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“O Centenário”

MANUEL Lourenço Lopes MONTEIRO, Poeta Popular, nasceu na Freguesia de Pias (Serpa), a 30-11-1921, e faleceu no Barreiro, a 26-07-2007. Manuel Monteiro foi quase tudo na vida, desde trabalhar no campo, emigrante em França (por duas vezes), carpinteiro e apicultor na Tapada da Ajuda, em Lisboa. No regresso de França, estabeleceu-se no Barreiro na área do mobiliário e, a partir daqui começou a escrever.

Manuel Monteiro é autor de livros como: “A Herdade e os Pedrosas” (romance), “O Pedro Ninguém” (ficção), “Variantes de um Pensamento” (contos) e “Sonetos de Amor e Mágoa”. Todas as suas obras reflectem toda a sua vivência.

Fonte: “Rostos.pt”, (Diário Digital)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Coruche”

ADRIANO Maria CORREIA Gomes DE OLIVEIRA, Cantor e Autor, nasceu no Porto, a 09-04-1942, e faleceu Avintes (Vila Nova de Gaia), a 16-10-1982. Fez nesta Freguesia de Vila Nova de Gaia, a Instrução Primária e lá se estreou no Teatro Amador, ajudando a fundar a União Académica do Porto. Aos 17 anos de idade ingressou no Curso de Direito da Universidade de Coimbra. Não chegou a concluir o Curso mas participou activamente nas organizações estudantis, tendo sido solista no Grupo Universitário de Danças Regionais e no Círculo de Iniciação Teatral da Académica de Coimbra (CITAC). Foi também Guitarrista no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica, que integrou juntamente com José Niza, Daniel Proença de Carvalho e Rui Ressurreição. É por esta altura que se aproxima do Fado de Coimbra, privando com alguns dos Músicos que ajudaram à transformação do tradicional Fado Coimbrão. Desse núcleo de conhecimentos, fizeram parte José Afonso, António Portugal, Rui Pato, josé Niza e António Bernardino.

Começou a cantar Fados de Coimbra por influência de um colega de residência, Eduardo Melo (Guitarrista e Compositor), gravando o seu primeiro disco em 1960, na Editora Arnaldo Trindade – Discos Orfeu, na qual deixou gravada toda a sua obra.

Em 1961 descobriu a Poesia de Manuel Alegre (Praça da Canção e o Canto das Armas) e foi ainda editado o seu segundo LP (Balada de Estudante).

Depois de uma passagem pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1961-1962), regressou a Coimbra, passando a residir na República Rás-Te-Parta, que acolhia vários estudantes activistas. No ano seguinte participou no Movimento Sindical Estudantil, organismo clandestino.

Desencantado com a tradição da serenata e da utilização da canção de Coimbra como expressão da bonomia da vida estudantil, sentiu a necessidade de interpretar textos relacionados com os problemas que afectavam a sociedade portuguesa.

Em 1963 foi editado o EP Trova do Vento Que Passa (letra de Manuel Alegre e música de António Portugal), canção que se converteu num hino à resistência entre a comunidade estudantil (sobretudo após a crise académica de 1961-1962), marcando um ponto de viragem na canção de Coimbra por lhe conferir um carácter de intervenção político-social.

Em 1966 contraiu matrimónio, fixando residência em Lisboa e voltando a frequentar a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (nunca tendo terminado o Curso). Entre 1967 e 1970 voltou a interromper os estudos para cumprir o serviço militar obrigatório (na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, onde teve Salgueiro Maia como Instrutor). Retomou o Curso a partir de então, mas sem sucesso, tendo-se empregado no Gabinete de Imprensa da FIL – Feira Internacional de Lisboa, a sua ocupação profissional até ao 25 de Abril de 1974, data a partir da qual passou a dedicar-se unicamente à Música.

Gravou em 1969, O Canto e As Armas, LP com canções baseadas em Poesia de Manuel Alegre, musicadas por Adriano com melodias cuja simplicidade favorece a compreensão do texto, elemento central na sua música.

Distinguiu-se pelo seu esforço de divulgação da Música Portuguesa e de intervenção social e política (iniciou esta fase em 1963, com Trova do Vento que Passa).

Da sua obra destacam-se: Fados e Baladas de Coimbra (1960); O Canto e as Armas (1969); Gente de Aqui e Agora (1971); Que Nunca Mais (1975); Notícias de Abril (1978); Cantigas Portuguesas (1980).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Abrantes; Albufeira; Almada (Cidade de Almada e Freguesia da Charneca de Caparica); Amadora; Barreiro; Beja; Benavente (Freguesia de Samora Correia); Borba; Cascais; Castro Verde; Coimbra; Coruche (Freguesia do Couço – Rua Adriano Correia de Oliveira); Cuba; Évora; Ferreira do Alentejo (Freguesia de Figueira dos Cavaleiros); Gondomar (Freguesia de Fânzeres); Grândola; Lisboa (Freguesia das Avenidas Novas, Edital de 24-09-2009); ; Loures (Freguesias de Apelação, Camarate, Santo Antão do Tojal, Santo António dos Cavaleiros, São João da Talha, São Julião do Tojal,  e Unhos); Matosinhos (Freguesia de Custóias); Mértola; Moita (Freguesias de Alhos Vedros, Gaio-Rosário e Vale da Amoreira); Montemor-o-Novo; Montijo (Freguesias de Montijo e Santo Isidro de Pegões); Odivelas (Freguesias de Caneças, Famões, Odivelas e Ramada); Oeiras (Freguesias de Barcarena e Porto Salvo); Ovar; Palmela (Freguesia de Pinhal Novo); Porto; Seixal (Freguesias de Corroios, Fernão Ferro e Seixal); Serpa; Sesimbra (Freguesia da Quinta do Conde); Setúbal; Sintra (Freguesias de Queluz e Rio de Mouro); Torres Vedras; Trofa (Freguesia de Guidões); Vila Franca de Xira (Freguesias de Alverca do Ribatejo, Forte da Casa, Vialonga e Vila Franca de Xira); Vila Nova de Gaia (Cidade de Gaia e Freguesia de Avintes).

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (1ª Edição, Abril de 2010, Direcção de Salwa Castelo-Branco, 3º Volume, L-P, Pág. 925, 926 E 927, Temas e Debates, Círculo de Leitores)

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 96).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 391).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Constância”

ALEXANDRE HERCULANO de Carvalho Araújo, Escritor e Político, nasceu no Pátio do Gil, à Rua de São Bento, Freguesia de São Mamede (Lisboa), a 28-03-1810, e faleceu em Vale de Lobos, Freguesia de Azóia (Santarém), a 13-09-1877. Era filho de Teodoro Cândido de Araújo e de Maria do Carmo de São Boaventura. Foi uma das maiores figuras do seu tempo, quer como intelectual, quer como cidadão interveniente na vida social e política do seu País.

A sua grandeza moral afirmou-se de forma ímpar, designadamente ao recusar honrarias e distinções, como ser Ministro, Par do Reino ou Comendador da Ordem da Torre e Espada.

Estudou com os Padres Oratorianos, às Necessidades, de 1820/1821 a 1825, onde fez os estudos preparatórios para o ingresso na Universidade de Coimbra. Mas a falta de meios que atingiu a família, por causa da cegueira do pai, obrigou o jovem estudante a permanecer em Lisboa, onde frequentou a Academia de Marinha (1º ano) e a Aula de Comércio, bem como a cadeira de Diplomática, que funcionava na Torre do Tombo, ena qual se matriculou em 1830.

Nessa altura já escrevia poemas, provavelmente desde os dezoito anos, e convivia com Escritores, como o Morgado de Assentiz, António Feliciano de Castilho e a Marquesa de Alorna, cujos salões literários frequentava. Por influência desta ilustre figura de femme savante, Alexandre Herculano estudou a língua alemã e autores germânicos como Burguer, Klopstock, Schiller e Goethe.

Envolvido em 1831 no levantamento liberal de um regimento, refugiou-se em França, tendo frequentado a Biblioteca Pública de Rennes e a Biblioteca Nacional de Paris. Reuniu-se (1832) aos liberais exilados na Inglaterra e como soldado raso fez parte da expedição que desembarcou a sul do Mindelo.

Em 1833 passou a trabalhar como segundo Bibliotecário na Biblioteca Pública do Porto. Em 1836 fixou-se em Lisboa, começando por se dedicar ao jornalismo. Em 1839 Dom Fernando II designou-o Director da Real Biblioteca da Ajuda. De 1850 a 1860 exerceu intensa actividade política e jornalística. Em 1860 recusou o convite de Dom Pedro V para reger uma cadeira no projectado Curso Superior de Letras. Casou em 1866 e a partir de 1867 dedicou-se em exclusivo à agricultura nos arredores de Santarém.

Com Almeida Garrett, foi o introdutor e divulgador do romantismo cultural e literário no nosso País.

Tendo aderido à Constituição conciliatória de 1838, opôs-se com veemência ao golpe cabralista que restaurou a Carta Constitucional em 1842. Assinou, em 1850, o protesto dos intelectuais portugueses contra a lei repressiva da liberdade de imprensa, e foi em sua casa que decorreram as reuniões preparatórias do movimento político-militar da Regeneração que, em 1851, derrubou definitivamente o cabralismo do poder.

Alexandre Herculano já fôra Deputado, eleito em 22 de Março de 1840, numa lista cartista, pelo círculo do Porto, para a Legislatura de 1840-1842.

Foi poeta, romancista, polemista e historiador. Estreou-se com os volumes de poesia: “A Voz do profeta”, em 1836, e “A Harpa do crente”, em 1838. Poeta romântico, nele se vieram a inspirar não só os ultra-românticos mas o próprio Antero de Quental. Ficcionista, introduziu em Portugal o romance histórico com “Eurico o Presbítero”, em 1844, “O Monge de Cister”, em 1848, e “Lendas e Narrativas”, em 1851.

Travou polémicas de natureza ideológica, política e anticlerical, reunidas em “Estudos Sobre o Casamento Civil”, em 1866, e nos 10 volumes dos “Opúsculos”, em 1873 e anos seguintes. Historiador, publicou a “História de Portugal”, de 1846 a 1853, em quatro volumes, e a “História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal”, de 1854 a 1859, em três volumes, e iniciou a publicação dos “Portugaliae Monumenta Historica”, em 1856. A sua História de Portugal continua a ser o ponto de partida indiscutível para o estudo dos primeiros séculos (XI-XIII) da nação portuguesa e o paradigma dos cultores da história em Portugal. Dentro de princípios, nem todos indiscutíveis, primou na obra (e na vida) pela coerência da integridade.

Morreu com uma pneumonia em 13 de Setembro de 1877, em Vale de Lobos. O seu cadáver foi levado muito modestamente para um cemitério rústico. A Câmara dos Deputados promoveu, em 1879, a construção urgente de um mausoléu, no cemitério Ocidental de Lisboa, à memória do Historiador, para o qual foram depois trasladados os seus restos mortais. Mais tarde, em Março de 1884, o Deputado Mariano de Carvalho propôs, em sessão da Câmara, nova trasladação, que se concretizou, com o paio do Ministro das Obras Públicas, António Augusto de Aguiar, para uma capela especial do Mosteiro dos Jerónimos, em 27 de Junho de 1888, foi uma consagração nacional da grande figura de Homem e de Português que foi Alexandre Herculano.

Alexandre Herculano foi, ainda, o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Belém, eleito em 1853. (Município este que abrangia uma vasta área, incluindo a zona de Benfica). Este Concelho foi extinto em 18 de Junho de 1885.

Obras principais: A Voz do Profeta, (1836); O Monge de Cister, (1841); O Bobo, (1843); Eurico, O Presbítero, (1844); Lendas e Narrativas, (1851); História de Portugal, (1853); História e Origem da Inquisição em Portugal, (1859).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Abrantes (Freguesias de Abrantes e Tramagal); Alandroal, Albufeira, Alcácer do Sal; Alcanena (Freguesias de Alcanena, Malhou e Minde); Alcobaça; Alenquer (Freguesia do Carregado); Aljustrel, Almada (Freguesias de Almada e Sobreda); Almeirim (Freguesias de Almeirim e Benfica do Ribatejo); Alvito (Freguesias de Alvito e Vila Nova da Baronia), Amadora; Amarante (Freguesias de Amarante e Lufrei); Arouca, Arraiolos, Aveiro, Barcelos (Freguesias de Barcelos e Carvalhal), Barreiro (Freguesias do Barreiro e Santo António da Charneca); Beja, Benavente (Freguesia de Samora Correia); Braga, Bragança, Cadaval (Freguesia da Vermelha); Caldas da Rainha (Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo Deliberação de 13-04-1910); Caminha (Freguesia de Vila Praia de Âncora); Cartaxo (Freguesias de Ereira e Vila Chã de Ourique); Cascais (Freguesias de Alcabideche, Carcavelos, Cascais, Estoril e São Domingos de Rana); Castelo Branco (Freguesia de Alcains), Castelo de Vide; Castro Verde, Coimbra, Constância (Largo Alexandre Herculano); Coruche (Freguesia de São José da Lamarosa); Covilhã, Entroncamento; Estremoz, Évora, Fafe (Freguesias de Fafe e Regadas), Faro, Felgueiras; Ferreira do Alentejo, Figueira da Foz, Gondomar (Freguesias de Rio Tinto e Valbom); Guarda; Guimarães, Idanha-a-Nova (Freguesia de Penha Garcia), Lagoa, Lagos (Freguesias de Lagos e Odiáxere); Lamego; Leiria (Freguesias de Arrabal e Leiria); Lisboa (Freguesias de); Loulé (Freguesias de Almancil, Loulé e Quarteira); Loures (Freguesias de Bobadela, Bucelas, Sacavém, Santa Iria da Azóia, Santo Antão do Tojal, Santo António dos Cavaleiros, São João da Talha e Unhos); Macedo de Cavaleiros, Maia; Mangualde; Marinha Grande; Matosinhos (Freguesia de Custóias); Mealhada; Mirandela, Moita (Freguesias de Alhos Vedros, Baixa da Banheira, Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos); Monchique, Montemor-o-Novo, Montijo; Mora (Freguesia de Cabeção), Murtosa; Nazaré; Nelas; Nisa; Odemira (Freguesias de Odemira, São Luís e São Teotónio), Odivelas (Freguesias de Caneças, Famões, Odivelas, Póvoa de Santo Adrião e Ramada); Oeiras (Freguesias de Linda-a-Velha, Oeiras e Porto Salvo); Olhão; Oliveira de Azeméis (Freguesia de Vila de Cucujães); Oliveira do Hospital; Ourém; Ourique; Ovar; Palmela (Freguesias de Palmela, Pinhal Novo, Poceirão e Quinta do Anjo); Penafiel (Freguesias de Novelas e Paredes); Penalva do Castelo; Peniche (Freguesias de Atouguia da Baleia e Peniche); Peso da Régua; Pinhel; Pombal; Ponte de Lima; Ponte de Sor (Freguesias de Foros de Arrão e Ponte de Sor); Portalegre; Portimão; Porto; Póvoa de Varzim; Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sabugal; Salvaterra de Magos (Freguesia de Muge); Santa Comba Dão; Santa Cruz (Freguesia do Caniço); Santa Maria da Feira (Freguesias de Arrifana, Fiães, Lourosa e Santa Maria da Feira), Santarém (Freguesias de Alcanhões, Amiais de Baixo e Santarém); Santiago do Cacém; Santo Tirso (Freguesias de Areias, Roriz e Santo Tirso); São Brás de Alportel; São João da Madeira; Seia; Seixal (Freguesias de Amora e Corroios); Sesimbra (Freguesias de Quinta do Conde e Sesimbra); Setúbal; Silves (Freguesias de Pêra e Silves); Sines; Sintra (Freguesias de Agualva, Algueirão-Mem Martins, Almargem do Bispo, Belas, Casal de Cambra, Queluz e Rio de Mouro); Soure, Sousel (Freguesia do Cano); Tábua; Tavira; Tomar; Torres Novas; Torres Vedras; Trancoso; Trofa (Freguesias de Guidões e Trofa); Valongo (Freguesias de Alfena, Campo, Ermesinde e Valongo); Vendas Novas; Viana do Alentejo (Freguesia de Alcáçovas); Vila do Conde (Fregueisas de Mindelo e Vila do Conde); Vila Franca de Xira (Freguesias de Alverca do Ribatejo, Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria e Vialonga); Vila Nova da Barquinha (Freguesias de Atalaia e Vila Nova da Barquinha); Vila Nova de Gaia (Freguesias de Oliveira do Douro, Pedroso e Santa Marinha); Vila Real; Vila Viçosa; Viseu.

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol I, de A-C), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, Pág. 199, 200, 201, 202 e 203”.

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 13, Pág. 111, 112, 113 e 114)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 269 e 270).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Condeixa-a-Nova”

ARTUR da Conceição BARRETO, Comerciante e Benemérito, natural de Condeixa-a-Nova, ignora-se a data de nascimento e faleceu em 1925. Era filho de Abílio Sá Barreto. Comerciante e Industrial bem-sucedido, foi uma outra figura benemérita a que a história de Condeixa não pode deixar de fazer referência. Muito jovem, rumou à capital onde conheceu todas as dificuldades do ofício de marçano.

Personalidade determinada, vingou no mundo dos negócios, construindo uma avultada fortuna com base nas suas capacidades e no trabalho árduo que desenvolveu.

Tendo vindo a falecer em 1925, beneficiou em testamento o Hospital D. Ana Laboreiro d’Eça (a par de outras casas de caridade em Lisboa), dando continuidade à obra de Simão da Cunha e assegurando, por conseguinte, a sobrevivência desta instituição.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Condeixa-a-Nova (Largo Artur Barreto).

Fonte: “Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova”

“Joaquim Fiadeiro, na Toponímia de Reguengos de Monsaraz, por proposta minha de 06 de Julho de 2005”

JOAQUIM Barradas da Silva FIADEIRO, Médico Veterinário e Professor, nasceu em Reguengos de Monsaraz, a 10-10-1901, e faleceu no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, a 27-12-1990. Era filho de José da Silva Fiadeiro, natural da Covilhã e de Maria de Jesus da Costa Barradas, natural de Alter do Chão. Foi casado com Maria Celeste Burnett Monteiro, discípula da Pintora Eduarda Lapa, de cujo enlace nasceram 6 filhos.

Diplomado pela Escola Nacional de Agricultura de Coimbra, Joaquim Fiadeiro obtém os graus de licenciado e de doutor, em Medicina Veterinária, na Escola Superior de Medicina Veterinária de Lisboa.

Foi Inspector Municipal do Matadouro de Cascais, iniciou funções docentes em 1926, sendo nomeado Professor Catedrático da Escola Superior de Medicina Veterinária de Lisboa, em 1935.

Ocupou diversos cargos oficiais e associativos, fez parte em 1962-1963 da Comissão Instaladora dos Estudos Gerais Universitários em Angola e Moçambique. Entre 1963 e 1973, foi docente convidado em Luanda, Nova Lisboa e Lourenço Marques.

Joaquim Fiadeiro tem uma vasta obra científica, nas áreas da sua especialidade. Do ponto de vista pedagógico, o aspecto mais relevante do trabalho de Joaquim Fiadeiro prende-se, justamente, com o modo como um Professor universitário junta numa mesma reflexão questões do percurso escolar dos alunos, do desenvolvimento agrícola e industrial do país e da ligação entre investigação científica e evolução técnica.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Lisboa (Freguesia da Ajuda, Edital de 19-04-2004 – Rua Professor Joaquim Fiadeiro); Reguengos de Monsaraz (Rua Doutor Joaquim Fiadeiro *).

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Coimbra”

BELISÁRIO Maria Bustorf da Silva Pinto PIMENTA, Militar e Historiador, nasceu em Coimbra, a 03-10-1879, e faleceu em Lisboa, a 11-11-1969. Era filho de António Maria Pimenta, Director Telégrafo-Postal do Funchal, Viseu e Coimbra.

Seguiu a carreira Militar e, enquanto Cadete na Escola Prática de Infantaria de Mafra, onde conheceu, em 1902, D. Amélia Deidâmia de Almeida Possidónio da Silva, com quem veio a casar.

Em 1903, foi promovido a Alferes e, em 1910, passou a ser Comissário da Polícia em Coimbra, quando era Governador Civil, Fernandes Costa. Militar de carreira, a sua vida Militar decorreu pelas seguintes localidades: Valença (1907); Portalegre (1910); Castelo Branco (1914); Lagos (1915); Porto (1919); Penafiel (1932); Abrantes (1936) e Leiria (1937-1939).

Historiador, escreveu um livro sobre Miranda do Corvo. Foi condecorado com a Medalha de Ouro de Comportamento Exemplar e era Grande Oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis. De entre os seus numerosos escritos destacamos: O Cancioneiro de Miranda do Corvo (I e II) e O Partido Médico de Miranda.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Coimbra (Rua Belisário Pimenta); Miranda do Corvo (Rua Belisário Pimenta); Odivelas (Freguesia de Famões – Rua Belisário Pimenta).

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Cinfães”

Armando MONTEIRO LEITE, Militar e Político, nasceu em São Vicente (Cabo Verde), em 1893, e faleceu em Viseu, a 03-05-1964. Fez parte do Corpo Expedicionário a Moçambique, onde foi ferido, e promovido a Major.

Foi Governador Civil de Viseu e de Faro entre 22-09-1938 a 26-10-1944. Presidente da Comissão Distrital da União Nacional, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Cidade onde fundou os jornais União da Beira e Política Nova (actual Jornal de Viseu).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cinfâes (Rua Major Monteiro Leite); Viseu (Largo Major Monteiro Leite).

Fonte: “Nuno Campos Inácio”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Chaves”

ADOLFO Augusto DE MAGALHÃES Júnior, Padre e Professor, natural de Chaves, nasceu a 12-07-1906 e faleceu a 19-11-1980. Fez o curso de Filosofia e de Teologia, ordenando-se Sacerdote, em Chaves, a 09 de Fevereiro de 1930. Foi Pároco de Fornelos (Santa Marta de Penaguião), Arcossó e Vidago.

Nesta última Paróquia permaneceu grande parte da sua vida de sacerdote, entre 1947 e 1971. Exerceu o Ensino Primário, Liceal e Técnico, e no Seminário de Vila Real. Dedicou-se aos estudos Históricos e Arqueológicos. Foi correspondente do Instituto de Arqueologia, História e Etnografia. Colaborou em vários jornais regionais, nomeadamente, na “Voz de Chaves”, “Notícias de Chaves” e “Anuário de Chaves”.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Chaves (Rua Padre Adolfo Magalhães)

Fonte: “Toponímia Flaviense”, (de Firmino Aires)

Vítor Alves, um dos mais distintos “Capitães de Abril”, na Toponímia de Mafra, terra onde nasceu, por proposta minha de 05 de Novembro de 2015.

VÍTOR Manuel Rodrigues ALVES, Militar, “Capitão de Abril” nasceu em Mafra, a 30-09-1935, e faleceu na Casa de Saúde Militar, em Lisboa, a 09-01-2011. Era filho de Eduardo Manuel da Silva Alves e de D. Maria Palmira Rodrigues. Foi um dos militares que organizaram o Movimento das Forças Armadas e que levaram a cabo a Revolução do 25 de Abril de 1974.

Após ter concluído os estudos Secundários, frequentou, a partir de 1954, a Escola do Exército, tendo completado o Curso de Infantaria em 1858, ano em que ingressa no Quadro Permanente do Exército.

Vítor Alves assentou praça na Escola do Exército em 14 de Outubro de 1954, na Arma de Infantaria. Tornou-se Alferes em 1 de novembro de 1958, Tenente a 1 de Dezembro de 1960, Capitão a 14 de julho de 1963 e Major a 1 de Março de 1972. Era actualmente Coronel na reserva.

Vítor Alves fez várias comissões militares na guerra colonial, em Angola e Moçambique. Em 1974, juntamente com Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço, fez parte da comissão coordenadora e executiva do Movimento das Forças Armadas (MFA), tendo redigido o programa.

Foi um dos autores do chamado “Documento dos Nove”, que os militares mais moderados entregaram ao Presidente Costa Gomes no “Verão Quente “ de 1975. Foi o responsável pelo comunicado do MFA divulgado à população no 25 de Abril e substituiu Otelo Saraiva de Carvalho, a partir das 16h00, no posto de comando da Pontinha, passando a coordenar o desenvolvimento da acção.

Foi Ministro sem Pasta de 17-07-1974 a 26-03-1975. Nessa qualidade foi responsável pelas pastas da Defesa Nacional e da Comunicação Social, tendo visto aprovada, por sua iniciativa, a primeira lei de imprensa pós-25 de abril, que vigorou até 1999. Foi também porta-voz do Governo. e Ministro da Educação e Investigação Científica de 19-09-1975 a 23-07-1976. Foi membro do Conselho da Revolução, de que se afastou temporariamente em 05-09-1975.

Promovido a Tenente-Coronel e Conselheiro Presidencial, retirou-se discretamente da política activa. Em 1981 propôs a reintegração nas Forças Armadas dos oficiais implicados no 25 de Novembro e que se tinham ausentado, sendo considerados desertores. Foi porta-voz do Conselho da Revolução quando este órgão foi extinto em 14-07-1982. Foi conselheiro pessoal de Ramalho Eanes quando este foi Presidente da República, e Presidente da Comissão Organizadora do Dia de Portugal e das Comunidades.

Em 1985, foi candidato independente pelo PRD às eleições Legislativas; depois, foi candidato à presidência da Câmara de Lisboa (1986) e ao Parlamento Europeu (1987). Possuía a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e foi Vogal do Conselho das Ordens Nacionais. Foi membro da Comissão Coordenadora do MFA e membro da Comissão de redação do seu programa. Nomeado pela Comissão Coordenadora do Movimento responsável, com Otelo Saraiva de Carvalho, pela preparação militar e política do movimento a 24 de março de 1974.

Foi membro do Conselho de Estado entre 15 de maio de 1974 e 17 de julho de 1974 e membro do Conselho da Revolução entre 17 de março de 1975 a 14 de julho de 1982, sendo porta-voz deste órgão. Participou na fundação da Associação 25 de Abril e posteriormente no conselho de acompanhamento do Ministro da Justiça (1997-2000).

Foi Agraciado com a Medalha de Mérito Militar, Medalha de Comportamento Exemplar de Prata e Medalha de Prata de Serviços Distintos e era Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Obras principais: Quem É Quem nas Comunidades Portuguesas, (1989); Anuário Empresarial das Comunidades Portuguesas, (1992).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Amadora (Rua Vítor Alves); Lisboa (Freguesia do Lumiar, Rotunda Coronel Vítor Alves; Edital 37/2017 de 17-03-2017, ex-Rotunda 2 do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar); Mafra (Rua Coronel Vítor Alves); Oeiras (Freguesia de Paço de Arcos – Rotunda Vítor Alves); Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem Martins – Rotunda Coronel Vítor Alves).

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 22 e 23).

Fonte: “Jornal Expresso”

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. VI, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Publicações Europa América, Pág. 311 e 312).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Chamusca”

ÁLVARO Fernandes do Amaral NETTO, Escritor, nasceu na Chamusca, a 25-05-1903, e faleceu em Lisboa, a 14-03-1971. Era filho de Benjamim Pereira do Amaral Netto e de Luísa Rosa Fernandes.

Desde muito novo Álvaro Netto revelou vocação para a escrita. As primeiras poesias que lhe são conhecidas, foram publicadas no Correio da Estremadura em 1921. Ainda estudante liceal foi redactor da Voz da Academia. Em 1923 foi editor e redactor do jornal Soadas do Cabaceiro e, no ano seguinte, director, editor e único redactor de Palavras da Mocidade.

Após uma passagem pela universidade radicou-se na Chamusca, como ajudante de notário de seu pai.

Em 1928 fundou a revista trimestral Chamusca Nova, da qual foi também director. Em Março de 1932 lançou uma nova revista Terra Branca e em Outubro do mesmo ano, publica, juntamente com José Girão da Fonseca e César Castelão, o semanário regionalista independente O Alto Ribatejo.

Por motivos profissionais Álvaro Netto passou, entretanto, a residir em Lisboa, onde com um grupo de amigos a quem o ligavam os mesmos interesses fundou a Casa do Ribatejo e sob a sua direcção, a revista Ribatejo.

Álvaro Netto foi um pesquisador sério e atento da história da Chamusca, recolhendo elementos, testemunhos e redigindo apontamentos que ainda hoje servem de suporte para outras investigações.

Poeta, prosador, investigador e jornalista Álvaro Netto deixou com a sua obra um verdadeiro hino de amor à Chamusca.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Chamusca (Rua Álvaro Fernandes do Amaral Netto).

Fonte: “Biblioteca da Câmara Municipal da Chamusca”