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“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Alcochete”

 

Câmara Municipal de AlcocheteMANUEL DA CRUZ JÚNIOR, Médico, nasceu em Alcochete, em 1854, e faleceu no Montijo, em 1924. Era irmão, mais velho, do famoso Padre Cruz. Fixou-se no Montijo depois de concluir o Curso de Medicina, casou, constituiu família e aí viveu sempre.

Um contemporâneo descreve a sua figura típica. «Magro, alto, de passo lento e cadenciado, de longas barbas brancas bem cuidadas, de olhar perscrutador de águia, de chapéu negro e largo, cingindo sempre sobre os ombros descarnados uma capa escura e trazendo sempre, quer de Verão ou de Inverno, um chapéu de chuva preto». Era o Médico dos pobres, amiúde abordado na rua para uma consulta rápida, concluída com uma receita escrita na parede. Para a aviar, o ajudante de farmácia da botica ia ao local transcrevê-la para papel.

Tinha algumas excentricidades, a mais notória das quais era o horror ao contágio. Dizia mesmo aos doentes que só um braço ou uma perna partida não eram contagiosos.

Quando morreu, aos 70 anos de idade, houve luto geral. À hora do funeral, naquela altura realizavam-se de noite, a geradora eléctrica avariou-se e tudo ficou às escuras.

Na casa da Praça da República onde durante 30 anos deu consultas gratuitas, foi colocada, por iniciativa dos Bombeiros Voluntários, uma lápide assinalando a sua bondade.

Na quinta onde vivia, na altura situada nos arrabaldes e hoje integrada na cidade do Montijo, na esquina da Rua Dr. Manuel Cruz com a Avenida dos Pescadores, funciona um Centro de Dia para Idosos. Mesmo em frente fica o Jardim do Largo dos Pescadores, que tem ao centro o monumento inaugurado em 1936 em sua honra, após angariação de fundos por subscrição pública. No pedestal que sustenta o busto de bronze, da autoria do Escultor Anjos Teixeira (Filho), com altura aproximada de 3 metros, inaugurada a 23 de Agosto de 1936,  pode ler-se: «Dr. Manuel da Cruz. Médico Ilustre que aos pobres dispensou, a par do valioso auxílio da sua elevada ciência, o melhor do seu coração».

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alcochete (Freguesia do Samouco – Rua Doutor Manuel da Cruz Júnior); Montijo (Beco e Rua Doutor Manuel da Cruz Júnior).

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 44”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Alcobaça”

 

 

Câmara Municipal de AlcobaçaFRANCISCO Baptista d’Almeida Pereira ZAGALO, Médico e Escritor, nasceu em Ovar, a 23-05-1850, e faleceu em Alcobaça, a 25-05-1910. Competente e generoso, tornou-se filho dilecto de Alcobaça, pelo muito mérito, amor e energia que lhe dedicou.

Formou-se em Medicina em Coimbra em 1876 e foi provido Médico Municipal de Alcobaça em 4 de Setembro. Foi Presidente do Montepio Alcobacense, Vereador Municipal e Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça cerca de oito anos (de 1900 a 1906 e, depois, de 1908 a 1909), tendo escrito a mais conceituada monografia conhecida desta instituição.

Deixou ainda a sua marca no Asilo da Infância Desvalida do Distrito de Leiria, no Club, na Fanfarra, na Orquestra, na Confraria do Santíssimo, no Teatro e na Liga de Instrução. Dois dos seus “pontos altos” prendem-se com o Novo Hospital de Alcobaça e a Exposição dos Produtos Alcobacenses realizada no Claustro de D. Dinis de 1 a 13 de Maio 1913 (Exposição-Kermesse). Por fim, ainda promoveu a criação da Misericórdia de Ovar, que veio a ser fundada e empossada a sua Mesa em 3 de Março 1910. O Hospital de Ovar ostenta orgulhosamente o nome “Dr. Francisco Zagalo”.

Publicou: Subsídios para a História de Alcobaça, (1890); Correio de Alcobaça, (1906); Relatório da Exposição Alcobacense, realizada de 01 a 03 de Maio de 1906, (1906); Breve memória histórica da Misericórdia de Alcobaça, (1906); História da Misericórdia de Alcobaça; esboço histórico desta Misericórdia desde a sua fundação até à actualidade, (1918).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alcobaça (Rua Doutor Francisco Zagalo); Ovar (Rua e Travessa Doutor Francisco Zagalo).

Fonte: “Textiverso Editora”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Alcanena”

 

 

Câmara Municipal de AlcanenaJOSÉ MARTINS DA CUNHA PESSOA, Médico, nasceu em Alcanena, em 1745, e faleceu em Lisboa, a 20-08-1822. Descendia de família nobre. Formou-se em Filosofia e Medicina na Universidade de Coimbra, em 1778, e em Lisboa, para onde veio, granjeou grande reputação, a que deveu a sua nomeação de Médico da Real Câmara, durante o reinado de D. Maria I e a regência do Príncipe D. João. Era bisneto de João Pessoa Homem. Desempenhou ainda outras funções públicas. Sustentou viva polémica em o Investigador Português (publicado em Londres em 1811) a propósito das Cartas ao Autor da História das Invasões Francesas, de Stockler, com artigos de resposta insertos no referido jornal. Em 07-07-1806 foi eleito sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa, onde passou a sócio veterano em 08-04-1817. Nesta instituição apresentou as seguintes comunicações: Memória Sobre as Minas de Ferro de Figueiró dos Vinhos, (in Tomo II das Memórias Económicas da mesma Academia), e Memórias Sobre o Vitro e Utilidades que dele se podem tirar, (in Tomo IV das Memórias citadas). A sua existência foi atribulada pelo naufrágio, em frente da Barquinha, no dia 08-10-1812, da falua em que seguia para o Ribatejo, neste desastre, apesar dos seus desesperados esforços, perdeu a esposa e dois dos seus netos, ante a recusa obstinada dos barqueiros em arrostar com a corrente do rio Tejo, para prestar qualquer socorro. Publicou ainda: Análise das águas férreas de Torres Novas, (Coimbra, 1778).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alcanena (Rua Doutor José Martins da Cunha Pessoa).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 21, Pág. 483 e 484)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Alcácer do Sal”

 

Câmara Municipal de Alcácer do SalACÁCIO Alberto DE ABREU FARIA, Médico, nasceu em Bragança, a 08-11-1905, e faleceu em Lisboa, a 08-08-1988. Tirou o curso na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde se licenciou em 1930. Tinha os cursos de Medicina Sanitária do Instituto de Higiene Dr. Ricardo Jorge, de Lisboa, (1930), Elementar de Terapêutica Anti-Rábica do Instituto Bacteriológico Câmara Pestana (1938), de Malariologia, organizado pelo Director do Instituto do Instituto de Malariologia de Águas de Moura, da Fundação Rockfeller, Professor Doutor Francisco Cambournac e colaboradores, em 1940, e de aperfeiçoamento de Infecto-Contagiosas e Médico-Sanitários nos anos de 1947, 1949 e 1954, o primeiro dirigido e organizado pelo Professor Doutor Fernando Fonseca e colaboradores. Praticou Tisiologia, um mês em cada ano, em 1948 e 1949 num Sanatório de altitude, como o Professor Doutor Manuel Tápia. Foi interno dos Hospitais Civis de Lisboa, do 1º e 2º anos, durante o período de 1931 e 1932.

Foi Médico Municipal e Subdelegado de Saúde em Alcácer do Sal, desde 1934, Médico da Casa do Povo, da Santa Casa da Misericórdia, da Delegação das Caixas de Previdência e Director da Consulta-Dispensário Santa Casa, IANT. Foi também Director do Dispensário Anti-Rábico, Santa Casa, Câmara Municipal de Alcácer do Sal até 1957, ano em que pediu a demissão. Em 1955 apresentou à Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, a primeira descrição feita no nosso País duma acrodermatose própria das mondinas ou mondadeiras do arroz o que descreveu com o nome de Rila. Sobre o mesmo assunto apresentou, em Maio de 1947, ao XXII Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências, que se realizou em Coimbra, e na Subsecção de Clínica Médica, Cirúrgica e Especialidades, uma comunicação intitulada A Rila. Em 1943 foi o primeiro Médico a revelar pelos seus trabalhos clínicos a acção antibacteriana da vitamina K na tosse convulsa. Por este facto, a Revista Service Scientifique Roche, 1951, nº 5 e 6, prestou homenagem à sua descoberta. Em 04-08-1956 na Revista Schweizrisch Medizinische Wochenschrift, H. Brunnschweiler, da Clínica Pediátrica de Brasília, num artigo, intitulado Ein never Wegin in der Therapie der “Pertussis” (um novo caminho no tratamento da “Tosse Convulsa”), referiu-se a esta descoberta e fez a apologia da nova terapêutica. Era sócio titular da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, desde 13-05-1947. Publicou: Dois casos de Sezonismo pernicioso em dois irmãos durante o “ictus” epidémico da endemia de sezonismo do Concelho de Alcácer do Sal, no Outono de 1936, (Lisboa Médica, nº 6, 1937); Um caso de parto gemelar prematuro desencadeado pela “Laveranea Malariae”; Morte dos dois gémeos nas primeiras horas a seguir ao parto (Lisboa Médica, nº 2, 1940); Cura clínica e parasitológica do “Status Malaricus” em alguns casos de terça maligna, por injecção endovenosa de água bidestilada, esterilizada, (Lisboa Médica, nº 2, 1940); Uma terapêutica simples, económica e de grande eficiência imediata no tratamento do antraz, (Imprensa Médica, nº 12, 1941); Tentâmende terapêutica anti-pertussis pelos produtos sintéticos da vitamina K, (Revista Portuguesa de Pediatria e Puericultura, nº 3, 1943); Nota prévia A Rila; Dados clínicos sobre uma doença rural de etiologia desconhecida, (Jornal da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, nº 5, 1955); A Rila, (A Medicina Contemporânea, nº 6, 1956); e Apontamentos clínicos e notas sobre o andaço pandémico gripal do Outono de 1957, no Concelho de Alcácer do Sal, comunicação à Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, em 15-04-1958.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alcácer do Sal (Cidade de Alcácer do Sal e Freguesia do Torrão – Rua Doutor Acácio de Abreu Faria).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Albufeira”

 

Câmara Municipal de AlbufeiraDIOGO Tavares de Melo LEOTE, Magistrado, nasceu em Albufeira, a 07-01-1849, e faleceu no Porto, a 08-03-1920. Era filho de Diogo Maria de Melo Leote, e de Maria Emília FariaCursou Direito em Coimbra, onde alcançou o Bacharelato. Fez carreira na Magistratura, desempenhando as funções de Delegado do Ministério Público, Juiz, Procurador da República junto da Relação do Porto e seu Desembargador.

Prestou serviço na Horta, Faro, Lagos, Porto de Mós, Portalegre, Olhão, Tavira, Valpaços, Évora e Porto.

Adepto monárquico, veio a aderir à República, tomando parte no chamado “Bloco”, em 1911. Sobraçou nesse ano a pasta da Justiça, entre 03 de Setembro e 12 de Novembro. Além de colaborar em revistas jurídicas, publicou “O Pão”.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Albufeira (Rua e Travessa Doutor Diogo Leote).

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª República (1910-1926)”, (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 262 e 263).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Albergaria-a-Velha”

 

Câmara Municipal de AlbergariaMANUEL MARQUES DE LEMOS, Médico, natural de Albergaria-a-Velha, nasceu em 1863 e faleceu a 31-08-1921. Era filho do Reitor Manuel Pedro Ferreira e de Margarida Augusta Marques de Lemos. Depois do seu casamento com D. Hermínia Henriques de Castro, neta do célebre liberal Dr. José Henriques Ferreira, passou a residir na setecentista casa de Santo António pertencente à família da mulher. Exerceu proficiente e dedicadamente a Medicina na vila e no Concelho, pois além de médico municipal foi-o ainda da Associação de Socorros Mútuos “A Operária Albergariense”, da Fábrica do Caima, em Albergaria-a-Nova e da Companhia do Caminho de Ferro do Vale do Vouga. Ainda estudante de Medicina, no Porto, tomou parte activa no grande movimento nacional contra a Inglaterra em consequência do “Ultimato”, tendo-se distinguido particularmente, durante a grande manifestação anti-britânica que percorreu as principais ruas de Albergaria, pelos discursos inflamados que proferiu em desafrontamento da “Honra da Pátria”.Depois de ter sido vereador no regime monárquico, foi o primeiro Presidente da Câmara, após a implantação da República, ao fazer parte da Comissão Republicana Municipal nomeada pelo Governador Civil do Distrito, tendo tomado posse a 12 de Outubro de 1910. Apesar da época de mudança, necessariamente conturbada, o seu curto mandato, de cerca de meio ano, foi moderado e a sua deliberação de rever a toponímia da Vila, apesar das radicais pressões políticas, fez-se, no cômputo geral, de forma criteriosa de modo que ainda se mantêm, na sua maior parte, os nomes dados então às ruas. Foi ainda colaborador dos jornais locais, particularmente na sua juventude. Faleceu na Casa de Santo António, em 31 de Agosto de 1921.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Albergaria-a-Velha (Rua Doutor Manuel Marques de Lemos)

Fontes: António Homem Albuquerque de Pinho, Jornal de Albergaria e “Gente Ilustre em Albergaria”.

“Os Centenários”

 

Paulo José TavaresPAULO JOSÉ TAVARES, Bispo, nasceu na Freguesia de Rabo de Peixe (Ribeira Grande), a 25-01-1920, e faleceu no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, a 12-06-1973. Era filho de José Evaristo Tavares e de Maria Luísa do Amaral. Estudou no Seminário Episcopal de Angra de 1931 a 1941. Na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, de 1941 a 1945, onde obteve a láurea em Direito Canónico com a tese «A Concordata entre a Santa Sé , Portugal e a Situação Jurídica da Igreja Católica em Portugal e alguns dos seus principais aspectos» de 1940; e na Pontifícia Academia Eclesiástica de 1945 a 1947. Entretanto, durante os seus estudos em Roma, no dia 24 de abril de 1943, foi ordenado sacerdote católico na Basílica de São João de Latrão.

Depois de concluir a sua formação diplomática na Pontifícia Academia Eclesiástica, ele trabalhou durante muitos anos na Secretaria de Estado da Santa Sé entre 1947 e 1961, sendo o primeiro açoriano a desempenhar um cargo neste importante dicastério da Santa Sé. Mais concretamente, ele desempenhou os cargos de adido, secretário, auditor e conselheiro de Nunciatura Apostólica.

Considerado muito próximo do futuro Papa Paulo VI, Paulo José Tavares foi nomeado Bispo de Macau no dia 24 de agosto de 1961 pelo Papa João XXIII. Foi sagrado bispo na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, no dia 21 de setembro de 1961, sendo o seu sagrante o Cardeal Secretário de Estado Amleto Giovanni Cicognani e os seus consagrantes o monsenhor Angelo Dell’Acqua e o Bispo de Leiria, D. João Pereira Venâncio.

Durante a Revolução Cultural chinesa em Macau entre 1966 e 1968, resistiu com êxito aos ataques da elite político-comercial chinês de Macau alinhada com Pequim, da frágil administração portuguesa de Macau, chefiada pelo governador Nobre de Carvalho, e defendeu intransigentemente a liberdade das escolas católicas. Apesar do seu empenho na educação, o Seminário Maior de S. José (Macau) deixou de funcionar, no verão de 1967, devido à falta de segurança em Macau. Os poucos seminaristas que ainda restaram em Macau terminaram os seus estudos em Hong Kong e em Leiria.

  1. Paulo José Tavares conseguiu que o Governo de Macau aumentasse o subsídio dos sacerdotes chineses, para equipará-los aos sacerdotes europeus, pertencentes à Missão do Padroado Português no Extremo Oriente. Ele nomeou António André Ngan Im-ieoc para governador do bispado (1966) e vigário-geral (1966-1974), sendo o primeiro padre chinês a ocupar estes cargos. As suas ações a favor do clero chinês criaram-lhe dissabores com o clero tradicional português e a frágil administração portuguesa de Macau.

Reorganizou as paróquias de Macau e a sua respectiva divisão territorial, dando à paróquia de São Lázaro uma nova natureza jurídica. Procedeu à ampliação da Igreja de São Lázaro e à construção da nova igreja paroquial de Nossa Senhora de Fátima (1967) e a da missão de Nossa Senhora das Dores (1966) em Ká-Hó, na ilha de Coloane. Visitou anualmente as missões portuguesas de Singapura e Malaca, embora ele e o Estado da Santa Sé fosse pela reintegração nas comunidades nacionais, estavam naquela altura dependentes da Diocese de Macau. Acolheu as Missionárias de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (1966), o Movimento dos Focolares e as Filhas de São Paulo (1969), sendo estas últimas vocacionadas para o apostolado dos meios de comunicação social.

Ocupou na hierarquia da Igreja um lugar de relevo, foi nomeado Bispo de Macau, pelo Papa João XXIII, a 24 de Agosto de 1961. Foi um hábil diplomata, tendo por isso, em 1945, sido laureado em Direito Canónico, pela Universidade Gregoriana e frequentado a Academia Eclesiástica, até 1947, desempenhou as funções de Adido, Secretário e Auditor da Secretaria de Estado do Vaticano, tendo ainda ascendido à elevada categoria de Conselheiro da Nunciatura do Vaticano. Faleceu em Lisboa mas ficou sepultado na terra da sua naturalidade.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Ribeira Grande (Freguesia de Rabo de Peixe – Avenida Dom Paulo José Tavares).

Fonte: “Seminário de Angra do Heroísmo”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município do Alandroal”

 

Câmara Municipal de AlandroalLUÍS FORTUNATO DA FONSECA, Médico e Político, natural do Alandroal, nasceu a 20-11-1859 e faleceu a 17-12-1934. Formou-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa em 1887, vindo a exercer clínica em várias localidades de província, em particular na Moita, e sendo Médico dos Caminhos-de-Ferro do Estado (linha do Sul e Sueste). Foi nomeado administrador do concelho da Moita e eleito Deputado à Assembleia Nacional Constituinte pelo círculo de Aldeia Galega (actual Montijo) (1911), passando depois a fazer parte do Senado em representação de Estremoz. Em 1915 voltou ao Senado como representante do círculo de Évora, eleito nas listas do Partido Democrático. Foi um dos representantes da Câmara Alta na Junta de Crédito Público. Colaborou em diversos jornais e revistas, utilizando por vezes o pseudónimo de Fausto de Azevedo.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alandroal. (* Freguesia de Nossa Senhora da Conceição – Rua Doutor Luís Fortunato da Fonseca).

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª República (1910-1926)”; (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 218).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 11, Pág. 566)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Aguiar da Beira”

 

Câmara Municipal de Aguiar da BeiraFREI JOAQUIM DE SANTA ROSA VITERBO, Escritor e Lexicógrafo, nasceu em Gradiz (Aguiar da Beira), a 13-05-1744, e faleceu em Fraga (Sátão), a 13-02-1822. Franciscano capucho desde 07-09-1760, cursou ciências Eclesiásticas no Colégio Universitário da Conceição, em Coimbra. Ensinou nas casas de formação da sua ordem e no Colégio da Lapa, reaberto pelo bispo de Lamego. Foi cronista da sua ordem, pregador e notário apostólico. Percorreu o País, estudando os arquivos oficiais, eclesiásticos e monásticos. O seu “Elucidário das Palavras, Termos e Frases, que Hoje Regularmente se Ignoram”, 1798-1799, em dois volumes, ainda é o único dicionário de termos portugueses antigos em desuso.

Obras principais: Elucidário das Palavras, Termos e Frases, Que em Portugal antigamente Se Usaram, e Que hoje regularmente Se Ignoram: Obras Indispensável para Entender sem Erro os Documentos mais Raros e Preciosos Que entre Nós Se Conservam, (1798, 2 tomos); Sermões Apostólicos e Originariamente Portugueses, (1791); Dicionário Portátil, (1825, é um resumo do Elucidário); História Universal e Cronológica da Igreja de Portugal, (manuscrito de material que não chegou a ser ordenado pelo autor).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Aguiar da Beira* (Vila e Freguesia de Gradiz – Rua Frei Joaquim de Santa Rosa Viterbo), Lisboa (Freguesia do Campo Grande, Rua Frei Joaquim de Santa Rosa Viterbo; Edital de 30-10-1997), Sátão (Rua Frei Joaquim de Santa Rosa Viterbo); Viseu (Rua Frei Joaquim de Santa Rosa Viterbo).

Fonte: “O Grande Livro dos Portugueses” (Círculo de Leitores, 1990, Pág. 517)

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. I, , Pág. 559 e 560; Publicações Europa América, Organizado pelo Instituto Português do Livro e da Leitura).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 536).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Águeda”

 

Câmara Municipal de ÁguedaJosé de BASTOS XAVIER, Engenheiro e Escritor, natural de Arrancada do Vouga, Freguesia de Valongo do Vouga (Águeda), nasceu a 29-10-1902 e faleceu a 25-03-1976. Foi Empregado Comercial, concluiu o Curso de Engenharia no Porto, ingressou no funcionalismo público e depois optou por trabalhar na indústria privada.

Foi Presidente da Câmara Municipal de Águeda (1964-1967), mas no final do mandato foi demitido do cargo por se recusar a substituir o Regedor de Recardães, monárquico, que exercia funções havia 22 anos.

Colaborou no primeiro número da revista Aveiro e o seu Distrito (Junho de 1966) com um artigo sobre a Lagoa de Fermentelos.

Pertenceu à geração dos Novos Prosadores, que integrou Escritores como Fernando Namora, Vergílio Ferreira, Mário Dionísio e outros.

Publicou Cana do Vento (Coimbra, 1944), o seu primeiro romance, Novos Claustros da Montanha (Coimbra, 1953); Arame Farpado (Lisboa, 1960); O Pátio (Braga, 1964); Galope na Sombra (Lisboa, 1970) e A Zorra (Braga, 1975).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Águeda (Rua e Travessa Engenheiro Bastos Xavier).

Fonte: “Candidatos da Oposição à Assembleia~Nacional do Estado Novo (1945-1973). Um Dicionário”, (de Mário Matos e Lemos, Luís Reis Torgal, Coordenador, Colecção Parlamento, Edição da Assembleia da República, 1ª Edição, Lisboa, Outubro de 2009, Pág. 296 e 297).