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“Tomás Ribas, na Toponímia da Freguesia de Alcáçovas, por proposta minha de 9 de Março de 2008”

TOMÁS Emídio Leopoldo de Carvalho Cavalcanti de Albuquerque Schiapa Pectra Sousa RIBAS, Escritor, Etnógrafo e Professor, nasceu na Freguesia de Alcáçovas (Viana do Alentejo), a 20-06-1918, e faleceu em Lisboa, a 21-03-1999. Diplomado com o Curso Especial de Dança e Coreografia do Conservatório Nacional, onde foi aluno de Alice Turnay, Ivo Crammer e Barbara Thiel.

Diplomou-se mais tarde em Estudos Hispânicos pela Universidade Menendez y Pelayo (Santander, Espanha). Foi bolseiro do Instituto de Alta Cultura, do extinto Ministério do Ultramar, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.

Estagiou na Académie Nationale de la Danse com Serge Lifar, nos Archives Internationales de la Danse (Paris), nos arquivos de teatro e dança de teatros líricos de Itália e em algumas das mais prestigiadas escolas de teatro de dança dos Estados Unidos da América. Participou num seminário de antropologia cultural na Columbia University (Nova Iorque, EUA) e foi Conservador-Arquivista e Adjunto da Direcção do Teatro Nacional de S. Carlos, Secretário e Professor do Centro de Estudos de Bailado do Instituto de Alta Cultura, Vogal da Direcção do Teatro Nacional de D. Maria II, Director do Gabinete de Etnografia e Folclore da FNAT-INATEL. Foi Professor da Escola Superior de Teatro Nacional e do Instituto de Novas Profissões e Delegado do Ministério da Cultura no Algarve (1984).

Com vasta colaboração dispersa por jornais e revistas, o seu trabalho de ficcionista é de recorte neo-realista, enquanto a sua dramaturgia ultrapassa por vezes as balizas desta corrente, para nos dar a confluência de vários estratos sociais. Encenador de teatro e ópera, autor de numerosa bibliografia nas áreas da etnologia, da antropologia cultural e do folclore. Tem inéditas as peças de teatro Retrato de Senhora, Pedro e a Morte de Inês, A única Mulher de Barba-Azul, O Grito de Medea. Foi também tradutor.

Foi Produtor e Autor de Programas de Rádio sobre Dança e Folclore (na Rádio Televisão Portuguesa e na Radiodifusão Portuguesa), contribuindo para a promoção e divulgação do reportório musical popular português. Integrou várias Comissões Técnicas do CIOFF e colaborou com o Departamento de Antropologia da Universidade Nova de Lisboa, nas áreas de Antropologia da Dança e Antropologia do Teatro.

O seu percurso mereceu-lhe as mais nobres distinções honoríficas, nacionais e internacionais, tendo sido homenageado como Comendador da Ordem de Mérito; Doutor Honoris Causa pela Universidade de la Danse (Paris), distinguido com a Medalha de Cultura e Arte do Conselho Brasileiro da Dança, e foi nomeado Observador Técnico nas Reuniões Internacionais do CIOFF e do Instituto de Cultura Popular da Hungria.

Obras principais: Poesia: Monotonia, (1943); Ficção: Montanha Russa, (1946); O Primeiro Negócio, (s/d); O Cais das Colunas, (1959); Giovanna: Histórias Arquivadas, (1965); Teatro: Roberto e Melisendra, (1951); Cláudia e as Vozes do Mar, (1956); A Casa de Isaac, (1967); Biografia: Pavlova, (1962); Ensaio: O Que É o Ballet?, (1959); A Dança e o Ballet no Passado e no Presente, (1959); Danças do Povo Português, (1961); A Ilha do Príncipe: Breve Memória Descritiva e Histórica; (1964); Etnologia, (2 volumes, 1977); O Teatro e a Sua História, (1978); Como Fazer Teatro, (2 volumes, 1978-1979); A Dança e o Ballet, (2 volumes, 1980); Danças Populares Portuguesas, (1983); Roteiro: Portugal Turístico, (1984); Guia de Recolha de Danças Populares, (1985); Guia Turístico de Faro, (1987).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Nazaré (Rua Tomás Ribas); Viana do Alentejo (Freguesia de Alcáçovas – Rua Tomás Ribas*).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. IV, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Publicações Europa América, Coordenação por Ilídio Rocha, Edição de Março de 1998, Pág. 687 e 688)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 447 e 448).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Boticas”

PEDRO DE MENESES, Militar, nasceu em Lisboa, em 1370, e faleceu em Ceuta (Marrocos), a 22-09-1437. Era filho do 1º Conde de Viana do Alentejo, João Afonso Teles de Meneses e de sua mulher Maior Portocarrero, 2ª Senhora de Vila Real.

Tomou parte na conquista de Ceuta, onde foi armado cavaleiro. Perante a escusa de outros fidalgos e cavaleiros, ofereceu-se para governador desta Praça, que defendeu dos sucessivos ataques dos Mouros durante 22 anos (1415-1437).

A 15-08-1433 assistiu como Alferes-Mor à aclamação de D. Duarte. Aquando da sua investidura como Governador de Ceuta, D. João I entregou-lhe o pau em que se apoiava, por estar ferido numa perna, denominado aléu, e Pedro de Meneses, acabado de ser elevado a Conde, jurou defender com aquele aléu a Praça a ele confiada, este aléu conserva-se nas mãos da imagem de Santa Maria de África, venerada em Ceuta.

D. João I fê-lo Conde de Vila Real, em 1424, aparece, também, com o título de 2º Conde de Viana do Alentejo.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Boticas (Rua Dom Pedro de Meneses); Porto (Rua Dom Pedro de Meneses).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 359).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Borba”

DINIS DE MELO E CASTRO, 1º Conde das Galveias, Militar, nasceu em Borba, a 08-03-1624, e faleceu em Lisboa, a 18-01-1709. Era filho de Dom Francisco de Melo e Castro, e irmão de Dom Francisco de Melo e Castro. Sendo seu pai Governador do Castelo de Setúbal. Tomou parte nas Batalhas do Montijo, Linhas de Elvas, Ameixial e Montes claros. Entrou em 111 recontros com espanhóis e ficou ferido em combate 22 vezes.

Comandou a cavalaria portuguesa em Montes Claros (1665). Foi várias vezes Governador da Província do Alentejo e membro do Conselho de Estado e da Guerra. Durante a Guerra da Sucessão, e sendo Governador das Armas do Alentejo, apesar da idade avançada invadiu o território espanhol (1705) e apoderou-se de Valência de Alcântara e Albuquerque. Recebeu o título em 10-11-1691.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Borba (Avenida Dom Dinis de Melo e Castro); Évora (Freguesia da Azaruja – Rua Conde das Galveias); Vila Viçosa (Freguesia de Bencatel – Rua Conde das Galveias)

Fonte: Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 242).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município do Bombarral”

FRANCISCO Madeira MEGA, Industrial e Dirigente Desportivo, natural de Lisboa, nasceu a 01-08-1903 e faleceu em 1974. Industrial gráfico e Presidente do Grémio Nacional dos Industriais de Tipografia e Fotogravura. Como tal, desempenhou funções de Procurador pelas Indústrias Gráficas nas III e IV Legislaturas.

Nesta área de actividade foi ainda Secretário da Caixa de Previdência e Abono de Família dos Tipógrafos, Litógrafos e Ofícios Correlativos e Vogal do Conselho Superior da Indústria.

A sua actividade dividiu-se, porém, pela área do desporto, onde desempenhou vários cargos de dirigente, nomeadamente como Presidente do Clube de Futebol «Os Belenenses».

Em 1938, em conferência no I Congresso Nacional de Futebol, e na qualidade, já na altura, de antigo Presidente do Clube acima referido, fala da assistência social dos jogadores (referindo-se, a propósito, ao analfabetismo de muitos deles).

Foi Presidente do Belenenses em dez mandatos, 1935/36 a 1937/38; 1939/40, 1940/41 e de 1950 a 1954. No seu “reinado”, o Belenenses conquistou por quatro vezes o terceiro lugar na I Divisão, cimentando o estatuto de quarto grande do futebol português. Refira-se que o único título nacional dos azuis do Restelo, obtido na época de 45/46, foi obra da presidência de Octávio de Ribeiro.

Estabelecido com uma tipografia na Rua de S. Lázaro, em Lisboa, Francisco Mega dedicou grande parte da sua vida ao dirigismo desportivo com um notável sentido ético, jamais contagiado por qualquer espécie de clubite. Além dos dez mandatos de presidência no seu clube do coração, longevidade não conseguida por nenhum outro dirigente belenense, foi, também, presidente da Associação de Futebol de Lisboa e, depois, de 1960 a 1963, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

Isto, nos tempos em que a presidência do organismo máximo do futebol português era repartida, em rotatividade, por dirigentes do Benfica (Justino Pinheiro Machado e Romão Martins), Sporting (Salazar Carreira, Casal Ribeiro e Cap. Maia Loureiro) e Belenenses (além de Francisco Mega, também o Major João Luís de Moura, ilustre Governador Civil de Lisboa, esteve na presidência da FPF). Todos exerceram os seus mandatos com exemplar rectidão. Foi ainda Director da FNAT.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Bombarral (Rua Francisco Mega).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume II de M-Z), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 98 e 99).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Benavente”

Eudóxio César AZEDO GNECO, Jornalista e Político, nasceu na Freguesia de Samora Correia (Benavente), a 21-06-1849, e faleceu na Rua das Pretas, nº 23-3º, em Lisboa, a 29-06-1911. Era filho de Francisco Alberto Gneco, de ascendência italiana, e de Carlota Joaquina Salazar Azedo Gneco.

Habilitado com o 1º ano do Curso de Desenho Histórico da Academia Real das Belas Artes de Lisboa e a frequência da Aula de antigo, de Arquitectura e de Escultura Plástica da mesma Academia, ingressou na Casa da Moeda em 26 de Junho de 1865, como aluno da Escola de Gravura desse estabelecimento, sem qualquer remuneração, e começou a receber lições do Gravador belga Charles Wiener, ao tempo contratado pelo Governo Português.

Quando em 1867 Charles Wiener deixou Portugal, ficou o seu ensino a cargo do 1º Gravador Frederico Augusto de Campos, e desde então passou a receber o abono de 200 réis diários, que em Agosto de 1871 subiu para 320 réis e em Dezembro do mesmo ano para 400 réis.

Vivo, inteligente e de notável intuição artística, a sua aprendizagem decorreu com notável aproveitamento; o mesmo não se pode, porém, dizer do seu comportamento, pois já em 1871, o acusavam de desordeiro e pouco submisso às ordens dos seus superiores.

Cumulativamente com a aprendizagem de Gravura frequentava as Aulas do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, onde me 1874, fez exames de Desenho de Ornato, Desenho Arquitectónico e Desenho Linear e Geométrico.

Em fins de 1876 pediu o lugar de Praticante, que se encontrava vago e a que concorria também outro Aprendiz: Venâncio Alves. Os dois requerimentos foram objecto de longa informação do Director da Casa da Moeda, em que poderá ver-se certa parcialidade a favor de Azedo Gneco; mas a actuação deste nos meios operários, onde no ano anterior, juntamente com José Fontana, lançaria a ideia da fundação do Partido Socialista Português, impediu-o de ser nomeado.

Só dois anos mais tarde, em 109 de Agosto de 1878, obteve a desejada nomeação de Praticante da Oficina de Gravura da Casa da Moeda, numa vaga ocorrida nessa altura.

No entanto, como os proventos que auferia no modesto emprego eram insuficientes para as suas necessidades de chefe de família, sugeriu aos seus superiores a ideia de que fossem obrigatoriamente executados pelo pessoal da Casa da Moeda todos os trabalhos de Gravura de que carecessem as Repartições do Estado.

Em fins de 1880 a situação de Azedo Gneco melhorou consideravelmente com a nomeação, em comissão, para o lugar de encarregado da Oficina de Reprodução de Selos, em atenção ao seu valor artístico, e à sua muita prática de trabalhos de galvanoplastia, em que realmente parecer ter-se especializado. Receberia uma gratificação mensal de trinta mil réis. Deste lugar pediu escusa em 1891.

Hábila na Escultura, na Gravura em Metais, Galvanoplastia, estampagem em Tecidos, etc.; premiado com Medalhas de Prata nas Exposições de Lisboa, de 1887; de Paris, de 1889 e de 1900, poderia ter sido um grande Artista, se a paixão política não tivesse absolvido por completo a sua inteligência e a sua energia.

Nos últimos anos da sua vida nada ou quase nada produziu na Casa da Moeda, nem mesmo se dava ao incómodo de lá ir, a não ser para receber o ordenado. Em contrapartida, na sua acção como dirigente do Partido Socialista Português, em mais de 30 anos, foi de pasmosa actividade.

Para a permanência de quarenta e cinco anos nos quadros do pessoal da Casa da Moeda, a produção filatélica deste Gravador foi insignificante, como vamos ver:

Reduzido o porte dos jornais de 5 para 2 ½ réis por cada 50 gramas, pela Lei de 15 de Fevereiro de 1876, houve necessidade imediata de emitir um selo daquela taxa, em grande quantidade; e como o sistema de impressão de estampilhas em relevo, então em uso entre nó, era morosíssimo, recorreu-se ao processo tipográfico, a título provisório.

Azedo Gneco, ao tempo ainda Aprendiz, recebeu a incumbência de fazer o seu primeiro selo postal, o desenho e a gravura em aço. Do encargo se saiu por forma a não desmerecer no conceito dos que lhe haviam confiado aquela tarefa, pois a modesta estampilha de 1876, de tipo inusitado em Portugal, embora não fosse bonita, era alegre e servia à maravilha para o fim que se destinava. E tal como era, esteve em circulação próximo de vinte anos.

Foi menos feliz no selo de 2 ½ réis que desenhou e gravou para as emissões de 1893-1894 de: Angola; Cabo Verde; Congo; Guiné; Lourenço Marques; Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe; Timor e Zambézia.

São igualmente de sua autoria as elegantes cercaduras dos selos de: 25 réis da emissão de Portugal de 1884-1887 e dos da emissão da Guiné de 1886. Num e noutro destes selos o busto do soberano foi executado pelo Gravador francês Mouchon.

Também a Sociedade da Cruz Vermelha Portuguesa procurou Azedo Gneco para a execução do selo de porte-franco que foi obrigada a aplicar nas suas correspondências, em cumprimento do Artigo 3º do Decreto de 09 de Agosto de 1889, que concedeu a isenção de franquia àquela benemérita colectividade. A vinheta desenhada e gravada pelo hábil Artista era muito simples, mas agradável no seu conjunto.

Foi um dos maiores propagandistas do socialismo em Portugal, fundando com outros, nomeadamente José Fontana, em 10 de Janeiro de 1875, o Partido Socialista Português.

Participou na fundação da Fraternidade Operária (1872), da Associação dos Trabalhadores da Região Portuguesa (1873) e do Partido Socialista Português (1875). Colaborou assiduamente em »A Vanguarda, O País e O Século«. Contribuiu, com António Joaquim Oliveira e outros para fundar o jornal socialista »O Protesto«, em 1875, e O Protesto Operário, que por muito tempo redigiu e dirigiu, e a Folha do Povo, devendo-se-lhe a autoria da maior parte da propaganda socialista vinda a lume no seu tempo.

Organizou o Congresso Nacional Operário (1893) e o Congresso Anticatólico (1895). Colaborou, entre outros, nos seguintes jornais: Rebate, Voz do Operário, Trabalhador, Livre Pensamento, República Social, Vanguarda e Folha do Povo. Iniciou-se na Maçonaria em 1870, tendo sido eleito venerável da loja «Razão e Justiça».

O seu nome faz parte da Toponímia de: Benavente (Freguesia de Samora Correia – Rua Azedo Gneco); Braga (Rua Azedo Gneco); Covilhã (Rua Azedo Gneco); Évora (Rua Azed Gneco); Faro (Praceta Azedo Gneco); Lisboa (Freguesia de Santo Condestável – Rua Azedo Gneco); Seixal (Freguesias de Amora – Rua Azedo Gneco; Freguesia de Fernão Ferro – Rua Azedo Gneco); Sintra (Freguesia de Massamá – Avenida  Azedo Gneco); Vila Franca de Xira (Freguesia da Póvoa de Santa Iria – Rua Azedo Gneco).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 12, Pág. 458 e 459)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 250).

(Publicar a 28 de Outubro de 2021)

Este é mais um nome que existe, por proposta minha, na Toponímia do Município de Aveiro.

DOM MIGUEL DE BULHÕES e Sousa, Bispo, nasceu em Verdemilho, Aradas (Aveiro), a 13-08-1706, e faleceu em Leiria, a 30-09-1778. Religioso da Ordem dos Pregadores (Dominicanos), onde professou no dia 24 de Novembro de 1723. Ordenou-se padre no dia 12 de Março de 1730.

Foi eleito Bispo de Malaca (Singapura), no dia 28 de Março de 1746, com apenas 40 anos de idade. Em 1748 foi nomeado Bispo de Belém do Pará (Brasil), foi o 3º Bispo de Belém do Pará, sucedendo a Dom Guilherme de São José, onde teve um bispado muito dinâmico. Em 1760 foi nomeado Bispo de Leiria, onde se manteve até à data da sua morte.

O seu nome faz parte da Toponímia de Aveiro (Avenida Dom Frei Miguel de Bulhões e Sousa*) ; Leiria (Rua Dom Miguel de Bulhões).

Fonte: “Agência Ecclesia”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Belmonte”

ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA, Médico e Político, nasceu em Vale da Vinha, Freguesia de São Pedro de Alva (Penacova), a 27-07-1866, e faleceu em Lisboa, a 31-10-1929. Era filho de José António de Almeida, lavrador, e de Maria Rita das Neves e Almeida. Casou em 1910 com Joana Morais Queiroga, filha de um rico lavrador alentejano. Apesar de ter sido Médico, é conhecido sobretudo como Político e Presidente da República.

Destacou-se desde os tempos de estudante na luta republicana contra a monarquia. Orador talentoso, colaborou em jornais e revistas e, com grande capacidade de liderança, impulsionou a combatividade e determinação dos seus correligionários. A oposição veemente que expressava ao conservadorismo levou-o mesmo à barra do tribunal, acabando pose ser condenado, num processo em que foi defendido por Manuel de Arriaga.

Após terminar o curso do ensino secundário no Liceu de Coimbra, António José de Almeida, frequentou a Universidade de Coimbra, primeiro na Faculdade de Matemática e Filosofia, entre 1885 e 1889, não concluindo co curso. Depois na Faculdade de Medicina, a partir de 1889, obtendo o grau de bacharel em Julho de 1895. Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra, em que foi líder estudantil. Era ainda estudante de Medicina quando publicou no jornal «O Ultimatum», um artigo famoso, intitulado «Bragança, o Último», pelo qual foi processado e, condenado a três anos de prisão,  por o artigo ser considerado insultuoso para o Rei Dom Carlos I. Exerceu até 1904 em São Tomé. Manifestou desde muito cedo os seu ideais republicanos, tendo, por isso, passado três meses na prisão.

Entrou na acção política republicana em 1904, quando regressou a Lisboa, seis anos antes da implantação da República, mostrando-se um eloquente orador e, talvez por isso, líder do movimento. Por altura do primeiro movimento revolucionário, em 1908, foi novamente encarcerado. Tornou-se Ministro do Interior do Governo Provisório, formado logo após a queda da monarquia. Fundou, em 1912, o Partido Evolucionista, que teve como orgão o diário “República”, do qual foi Director. Foi Chefe do Governo entre 1916 e 1917 e, em 1919, foi eleito Presidente da República, cargo que exerceu até 1923. Foi o único que, nesta época, conseguiu cunprir o seu mandato. O livro “Quarenta Anos de Vida Literária e Política”, editado a título póstumo, reúne os seus artigos e discursos mais importantes, além de retratar fielmente uma época algo conturbada.

Natural do concelho de Penacova, tem um busto no Jardim Pérgola do Mondego da Vila do mesmo nome e, ainda nesse concelho, uma estátua na Praça Mário da Cunha Brito, em São Pedro de Alva, Freguesia da localidade de onde era natural,Vale da Vinha.

Tem em Lisboa, na praça onde convergem a Avenida Miguel Bombarda e a Avenida António José de Almeida, um importante monumento esculpido por Leopoldo de Almeida e inaugurado em 1937. É neste monumento que no dia 05 de Outubro se presta homenagem aos heróis da implantação da República. Em Coimbra existe um busto seu na confluência da rua que tem o seu nome com a Rua Nicolau Chanterrene.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alandroal, Almada, Almeirim (Freguesia de Benfica do Ribatejo), Amadora, Aviz, Barreiro, Batalha, Beja, Belmonte (Largo Doutor António José de Almeida); Benavente (Freguesia de Samora Correia), Bragança, Cadaval (Freguesia da Vermelha), Cantanhede, Cascais (Freguesia da Parede), Coimbra, Crato, Estremoz, Évora, Fafe, Ferreira do Alentejo, Figueiró dos Vinhos, Funchal, Gondomar, Grândola, Lagos, Lamego, Lisboa (Freguesias de Nossa Senhora de Fátima e São João de Deus, Edital de 18-07-1933), Loulé, Loures (Freguesias de Sacavém e São Julião do Tojal), Lourinhã, Lousã, Machico, Maia, Matosinhos (Freguesia de Custóias), Mértola, Mira, Mirandela, Moita (Freguesia da Baixa da Banheira), Montalegre, Montemor-o-Novo (Freguesia de Santiago do Escoural), Montijo (Freguesia de Sarilhos Grandes), Mora (Freguesia de Cabeção), Odemira (Freguesia de Vila Nova de Milfontes), Odivelas (Freguesia de Póvoa de Santo Adrião), Oeiras, Olhão, Oliveira de Azeméis, Oliveira de Frades, Ourém, Ovar, Paredes (Freguesia de Baltar), Penacova (Freguesia de São Pedro de Alva), Pinhel, Ponta Delgada, Portalegre, Portel, Portimão (Freguesia de Alvor), Porto, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Rio Maior, Sabugal, Salvaterra de Magos (Freguesia de Muge), Santa Maria da Feira, Santarém, Santiago do Cacém, Seixal (Freguesias de Amora e Corroios), Serpa (Freguesia de Pias), Sesimbra (Freguesia da Quinta do Conde), Sintra (Freguesias de Agualva, Casal de Cambra, Massamá e Santa Maria e São Miguel), Tabuaço, Tondela, Vendas Novas, Viana do Alentejo, Vidigueira (Freguesia de Pedrógão), Vila do Conde, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia, Vila Real de Santo António, Vila Viçosa, Viseu.

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. II, Publicações Europa América, Organizado pelo Instituto Português do Livro e da Leitura, Coordenado por Eugénio Lisboa, 1990, Pág. 505)

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 02, Pág. 35 e 36)

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 54 e 55”

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol I, de A-C), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, Pág. 117, 118 e 119”.

Fonte: “Dicionário de Educadores Portugueses”, (Direcção de António Nóvoa, Edições Asa, 1ª Edição, Outubro de 2003, Pág. 58 e 59).

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª República (1910-1926), (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 81 e 82)

Fonte: “Dicionário de Autores da Beira-Serra”, (de João Alves das Neves, Editora Dinalivro, 1ª Edição, Novembro de 2008, Pág. 26).

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 25).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Beja”

ANTÓNIO Fernando COVAS LIMA, Médico e Político, natural de Beja, nasceu a 28-03-1907 e faleceu a 02-11-1970. Licenciou-se em Medicina e especializou-se como Médico Radiologista, especialidade esta reconhecida pela Ordem da sua profissão.

Foi sócio fundador da Sociedade de Medicina do Trabalho e da Sociedade de Radiologia e Medicina Núclear. Foi membro do American College of Chest Physicians.

Na sua cidade natal foi Director do Dispensário do Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos.

Em termos de vida política Covas Lima foi Presidente das Comissões Concelhia e Distrital da União Nacional, em Beja. Neste Distrito, foi também Delegado dos Desportos e Presidente de Direcção e da Assembleia Geral da Associação de Futebol da cidade de Beja.

Em 1969 foi eleito Deputado à X Legislatura (1969-1973). Na Assembleia Nacional integrou, na qualidade de Vogal, a Comissão de Trabalho, Previdência e Assistência Social. Iniciou a sua actividade parlamentar ao fazer uso da palavra para se congratular com a inauguração do Hospital Regional de Beja (04-02-1970).

Em Maio de 1970 Covas Lima tece diversas considerações referentes a problemas nas Minas de Aljustrel. Neste âmbito lembra as dificuldades próprias da profissão de mineiro e sugere a promoção de «medidas sociais de longo alcance».

Era agraciado com o Grande Oficialato da Ordem da Benemerência, com diversas Medalhas de Ouro de cidades alentejanas e, entre outras, com a Medalha de Dedicação da Legião Portuguesa e a de Bons Serviços Desportivos, concedida pelo Presidente da República.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Beja (Rua Doutor António Fernando Covas Lima); Cuba (Rua Doutor Covas Lima); Serpa (Rua Doutor António Covas Lima); Vidigueira (Bairro António Covas Lima).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume I de A-L), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 827).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Batalha”

AFONSO DIAS Moreira PADRÃO, Médico, nasceu na Freguesia de Sampaio do Bougado (Santo Tirso), a 22-03-1852, e faleceu na Batalha, a 14-10-1922. Médico, Naturalista e Arqueólogo. Fez o Curso dos Liceus no Porto e foi depois frequentar a Universidade de Coimbra, onde concluiu o seu Curso de Medicina a 29-07-1882, sendo-lhe conferido o grau de Bacharel em Medicina e Cirurgia.

Foi exercer clínica para a Batalha e ali esteve durante 40 anos. Foi Clínico de profundo saber e grande dedicação filantrópica.

Em 10-05-1885 foi nomeado, por despacho, Médico do Hospital da Misericórdia da Batalha e Facultativo Municipal do mesmo Concelho.

Apaixonado naturalista, ainda, quando estudante em Coimbra, juntou várias colecções de conchas, ovos e algas marinhas, esta tão importante que a ofereceu e ficou, fazendo parte do Museu Botânico da Universidade de Coimbra. Também foi Filatelista muito sabedor.

Escreveu e publicou um catálogo da sua colecção de algas: Algae marinae methodice enumeratae ad normn F. T. Kutzing, (Coimbra, 1881); Guia do visitante do Mosteiro da Batalha, trabalho de muito saber e utilidade.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Batalha (Travessa Afonso Dias Padrão).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 17, Pág. 872)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município do Barreiro”

Francisco FERRER TRINDADE. Maestro, nasceu no Barreiro, a 09-12-1917, e faleceu em Setúbal, a 13-01-1999. Tirou o curso no Conservatório Nacional de Lisboa. Integrou a Orquestra Sinfónica de Lisboa e, durante 14 anos, tocou saxofone na Banda da Marinha.

Iniciou a sua aprendizagem informal do Bandolim, do Violino e do Clarinete durante a juventude, apresentando-se no grupo de cordas Os Timpanas e na Banda Filarmónica da Sociedade União Democrática Barreirense.

Durante a década de 1930 trabalhou na Companhia União Fabril (CUF), frequentando simultaneamente o Conservatório Nacional, instituição na qual estudou Clarinete, Violino e Piano. Estudou Composição e Direcção de Orquestra na Academia de Santa Cecília em Itália.

Entre 1937 e 1951 integrou a Banda da Armada como Clarenitista. Tocou Violino na Orquestra Filarmónica de Lisboa. Posteriormente integrou as Orquestras Ligeiras Toseli e Almeida Cruz, formando mais tarde a Orquestra Ritmo, actuando nos Casinos da Póvoa de Varzim, da Figueira da Foz, de Espinho e do Estoril.

Como Director de Orquestra, apresentou-se frequentemente na RTP, assumindo a Direcção Musical do Festival RTP da Canção nas edições de 1969 e de 1973.

Director de Orquestra, Compositor, Orquestrador, Clarenitista e Violinista. Algumas das suas composições foram amplamente mediatizadas em Portugal e no estrangeiro por intérpretes como Amália Rodrigues e Max, entre outros, destacando-se, na década de 50, composições como Canção do Mar (letra de Frederico de Brito), composta para o filme Os Amantes do Tejo, realizado por Henri Verneuil em 1954 (editada no RP Les Amantes du Tage, Columbia/VC, 1955), e Nem às Paredes Confesso (letra de Artur Ribeiro; música de Max e Ferrer Trindade, editado no LP Amália no Olympia).

De acordo com o Maestro António Vitorino de Almeida, se o Parque Mayer fosse a Broadway, teria registado alguns dos maiores êxitos do Mundo na área da música para o Teatro.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Barreiro – (Rua Ferrer Trindade); Lisboa (Freguesia de Santa Clara – Rua Ferrer Trindade; Edital de 14-07-2004); Palmela – (Rua Maestro Ferrer Trindade);; Seixal (Freguesia de Fernão Ferro – Rua Ferrer Trindade); Setúbal – Rua Maestro Ferrer Trindade).

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 4º Volume, P-Z, Temas e Debates, Círculo de Leitores, 1ª Edição, Fevereiro de 2010, Pág. 1276)