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“TOPONÍMIA – A DANÇA DAS PLACAS”

Sabia que a Rua 31 de Janeiro, na Freguesia de Santo Ildefonso, no Porto, já se designou por Rua Nova de Santo António e Rua de Santo António?

Esta artéria foi “aberta” ao público em 1805, e designada por Rua Nova de Santo António, devido à existência da Igreja de Santo António dos Congregados.

Com a implantação da República, passa a ter a designação de Rua 31 de Janeiro, como homenagem à Revolta Republicana de “31 de Janeiro de 1891”.

No Estado Novo o nome volta ao original, mas desta vez, perde a palavra “nova”, sendo designada, apenas, por Rua de Santo António.

Depois do 25 de Abril de 1974, volta à designação, que já tinha tido, de Rua 31 de Janeiro”.

Fonte: “Prontuário de Toponímia Portuense”, (de Manuel do Carmo Ferreira)

“O Centenário da morte de Botto Machado”

Pedro do Amaral BOTTO MACHADO, Militar e Político,  natural de Gouveia, nasceu a 10-08-1868 e faleceu a 30-10-1921. Filho de Pedro Rodrigues do Amaral e de Carlota Emília Botto Machado. Era irmão de Fernão do Amaral Botto Machado. Alistou-se no Exército, como voluntário, em Setembro de 1886, sendo promovido a 1º cabo em 1887 e a 2º sargento em 1888. Devido ao seu envolvimento no 31 de Janeiro de 1891, foi condenado a três anos de degredo em Angola, os quais cumpriu em Luanda e em Benguela. Em Novembro de 1910 foi reintegrado no Exército como tenente de Infantaria. Eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte pelo círculo de Pinhel, veio a desempenhar, de Maio de 1913 a 1915 e de 1916 a 1917, o cargo de governador de São Tomé, tendo aí adquirido roças de café e cacau.

Foi também eleito Senador em 1915, 1919 e 1921 pelo círculo da Guarda, integrando sempre as listas do Partido Democrático. Quer em São Tomé, quer na sua terra natal, realizou benefícios de monta.

Pertenceu à maçonaria, tendo sido iniciado em 1905 no triângulo nº 63, de Gouveia, com o nome simbólico de Petrónio. Morreu em Gouveia, a 30 de Outubro de 1921, não chegando a tomar posse do lugar de senador da 5ª legislatura.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Gouveia (Avenida e Bairro Pedro Botto Machado; Lisboa (Jardim Botto Machado).

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª Republica, (1910-1926”, (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 276).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Constância”

José EUGÉNIO dos CAMPOS GODINHO, Médico, natural de Constância, nasceu em 1906 e faleceu em 1982. Filho de uma abastada família de Constância, seu pai, José Eugénio Nunes Godinho, foi um influente republicano que interveio localmente, tendo desempenhado as funções de Vice-Presidente da Câmara Municipal de Constância de 1898 a 1901 e de Presidente de 1902 a 1904.

Formou-se em Medicina e, depois de Licenciado, foi designado Médico Municipal e Subdelegado de Saúde em Constância. Como clínico, dedicou a sua vida a ajudar as pessoas do concelho, sendo figura notória e querida na região.

A casa onde nasceu e viveu, construída nos finais do Século XIX, constitui referência na paisagem urbana da região. Não obstante ter sido vendida pela família, continua a ser conhecida na Vila de Constância como «a casa do Dr. Godinho».

A sua memória é evocada numa placa toponímica no largo que tem o seu nome. Em 1984 a Freguesia de Montalvo mandou erigir um busto no Jardim público, no qual estão inscritas as palavras «Homenagem dum povo agradecido ao Exmº Sr. Dr. José Godinho. 06.05.1984».

O seu nome faz parte da Toponímia de: Constância (Largo Doutor Eugénio de Campos Godinho)

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 129”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Condeixa-a-Nova”

RODRIGO DA FONSECA Magalhães, Político Liberal, nasceu em Condeixa-a-Nova, a 24-07-1787, e faleceu em Lisboa, a 11-08-1858. Era filho de Luís da Fonseca Magalhães, natural de Condeixa-a-Nova e de Joana Carvalho Costa Remeixa.

Tendo aprendido em Condeixa com um Jesuíta egresso as primeiras letras e o Latim, passou a frequentar as aulas do Colégio das Artes, em Coimbra, matriculando-se depois na Universidade, em Teologia para satisfazer à vontade de seus pais, que o destinavam à vida eclesiástica, mas ao mesmo tempo matriculou-se nas Faculdades de Filosofia e Matemática.

Foram brilhantes os seus estudos, e já então se revelava a sua veia humorística por muitos versos que corriam de mão em mão com aplauso de todos. Em 1807 cursava o 2.º ano de Teologia, quando os estudos foram interrompidos por causa da invasão dos franceses comandados por Junot, e a revolução de 1808, que obrigou a Universidade a fechar as aulas. Rodrigo alistou-se então no batalhão académico, que se formou em Coimbra, sob o comando do Lente de Matemática Tristão de Oliveira, e daí passou para o corpo de guias, onde permaneceu até ser colocado, como Alferes, no Regimento de Infantaria n.º 15. Ao mesmo tempo a sua musa, que até então se mostrara apenas humorística, exaltou-se com os acontecimentos, e assumiu o tom épico. Há de Rodrigo da Fonseca Magalhães, impressa em Coimbra num folheto em 1808, uma Ode pindárica à Restauração de Portugal.

Com o seu Regimento tomou parte na Guerra Peninsular, sendo durante o tempo da campanha promovido ao posto de Tenente, e merecendo depois ser agraciado com a Medalha da Guerra Peninsular n.º 4, e com a Medalha Inglesa de 5 Batalhas. Afastando-se por algum tempo, com licença, do seu Regimento, veio para Lisboa, e aqui estava em 1817, quando se principiou a tramar a revolução liberal, que não chegou a rebentar, mas que foi causa do suplicio do General Gomes Freire de Andrade e doutros oficiais.

Rodrigo da Fonseca entrou nessas malfadadas combinações, mas conseguiu escapar às primeiras denúncias, e pôde a tempo homiziar-se. Dois anos esteve escondido em Lisboa, mas afinal Beresford, que tivera conhecimento da parte que ele tomara na conspiração, depois de o mandar declarar desertor, pôs em campo as autoridades para descobrirem o esconderijo do jovem Tenente.

Entendendo Rodrigo da Fonseca que não devia por maneira alguma demorar-se em Portugal, resolveu embarcar para o Brasil, onde o seu antigo comandante de infantaria n.º 15, o general Luís do Rego Barreto, estava governando as armas na província de Pernambuco. Conta-se que para escapar às perseguições e poder embarcar, se disfarçou em galego, dizendo-se criado de si próprio, passando pelo meio dos polícias, dando-lhes até as informações que eles procuravam. Chegando a Pernambuco encontrou o mais benévolo acolhimento em Luís do Rego, que logo o nomeou seu Secretário Geral, sendo posteriormente também Secretário da Junta de Governo, que naquela província do Brasil se organizou em março de 1821, quando ali chegou a noticia da revolução de 1820 em Portugal. Foi Rodrigo da Fonseca quem fundou em 1821, com o titulo de Aurora Pernambucana, o primeiro jornal político que apareceu em Pernambuco, e ali se conservou até que acentuando-se claramente da parte dos brasileiros a ideia da independência do Brasil, Luís do Rego deixou o seu cargo de Presidente da Junta, e regressou a Portugal, embarcando em 26 de outubro de 1821, a bordo do vapor francês Charles et Adele, trazendo na sua companhia Rodrigo da Fonseca Magalhães, que já a esse tempo havia casado com sua filha, D. Inácia Cândida do Rego Barreto.

Desembarcaram em Lisboa em 1822, onde ainda dominava o regime liberal proclamado em 1820. Neste mesmo ano de 1822, a 12 de Agosto, foi Rodrigo nomeado Oficial da Secretaria da Justiça. Pouco tempo depois, sendo Luís do Rego nomeado General de Trás-os-Montes, e tendo de subjugar a revolta absolutista do Conde de Amarante, foi Rodrigo enviado à Província, como comissário do governo, encarregado de trabalhar na pacificação dela, mas triunfando daí a pouco a reacção com a jornada a Vila Franca, os absolutistas perseguiam tudo quanto era liberal, envolvendo nessa perseguição Luís do Rego e Rodrigo da Fonseca Magalhães, sendo ambos deportados para a Figueira da Foz, e Rodrigo demitido do lugar em que fora provido por concurso. Em 1824 teve licença de ir residir para Viana do Castelo, e em 1825 foi reintegrado no cargo de oficial da secretaria da justiça, o qual exerceu durante o tempo em que, depois da outorga da Carta Constitucional, vigorou entre nós o sistema liberal.

Restabelecido, em fevereiro de 1828 o governo absoluto, como era já bem conhecido o talento de Rodrigo da Fonseca Magalhães, pretenderam os Conselheiros de D. Miguel chamá-lo ao seu partido, oferecendo-lhe honras e mercês, e o Ministro da Justiça, Furtado de Mendonça, acompanhado nas suas instâncias pelo Conde de Rio Pardo, pediu-lhe que redigisse um manifesto sustentando os direitos de D. Miguel ao trono português, Recusou Rodrigo da Fonseca; vendo, porém, que esse procedimento não podia deixar de lhe trazer as perseguições com que o governo miguelista principiava a assinalar a sua administração, tratou logo de se homiziar, e assim permaneceu, até que chegando a Lisboa o seu amigo José da Silva Carvalho, que vinha fugido da Beira, conseguiram ambos embarcar a ocultas para Inglaterra, chegando a Londres no fim de Setembro. Rodrigo apresentou-se ao Marquês de Palmela, que era então naquela cidade o Chefe da emigração constitucional, e o Marquês logo o empregou na Secretaria da Embaixada, pedindo-lhe que se encarregasse de dirigir dois jornais que se fundaram para sustentar os princípios liberais, e combater os artigos e notícias que os jornais do governo de Lisboa publicavam em desabono da causa liberal e dos seus partidários. Rodrigo da Fonseca aceitou o convite, e redigiu a Aurora e oPaquete de Portugal, escrevendo também umas Breves anotações ao denominado Manifesto do infante D. Miguel, que foram impressas em Londres sem o seu nome, em 1832, e de que mais tarde se fez nova edição em Lisboa, em 1833.

Regressando à Pátria, depois do desembarque do Exército de D. Pedro no Mindelo, foi pelo Ministério, que então dirigia os Negócios Públicos no Porto, encarregado de organizar as Secretarias do Estado dentro daquela cidade, e no ano seguinte, quando se pensou em arranjar uma expedirão, que fosse desembarcar ao sul do reino, teve a missão de ir a Inglaterra entender-se com as pessoas a quem se incumbira a prontificação dos vapores e das munições de guerra e de boca, que eram Luís António de Abreu Lima, depois Conde da Carreira, Ministro em Londres, João Antonio Alvarez y Mendizabal, e Francisco Inácio Vanzeller. A 7 de fevereiro chegou a Londres, mas não levando o dinheiro preciso para os ajustes, e não sendo então possível encontrar ali quem emprestasse qualquer quantia ao governo constitucional, porque a situação do Porto era muito crítica e quase desesperada, caducou o projecto da expedição, e só daí a meses pôde continuar a tratar desse negocio. Coadjuvando depois activamente o Ministro Abreu Lima, contribuiu poderosamente para os arranjos da expedição que se organizou sob o comando de Napier, e voltando a Portugal em 1833, já depois da entrada dos constitucionais em Lisboa, foi logo nomeado Director Geral do Ministério da Justiça e Administrador da Imprensa Nacional, lugar que conservou por espaço de dois anos.

Eleito Deputado pela Província do Minho, nas Cortes que se reuniram em 15 do Agosto de 1834, revelou desde logo os seus talentos oratórios e o espírito de tolerância e conciliação, que foi uma das suas qualidades características durante toda a sua carreira pública. «Naquela notável Assembleia, diz Latino Coelho, no Elogio histórico, publicado em 1859, onde entravam os maiores engenhos políticos, e parlamentares de Portugal, e onde se principiaram a delinear, por assim dizer oficialmente, as fronteiras entre o partido conservador e o partido radical, deu Rodrigo da Fonseca não somente os mais visíveis documentos do seu moderado liberalismo, senão também, o que era muito raro após uma guerra civil tão prolongada, e depois de tão vivos ódios e tão cruentas represálias entre liberais e absolutistas, nobilíssimos testemunhos do seu espírito elevado e do seu generoso coração. A lei das indemnizações teve-o na tribuna por incansável contraditor. As acerbas retaliações, com que o vencedor buscava desforrar-se das cruéis perseguições de seus antagonistas, condenou-as Rodrigo da Fonseca por impolíticas, odientas e encaminhadas a repartir a nação em duas grandes famílias inconciliáveis, a dos espoliadores e a dos espoliados, em nome de uma lei iníqua e illiberal.

Na sessão de 1834, deixou Rodrigo da Fonseca páginas inspiradas pela generosidade e tolerância. Nelas ressumbra a alteza, que sempre exerceu o seu espírito e que tão largamente resgatou os seus defeitos e os seus erros de estadista, e uma certa facilidade em sacrificar ao bem da paz e da concórdia a pontual observância dos ditados e preceitos da ética política.» Nesta época fundou Rodrigo da Fonseca Magalhães, com António Pereira dos Reis, um jornal, a Revista, e nele escreveu muitos artigos em que apresentava ao público as suas ideias sobre o modo por que o governo devia proceder para solidamente se estabelecer entre nós o governo constitucional.

Aos créditos que adquiriu como orador e como jornalista, deveu Rodrigo da Fonseca Magalhães ser nomeado Ministro do Reino em 15 de julho de 1835, no Gabinete presidido pelo Marquês de Saldanha. O Ministério fora organizado em 27 de Maio, sendo Ministro do Reino João de Sousa, que em 15 de julho, numa recomposição, passou para a pasta da Justiça, indo então Rodrigo da Fonseca substitui-lo. A esta sua administração deve Portugal a primeira tentativa de se fundar em Lisboa o ensino completo das ciências, fazendo da capital o centro da instrução. Criou-se o Instituto de Ciências Físicas e Matemáticas, por decreto de 05 de Novembro, o qual compreendia vinte e quatro cadeiras. Apenas o decreto apareceu levantou-se uma celeuma em todo o País, promovida pela Universidade, que julgava os seus foros e privilégios violados pela criação dum outro estabelecimento superior. Esta oposição concorreu bastante para a queda do Ministério sucedida a 18 de novembro. O Ministro Mouzinho de Albuquerque, que substituiu Rodrigo da Fonseca, foi quem referendou o decreto de 02 de Dezembro, que suspendeu a execução do que criara o Instituto. Pouco tempo depois rebentava a Revolução de Setembro de 1836, que encontrou em Rodrigo da Fonseca um dos mais francos e resolutos adversários.

Como Jornalista e orador o tiveram os cartistas naquele tempo como um dos mais estrénuos campeões. Quando o Congresso de 1838 decretou a nova Constituição, muito mais democrática que a Carta Constitucional, Rodrigo da Fonseca, inimigo das transformações precipitadas, mostrou-se no congresso francamente adverso à nova ordem de coisas, mas aceitou logo que foi votada por uma Assembleia legalmente eleita e que representava incontestavelmente o País. Combatera-a como orador, combatera-a como Jornalista no seu jornal a Revista, mas não aplaudiu as revoltas, que pretendiam desfazer com as armas o que construíra no campo sereno da legalidade a vontade da nação. Esta sua atitude desencadeou contra ele muitos ódios, e inspirou, entre outros, um poema satírico intitulado D. Rodrigo, que foi atribuído ao Barão da Ribeira de Sabrosa, e em que o crivavam de epigramas e de calúnias. Não tardou o Partido cartista a levantar-se, e os Ministérios avançados que se tinham organizado logo em seguida à Revolução, encontrando o país pouco preparado para as transformações radicais a que o queriam sujeitar, tiveram de ceder o campo a um Ministério, que permanecia na órbita legal da constituição de 1838, mas que representava já os princípios que lhe eram contrários. Esse ministério constituiu-se em 26 de Novembro de 1839, e compunha-se do Conde de Bonfim, Presidente do Conselho e Ministro da Guerra; Rodrigo da Fonseca Magalhães, do Reino; Costa Cabral, da Justiça; Visconde da Carreira, dos Estrangeiros; Conde de Vila Real, da Marinha; Florindo Rodrigues Pereira Ferraz, da Fazenda. Este Ministério foi um dos mais árduos em que entrou Rodrigo da Fonseca, teve tormentosa e agitada vida, porque à oposição Setembrista juntou-se logo a de um grupo que se denominou de cartistas puros, que não podiam ver com bons olhos que alguns dos seus correligionários se resolvessem a entrar num gabinete presidido pelo Conde de Bonfim, General setembrista. Para se livrar dessas dificuldades o Ministério dissolveu a Câmara, onde os adversários haviam consumido alguns meses discutindo os primeiros parágrafos do discurso da coroa, e apesar de alcançarem grande maioria nas eleições, em breve surgiram questões importantes que reclamaram toda a atenção e energia dos Ministros, e principalmente de Rodrigo da Fonseca e de Costa Cabral, que eram os dois membros influentes do Gabinete. Nestas questões, tomou grave aspecto a do Douro com a Espanha, julgando-se iminente a guerra, chegando-se a organizar divisões de observação, e a fazerem-se todos os preparativos para um rompimento com a nação vizinha. Rodrigo da Fonseca mostrou-se sempre nestas circunstâncias eminente parlamentar e habilíssimo estadista.

Os dois poderosos Ministros não viviam em boa harmonia, porque cada um deles se sentia com forças para ocupar o primeiro lugar, e não podia resolver-se a figurar no segundo plano. Dessa circunstância nasceram grandes dissidências, e o que mais acentuou ainda essa discórdia entre os dois vultos políticos, foi o seguinte facto: As revoltas de 1840 haviam levado o Ministério a pedir às Câmaras a suspensão das garantias. Foi na discussão dessa medida que José Estevão pronunciou um dos seus mais brilhantes discursos. Venceu o Governo, mas não tardou muito tempo, quando estava ainda longe de findar o prazo concedido pela Câmara para se conservarem as garantias, que Rodrigo da Fonseca viesse declarar ao Parlamento que não podia governar sem a liberdade da imprensa. As dissidências de Rodrigo da Fonseca e de Costa Cabral eram manifestas e conhecidas da própria oposição; o Ministério já tinha sofrido umas recomposições na pasta da Fazenda, tendo sido nomeado Manuel Gonçalves de Miranda cm 28 de janeiro de 1841, e o Barão do Tojal em 12 de Março seguinte, mas conservava-se pelos esforços da maioria, que conseguira congraçar os dois eminentes Ministros, até que em resultado duma votação empatada na Câmara dos Deputados, o Gabinete apresentou a sua demissão. A rainha D. Maria II chamou os Presidentes das duas Câmaras, para com eles combinar a solução da crise, e encarregando Rodrigo da Fonseca e Costa Cabral de organizar novo Ministério, ficou este composto de Joaquim António de Aguiar, Presidente e com a pasta do Reino; Costa Cabral, da Justiça; António José de Ávila, da Fazenda; Conde de Vila Real, da Guerra; José Ferreira Pestana, da Marinha; e Rodrigo da Fonseca Magalhães, dos Estrangeiros, pasta de que já estava encarregado interinamente desde 23 de junho de 1840. Este Ministério, constituído em 09 de Junho de 1841, permaneceu à frente da Administração Pública até à restauração da Carta Constitucional, efectuada em Janeiro de 1842 por Costa Cabral, por ocasião da sua ida ao Porto. Durante esse período, Rodrigo da Fonseca teve de dirigir as negociações com a Cúria Romana para o restabelecimento de relações entre a Corte de Lisboa e a Santa Sé, e em muitas das suas instruções e dos seus despachos diplomáticos, deixou bem assinalado o seu talento superior e o seu decidido amor à terra em que nascera. Com a restauração da Carta, Rodrigo da Fonseca passou a ser inimigo inconciliável de Costa Cabral. Nesse mesmo ano foi nomeado Conselheiro de Estado.

Até Maio de 1846 fez a mais viva guerra ao Ministério cabralista, por todos os meios ao seu alcance, e quando naquela época começavam nas Províncias os tumultos e movimentos populares, e a rainha se decidiu a chamar aos conselhos da coroa homens simpáticos e que com o prestigio do seu nome pudessem serenar a tempestade que se anunciava terrível; Rodrigo da Fonseca foi um dos estadistas convidado pela soberana a tomar conta do Governo, mas ele declinou essa honra, e aconselhou que fosse chamado o Duque de Palmela. Sendo adoptado este alvitre, tratou logo o novo Gabinete de aproveitar Rodrigo da Fonseca, já consultando-o sobre as mais importantes questões que tinha de decidir, já nomeando-o para fazer parte de várias comissões importantes, já incumbindo-o da espinhosa e difícil missão de ir pacificar a Província da Beira, e especialmente o distrito de Coimbra. Não pôde cumprir a sua missão, em primeiro lugar porque os espíritos já estavam tão turbulentos que não admitiam pacificação possível, em segundo lugar porque desejando Rodrigo da Fonseca ir com um carácter puramente particular, o governo o nomeou publicamente Comissário Régio, isto é, Governador Civil dos Governadores Civis, como ele dizia no memorável discurso em que anos depois descreveu na Câmara a sua inútil ida a Coimbra. O aceitar essa missão significava, porém, uma grande coragem, porque no estado em que estava Coimbra, ia correr, como correu, perigo de vida. Mas Rodrigo da Fonseca tinha no mais alto grau esse valor cívico, que é a grande qualidade dos homens públicos. Afrontava serenamente as tempestades da tribuna, as invectivas do jornalismo e os clamores das revoluções. Foi eleito Par do Reino por Carta Régia de 22 de Outubro de 1847, de que prestou juramento e tomou posse na sessão da respectiva Câmara de 13 de Janeiro de 1848, continuando nesta Câmara a guerra terrível que fizera aos Gabinetes presididos pelo Conde de Tomar. Os discursos pronunciados nos dias 05, 07, 08, 12 e 14 de Fevereiro de 1848, na discussão da resposta ao discurso da coroa, são considerados corno os mais notáveis de toda a sua carreira parlamentar. Três anos depois, em 1851, o Duque de Saldanha promoveu o movimento da Regeneração, e Rodrigo da Fonseca foi um dos primeiros indigitados para entrar no Gabinete que devia substituir o do Conde de Tomar; mas diversas circunstâncias impediram então a sua subida ao poder, e foi «uma das muitas recomposições por que passou nos primeiros tempos o Ministério, que a 07 de Julho foi dada a pasta do Reino a Rodrigo da Fonseca Magalhães.

Durante os cinco anos que esteve no poder, todo o seu empenho foi pôr em prática os princípios de tolerância a que se mostrara afeiçoado. A Regeneração chamou a si todos os homens de boa vontade, que desejavam pôr termo aos males das guerras civis, abrir em Portugal o caminho do desenvolvimento e dos progressos materiais, operar enfim a fusão dos partidos, obtendo que todos os portugueses se congraçassem e encerrassem a era das revoluções. O Acto Adicional foi o selo desta conciliação. Ali se satisfaziam algumas das mais urgentes aspirações liberais, sem dar a essa modificação da Carta um carácter tão democrático, que tornasse tão impossível a transigência dos ferrenhos conservadores. Este ministério, demitiu-se em 06 de Junho de 1856. O grande estadista, depois de deixar o poder, pouco tempo viveu. Quando correu a notícia da sua doença todos se sentiram profundamente impressionados, e o rei D. Pedro V quis por todos os modos dar-lhe uma prova de alta consideração, agraciando o filho com o título de Conde, que Rodrigo da Fonseca para si sempre recusara tenazmente. A 18 de abril de 1858 escrevia ao Marquês de Loulé, Presidente do Conselho, a seguinte carta, que se tornou célebre, recusando para seu filho a mercê que el-rei lhe queria à força conceder:

A Grã-Cruz da Ordem de Cristo aceitou-a à rainha D. Maria II, depois de muitas instâncias da soberana, porque decididamente se recusava a recebe-la.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Condeixa-a-Nova (Largo Rodrigo da Fonseca Magalhães), Lisboa (Freguesias de São Mamede e São Sebastião da Pedreira, Edital de 04-03-1884, era a antiga Azinhaga do Vale de Pereiro), Nelas, Seixal (Freguesia de Fernão Ferro), Vila Nova de Famalicão (Freguesia de Calendário).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 11, Pág. 574, 575 e 576)

Fonte: “Portugal – Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume IV, págs. 746-750, Edição João Romano Torres”

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol II, de D-M), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, (Pág. 721, 722, 723 e 724)”.

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 227)

“O Centenário da morte do Poeta Gomes Leal”

António Duarte GOMES LEAL, poeta português, natural de Lisboa, nasceu a 06-06-1848 e faleceu a 29-01-1921. Frequentou o Curso Superior de Letras, que não chegou a concluir, empregando-se depois como escrevente de um Notário lisboeta. Esteve ligado á literatura panfletária e folhetinesca da época. Foi co-fundador, em 1872, do jornal satírico O Espectro de Juvenal e, em 1881, de O Século.

Entretanto, em 1785, publicou o seu primeiro livro de poemas, »Claridades do Sul«. Em 1881, a publicação de »A Traição e o Herege« provocou um escândalo político e literário que tornou o seu nome célebre, ao atacar a coroa, a igreja e a sociedade burguesa numa manifestação de incentivo á revolução social, apanágio dre muitos escritores do período realista. Esta poesia de combate, que persistiu em »Anticristo«, (1886), não impediu a manifestação simultânea de uma problemática religiosa e humana, que procurava a redenção das questões misteriosas da vida do homem, por exemplo, no ocultismo, ou, após a morte da mãe (1910), na sua conversão ao catolicismo. Esta morte veio também colocar-lhe sérios problemas económicos. Recolhido por caridade, vivendo em casa de várias pessoas que dele se apiedavam ou mesmo nos jardins públicos, criando uma imagem de loucura vagabunda, inofensiva, foi-lhe atribuída, por intervenção de um grupo de escritores, uma pensão do Estado que lhe permitiu, a custo, sobreviver.

A obra de Gomes Leal resulta da confluência de uma série de tendências: a poesia combativa do Realismo, o parnasianismo, o Romantismo, o Simbolismo e mesmo um certo satanismo, a que se associaram os episódios dramáticos da sua vida de boémio. Todos estes elementos contribuíram para uma poesia visionária, torrencial e desigual, que fez dele um dos poetas mais singulares da moderna literatura portuguesa.

Para além das obras referidas escreveu ainda: A Fome de Camões, (1880); A Mulher de Luto, (publicada apenas em 1902); Mefistófeles em Lisboa, (1907); História de Jesus, (1883); Fim de Um Mundo, (1900, compilação da sua poesia de intervenção); A Senhora da Melancolia, (1910),e uma série de quadros satíricos da vida das grandes cidades.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada; Amadora; Cascais (Freguesias de Alcabideche, Cascais e São Domingos de Rana); Lisboa (Freguesia do Areeiro, ex-Freguesia de São João de Deus, Edital de 18 de Julho de 1933, ex-Rua 6 do Bairro Social do Arco do Cego); Odivelas; Oeiras (Freguesia de Carnaxide); Portimão; Porto; Seixal (Freguesia de Corroios); Setúbal; Sintra (Freguesia de Rio de Mouro); Torres Vedras; Trofa; Vila Franca de Xira).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 12, Pág. 538)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 293).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Coimbra”

António Cardoso BORGES DE FIGUEIREDO, Escritor, Padre e Professor, nasceu no Lugar de Castanheira, Freguesia de Fajão (Pampilhosa da Serra), a 16-01-1792, e faleceu em Coimbra, a 21-01-1878. Foi Padre, Professor de Oratória, Poética e Literatura no Colégio das Artes e no Liceu Nacional de Coimbra.

Pertenceu à Maçonaria, da Loja Urbiónica, de Coimbra. Foi Professor por concurso da aula de Gramática Latina, em Arganil, desde 1823 a 1828, cargo de que foi afastado e preso por suas ideias liberais.

Obras principais: Lugares selectos dos clássicos portugueses nos principais géneros do discurso prosaico (14 edições desde 1893); Bosquejo histórico da literatura clássica grega, latina e portuguesa (1846); Discurso histórico recitado na inauguração dos retratos de D. Marias II e do Senhor D. Pedro IV; Instituições elementares da rectórica (1860); Homenagem a Camões. Os lamentos de Camões; A Geografia dos Lusíadas (1880, 1882 e 1883); Coimbra antiga e moderna (1886).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Coimbra (Rua Borges de Figueiredo)

Fonte: “História da Maçonaria em Portugal, Política e Maçonaria 1820-1869”, (A.H. De Oliveira Marques, Editorial Presença, 2ª parte, 1997, Pág. 340).

Fonte: “Dicionário de Autores da Beira-Serra”, (de João Alves das Neves, Editora Dinalivro, 1ª Edição, Novembro de 2008, Pág. 112 e 113).

“O Centenário”

JOÃO Soares CABEÇADAS, Padre e Militar, nasceu na Freguesia de São Clemente (Loulé), a 28-01-1921, e faleceu em São João do Estoril, Freguesia do Estoril (Cascais), a 20-05-1989. Foi o primeiro Director do Externato Frei Luís de Sousa, Almada, tendo exercido estas funções de 1956 a 1959. Era uma pessoa de vincada personalidade, que não deixou indiferentes os alunos e quem com ele conviveu no Frei Luís de Sousa. Por isso mesmo é muito lembrado entre os alunos do seu tempo. Sucedeu-lhe no cargo o Cónego António Gonçalves Pedro.

Era também Capelão da Marinha Portuguesa, onde se alistou em 14 de Novembro de 1945. Integrou a Direcção da Revista da Armada, fundada em 1971, cujo primeiro número foi publicado em 1 de Julho de 1971. Em Outubro de 1971 foi destacado para o desempenho do cargo de Delegado da Capelania-Mór das Forças Armadas junto do Comando-Chefe de Moçambique.

Foi Capelão-Chefe da Armada, tendo passado à Reserva em 26 de Agosto de 1975 no posto de Capitão-de-Fragata, deixando o serviço activo.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cascais (Freguesia do Estoril – Praceta Padre João Cabeçadas)

Fonte: “AlmaDalmada. Coisas de Almada e da Gente que Viveu e Vive Almada”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Cinfães”

XANANA GUSMÃO, de seu verdadeiro nome José Alexandre Gusmão, mais conhecido por Kay Rala Xanana Gusmão, Político, nasceu em Laieia (Manatuto), nasceu a 20-06-1946. Estudou no Seminário de Dare, dirigido pelos padres Jesuítas e depois no Liceu de Dili. Na infância, Xanana aprendeu o português com seu pai, Manuel Gusmão. Em 1970, casou com Emília Gusmão, da união nasceram dois filhos, Zenilda e Eugénio Paulo Gusmão. Pouco antes do 25 de Abril de 1974, o casal pensava emigrar para a Austrália, o que acabou por não acontecer.

Depois do 25 de Abril de 1974, Xanana trabalhou no jornal A Voz de Timor e tornou-se militante da Fretilin (Frente Revolucionária de Timor-leste Independente).

Em Agosto de 1975 até à invasão de Timor, pela Indonésia, a 07 de Dezembro de 1975, a Fretilin assume a administração de Timor-Leste e Xanana trabalha, então, no departamento de informação da Fretilin. Após a morte de Nicolau Lobato, Presidente da Fretilin, a 31 de Dezembro de 1978, Xanana Gusmão assume, em condições de extrema fragilidade, a luta armada de Timor-Leste. Em 1988 foi formado o Conselho Nacional de Resistência Maubere (CNRM), presidido por Xanana Gusmão que abandona a Fretilin e tenta, a todo o custo, transformar a luta de libertação numa causa nacional. Depois do massacre de Santa Cruz, a 12 de Novembro de 1991, Xanana aumenta as suas idas às povoações controladas pelos indonésios, ciente dos riscos que essas movimentações comportam. A 20 de Novembro de 1992, Xanana é capturado nos arredores de Dili e é mantido incomunicável durante 17 dezassete dias. Mesmo preso, Xanana Gusmão, continua a lutar. Faz greve de fome e consegue ser transferido duma prisão de delito comum para a prisão de Cipinang, onde se encontram outros presos políticos, quebrando, assim,  o isolamento. Apesar de estar preso, Xanana demonstra as suas qualidades de pintor e de escritor, em 1994 publica o livro Timor-Leste, Um Povo uma Pátriam e, continua a coordenar a acção da resistência, no interior e a nível diplomático. Muitas foram as entidades a reconhecer o seu valor, e a prestar homenagem. Em Abril de 1998, na primeira convenção de Timor-Leste, Xanana é aclamado presidente do Concelho Nacional da Resistência Timorense (CNRT). Em Fevereiro de 1999, Xanana abandona a prisão de Cipinang, passa a viver numa casa-prisão, em Salemba, sendo libertado a 07 de Setembro de 1999.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cinfães (Rua Xanana Gusmão); Guarda (Rua Xanana Gusmão); Elvas (Rua Xanana Gusmão); Entroncamento (Rua Xanana Gusmão); Gondomar (Freguesia de Valbom – Rua Xanana Gusmão); Lagoa (Praceta Comandante Xanana Gusmão); Matosinhos (Freguesia de Custóias – Avenida e Travessa Xanana Gusmão)); Santa Maria da Feira (Freguesia de Lourosa – Praceta Xanana Gusmão); Santarém (Praceta Xanana Gusmão); Sintra (Freguesia de Massamá – Rua Xanana Gusmão); Torres Novas (Avenida e Rotunda Xanana Gusmão).

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 184 e 185).

“Pessoas Vinculadas aos C.T.T.”

Auretónio RODRIGUES DO VALLE, Engenheiro, nasceu na Freguesia do Bonfim (Porto), a 10-08-1885, e faleceu na Freguesia de São Pedro (Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores), a 02-11-1957.

Licenciado em Engenharia, foi Chefe da Estação Radiotelegráfica da Hora (Ilha do Faial), em 1909 e Inspector dos Correios, Telégrafos e Telefones, em Angra do Heroísmo, em 1934.

Fonte: “Angelfire – A Telegrafia Sem Fios nos Açores”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Chaves”

JOÃO Baptista VAZ AMORIM, Padre e Professor, natural de Vilarinho das Paranheiras (Chaves), nasceu a 06-08-1880 e faleceu a 19-01-1962 Estudou no Liceu de Guimarães, foi Professor no Colégio de São Joaquim, em Chaves, e, depois, entrou no Seminário de Braga. Ordenado Sacerdote em 1901, foi colocado na Freguesia de Paradela, em Valpaços. Republicano de antes de 1910, não aceitou as perseguições ao clero e emigrou para o Brasil, onde foi exercer funções junto do Bispo de São Paulo. A pedido da mãe, regressou a Portugal e foi designado Pároco de Lóios, onde permaneceu durante 23 anos, depois do que pediu para ser colocado na Freguesia de Bouçoais, onde se dedicou à investigação arqueológica e etnológica, tendo publicado artigos sobre o tema em diversos jornais e revistas, quase sempre assinados com o pseudónimo João da Ribeira. Em 1949, foi candidato pela lista organizada em Vila Real e que não foi aceite, sob o pretexto oficial de que não fora possível obter a sua certidão de eleitor, facto que ele mais tarde desmentiria. Publicou, também, com o nome de João da Ribeira, o livro Pelos Povoados da Serra: aspectos portugueses, (Chaves, 1935), bem como um trabalho sobre arqueologia: Na Citânia de Briteiros: uma pedra enigmática?, (Guimarães, 1952). Deixou preparado outro livro, que se intitularia Coisas da Minha Terra e que não chegou a ser publicado.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Chaves (Freguesia de Santa Cruz-Trindade – Rua Padre João Vaz Amorim).

Fonte: “Candidatos da Oposição à Assembleia Nacional do Estado Novo (1945-1973), Um Dicionário” (Mário Matos e Lemos, Coordenação de Luís Reis Torgal, Pág. 102 Colecção Parlamento, Edição de 2009).

Fonte: “Toponímia Flaviense”, (de Firmino Aires, Editado pela Câmara Municipal de Chaves, Edição de 1990, Pág. 289 e 290)