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No dia em que passa mais um aniversário do seu nascimento, lembramos o Arouquense Coelho da Rocha, que faz parte da Toponímia da Capital.

 

PENTAX ImageManuel António COELHO DA ROCHA, Advogado, Político e Professor, nasceu em Covelas, Freguesia de São Miguel do Mato (Arouca), a 30-04-1793, e faleceu no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, a 10-08-1850. Era filho de José Francisco da Rocha e de Ana Maria Coelho, lavradores.

Estudou as primeiras letras em Lousada e fez os Estudos Preparatórios no Porto, onde cursou Filosofia e Francês na Academia de Marinha e Comércio.

Matriculou-se no Curso de Leis da Universidade de Coimbra (31-10-1811) e aí obteve os graus de Bacharel (13-06-1815), Licenciado (30-07-1817) e Doutor (05-04-1818).

Regeu a cadeira de Direito Canónico no Seminário de Viseu (1817), recebeu Ordens Menores no Porto (1819 ou 1820) e foi Colegial do Colégio de S. Pedro (1822).

A sua adesão aos princípios liberais criou obstáculos ao seu ingresso como Lente na Universidade de Coimbra, onde foi opositor desde 1822 e proferiu algumas lições de Direito Público Constitucional que contaram com numerosa assistência. Ainda leccionou como Lente substituto extraordinário (1827-1828), mas com o advento do miguelismo retirou-se para a sua terra natal e aí praticou Advocacia. Regressou a Coimbra em 1834, onde finalmente se tornou Lente Proprietário, por proposta de José Alexandre de Campos (30-07-1834, confirmada por carta de D. Maria II de 25-11-1834). Até 1837 manteve-se na Faculdade de Leis, ano em que transitou para a Faculdade de Direito, na qual se manteve até à sua morte. Nomeado membro da Junta da Direcção-Geral dos Estudos (21-06-1834), ainda nesse ano exerceu o cargo de Vice-Reitor interino da Universidade (12-08-1834-1835).

Desempenhou ainda as funções de Deputado proprietário do Conselho Director do Ensino Primário e Secundário (07-07-1840) e de Vogal do Conselho Superior de Instrução Pública.

Foi eleito Deputado para a Legislatura de 1822-1823 como primeiro substituto pela divisão da Feira, província da Beira. Tendo sido eleito para a Legislatura de 1834-1836 pela província do Douro.

Publicou várias obras de relevo no campo do Direito, como o Ensaio sobre a História do Governo e da Legislação de Portugal, para Servir de Introdução ao Estudo do Direito Pátrio (1811), e as célebres Instituições de Direito Civil Portuguez para Uso dos Seus Discípulos (1848).

Recebeu o grau de Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Arouca; Coimbra; Lisboa (Freguesia de Santo Condestável, Edital Camarário de 23-05-1882); Oeiras (Freguesia de Linda-a-Velha).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar”, (1834-1910), (Vol III, de N-Z), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, (Pág. 485 e 486).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Ansião”

 

Câmara Municipal de AnsiãoFERNANDO TRAVASSOS, Médico, nasceu em Nogueira, Freguesia de Arganil (Arganil), a 01-02-1922, e faleceu em Ansião, a 27-01-2018. Formou-se em Medicina, em 1948, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Chegou a Ansião em 1950 como Médico do Hospital da Misericórdia de Ansião, cedo conquistando as gentes da região pelas suas qualidades humanas e pela excelência do seu profissionalismo.

Demonstrando sempre um grande interesse e envolvimento pela terra, foi sócio fundador do Clube de Caçadores de Ansião; fundador da Comissão de Festas do Concelho na organização do Cortejo do Povo, em 1962; Director Adjunto do jornal Serras de Ansião, de 1965 a 1973; membro do Grupo de Iniciativa e Melhoramentos do Concelho de Ansião e da Comissão de Melhoramentos “Os Amigos de Ansião”; Vice-Presidente do Conselho Fiscal da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ansião; Presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Filarmónica Ansianense de Santa Cecília; Director do Centro de Saúde de Ansião de 1974 a 1992; Sócio Honorário da Sociedade Filarmónica, eleito em 1977.

Foi homenageado pelos profissionais de saúde, com o descerramento de uma lápide no Centro de Saúde de Ansião, a 24 de Janeiro de 1992, ano em que completou 70 anos de idade e foi aposentado.

Foi, também, condecorado pelo Município de Ansião com a Medalha de Honra, Grau Ouro, a 23 de abril de 1999. Foi também homenageado na toponímia local.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Ansião (Rua Doutor Fernando Travassos).

Fonte: “Câmara Municipal de Ansião”

Recordamos hoje, o Matemático e Professor Português, a quem o Estado Novo obrigou a emigrar, no dia em que passa mais um aniversário do seu nascimento.

 

 

Zaluar NunesManuel Augusto ZALUAR NUNES, Matemático e Professor, nasceu em Lisboa , a 29-04-1907,e faleceu no Brasil, em 1967. Licenciou-se em Ciências Matemáticas na Faculdade de Ciências de Lisboa, tendo sido bolseiro do Instituto de Alta Cultura, de 1934 a 1937, no Instituto Henri Poincaré e Instituto de Estatística da Universidade de Paris (Geometria Superior e Estatística Matemática) e bolseiro do Governo Francês (MNE), em 1948-1949, no Instituto de Estatística da mesma Universidade. Em 1949-1950 foi “attaché de recherches” no “Centre National de la Recherche Scientifique”. Foi 2º Assistente do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, por nomeação de 31-10-1928 e, novamente, de 06-01-1933.

Foi depois Professor Auxiliar contratado da Faculdade de Ciências de Lisboa, por nomeação de 16-12-1939, e Professor Catedrático do Instituto Superior de Agronomia, funções que exerceu até 1947, ano em que foi desligado do serviço por motivos políticos.

Foi, desde 1953, Professor da Faculdade de Filosofia e na Escola de Engenharia do Recife (Brasil) e um dos componentes do Instituto de Física e Matemática da mesma Universidade. Foi um dos fundadores da Gazeta de Matemática, de que foi redactor principal durante uma dezena de anos. Foi, também, um dos fundadores da Portugaliae Mathematica, de que foi editor desde 1946. Membro de várias sociedades de Matemática e Estatística, nacionais e estrangeiras, e sócio fundador da Sociedade Portuguesa de Matemática, a que presidiu em 1956.

Publicou, além de vários artigos didácticos e críticas de obras na Gazeta de Matemática, os seguintes trabalhos. Elementos de Cálculo das Probabilidades e de Estatística Matemática, de colaboração com o Dr. Mário Santos, e Exercícios de Álgebra, de colaboração com o Dr. A. Ribeiro Monteiro. Foi colaborador da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.

Portuguesa e Fonte: “Grande Enciclopédia Brasileira, Volume 37, Pág. 179”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Angra do Heroísmo”

 

Câmara Municipal de Angra do HeroísmoEDUARDO Augusto da Rocha ABREU ,Médico e Político, nasceu em Angra do Heroísmo, a 08-04-1856, e faleceu em Braga, a 04-09-1912. Era filho de Bento José de Matos Abreu, negociante e capitalista,  e Rosa Amália de Rocha Matos.

Fez os Estudos Preparatórios em Coimbra e formou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, onde também se Doutorou em 1887. Deslocou-se ao estrangeiro para estudar as mais modernas medidas de assistência pública em caso de epidemias e as últimas novidades científicas.

Ainda durante o curso foi aceite como sócio da Academia das Ciências de Lisboa e de outras instituições científicas internacionais. Participou nas comemorações dos centenários do Marquês de Pombal e de Camões realizadas em Coimbra.

Foi eleito Deputado, nas listas do Partido Progressista, em 1887 e 1890. Após o Ultimato aderiu ao Partido Republicano, em cujas listas foi eleito Deputado em 1892 e 1894. Em 1896 recusou voltar a candidatar-se ao Parlamento, enquanto durasse o regime monárquico.

Por ocasião da questão com a Inglaterra (1890) entrou para o Partido Republicano e foi um dos mais activos promotores das manifestações anti-inglesas em Lisboa. Após a proclamação da República voltou a ser eleito Deputado à Assembleia Constituinte e, depois, Senador, pelo círculo de Angra do Heroísmo.

A sua colaboração na imprensa periódica iniciou-se no seu tempo de estudante ao escrever num jornal denominado Zé Pereira (inspirado no nome do então Governador Civil de Coimbra, José Pereira Pinto dos Santos). Colaborou ainda em diversas revistas científicas e jornais, entre eles o Diário de Notícias.

Foi iniciado maçon, por comunicação, em 1892, na loja Simpatia, de Lisboa.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Angra do Heroísmo (Rua Doutor Eduardo Abreu).

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 01, Pág. 118)

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª República” (1910-1926), (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 75 e 76)

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol I, de A-C), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, Pág. 38, 39, 40, 41 e 42”.

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Anadia”

 

Câmara Municipal de AnadiaAugusto CANCELA DE ABREU, Engenheiro e Político, nasceu em Arcos (Anadia), a 14-08-1895, e faleceu em Lisboa, a 26-04-1965. Era filho de Abel de Matos Abreu e de Maria José Monteiro Cancela. Estudou Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico.

Desempenhou vários cargos directivos em companhias de Caminhos-de-Ferro. Em 1941 é designado Presidente da Direcção da Sociedade Estoril (empresa de Caminhos-de-Ferro, exploradora do Casino do Estoril e de hotéis).

Em 1934 era Presidente da Comissão Concelhia e Vogal da Comissão Distrital de Lisboa da União Nacional (UN). Deputado nas duas principais Legislaturas do Estado Novo (1935-1942) e, mais tarde (1950-1958).

A 06 de Setembro de 1944 foi nomeado Ministro das Obras Públicas e Comunicações. Por sugestão de Marcelo Caetano transitou para o Ministério do Interior, na sequência da remodelação governamental de Fevereiro de 1947. Cateano contava com Cancela de Abreu para renovar e preparar a UN para as eleições presidênciais de 1949. Será exonerado do Ministério do Interior em Agosto de 1950, transitando a Vogal e Presidente da Comissão Executiva da UN. Apoiou Mário de Figueiredo no seu esforço de restauração monárquica, na primeira reunião do «conselho privado» de Salazar, após a morte de Carmona. Porém, a fidelidade a Caetano fê-lo sacrificar a sua convicção monárquica. Ao contrário de Mário de Figueiredo e de Lumbralles, participa na reunião do «conselho privado» que, em Junho de 1951, propõe a candidatura de Craveiro Lopes à presidência da República. No III Congresso da UN, realizado em Novembro do mesmo ano em Coimbra, não autorizou a apresentação de uma «tese colectiva» por parte dos restauracionistas.

Em Novenbro de 1958, ocupou o cargo de 1º Vice-Presidente da Câmara Corporativa. Foi membro nato do Conselho de Estado.

Condecorado com a Comenda da Ordem do Mérito Agrícola e Industrial (Classe do Mérito Industrial), Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, Grã-Cruz da Ordem Militar de Isabel a Católica (Espanha), Medalha de Ouro do Sport Lisboa e Benfica.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alcanena, Anadia (*)., Entroncamento; Portimão.

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume I de A-L), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 85, 86, 87 e 88).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Amares”

 

Câmara Municipal de AmaresANTÓNIO VARIAÇÕES era o nome artístico de António Joaquim Rodrigues Ribeiro, Músico e Cabeleireiro, nasceu no Lugar do Pilar, a Freguesia de Fiscal (Amares), a 03-12-1944, e faleceu em Lisboa, a 13-06-1984. Era o quinto dos dez filhos de Deolinda de Jesus e de Jaime Ribeiro, António faz os seus estudos na Escola local, ajudando no resto do tempo os pais no campo. Mas a paixão pela música demonstrada desde tenra idade fá-lo-á esquecer muitas vezes os trabalhos da lavoura em favor das romarias e folclore locais.

Aos 11 anos, terminada a instrução primária, experimenta o primeiro ofício em Caldelas. ” Ia fazer quinquilharias, mas passado pouco tempo desistiu.

Mal completa 12 anos abandona a terra natal rumo a Lisboa. Vem para ser marçano, mas acabará por trabalhar num escritório. A tropa fá-la em Angola, mas sem antes pedir à mãe que lhe acenda uma vela a Santo António para protecção. Regressa são e salvo. Mas logo volta a partir, desta feita para Londres, onde permanece um ano a lavar pratos num colégio.

Profundo admirador de Amália Rodrigues, tentou por diversas vezes a carreira artística, sem qualquer resultado nem interesse por parte das editoras. Tal facto levou-o a emigrar, deambulando entre a França, a Holanda, os Estados Unidos e a Inglaterra, onde cantou na rua, em bares, praças e outros locais públicos. Em Inglaterra, aprendeu o ofício de barbeiro e foi nessa actividade que se estabeleceu no seu regresso a Lisboa, abrindo um pequeno estabelecimento na Rua da Fé. Tornou-se uma figura típica de Lisboa, sendo conhecido pela sua aparência extravagante marcada pelas roupas bizarras e coloridas e a barba longa e estilizada.

Em 1982, saiu o seu primeiro single, como António Variações, com «Povo que lavas no Rio» e «Estou Além». E em pouco mais de um ano, transformou-se num caso de popularidade na música portuguesa com uma inovadora exuberância em palco.

Em 1983, foi editado o seu primeiro álbum intitulado Anjo da Guarda, com êxitos como «É P’ra Amanhã…» ou «O Corpo É que Paga», num estilo que ele próprio definiu como estando «entre Braga e Nova Iorque», ao reunir folclore, rock, pop, blues e fado.

Em 1984 gravou o seu segundo e último álbum –Dar e Receber –, no qual se revelou como sucesso a «Canção do Engate». A sua música manteve-se até hoje com recriações por vários grupos e, 20 anos após a sua morte foi mesmo lançado o projecto Humanos, construído a partir de inéditos seus.

A sua carreira, embora curta, foi pontuada por vários sucessos comerciais, dos quais se destacam canções como »A Canção do Engate, O Corpo é Que Paga, e É Para Amanhã«.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Amares (Freguesias de Ferreiros e Fiscal – Avenida e Rua António Variações); Cascais (Freguesia de São Domingos de Rana); Lisboa (Freguesia do Parque das Nações, Edital de 24-09-1998, ex-Rua B do Bairro do Oriente).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 518).

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

Samuel Morse, o Inventor do “Código Morse”, na Toponímia nacional”

 

Samuel MorseSAMUEL Tinley Breese MORSE, Cientista e Inventor, nasceu em Charlestown (Massachusetts) Estados Unidos da América, a 27-04-1791, e faleceu em Nova Iorque (Estados Unidos da América), a 02-04-1872. Físico e Pintor. Concebeu o primeiro sistema de telégrafo eléctrico e inventou o código que tem o seu nome, Código de Morse, para enviar mensagens por telégrafo. Era filho de um geógrafo e pastor protestante estudou no Yale College e mostrou interesse pela eletricidade e pela pintura de retratos. Recebeu formação artística na Inglaterra e de volta para os Estados Unidos tornou-se um retratista de prestígio. Obteve recursos para fundar a Academia Nacional de Desenho de Nova York e torna-se o primeiro presidente da Instituição.

Cursou na Universidade de Yale e, mais tarde, interessou-se pelo estudo de Física e de Química, embora a pintura o tenha atraído desde a adolescência.

Em 1835, construiu um aparelho que designou “Recording Electric Telegraph” com o qual transmitiu sinais a um quilómetro de distância, mas não os recebia pela mesma linha, efeito que só conseguiu dois anos depois. Só em 1843, conseguiu um subsídio para construir a primeira linha telegráfica.

Em 1844. Com a ajuda estatal, instalou a primeira linha telegráfica do mundo entre as cidades de Washington e Baltimore (Estados Unidos da América).

Pelas suas descobertas, foi premiado com numerosas distinções provenientes da maior parte do Mundo.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Montijo (Rua Samuel Morse)

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 17, Pág. 910)

Fonte: “Grande Enciclopédia do Conhecimento”, (Volume 11 Pág. 1853 e 1854)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Amarante”

 

Câmara Municipal de AmaranteMANUEL Aníbal da Costa MONTERROSO, Médico e Caricaturista, nasceu na freguesia da Lomba (Amarante), a 01-02-1876, e faleceu em Matosinhos, a 28-02-1968. Fez os estudos no Porto, concluindo em 1902, na antiga Escola Médico-Cirúrgica, o curso de Medicina. E foi precisamente da época de estudante que principiou a sua colaboração com A Paródia, de Rafael Bordalo, com quem manteve uma estreita relação de amizade. Gaças a um intenso labor artístico, presenteou com obras suas todas as publicações ilustradas da época, das quais se destacam: Tauromaquia Alegre, de Guedes de Oliveira, em 1912, Último Curso do Doutor Lebre, de Ângelo Vaz, em 1951, três anos depois Porto 1900, de Arnaldo Leite, entre outros.

O seu talento não se limitou ao desenho, tendo modelado diversas jarras com figuras adaptadas e outras a imitar o antigo. No biénio de 1944-1945 realizou diversas exposições conjuntas com Alfredo de Morais e Francisco Valença, amigos e companheiros de arte, na Sociedade de Belas-Artes, no Salão Silva Porto e no salão de festas do Coliseu.

Dedicou-SE particularmente à Caricatura, deixando colaborações em: Os Pontos, A Paródia, Faro de Vigo, A Brasileira, O Vira, Arte, O Povo, O Comércio, A Luz, O Tripeiro, Límia, O Primeiro de Janeiro, A Montanha, Cocorocó, A Maria Rita, Diário de Notícias, O Século, Ilustração Portuguesa, A Capital, A Águia, A Lanterna, ABC, Sempre Fixe, O Comércio do Porto.

O percurso Médico esteve sempre ligado à clínica e ao desempenho de cargos oficiais. Foi, durante 40 anos, Delegado de Saúde do Porto, Médicolegitas dos Tribunais do Porto e Médico-Especialista da Direcção dos Caminhos de Ferro e do Estado, bem como da Assistência Nacional aos Tuberculosos. Foi, ainda, Professor de Anatomia Artística da Escola de Belas-Artes do Porto.

Foi agraciado com o título de Cavaleiro da Ordem de Santiago de Espanha, com a Medalha da Cruz Vermelha e do Instituto de Socorros a Náufragos.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Amarante (Rua Doutor Manuel Monterroso); Matosinhos e Porto.

Fonte: “As Caricaturas da Primeira República, de Osvaldo Macedo de Sousa, Edição promovida pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, no âmbito do Programa das Comemorações do Centenário da República. Edições Tinta-da-China, 1ª Edição, Setembro de 2010, Pág. 196”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Amadora”

 

Câmara Municipal de AmadoraJoão Camilo FÉLIX CORREIA, Jornalista e Escritor, nasceu na Amadora, a 15-05-1901, e faleceu em Lisboa, a 18-06-1969. Frequentou o Liceu e foi empregado de Comércio. Defensor da causa monárquica, entrou aos 17 anos para a Redacção de »A Monarquia« e, a partir de 1922 foi Redactor do do »Diário de Lisboa«, depois de ter passado pelo jornal da tarde O Liberal.

De 1934 a 1957, desempenhou o cargo de Chefe de Redacção do »Jornal do Comércio e das Colónias«. Em 1940 assumiu a direcção da revista »A Esfera«, paga pela propaganda alemã nazi. Militante do Integralismo Lusitano, tomou parte activa em movimentos de carácter nacionalista e monárquico.

Foi Director do Sindicato dos Profissionais da Imprensa de Lisboa, sócio-fundador e membro da primeira direcção do Sindicato Nacional dos Jornalistas, sob a égide do corporativismo salazarista.

Entre outras obras, publicou: »A Jornada de Monsanto: Um Holocausto Trágico«, (de 1919), »O Pesadelo dos Sobas«, (de 1919), A Última Quimera (1919); »Sangue, Mocidade, Amor« (de 1924), e »Quem Vem Lá? Gente de Paz! Gente de Guerra«, (reportagens da guerra civil de Espanha, de 1940); A Guerra Vai Acabar!, (1941); A Voz do Trabalho, (s/d)¸Carta aos Trabalhadores, (s/d); Quem Matou o Rei D. Carlos?, (reportagens e entrevistas, s/d).

O seu faz parte da Toponímia de: Amadora (Praça Félix Correia): Lisboa (Freguesia de Benfica – Rua Félix Correia); Seixal (Freguesia de Fernão Ferro – Rua Félix Correia).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. IV, Publicações Europa América, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Leituras, Coordenação de Ilídio Rocha, Edição de 1997, Pág. 88)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 161).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município do Alvito”

 

Câmara Municipal de AlvitoLUÍS CERQUEIRA, Bispo, nasceu no Alvito, em 1552, e faleceu em Nagasáqui (Japão), a 16-02-1614. Último Bispo português no Japão. Jesuíta desde 1566, leccionou Filosofia no Colégio das Artes (1581-1585) e era Professor de Teologia em Évora (1589-1592) quando foi escolhido para Bispo do Japão, em 1592.

Doutorou-se ainda antes de receber a sagração episcopal. Deixou Lisboa em 1594 e desembarcou em Nagasáqui em 1598. Nos 16 anos de actividade pastoral criou as primeiras paróquias, promoveu a formação do clero e conseguiu muitas conversões. Publicou, além de 29 opúsculos de teses filosóficas, Relação da Morte Que Seis Cristãos Japões Padeceram pela Fé de Cristo, 1606 (traduzido em sete línguas), e Relação da Morte de Belchior Bugendono de Damião Cego Mortos no Japão pela Fé, 1608.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alvito (Rua Doutor Luís Cerqueira).

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 146).