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Mário Castrim, Crítico de Televisão que muitos temiam, e que todos respeitavam, se fosse vivo, faria hoje 100 anos de vida. Aqui fica a nossa homenagem.

 

Mário Castrim (Travessa) (Azeitão)MÁRIO CASTRIM, pseudónimo de Manuel Nunes da Fonseca, Jornalista, Escritor e Crítico, nasceu em Ílhavo, a 31-07-1920, e faleceu em Lisboa, a 15-10-2002. Poeta, cronista, crítico de televisão e autor de histórias infantis. Iniciou a sua actividade profissional como Professor do Ensino Técnico, mas cedo optou pelo Jornalismo. Coordenou nos anos sessenta o suplemento juvenil do Diário de Lisboa, no qual se revelaram poetas tão importantes como José Agostinho Baptista, Joaquim Pessoa, Vítor Oliveira Jorge, ou prosadores como Hélia Correia e Maria Regina Louro, e, no mesmo jornal, manteve durante muitos anos a combativa crítica diária de televisão «Canal da Crítica». Ainda no Diário de Lisboa, publicou, em 1980, uma série de «Peças à la Minute», de «incisivo recorte crítico». Deixou também colaboração em Vértice e O Professor. Prefaciou As Citações de Américo Tomás, (coordenação de Abílio Belo Marques, 1978) e Torre Cinzenta: Poemas da Prisão, (de José Magro, 1980). Jornalista de vigorosa capacidade interventiva, marcou definitivamente várias gerações de leitores. Teve, também, uma coluna de crítica televisiva no semanário Tal e Qual. Na literatura destacou-se sobretudo na área infantil. Era casado com a Escritora Alice Vieira.

Obras principais: Nasceu para Lutar, (1964); O Homem na Cidade, (1968); Histórias com Juízo, (1969); O Cavalo do Lenço Amarelo É Perigoso, (1971); As Mil e Uma Noites, (adaptação, seis fascículos, 1971); História do Fundo do Mar, (1975); Viagens, (1977); História da Intersindical, (1978); Estas São as Letras, (1979); Colóquio, (1979); Nome de Flor, (1979); URSS, Reportagem a Seis Vozes, (em colaboração, 1980); Com os Fantasmas Não se Brinca, (1987); A Caminho de Fátima, (1992); Váril, o Herói, (1993); O Caso da Rua Jau, (1994); Televisão e Censura, (1996); Histórias da Televisão Portuguesa, (1997).

O seu nome faz parte da Toponímia de Beja, Lisboa (Freguesia do Lumiar, Edital de 10-02-2004), Palmela (Freguesia de Pinhal Novo), Seixal (Freguesia de Corroios), e Setúbal (*Azeitão).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol V, Pág. 65 e 66), Publicações Europa-América, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas.

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 71).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Peso da Régua”

Câmara Municipal de Peso da RéguaGASPAR TEIXEIRA de Magalhães Lacerda, Militar, natural de Vila Real, nasceu a 21-07-1763 e faleceu em 1838. Era filho de António Teixeira de Magalhães Lacerda, Fidalgo da Casa Real e Senhor da Casa da Calçada, em Vila Real, e de D. Ana Teresa Pereira Pinto de Azevedo Sotomaior. Casou em 03 de Agosto de 1795, com D. Maria Antónia de Sousa da Silva Alcoforado e Lencastre, filha e herdeira dos 1º Barões de Vila Pouca.

Assentou praça no Regimento de Cavalaria nº 12. Oficial de cavalaria, foi promovido a Capitão em 1797 por ter apresentado, à sua custa, uma companhia de cavalos. Bateu-se na Guerra Peninsular, sendo Marechal-de-Campo em 1815.

Em 1820 aderiu à revolução liberal e em 1822 assumiu o governo das armas de Trás-os-Montes. Descontente com a política liberal, tornou-se miguelista (1823) e foi feito Visconde de Peso da Régua por decreto de 04-07-1823.

Tenente-General desde 1827, comandou as tropas de Dom Miguel no cerco do Porto (1832) e na defesa de Lisboa (1833). Incompreensivelmente decidiu abandonar a capital (24-07-1833), apesar de dispor de 12 000 homens para combater os 1600 do Conde de Vila Flor. Entregou-se aos liberais muito antes da Convenção de Évora Monte.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Peso da Régua (Freguesia de Fontelas – Rua Gaspar Teixeira).

Fonte: “Os Generais do Exército Português”, (II Volume, I Tomo, Coordenação do Coronel António José Pereira da Costa; Biblioteca do Exército, Lisboa, 2005, Pág. 95, 96 e 97)

Fonte: Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 289).

Nuno Teixeira, Realizador da RTP, um dos mais carismáticos Realizadores deixou-nos ontem. Aqui deixamos um pouco da sua grande obra.

 

Nuno TeixeiraNUNO José Dias TEIXEIRA, Realizador da RTP, nasceu na Freguesia de Silgueiros (Viseu), a 24-09-1943, e faleceu em Lisboa, a 29-07-2020. Era um mítico Realizador e foi um dos grandes nomes da RTP, tendo estado a seu cargo alguns dos mais importantes programas desta estação televisiva.

Nuno Teixeira faleceu esta quarta-feira, dia 29 de julho de 2020, aos 76 anos, vítima de insuficiência respiratória. Este mítico realizador foi um dos grandes nomes da RTP, tendo estado a seu cargo alguns dos mais importantes programas desta estação televisiva.

Foi pouco depois de completar os 20 anos que ingressou na RTP, a 6 de Novembro de 1963, donde actualmente estava reformado. Foi Assistente de Realização, Produtor, Director de Produção, Realizador e ainda fez parte da Administração da RTP durante um período.

Do seu currículo ficam para sempre marcados programas que realizou como: “A Loja do Mestre André”, (em 1978); “Eu Show Nico”, (em 1980); “Sabadabadu”, (em 1981/1982); “O Tal Canal”, (em 1983); “Palavras Ditas”, (em 1984); “Eu Show Nico”, (em 1897); “Lá Em Casa Tudo Bem”, (em 1987/1988); “Humor de Perdição”, (1988); “Pisca-Pisca” (em 1989); “Casino Royal”, (em 1990); “Palavras Vivas”(em 1990); “Os Bonecos da Bola” (em 1992); “Frou-Frou” (em 1995), entre muitos outros.

Realizou também inúmeras Telenovelas, das quais se destacam “Vila Faia”, (em 1982), a primeira Telenovela portuguesa; “Origens”, (em 1983); “Chuva na Areia” (em 1985); e “passerelle”, (em 1988/1989). Foi ainda o Realizador da versão televisiva da peça “Mãe Coragem e os seus Filhos”, com Eunice Muñoz, que lhe valeu um Prémio de Realização.

Foi no entretenimento que Nuno Teixeira mais se notabilizou, tendo sido também realizador de inúmeros Festivais ao longo das décadas de 80 e 90, como por exemplo ”Festival da Canção 1980”, o primeiro a cores, “Festival da Canção 1990”,”Festival da Canção 1992”, “Festival da Canção 1993”, Festival da Canção 1994” e “Festival da Canção 1995” Podemos ainda recordá-lo em entrevistas para a RTP nos bastidores dos certames de 1994 e 1995.

Nuno Teixeira foi Realizador dos tempos de antena da campanha presidencial de Mário Soares e também esteve presente na campanha de António Guterres, que o levou à vitória nas Eleições Legislativas de 1995. Foi de Nuno Teixeira a ideia de abrir os comícios ao som de Vangelis. Nuno Teixeira foi condecorado como Grande-Oficial da Ordem de Mérito.

Fonte: “festivaiscancao.wordpress.com”, (por Miguel Meira)

Fonte: “Jornal do Centro”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Peniche”

 

 

Câmara Municipal de PenicheDOM JERÓNIMO DE ATAÍDE, 6º CONDE DE ATOUGUIA, Militar, natural de Lisboa, nasceu em 1610 e faleceu a 16-08-1665. Era filho de Dom Luís de Ataíde, 5º Conde de Atouguia, e de Filipa de Vilhena, Marquesa de Atouguia, que o armou, e o seu irmão D. Francisco Coutinho, para a Revolução de 1640. Casou duas vezes, a primeira com D. Maria de Castro, com geração. A segunda com D. Leonor de Meneses.

Terminou, pois, o ano de 1648 sem que nesta parte do País houvesse qualquer acção importante. No princípio do ano seguinte, tendo Francisco de Sampaio pedido a exoneração de Governador, foi substituído pelo Conde de Atouguia, D. Jerónimo de Ataíde, o qual veio logo com sua família para Chaves e com o maior zelo se entregou à organização da defesa da sua Província.

Os castelhanos vendo a praça de Chaves melhor guarnecida, desistiram do seu propósito de invasão por esta parte da fronteira, mas reuniram forças para atacar Bragança e Miranda, onde a defesa era muito deficiente.

O Conde avisado deste intento do inimigo, imediatamente partiu para Bragança, deixando a praça de Chaves governada pelo Comissário Geral de Cavalaria Henrique do Lamorlé. Dotado de ânimo ousado, resolveu saquear Ombra, não encontrando resistência alguma.

Os galegos, porém, reunindo apressadamente 350 cavalos e 1.500 infantes, marcharam sobre o pequeno destacamento português e em curto combate o combateram e derrotaram. Joane Mendes acudiu logo, até que o Conde de Atouguia, muito desgostoso, veio de Bragança a e assumir o governo. Pouco depois, um destacamento espanhol de 180 cavalos e 700 infantes, tentou assolar a nossa veiga. O Conde de Atouguia, levando sob as suas ordens180 cavalos e 200 infantes derrotou o destacamento castelhano que teve de retirar com grandes perdas.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Chaves (Rua Dom Jerónimo de Ataíde); Peniche (Rua Dom Jerónimo de Ataíde); Sesimbra (Freguesia da Quinta do Conde – Rua Condes de Atouguia).

Fonte: “Toponímia Flaviense”, (de Firmino Aires, Editado pela Câmara Municipal de Chaves, Edição de 1990, Pág. 129)

“Pessoas Vinculadas aos C.T.T.”

 

CTTJOAQUIM Maximiano MADEIRA PINTO, Político, nasceu no Fundão, em 1807, e faleceu em Lisboa, a 28-08-1872. Oficial da Administração Central do Correio de Lisboa (CTT). Defensor das ideias liberais, sofreu duras perseguições durante o governo miguelista, andando de prisão em prisão, bem como toda a sua família, com todos os seus bens confiscados, até que pôde refugiar-se em Lisboa, precisamente em casa de um miguelista que se revelou um homem bondoso, e, depois, no Colégio dos Inglesinhos, no Bairro Alto, de onde, por diligências dos padres irlandeses, seguiu para um navio de guerra britânico, a Nau Ásia, que o transportou para o Porto, já ocupado pelo exército liberal, em que se alistou, juntamente com outros companheiros de fuga. Como voluntário do regimento de D. Maria II, participou em toda a campanha, voltando, quando ela terminou, a dedicar-se aos seus negócios particulares.

Teve parte muito activa, porém, nas lutas civis, desde 1835 a 1851, sendo partidário da Junta do Porto, criada pela Revolução de 1846, o que lhe motivou novas perseguições políticas. Esteve envolvido, juntamente com Mendes Leite, Manuel de Jesus Coelho, António José Duarte Nazaré, Joaquim Henriques da Fonseca, Luís Rego Leite, Borges Diniz, Pereira e Horta e Francisco Casimiro Júdice Samora, no famoso processo das “hidras”, anulado por um acórdão do Tribunal em 04-11-1848.

Emigrou então para o Rio de Janeiro (Brasil), pois a perseguição continuava, com sua mulher, Eleonida Rosa Mendes e seu filho Ernesto Madeira Pinto, regressando à Pátria na Nau Vasco da Gama, quando se promulgou a amnistia de 1851.

Tinha perdido a sua saúde e todos os seus bens, e ficou a dever à amizade de José Estevão a sua colocação nos Correios.

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 15, Pág. 848)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Penela”

 

Câmara Municipal de PenelaANTÓNIO BORGES COELHO, Comerciante e Autarca, nasceu na Freguesia de Pinhanços (Seia), em 1886, e faleceu na Freguesia de Espinhal (Penela), em 1957. Veio para Espinhal, com 12 anos de idade, para empregado da firma de Neves Loureiro, seu padrinho, de quem viria a ser sucessor e continuador da grande casa comercial que criaram e desenvolveram.

Enquanto Presidente da Junta de Freguesia, entre outras realizações, deve-se-lhe a criação da Feira Mensal de gado, importantíssima decisão que muito viria a contribuir para o desenvolvimento do Espinhal.

António Borges Coelho era homem de grande abertura de espírito e pioneiro das técnicas mais avançadas e modernas na vila. Foi sempre um homem de iniciativas e projectos, dos quais sobressai o aproveitamento hidroeléctrico da Pedra da Ferida, que não foi concretizado. A ele se deve também o aparecimento no Espinhal dos grandes inventos que começaram a espantar o mundo: a magia do cinema, a rádio, a fotografia, o gramofone, os inter – comunicadores, etc. e até a energia eléctrica fornecida por um gerador que inventou.

Por outro lado, tinha uma actividade comercial muito diversificada. O seu estabelecimento, verdadeiro antecessor dos modernos hipermercados, foi agência de bancos, companhia de seguros, produzia trabalhos de fotografia e de tipografia, para além de uma imensa variedade de artigos que oferecia e, dos quais dependiam muitas das profissões e artes existentes na época.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Penela (Freguesia de Espinhal – Rua António Borges Coelho).

Fonte: “Junta de Freguesia de Espinhal”

“O Centenário de Sidónio Muralha”

 

Bichos, Bichinhos e BicharocosSIDÓNIO de Araújo MURALHA, Escritor, nasceu na Madragoa (Lisboa), a 28-07-1920, e faleceu em Curitiba (Brasil), a 09-12-1982. Filho do jornalista Pedro Muralha. Poeta e ficcionista da fase inicial do neo-realismo, a cuja estética e projecto social se manteve fiel. Antifascista como tantos outros companheiros de agrupamento desta tendência literária, viu-se obrigado a procurar longe da Pátria a liberdade de expressão que esta lhe negava.

Especialista de questões empresariais, partiu ainda jovem para o Congo Belga, donde em 1962 saiu para o Brasil, onde continuou a sua actividade profissional como consultor económico e financeiro de empresas. Viveu em S. Paulo, onde fundou a editora Giroflé, e Curitiba, onde o seu labor literário se viu galardoado, bem como os seus méritos reconhecidos. Em 1980 o Internacional Board on Books for Young People, ao reunir o Júri para o Prémio Hans Christian Andersen, decidiu que a obra do escritor, Todas as Crianças da Terra, figurasse na sua lista de honra.

Obras principais: Poesia: Beco, (1941); Passagem de Nível, (1942); Companheira dos Homens, (1950); Os Olhos das Crianças, (1963); Quando São Paulo Só Tinha Quatro Milhões de Habitantes, (1966); Poemas 1941-1971, (1971); Poema para Beatriz, (1972); O Pássaro Ferido, (poemas e microcontos, 1972); Poemas de Abril , (1974); Valéria, Valéria, (1976); Com Sol e Sal, Eu Escrevo, 81977); 26 Sonetos, (1979); Pátria Minha, (1980); Um Punhado de Areia, 81981); Cântico à Velhice, 81982). Ficção: Esse Congo Que Foi Belga, (contos, 1969); O Homem Arrastado, (romance, 1972); O Andarilho, (contos, 1975); Do Outro Lado da Rua, (contos, 1982). Literatura infantil: Bichos, Bichinhos e Bicharocos, (1950); A Televisão da Bicharada, (1º Prémio da II Bienal do Livro de São Paulo, 1962); Um Personagem Chamado Pedrinho, (biografia de Monteiro Lobato contada às crianças, 1972); O Companheiro, (1975); A Amizade Bate à Porta, (1975); Valéria e a Vida, (1º Prémio de «O meio ambiente na literatura infantil», da Secretaria de Estado do Ambiente, 1976); A Dança dos Pica-Paus, (1976); Sete Cavalos na Berlinda, (1977); Todas as Crianças da Terra, (1978); Voa, Pássaro, Voa, (1978); Catarina de Todos Nós, (1979); Helena e a Cotovia, (Prémio «Portugal/79», 1979); Terra e Mar vistos do Ar, (1981); Filme n Couleur, (1981). Memórias: A Mulher Sumissa, (polémica, 1975); As Crianças sem Ano Internacional, (depoimento, 1979).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada, Amadora, Matosinhos (Freguesia de Perafita), Odivelas (Freguesia de Olival Basto), Seixal (Freguesia de Corroios), e Sintra (Freguesias de Agualva-Cacém e Rio de Mouro).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Volume V, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas; Coordenação de Ilídio Rocha, Publicado por Publicações Europa-América, Edição de Julho de 2000, Pág. 95 e 96)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 379).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Penamacor”

 

 

Câmara Municipal de PenamacorMaria BÁRBARA TAVARES DA SILVA, Benemérita, natural de Penamacor, nasceu a 08-01-1838 e faleceu a 15-10-1912. Era filha de Sebastião da Silva e de D. Maria Augusta Tavares. D. Maria Bárbara viveu na sombra de sua irmã D. Maria Delfina Tavares Goulão, que veio a falecer viúva e sem filhos, e lhe deixou por herança, uma avultada fortuna.

A 14 de Outubro de 1912, através de testamento público, instituiu a Câmara como sua universal herdeira, com a obrigação de fundar e sustentar um asilo para velhinhos e órfãos. Veio a falecer a 15 de Outubro de 1912.

Em sessão de Câmara realizada a 21 de Outubro de 1912 deliberou foi deliberado aceitar a herança nos termos da lei, visto a receita ser superior ao encargo.

Eis que no ano de 1980, 66 anos decorridos após a criação do Asilo Municipal, a Câmara Municipal decidiu que este passasse a denominar-se Lar Residencial “D. Bárbara Tavares da Silva”, iniciando-se uma nova instituição, agora denominada de Associação e com estatutos próprios.

É finalmente registada na Direcção Geral da Segurança Social com o registo n.º 2/81 a 19 de Janeiro de 1981.

A administração do asilo passa então para esta nova entidade criada com o objectivo de modernizar as antigas instalações, bem como expandir a assistência á 3º idade no Concelho.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Penamacor (Freguesias de Aranhas; Benquerença; Meimoa; Penamacor e Salvador – Largo Dona Bárbara Tavares da Silva)

Fonte: “Lar Residencial D. Bárbara Tavares da Silva”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Penalva do Castelo”

 

Câmara Municipal de Penalva do CasteloBernardo de MAGALHÃES COUTINHO, Político, nasceu na Freguesia de Barcos (Tabuaço), a 28-06-1828, e faleceu em Penalva do Castelo, em data que não consegui apurar. Era filho de Bernardo de Magalhães Coutinho da Cunha, natural de Lamas – Ferreira de Aves, e de sua mulher D. Guilhermina Duarte Magalhães, natural de Lamego, neto paterno de Luís de Magalhães Coutinho da Mota, natural de Lamas – Ferreira de Aves, e de sua mulher D. Ana Tomásia Teixeira de Carvalho, natural da antiga vila de Castelo de Ferreira de Aves, e neto pela parte materna de António Duarte da Fonseca Lobo e de sua mulher D. Tomásia Severina Duarte, naturais de Lamego.

Casou em Barcos com D. Maria Clementina Pereira do Amaral, natural de Ínsua, Castendo (actual Penalva do Castelo), filha de José Pereira do Amaral e Sousa, natural de Povolide – Viseu, e de sua mulher D. Ana Augusta, natural de Passos – Coimbra.

Após o casamento passaram e residir em Ínsua, Penalva do Castelo, onde lhes nasceu em 1855 o filho Albano de Magalhães Coutinho, que se formou em Direito, seguiu a carreira da magistratura e a política, tendo chegado a ser membro do Partido Progressista e a ser eleito Deputado por Moimenta da Beira em 1892.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Penalva do Castelo (Largo Magalhães Coutinho); Tabuaço (Freguesia de Barcos – Rua Magalhães Coutinho).

Fonte: “União das Freguesias de Barcos e Santa Leocádia – Barquenses Ilustres”

“O Centenário do Escultor Joaquim Correia”

 

Joaquim CorreiaJOAQUIM Emídio de Oliveira CORREIA, Escultor, natural da Marinha Grande, nasceu a 26-07-1920 e faleceu a 06-02-2013. Neto e filho de uma família de Mestres Vidreiros, Joaquim Correia, Estudou em Leiria, tendo contactado com vários professores-artistas, entre os quais os escultores Luís Fernandes e Narciso Costa e os pintores Miguel Barrias e Lino António.

Em 1940, ingressou na Escola Superior de Belas Artes, no Porto, onde frequentou o 1º ano do Curso Superior de Escultura, tendo concluído os restantes anos do Curso em Lisboa onde foi discípulo do Escultor José Simões de Almeida (Sobrinho). Completou a sua formação de Escultor nas oficinas dos Mestres Francisco Franco, Salvador Barata Feyo e António Duarte.

Concluído o Curso de Escultura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, realizou viagens de estudo a Paris e a Itália. Na sua escultura, de correcto gosto academizante, a tradição renova-se e prolonga-se em formas sempre animadas pelo mesmo poder de expressão. Tendo o bronze como material preferido, embora trabalhe também a pedra, é sobretudo no retrato que o seu poder expressivo melhor se recria.

Professor da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e seu Director desde 1968, foi encarregado da organização do Museu Nacional do Vidro, na Marinha Grande. Obteve o Prémio Soares dos Reis em 1946, o Prémio Rui Gameiro em 1949, o 2º Prémio de Escultura na Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian em 1957 e a Medalha de Ouro na Exposição de Bruxelas em 1958. Está representado no Museu de Arte Contemporânea.

Foi membro da Sociedade Nacional de Belas Artes da Associação dos Arqueólogos Portugueses e da Sociedade de Geografia de Lisboa, diretor da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, presidiu à comissão instaladora do Museu Nacional do Vidro e foi comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada e “Des Arts et Lettres” de França.

Autor de numerosas estátuas, baixo-relevos e medalhas que figuram em lugares públicos e privados em Portugal e no estrangeiro, está representado nos Museus Nacionais de Arte Contemporânea de Lisboa, de Soares dos Reis no Porto, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, e em várias colecções nacionais e estrangeiras.

Fonte: “Jornal da Região de Leiria”

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 162).