCARLOS Hanhemann Saavedra DE ABOIM INGLÊS. Político, natural de Lisboa, nasceu a 05-01-1930 e faleceu a 12-02-2002. Era filho de Carlos Lopes de Aboim Inglês e de Maria Isabel de Aboim Inglês. Oriundo de uma família de democratas, Aboim Inglez entrou muito novo na luta contra o regime fascista, o que lhe valeu, por junto, dez anos na prisão. Já em democracia, representou o PCP na Assembleia da República e no Parlamento Europeu.

Aboim Inglez tinha apenas 16 anos de idade quando se filiou no PCP, na secção de Alcântara onde vivia, e três anos mais tarde era preso pela primeira vez pela PIDE, em sequência de actividades políticas no meio estudantil. Aluno da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, de onde acabou por ser expulso, dividia o seu tempo entre o curso de Histórico-Filosóficas, e o MUD Juvenil.

Enquanto dirigente académico, foi um dos que mais se bateu pela recriação da Associação Académica da Faculdade de Letras, tendo-a representado como delegado na Comissão Inter-Associações de Lisboa, e entre 1954 e 1956 foi membro da Comissão Nacional da Paz. As suas actividades acabaram por o obrigar a abandonar o curso e antes de entrar na clandestinidade, em 1953, trabalhou ainda como desenhador, empregado de livraria, empregado de escritório e jornalista. Como funcionário do PCP foram-lhe entregues diversas tarefas de responsabilidade, nomeadamente na direcção do Sector Intelectual de Lisboa, no Movimento Juvenil e no Trabalho Unitário. Já estava `há seis anos na clandestinidade quando a PIDE o prendeu pela primeira vez, em 1959, libertando-o apenas oito anos mais tarde, em 1967.

Após o 25 de Abril de 1974, ascendeu a membro efectivo do Comité Central, desempenhando ainda funções na Comissão Central de Controlo e Quadros. Entre 1973 e 1986 participou no Executivo e no Secretariado da DOR de Lisboa, tendo assumido responsabilidades sobre o sector intelectual.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Sobreda); Amadora; Lisboa (Freguesia do Lumiar); Odivelas.

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

Fonte: “Jornal Avante”

“PAIS e FILHOS (à moda antiga); isto é: Pais também engloba Mães, Filhos e Filhas, na Toponímia”.

Lucinda Simões e Lucília Simões, Mãe e Filha, na Toponímia de Lisboa.

 

Lucinda SimõesLUCINDA SIMÕES, Actriz, Augusta da Silva Borges, natural de Lisboa, nasceu a 17-11-1850 e faleceu a 25-05-1928. Uma das mais geniais Actrizes de todos os tempos, no Teatro Português. Adoptou o nome para Teatro de Lucinda Simões.

Era filha de um Artista de grande mérito, José Simões Nunes Borges, conhecido por Artur Simões. Apesar da vocação grande que, desde a infância sentia para o Teatro, esforçou-se este por dissuadi-la de ser Actriz, mas inutilmente.

Acabou por consentir que ela tomasse parte em récitas de amadores, não podendo mais tarde, impedir que ela ingressasse numa Companhia do Teatro Ginásio.

Neste Teatro se estreou, aos 17 anos de díade, numa peça intitulada Benvida ou a Noite de Natal, da autoria de Manuel Domingues Santos. A carreira da peça foi efémera, mas a estreia de Lucinda fez sensação.

Revelou-se logo que havia de ser mais tarde: uma grande Actriz; uma das maiores Artitsas portuguesas de todos os tempos.

As suas interpretações, realçadas pelas suas invulgares qualidades físicas, tornaram-se memoriáveis pela riqueza humana que emprestava às suas personagens. Iguais êxitos conheceu no Brasil. Em Lisboa, dirigiu uma companhia, no Teatro Ginásio, de que faziam parte a sua filha Lucília e a sua neta Julieta (que teve carreira efémera devido ao casamento), ao lado de nomes como Samwell Dinis e Amélia Rey Colaço.

Em 1922, publicou um interessantíssimo livro de Memórias; três anos antes da sua morte, devido ao seu precário estado de saúde, retirara-se do Teatro, de que ela fôra, em sua época de esplendor, uma das figuras mais gloriosas.

Era condecorada com a Comenda da Ordem de Sant’Iago.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Barreiro (Freguesia do Lavradio), Lisboa (Freguesia de São Jorge de Arroios, Edital de 12-03-1932), Seixal (Freguesia de Fernão Ferro).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 29, Pág. 58, 59 e 60)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 491).

 

Lucília SimõesLUCÍLIA SIMÕES, Actriz;  Cândida Simões Furtado Coelho, de seu verdadeiro nome, nasceu no Rio de Janeiro (Brasil), a 02-04-1879, e faleceu em Lisboa, a 08-06-1962. Filha da Actriz Lucinda Simões e do Actor e Empresário Luís Furtado Coelho.

Sentiu, desde muito nova, vocação para o Teatro, que não teve, da parte dos pais, de início, decidido encorajamento.

Em 05-04-1895, entrou, apenas a título de amadora, no Frei Luís de Sousa, representando no Teatro Avenida, de Coimbra, onde sua mãe se encontrava em digressão artística. Repetiu a mesma peça no decurso da mesma digressão, em vários Teatros da província, Viseu uma delas.

Mas a sua verdadeira estreia foi, em Lisboa, no antigo Teatro da Rua dos Condes, de que a mãe era empresária.

Entrou na Madame Sans Gêne, de Sardou, interpretando a Rainha Carolina de Nápoles, papel sem grande importância a que ela deu relevo, merecendo, por isso, grandes louvores da crítica e muitos aplausos do público, cativado pelo mérito da estreante.

Representou depois, em Francillion, de Dumas (Filho);  O Perdão, de Jules Lemaitre; O Lenço Branco, de Alfredo Musset, numa adaptação de Furtado Coelho; e Os Cabotinos.

Acompanhou sua mãe numa digressão ao Brasil. Pouco depois de voltar a Portugal foi contratada para o Teatro de D. Maria, ali se estreando numa peça intitulada, Família Americana.

Rosa Damasceno, que não queria abandonar as «ingénuas», contrariava, o mais que podia, as artistas mais novas, susceptíveis, por seus méritos, de prejudicarem a sua pretensão, ameaçdada pela idade. E Lucília, com quem a mãe se solidarizou, deixando de fazer parte da Companhia, não se demorou naquele Teatro. Seguiu, com ela, em digressão para Coimbra, cidade que Lucília escolhera para estrear A Casa da Boneca, de Ibsen.

Foi nesse ano de 1897 que, pela primeira vez, em Portugal, se representou uma obra do grande dramaturgo norueguês. O êxito foi clamoroso. Lucília teve, na protagonista, a revoltada «Nora», de que fez uma interpretação magistral, o primeiro grande êxito da sua carreira brilhatíssima.

A peça foi mais tarde representada, também, por Lucília, em Lisboa, no Teatro Ginásio, mas só às terças-feiras, dia consagrado ao descanso da Companhia que ali trabalhava regularmente. O êxito foi tão grande, que as lotações esgotavam-se, horas depois de os bilhetes serem postos à venda. Quando se dava um espectáculo, já os bilhetes do que vinha a seguir tinham sido adquiridos.

Lucília seguiu depois para o Brasil, numa Companhia dirigida e organizada pelos seus pais, o êxito de A Casa da Boneca, no Rio de Janeiro, foi tão grande que, ao fim de um mês, as despesas da deslocação ao Brasil, viagem incluída, estavam inteiramente cobertas. Ali se conservou 18 meses, sempre com grande êxito, obtwendo, então, na Diana de Lys, de Dumas, um êxito retumbante.

Animada pelos seus triunfos, pouco depois de regressar a Portugal, seguiu, outra vez para o Brasil, agora como primeira figura de uma Companhia. Os seus êxitos repetiram-se em especial, ao interpretar as protagonistas da Zázá, de Berton, e da Blanchette, de Brieux.

No regresso, foi contratada para o antigo Teatro D. Amélia, onde apresentou algumas das suas peças que estreara no Brasil e interpretou A Lagartixa, de Feydau, em alternância com a grande Ângela Pinto.

Contrariando do desejo de sua mãe, que a queria levar de novo ao Brasil, resolveu ficar no Teatro D. Amélia. Não queria continuar a ser, como ela se considerava, cronicamente «menina prodígio». Desejava aprender, a sério, como dizia, a sua profissão, comfiando-se a essa grande figura de Actor e Ensaiador que foi Augusto Rosa.

Permaneceu no Teatro D. Amélia, consecutivamente, oito anos. Foram então assombrosos os seus progressos, enriquecendo a sua galeria de grandes criações. Ali conquistou alguns dos seus altos triunfos em Magda e Fogueira de São João, de Suderman; A Rajada, de Bernstein; A Casa em Ordem, de Artur Piñero; O Duelo, de Lavedan; A Castelã, de Alfredo Capus; Rosas de todo o Ano, de Júlio Dantas, etc.

Em 1908, por motivos de natureza particular, retirou-se do Teatro, dele se conservando afastada 15 anos. Rapareceu no Teatro Politeama, destacando-se em magistrais criações em: Uma Mulher sem Importância, de Oscar Wilde; A Oitava Mulher do Barba Azul, de Alfredo Savoir.

Consorciando-se, nessa altura com o Actor Erico Braga. Fez ainda uma digressão ao Brasil e outra ao Porto.

Em São Carlos, onde esteve cinco anos, à frente de uma Companhia, teve criações, entre muitas peças, em O Homem das Cinco Horas; A Vida do Senhor e Novos Senhores, de Roberto de Flers e Francis de Croisset, e fez o principal papel feminino de O Mar Alto, de António Ferro, cuja estreia foi tempestuosa.

Mais tarde, no Trindade interpretou o Rei da Sorte; Perdoia-nos Senhor, de Vasco de Mendonça Alves; A Cadeira da Verdade, de Ramada Curto; A Garconne, extraído do romance do mesmo título de Vítor Margaritte, cuja estreia foi também tumultuosa; Branco e Preto, de Sacha Guitry, etc.

Mais tarde, no Ginásio, fez entre outras peças, A Raça, de Linares Ribas; A Primeira Noite, de Charles Méré e Eu e Ela.

De novo no Trindade, à frente de uma Companhia, fez O Senhor Prior, peça extraída de uma obra popularíssima de Clement Vautel; O Sabão nº 13 e Sua Alteza, de Ramada Curto. Trasnitou depois para o Nacional, onde se conservou seis anos. Desse período merecem assinalar-se, em especial, Isabel de Inglaterra, de André Josse; Recompensa, de Ramada Curto; Férias da Páscoa, Frei Luís de Sousa e, numa reposição, A Conspiradora.

Abandonou o Nacional para ingressar nos «Comediantes de Lisboa», agrupamento artístico que ocupou o Trindade. Ali entrou em Miss Ba, Os 5 Judeus; Electra, de Giraudoux; O Rei, de Flers e Cailavet; Pugamalião, de Bernardo Shaw.

Trabalhou em seguida, no Ginásio em Multa Provável, de Ramada Curto, e A Farsa do Amor, de Carlos Selvagem e Henrique Galvão.

Em 1951, fazia, no Teatro Monumental, a sua penúltima peça O Homem que Veio Para Jantar. Esteve ainda dois anos no Brasil, como Ensaiadora da Companhia Eva Todor.

Cansada, principalmente desgostosa com o declínio do nosso momento teatral, retirou-se do Teatro, figuras ilustres organizaram, para sua despedida, uma récita de rara importância em 08-06-1953.

Recebeu, entre outras distinções a Comenda da Ordem de Sant’Iago, as Palmas de Ouro da Academia de França e a Cruz Vermelha e a Cruz Verde.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Sobreda), Lisboa (Frguesia de Benfica, Edital de 31-01-1978).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 29, Pág. 57 e 58)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 491).

“PAIS e FILHOS (à moda antiga); isto é: Pais também engloba Mães, Filhos e Filhas, na Toponímia”.

Luís de Freitas Branco e João de Freitas Branco, Pai e Filho, uma família de Músicos na Toponímia de: Almada;  Lisboa; Loures; Oeiras e Seixal.

 

Luís de Freitas BrancoLUÍS Maria da Costa DE FREITAS BRANCO, Compositor, natural de Lisboa, nasceu a 12-10-1890 e faleceu a 27-11-1955. Oriundo de uma família ariustocrática madeirense, Luís de Freitas Branco descendia em linha directa do Marquês de Pombal, por via de sua mãe, Maria da Costa de Sousa Macedo. Seu pai, Fidélio de Freitas Branco, foi um alto funcionário da Coroa e Governador Civil de Évora, que privou de perto com o Rei D. Carlos, encontrando-se na sua comitiva aquando do regicídio de 1908, acontecimento que marcou profundamente a juventude do Compositor.

Luís de Freitas Branco não frequentou o Conservatório Nacional, nem o Ensino Oficial; à excepção de alguns anos no Liceu do Carmo, beneficiando de um Ensino doméstico ministrado por preceptores e professores particulares. Iniciou os seus estudos musicais com Timóteo da Silveira (Piano), Andrés Goñi (Violino); Augusto Machado (Harmonia) e Tomás Borba (Contraponto, Fuga e Instrumentação). A proximidade familiar com o meio musical permitiu-lhe trabalhar com Compositores estrangeiros de passagem por Lisboa, tendo aperfeiçoado os seus conhecimentos em Instrumentação com o Maestro Luigi Mancinelli, que dirigiu ópera no Teatro Nacional de São Carlos entre 1906 e 1907, e estudado Órgão e Composição com o Músico belga Désiré Pâque, Professor do Infante D. Manuel, que lhe deu a conhecer o legado teórico de Vincent d’Indy.

As suas primeiras composições datam dos 9 amos de idade. De 1910 a 1915 aperfeiçoou-se no estrangeiro e a partir de 1916 exerceu profícua actividade docente no Conservatório Nacional de Lisboa, de que foi Subdirector. Em 1952 sucedeu a Tomás Borba na direcção artística da Academia de Amadores de Música. Fundou e dirigiu a revista “Arte Musical”, de 1929 a 1948, e foi director da Gazeta Musical. Compôs música coral sinfónica, orquestral, consertante, de câmara, de piano, de orgão, vocal e religiosa. A primeira fase da sua produção musical reflete as inovações harmónicas do impressionismo e do expressionismo. Na segunda fase a estas mesmas experiências vem juntar-se um neoclassicismo de raiz beethoveniana. O seu nome avulta entre os compositores portugueses do séc. XX. Publicou obras teóricas como: “A Música em Portugal”, em 1928, “Acústica e História da Música”, em 1930, “Tratado de Harmonia”, em 1930, “Vida de Beethoven”, em 1943, e “A Personalidade de Beethoven”, em 1947.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica); Lisboa (Freguesia do Lumiar, , ex-Rua António Ferro, antes disso, era a Rua H à Alameda das Linhas de Torres, Edital de 28-07-1975); Moita (Freguesia de Alhos Vedros); Odivelas (Freguesia de Famões); Oeiras (Freguesia de Paço de Arcos); Seixal (Freguesias de Amora e Corroios); Sintra (Freguesias de Algueirão-Mem Martins e Queluz).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 11, Pág. 850 e 851)

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 1º Volume, A-C, Temas e Debates, Círculo de Leitores, 1ª Edição, Janeiro de 2010, Pág. 157 e 158)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 102).

 

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JOÃO Pedro DE FREITAS BRANCO, Musicólogo, nasceu em Lisboa, a 10-01-1922, e faleceu em Caxias (Oeiras), a 17-11-1989. Descende de uma família de Músicos, tanto por parte do pai, o Compositor Luís de Freitas Branco, e do tio, o Maestro Pedro de Freitas Branco (casado com a Pianista Marie Antoinette Levêque), como por parte da mãe, de ascendência belga, Maria Clara Dambert Filgueiras, sobrinha do Maestro e Compositor Luís Filgueiras. Sendo a mãe funcionária do Conservatório Nacional de Lisboa e habitando no próprio edifício, pode dizer-se que João de Freitas Branco nasceu no Conservatório e que esta foi a casa em que viveu a sua infância, assim como viria a ser, cumprido o seu destino, a câmara ardente ardente em que lhe foi pestada a última homenagem. Aí fez, como aluno externo, a sua formação musical (cursos gerais de Composição, Piano, Acústica e História da Música). Frequentou depois, como aluno interno, o Curso Superior de Piano, na classe de Campos Coelho. No Conservatório foi ainda discípulo de Adélia Heinz (Piano), José Henriques dos Santos (Harmonia), Luís de Freitas Branco (Composição), Leonor Viana da Mota (Canto) e Jorge Croner de Vasconcelos (Canto e Contraponto). Prosseguiu os estudos superiores de História da Música, Composição e Instrumentação como autodidacta. Ao mesmo tempo, frequentava o Liceu e, mais tarde, a Faculdade de Ciências de Lisboa, onde se licenciou, com elevada classificação, em Ciências Matemáticas (1944), o que lhe valeu ter ingressado no grupo de investigação Matemática dirigido por Rui Luís Gomes. Trabalhou também com os Matemáticos Bento de Jesus Caraça, com quem conviveu de perto no círculo de amigos íntimos do pai, e Anicento Monteiro. Mas as actividades musicais absorviam-no cada vez mais, o que o levou a declinar o convite que Almeida e Costa lhe dirigiu em 1955 para integrar outro grupo de investigação matemática. Com efeito, João de Freitas Branco já desempenhara funções de Assistente de Programas Musicais na antiga Emissora Nacional entre 1944 e 1949, ao mesmo tempo que mantinha uma actividade musicográfica regular na imprensa: desde 1938, coadjuvando o pai na crítica musical de O Século e sucedendo-lhe, mais tarde, como titular dessa coluna, ou colaborando noutras publicações, designadamente na revista Arte Musical, um periódico fundado e dirigido pelo pai, a quem também sucedeu como Director (até 1973) e onde já assegurara durante sete anos as funções de redactor principal. Entretanto, fora um dos fundadores da Juventude Musical Portuguesa, a cuja comissão organizadora presidiu e de que foi Presidente da Direcção, em sucessivas gerências, de 1950 a 1971. Largamente solicitado como conferencista, dadas as suas invulgares capacidades de comuninação, mas quase sempre sem receber qualquer remuneração por essas e outras actividades musicais (sobretudo depois da cessação das funções que exercia na Emissora Nacional), foi através do exercício do cargo de Secretário-Geral Adjunto do Automóvel Clube de Portugal que conseguiu assegurar uma situação remuneratória estável de 1948 a 1970. A convite do então Ministro da Educação Nacional, José Hermano Saraiva, assumiu, em Janeiro de 1970, a direcção do Teatro Nacional de São Carlos, nomeação que causou surpresa e alguma incomodidade nos meios do regime: a um jurista da confiança pessoal de Salazar, legionário, membro da Brigada Naval, sucedia um musicólogo que a PIDE/DGS havia muito vigiava, classificado em numerosos relatórios policiais, desde a década de quarenta, como «desafecto à Situação». Simultaneamente, a partir de 1971, regeu a disciplina de Propedêutica da Arte na Escola para a Formação de Professores de Educação através da Arte, integrada a título experimental no Conservatório de Lisboa, e foi membro do Conselho Nacional da Música, do Conselho da Cultura e da Comissão de Reforma do Conservatório. Em Agosto de 1974, na sequência da Revolução de Abril, foi nomeado Director-Geral dos Assuntos Culturais e, em Dezembro desse mesmo ano, foi chamado ao governo presidido por Vasco Gonçalves, onde exerceu as funções de Secretário de Estado da Cultura e Educação Permanente, passando aos Governos Provisórios seguintes (3º, 4º e 5º) como Secretário de Estado da Cultura. Ulteriormente, desempenhou o cargo de Inspector-Geral do Ministério da Educação e Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura. Foi ainda assessor principal do Instituto Português do Património Cultural. Em fins de 1984 foi nomeado Vogal do Conselho de Administração do Teatro de São Carlos com as funções de Ditector Artístico, lugar que exerceu até ao Verão de 1988 e no âmbito do qual fundou e dirigiu a Revista do teatro de São Carlos. Como Professor Catedrático convidado, regeu desde 1981 na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa várias disciplinas do Curso de Licenciatura em Ciências Musicais, designadamente, Estética Musical e História da Música (Século XIX). Já antes tinha exercido, porém, uma actividade pedagógica estruturada: numa altura em qua a musciologia ainda não entrara nas Universidades portuguesas, regeu vários Cursos de História da Música na Fundação Gulbenkian e, ocasionalmente, na Exposição Mundial de 1967 no Canadá. Como divulgador, teve particular relevância o seu programa semanal O Gosto pela Música, transmitido pela Emissora Nacional e depois pela Radiodifusão Portuguesa, ininterruptamente, de 1956 a 1985. Foi um dos primeiros produtores de programas musicais na Radiotelevisão Portuguesa, mantendo aí uma actividade regular, por exemplo, a rubrica quinzenal Melomani, com a colaboração de Augusto Cabrita, que mereceu em 1968 o Prémio da Imprensa para o melhor apresentador de televisão. A sua actividade de conferencista estendeu-se ao estrangeiro, e numerosas foram também as suas participações em eventos internacionais, ora no âmbito da Federação das Juventudes Musicais (por exemplo, foi várias vezes eleito para o «Bureau» da Federação, a que presidiu em 1967-1968), ora suscitadas por concursos como o de Jovens Compositores (sob o patrocínio da UNESCO), o Concurso do Canto do Rio de Janeiro ou os sucessivos Concursos Viana da Mota. Orientou o sector musical da XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura, realizada em Lisboa.. Correspondeu a numerosos convites para se deslocar em visitas de estudo a vários países: Suíça, República Federal da Alemanha, Espanha, França e Estados Unidos da América. Em 1958, por motivos políticos, foi impedido de participar no Júri do Concurso Tchaikovsky, em Moscovo, a convite de Dimitri Chostakovitch. Mas depois do 25 de Abril pôde aceitar um convite da antiga República Democrática Alemã e receber em 1978 o grau de Doutor Honoris Causa em Filosofia pela Universidade Humboldt, de Berlim. Foi Presidente da Direcção da Academia de Amadores de Música, Secretário-Geral da Sociedade de Concertos de Lisboa, Adjunto da Direcção do Círculo de Cultura Musical, Consultor Artístico da Empresa do Teatro Monumental, Delegado emPortugal do Centre de Documentation Internaionale, membro do Conselho Directivo da Sociedade Portuguesa de Autores, Presidente da respectiva Assembleia Geral e, desde a sua fundação em 1974, Presidente da Associação de Amizade Portugal-RDA. De 1977 a 1981 foi membro individual eleito do Conseil Internationa de la Musique (UNESCO). Esporadicamente apresentou-se como Pianista, em Portugal e no estrangeiro, actuando como acompanhador ou integrado em conjuntos de câmara. Compôs canções, uma sonatina para violoncelo e piano, um prelúdio para piano intitulado Sobra e inspirado numa poesia de Manuel Terroso e um quarteto para piano, violino, viola e violoncelo (algumas destas obras foram postumaente executadas pela primeira vez num sarau privado realizado na casa da Rua de Goa, em Caxias, onde João de Freitas Branco viveu grande parte da sua vida). É autor de Viver ou Morrer (1956), libreto para uma ópera radiofónica com música de Joly Braga Santos. A maior parte dos seus escritos, crítica musical, ensaísmo, entrevistas, etc. encontra-se dispersa por numerosas publicações como os jornais O Século, Diário de Notícias, Diário de Lisboa, Comércio do Funchal, Diário Popular, O Jornal (nos dois últimos retomou a actividade de crítico musical entre 1976 e o início dos anos 80) ou as revistas Seara Nova, Vértice, Arte Musical, Horizonte, Microfone, Onda, Gazeta Musical e de Todas as Artes, Colóquio: Revista de Artes e Letras, Colóquio-Artes, Colóquio-Letras, Átomo, Litoral, Die Musikforschung, Melos, Círculo de Cultura Musical, Revista do Teatro de São Carlos. Subscreveu também inúmeras notas de programa para o Teatro de São Carlos (desde meados da década de 50), os Festivais Gulbenkian (1957-1970) e o Festival de Barcelona, entre outros. Colaborou com entradas para diciona´rios e enciclopédias, como a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Rieman, Fasquelle, Grove, Die Musik in Geschichte und Gegenwart e La Musica. Foi distinguido com as condecorações de Comendador da Ordem de Santiago da Espada,  Arts et Lettres (Cavaleiro), Das grosse Verdienstkreuz da Verdiaenstorden (RFA), Medalha Zoltán Kodály (Hungria), Medalha de Mérito Cultural (Secretaria de Estado da Cultura) e Medalha de Mérito pela Amizade dos Povos (RDA). Com os seus programas radiofónicos e os seus escritos, João de Freitas Branco foi uma das figuras centrais da cultura musical em Portugal. Senhor de uma imensa cultura humanística, associada à cultura científica de matemático distinto, foi através delas que experienciou a música e potenciou a sua acção depagógico-musical. O facto de ter frequentado a Escola Alemã de Lisboa e dominar o alemão a ponto de ser admirado, entre os alemães, pela correcção e elegância clássica do seu discurso permitiu-lhe ter acesso a fontes, tanto literárias e filosóficas como musicológicas, que não tinham curso em Portugal ou só o tinham parcelarmente, em traduções ou em segunda mão. Tudo isso contribuiu para individualizar o seu papel no meio cultural português, como uma personalidade multifacetada ou prluridisciplinar: ao meio musical ele trazia a perspectiva literária, filosófica ou científico-matemática, ao mesmo tempo que era o interlocutor musical privilegiado para a área das ciências humanas e das ciências exactas. Esta polivalência percorre toda a sua obra, seja a de divulgação (documentada, por exemplo, nos textos que serviram de base a O Gosto pela Música), seja a da crítica, seja a ensaística, seja ainda a que levou a cabo no Teatro de São Carlos, cuja programação, especialmente entre 1970 e 1974, ganhou uma densidade de contextualização dramatúrgica até Antão inédita em Portugal. Na sua obra ensaística, distinguem-se a História da Música Portuguesa 81959), uma síntese tanto mais notável quanto é certo escassearem na altura os estudos musicológicos sobre a matéria; o estudo sobre Viana da Mota (1972), prefaciado por António Sérgio, outra obra marcante como abordagem estético-filosófica de um perfil de intérprete e compositor; e os ensaios A Música na Obra de Camões (1979) e Camões e a Música (1982), onde as relações entre música e literatura são analisadas de uma forma inovadora, bem demonstrativa dessa capacidade pluridisciplinar do autor, neste caso, trata-se de iluminar a música através da poseia e a poesia através da música.

Obras principais: O Teatro de S. Carlos 1793-1956: A História de Um Garnde Teatro Lírico, (em colaboração com Jaime Duarte de Almeida, 6 fascículos, 1956); História da Música Portuguesa, (1959, 2ª edição, revista e aumentada, com organização, fixação do texto, prefácio e notas de João Maria de Freitas Branco, 1995); Alguns Aspectos da Música Portuguesa Contemporânea, (1960); Apontamentos de Uma Viagem Musical pela Alemanha, (1961); Chopin, Um Improviso em Forma de Diálogo, (1963); Homenagem a Vila-Lobos, (1966); Viana da Mota: Uma Contribuição para o Estudo da Sua Personalidade e da Sua Obra, (Prefácio de António Sérgio, 1972); A Música na Obra de Camões, (1979); Camões na Música, (1982); O Marxismo no Limiar do Ano 2000, (em colaboração, 1985).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica), Amadora, Beja, Grândola, Lisboa (Freguesia de São Domingos de Benfica, Edital de 29-12-1989), Loures (Freguesia de Santa Iria de Azóia), Oeiras (Freguesia de Caxias), Seixal (Freguesia de Aldeia de Paio Pires), Vila Nova de Famalicão.

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Volume V, Publicações Europa América”.

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 1º Volume, A-C, Temas e Debates, Círculo de Leitores, 1ª Edição, Janeiro de 2010, Pág. 166 e 167)

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 159).

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 102).

“Nova Toponímia no Município de Porto de Mós”

 

Porto de Mós

 

ALMIRANTE VÍTOR TRIGUEIROS CRESPO (PARQUE)

 

Designação anterior: Parque Verde

 

LICÍNIO MOREIRA DA SILVA (AVENIDA DOUTOR)

 

Designação anterior: Via Rodoviária VDG1

 

Fonte: “Município de Porto de Mós – Câmara Municipal” (Acta nº 8/2016)

“Nova Toponímia no Município da Amadora”

AmadoraA Nova Toponímia no Município da Amadora, contempla, entre outros nomes, o de um Capitão de Abril; o Contra-Almirante Vítor Crespo.

 

CESÁRIA ÉVORA (AVENIDA)

Início: Praça Dom José Policarpo

Fim: Praça Hugo Chávez

 

CONTRA-AMIRANTE VÍTOR CRESPO (PRAÇA)

Início: Estrada do Zambujal

Fim: Estrada do Almarjão

 

DOM JOSÉ POLICARPO (AVENIDA)

Início: Avenida dos Cavaleiros

Fim: Praça Dom José Policarpo

 

DOM JOSÉ POLICARPO (PRAÇA)

Ínício: Avenida Dom José Policarpo

Fim: Avenida Cesária Évora

 

HUGO CHÁVEZ (PRAÇA)

Início: Estrada do Zambujal

Fim: Estrada do Zambujal

 

KOBAYASHI (RUA)

Início: Praça Manuela Santos

Fim: Estrada de Alfragide

 

MANUELA SANTOS (PRAÇA)

Início: Estrada do Zambujal

Fim: Estrada do Zambujal7Rua Nuno Ferrari

 

ÓSCAR NIEMEYER (RUA)

Início: Estrada do Zambujal

Fim: Entrada para o Estacionamento do IKEA

“PAIS e FILHOS (à moda antiga); isto é: Pais também engloba Mães, Filhos e Filhas, na Toponímia”.

José Saraiva e António José Saraiva, Pai e Filho na Toponímia de Lisboa e de Oeiras.

 

José SaraivaJOSÉ Leonardo Venâncio SARAIVA, Professor e Escritor, nasceu na Freguesia de Donas (Fundão), a 01-04-1881, e faleceu em Lisboa, a 13-02-1962. Fez os exames da Instrução Frimária no Fundão. Professor do Ensino Liceal, Historiador e Crítico de Arte, Diplomado pelo Curso Superior de Letras. Era pai dos Professores António José Saraiva e José Hermano Saraiva.

Começou logo a trabalhar em casas comerciais, dedicando-se ao estudo nos tempos livres. Estudante do Curso Superior de Letras. Reitor do Liceu de Leiria, Presidente da Câmara Municipal de Leiria e Reitor do Liceu Passos Manuel em Lisboa.

Pertenceu à Academia Portuguesa de História: com Rui Pinto de Azevedo e Paulo Merêa colaborou na edição de Documentos Medievais Portugueses – Documentos Particulares (Lisboa, 1940) e de Documentos Medievais Portugueses – Documentos Régios (Lisboa, Volumes I, e Tomo I do Volume II – 1958-1962). São dele ainda os Painéis do Infante Santo (Leiria, 1925). Pai de António José Saraiva e de José Hermano Saraiva e avô de José António Saraiva.

Obras principais: Os Painéis do Infante Santo, (1925); Leiria. Breve estudo crítico das suas origens e notícias históricas, arqueológicas e artísticas das ruínas do seu Castelo da Catedral; O Ensino Secundário, (1935); O Livro de Marco Polo.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Lisboa (Freguesia de Santa Maria dos Olivais, Edital de 26-03-1971); Oeiras (Freguesia de Queijas); Sesimbra (Freguesia da Quinta do Conde)

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Publicações Europa América)

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 27, Pág. 701)

Fonte: “Dicionário dos Autores do Distrito de Leiria”, (Coordenação de Acácio de Sousa, Ana Bela Vinagre e Cristina Nobre; Actualização ao Século XX; Edições Magno, Leiria, 2004, Pág. 994 e 995)

 

António José SaraivaANTÓNIO JOSÉ SARAIVA, Professor e Escritor, nasceu em Leiria, a 31-12-1917, e faleceu em Lisboa, a 17-03-1993. Era filho de José Leonardo Venâncio Saraiva, Reitor do Liceu de Leiria, e de Maria da Ressurreição Baptista, e irmão mais velho de José Hermano Saraiva. Iniciou os estudos liceais em Leiria, terminando o curso no Liceu Passos Manuel.

António José Saraiva revelou-se publicamente como ensaísta com a publicação de Estética dos Autos de Devoção, em 1937, um ano antes de se licenciar em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras de Lisboa, com a tese Ensaio sobre a Poesia de Bernardim Ribeiro.

Formado em Filologia Românica, doutorou-se em 1942, pela mesma Faculdade com a tese Gil Vicente e o Fim do Teatro Medieval. Tendo aderido ao Partido Comunista Português em 1944, veio a ser premiado pela Academia das Ciências de Lisboa em 1947, pela publicação da obra As Ideias de Eça de Queirós.

Preso em 1949 pela Polícia política da ditadura, a sua actividade pedagógica no ensino secundário foi-lhe proibida por motivos políticos e, em consequência, foi demitido, pelo governo de então, das funções de Professor.

Emigra, como exilado, para França, em 1960, onde foi bolseiro do Collège de France. Um ano mais tarde, será investigador no Centre National de la Recherche Cientifique de Paris, na secção de História Moderna. Professor Catedrático da Universidade de Amesterdão, volta a Portugal após a Revolução de 25 de Abril de 1974, para o cargo de Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa, passando posteriormente para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Foi Professor do Ensino Secundário e Assistente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. No entanto, dadas as suas convicções políticas, foi afastado desta última função, fixando-se em Paris. Até à sua saída para o estrangeiro, em 1960, publicara já uma vasta obra em que avultam a História da Cultura em Portugal; A Escola: Problema Central da Nação; Herculano e o Liberalismo em Portugal; além de várias edições de clássicos, prefaciados e anotados (texto integral ou seleccionado): Fernão Lopes, Fernão Mendes Pinto, Correia Garção, Camões, Garrett, Herculano.

Data de 1960 o seu Dicionário Crítico de Algumas Ideias e Palavras Correntes, obra produzida numa directriz aparentemente marxista, de imediato apreendida por ordem do governo.Aí, a partir de 1961, trabalhou no Centre National de la Recherche Scientifique. Em 1962, já no exílio, manisfesta o seu inconformismo ao PCP, aquando do Congresso pela Paz e Desarmamento, realizado em Moscovo. A partir deste momento, a sua autonomia em relação ao PCP não cessou de se acentuar, até à completa ruptura. Ainda antes do seu regresso a Portugal, foi Professor Universitário em Amesterdão.

Após a revolução de 25 de Abril de 1974, passou a ensinar na Faculdade de Letras de Lisboa. Colaborador de vários jornais e revistas, como a Vértice, destacou-se pela análise de temas de literatura e da cultura portuguesas, como o Barroco e a Geração de 70, e da obra de escritores como Herculano, Eça de Queirós e Fernando Pessoa, entre outros. Foi, na sua área, um dos ensaístas e investigadores portugueses contemporâneos de maior renome.

De espírito explosivo, rebelde, inconformista, nunca teve receio de expor as suas teorias literárias nascidas de uma abordagem original das obras mais marcantes da literatura portuguesa. Avesso ao progresso, sempre o considerou como criador de novas prisões e de novas necessidades, exilou-se no fim da sua vida no século da sua preferência, o XIX.

Obras principais: Ensaio sobre a Poesia de Bernardim Ribeiro, (1938); Gil Vicente e o Fim do Teatro Medieval, (1942); Para a História da Cultura em Portugal, (dois volumes, 1946 e 1962); Os Lusíadas e Ideal Renascentista da Epopeia, (1946); As Ideias de Eça de Queirós, (1946, Prémio da Academia das Ciências de 1947); A Escola, Problema Central da Nação, (1948); A Evolução do Teatro de Garrett, (1949); História da Cultura em Portugal, (1950-1960); Herculano Desconhecido, (1953); Maio ou a Crise da Civilização Burguesa, (1969); O Discurso Engenhoso, (1971); Ser ou Não Ser Arte, (1974, sobre Fernando Pessoa); Herculano e o Liberalismo em Portugal, (1977); Filhos de Saturno, (1981); A Cultura em Portugal, (dois volumes, 1983 e 1984); Iniciação à Literatura Portuguesa, (1884); Inquisição e Cristãos-Novos, (1985); O Crepúsculo da Idade Média em Porugal, (1988); A Tertúlia Ocidental, (1990); Poesia e Drama, (1990); e Estudos Sobre a Arte de Os Lusíadas, (1992). A sua obra mais divulgada é a História da Literatura Portuguesa (1953), escrita de parceria com Óscar Lopes. Recebeu, em 1992, o Prémio Ensaio Literário do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, consagrando o conjunto da sua obra.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada, Amadora, Leiria, Lisboa (Freguesia do Lumiar, Edital de 31-08-1993), Oeiras (Freguesia de Barcarena), Sintra (Cidade de Agualva-Cacém, e Freguesias de Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. IV, Publicações Europa América, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Coordenação de Ilídio Rocha, Edição de Julho de 200, Pág. 656, 657, 658, 659 e 660)

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 361 e 362).

Fonte: “Dicionário dos Autores do Distrito de Leiria”, (Coordenação de Acácio de Sousa, Ana Bela Vinagre e Cristina Nobre; Actualização ao Século XX; Edições Magno, Leiria, 2004, Pág. 875, 876, 877, 888, 879 e 880)