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“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Carrazaeda de Ansiães”

 

Câmara Municipal de Carrazeda de AnsiãesJOÃO TRIGO MOUTINHO, Médico e Político, natural da Freguesia de Mogo de Malta (Carrazeda de Ansiães), nasceu a 24-03-1873. Era filho de António Trigo Moutinho e de Augusta de Jesus.

Cursou Medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, indo depois exercer Medicina na terra em que nasceu.

Fez parte do Senado nas Legislaturas de 1922 e 1925, em representação do círculo de Bragança e eleito nas listas do Partido Democrático.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Carrazeda de Ansiães (Rua Doutor João Trigo Moutinho)

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª Republica, (1910-1926”, (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 317).

Recordamos hoje, Jaime Filipe, Engenheiro e Inventor, que ao longo da sua vida se preocupou em facilitar a vida aos deficientes.

 

Jaime FilipeJAIME Octávio de Magalhães FILIPE, Engenheiro e Inventor, natural de Lisboa, nasceu a 31-05-1923 e faleceu a 09-08-1992. Era filho de Domingos Alberto Filipe, Engenheiro, e de Idalina do Carmo de Magalhães Filipe. Casou, em 1953, com Carolina Vitalina Duarte Lopes, conhecida do grande público pelo nome artístico de Lina Maria.

A sua actividade profissional foi iniciada, com apenas dezassete anos, em 1940, na então Emissora Nacional, actual RDP, na qualidade de Desenhador Técnico, ou seja, elaborava as plantas das instalações assim como os circuitos eléctricos resultantes do estudo da equipa de projectos existente na estação pública de Rádio. O seu gosto pela “coisa” técnica conduziu-o, indubitavelmente, ao fim de cinco anos entre desenhos, para o centro das actividades levadas a efeito pela Emissora, tornando-se num dos mais promissores Operadores de Captação de Som, lugar que ocupou ao longo de doze anos, ou seja, até à sua entrada para os quadros da RTP.

O arranque das emissões experimentais das emissões da RTP levadas a cabo em 1956, na então Feira Popular de Lisboa, em Palhavã, no local onde está agora instalada a Gulbenkian, mais concretamente o Museu de Arte Moderna, deram origem à necessidade de novas instalações para que se dessem início às emissões regulares. Tal veio a acontecer em 1957, precisamente no dia 7 de Março, nas actuais históricas ruínas dos Estúdios do Lumiar, na Alameda 44, em Lisboa.

O Eng. Jaime Filipe fez parte desse lote de pioneiros que naquele espaço concretizaram a magia presente nos sonhos de muitos portugueses, então ávidos pelo acesso a este meio de comunicação de massas já desfrutado na grande maioria dos países desenvolvidos.

Ao longo dos 29 anos de acção activa na empresa desempenhou várias funções, das quais destacamos a de Operador Chefe de Captação de Som (Setembro de 1957 a Julho 1966), Chefe de Serviço de Exploração (Julho de 1966 a Setembro de 1974), ou seja, foi o responsável por toda a estrutura operacional (áudio e vídeo) dos estúdios do Lumiar, Chefe de Serviço de Formação Operacional do Centro de Formação (1974 a 1978), Director do Centro de Formação (1978 a 1979), Chefe do Gabinete de Apoio aos Centros Regionais da Madeira e dos Açores (1979 a 1985) e Director do Centro de Formação (1985 a 1986/7).

No que respeita à Formação Profissional, graças à sua iniciativa, mesmo antes da existência do Centro de Formação, a qual teve lugar em 1969, a RTP proporcionou o 1º Curso de Assistentes de Exploração (Chefias), tendo esta Acção de Formação concretizada em 1959.

Inspirado num filme americano no qual um dos personagens sendo paraplégico via a sua mobilidade constantemente afectada perante as múltiplas barreiras arquitectónicas, não só ao nível dos locais para onde se deslocava (Repartições públicas, salas de cinema, lojas, etc.), mas também na sua própria casa, a qual era uma moradia com dois pisos, ou seja, rés-do-chão e primeiro andar, respectivamente.

Sendo um excelente Desenhador técnico, Engenheiro de formação e tendo uma vontade férrea de ajuda ao seu semelhante deficiente, a invenção do elevador para cadeira de rodas foi “de caras”, como por vezes afirmava.

Este invento, utilizado há bastante tempo em todo o Mundo, recebeu as Medalhas de Ouro dos Salões de Bruxelas (1983) e Genebra (1984).

A necessidade da ajuda de um elevador para cadeira de rodas em locais sem acesso ao fornecimento de energia eléctrica como, p.ex., na rua ao pretender-se a entrada para uma viatura automóvel, levou este notável Inventor a pôr em prática outra ideia soberana, a qual foi contemplada com a Medalha de Prata no Salão de Genebra em 1985.

O sistema recorre a uma manivela que acciona engrenagens e correntes instaladas em duas barras elevadoras de perfil adequado. Uma plataforma para a cadeira de rodas é elevada pelo mecanismo utilizado.

Recebeu a Medalha de Prata Dourada no Salão Mundial de Invenções “Eureka 84 – Bruxelas” e a Medalha de Prata no 13º Salão Internacional de Invenções e Novas Técnicas de Genebra, em 1985.

Inspirado na surdez profunda de uma tia, concebeu um aparelho parecido no aspecto com um relógio de pulso, o qual em vez de dar horas produzia vibrações sempre que um sinal sonoro se manifestava nas suas proximidades como, por exemplo, a campainha  do telefone ou da porta, o choro de bebés, motores ou buzinadelas de automóveis, recorrendo a um microfone miniatura, a um pré-amplificador e a um amplificador logarítmico.

A prestação deste dispositivo levou os elementos do Júri, tanto no Salão de Genebra como no de Bruxelas, em 1985, a concederem-lhe a Medalha de Ouro.

Concorreu várias vezes ao Festival RTP da Canção, nomeadamente em 1964 com a canção “Para Cantar Portugal”, letra de Artur Ribeiro e música de Jaime Filipe em parceria com o maestro Tavares Belo, interpretação de António Calvário (6º lugar), em 1966, “Caminhos Perdidos”, letra de António Sousa Freitas e música de Jaime Filipe e Tavares Belo, interpretação de Madalena Iglésias (6º lugar) e 1970 com “A Voz do Chão”, sendo a letra de  Francisco Nicholson e a música de Jaime Filipe e Victor Campos, cuja interpretação de Rute fê-lo arrecadar o 7º lugar.

Concorreu, também, ao Festival da Canção de Aranda do Douro (1º Festival Hispano-Português), em 1960, tendo conquistado o 3º Prémio (Canção ao Porto – letra e interpretação de Artur Ribeiro e música de Jaime Filipe), assim como ao Festival da Canção Portuguesa em 1964 (Figueira da Foz)  no qual ganhou o 1º Prémio, tendo repetido o feito no ano seguinte com a canção “Agora Não” (letra de Artur Ribeiro, música Jaime Filipe e interpretação de Fernanda Diniz), tendo ganho, também, em 1965, o 1º Prémio do 1º Festival da Canção de Tavira.

Enquanto funcionário da Emissora Nacional exercia em acumulação, apenas aos fins-de-semana, a actividade de Técnico de Captação de Som na Rádio Triunfo, para a qual contribuía imenso a sua experiência enquanto Técnico da Estação Pública de Rádio, tendo estado na origem de mais de dois mil números de música portuguesa, tendo registado vozes de consagrados artistas tais como João Villaret, Amália Rodrigues e outros, assim como fez a captação e registo do Hino Nacional interpretado pela Banda da Guarda Nacional Republicana.

Fonte: “Colorize Média”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Cantanhede”

 

Câmara Municipal de CantanhedeJosé Luís FERREIRA FREIRE, Político, natural da Freguesia de Tentúgal (Montemor-o-Velho), nasceu em 1843 e faleceu em 1920. Era filho de Eusébio Luís Ferreira.

Ingressou em 1857 no Liceu de Coimbra, onde permaneceu dois anos, durante os quais frequentou, como voluntário, as cadeiras de Francês, Gramática Portuguesa e Latina, Latinidade e a 1ª Classe de Música. Após um breve intervalo retomou os estudos, agora na Faculdade de Direito, concluindo o Curso em 1866.

Foi Administrador do Concelho e Presidente da Câmara Municipal de Cantanhede e, por diversas vezes, Procurador à Junta Geral de Coimbra.

Afecto ao Partido Regenerador, manteve relações de estreita amizade com alguns dos seus mais eminentes membros, como João Franco ou Barjona de Freitas.

Foi eleito Deputado numa eleição suplementar em 1876 e nas eleições gerais de 1878, 1879, 1881, 1884, 1887, 1890, 1892, 1894, 1895, 1897 e 1900. Com excepção da eleição de 1895, em que foi eleito pelo círculo plurinominal de Coimbra, representou sempre o círculo uninominal de Cantanhede.

Durante a sua longa carreira parlamentar fez parte das Comissões de Consultas Gerais (1879 e 1882), de Infracções (1882), de Petições (1887), de Administração Pública (1885-1886, 1894 e 1896) e do Orçamento (1896).

Em 1901, aquando da cisão do Partido Regenerador, aderiu ao Centro Regenerador-Liberal, liderado por João Franco. A 28 de Maio de 1906 ascendeu ao Pariato, tendo tomado posse a 01 de Outubro do mesmo ano.

Em 1872 declinou a Comenda da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, por motivos desconhecidos.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cantanhede (Largo Conselheiro Ferreira Freire); Montemor-o-Velho (Freguesia de Tentúgal).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol II, de D-M), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, Pág. 232 e  233”

Recordamos hoje, Wenceslau de Morais, o Português que “espalhou” a Cultura Portuguesa pelo Japão.

 

Wenceslau de MoraisWENCESLAU José de Sousa DE MORAIS, Militar e Escritor, nasceu em Lisboa, a 30-05-1854, e faleceu em Tokushima (Japão), a 01-07-1929. Seu pai funcionário público, com o mesmo nome, e sua mãe Maria Amélia Figueiredo Moraes. Ambos cultos e amantes das letras, devem ter estimulado no filho o gosto da cultura, desde muito jovem. Enveredou pela carreira militar e, depois de concluir em 1875 o curso da Escola Naval, esteve ao serviço da Marinha em Moçambique, Timor e Macau. Aqui, foi imediato da capitania do porto e professor liceal, convivendo com Camilo Pessanha.

Em 1899, foi nomeado cônsul em Kobe (Japão), onde veio a casar e se converteu ao budismo. Em 1913, pouco tempo depois de ser nomeado cônsul-geral, demitiu-se e retirou-se para a ilha japonesa de Shikoku. Wenceslau de Morais foi um dos representantes do exotismo na literatura portuguesa, tal como Camilo Pessanha ou Fernão Mendes Pinto, mas de forma diversa.

Numa nota biográfica que lhe pediram, escreveu «Sou português. Nasci em Lisboa (a capital do país) no dia 30 de Maio de 1854. Estudei o curso de Marinha e dediquei-me a oficial de marinha de guerra. Em tal qualidade fiz numerosas viagens, visitando as costas de África, da Ásia, da América, etc. Estive cerca de cinco anos na China, tendo ocasião de vir ao Japão a bordo de uma canhoneira de guerra e visitando Nagasaki, Kobe e Yokohama. Em 1893, 1894, 1895 e 1896 voltei ao Japão, por curtas demoras, ao serviço de Macau, onde estava comissionado na capitania do porto de Macau. Em 1896 regressei a Macau, demorando-me por pouco tempo e voltando ao Japão (Kobe). Em 1899 fui nomeado cônsul de Portugal em Hiogo e Osaka, lugar que exerci até 1913».

Fascinado pelo Japão e pela sua cultura, que adoptou, crítico acérrimo da vida ocidental, a sua obra reflete, nos mais variados géneros (cartas, novelas, crónicas, impressões íntimas), uma obervação atenta, institiva, da sua pátria de adopção, aliada a um estilo fortemente visual e fresco, vivo, em obras como: »Traços do Ectremo Oriente- Sião China e Japão« (1895), »Dai.Nipon« (1897), »Cartas do Japão« (1904), »Os Serões no Japão« (1905), »O Culto do Chá« (1905), »Paisagens da China e do Japão« (1906), »O Bon-Odori em Tokushima« (1911), »O-Yoné e Ko-Haru« (1923), »Relance da História do Japão« (1924), »Relance da Alma Japonesa« (1925), »Osoroshi« (1933), »Cartas Íntimas« (1944), »Notícias do Exílio Nipónico« (1994).

A TAP deu o seu nome a uma das suas aeronaves e, no Japão teve direito a um estátua na praça principal de Kobe, bem como na principal avenida de Tokushima, onde existe também um Museu Wenceslau de Moraes.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica); Lisboa (Freguesia de Santo António, ex-Freguesia de São Mamede, Edital de 20 de Fevereiro de 1936); Matosinhos (Freguesia da Senhora da Hora); Oeiras (Freguesia de Queijas).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. II, Publicações Europa América)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 373 e 374).

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Campo Maior”

 

Câmara Municipal de Campo MaiorFrancisco da Silva TELO DA GAMA, Político, natural de Campo Maior, nasceu a 01-01-1892 e faleceu a 11-08-1995. Era filho de António Luís de Sousa Oliveira da Gama e de Maria Francisca da Silva Rasquilha.

Foi Presidente do Conselho Geral do Grémio da Lavoura e do Sindicato Agrícola de Campo Maior; Vice-Provedor da Santa Casa da Misericórdia e ainda Presidente do Município nessa mesma localidade.

Foi também Delegado do Governo junto da Federação Nacional dos Industriais de Moagem, Governador Civil de Portalegre entre 1933 e 1934, Chefe de Gabinete do Ministro da Agricultura.

Eleito Deputado à Assembleia Nacional, em 1942, para a III Legislatura, intervém várias vezes sobre assuntos relacionados com a agricultura e a pecuária, nomeadamente sobre a questão das carnes.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Campo Maior (Vila de Campo Maior e Freguesia de Nossa Senhora da Graça dos Degolados – Rua Doutor Telo da Gama).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume I de A-L), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 694).

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª República, (1910-1926)”. (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 228).

Recordamos hoje, no dia em que passa mais um aniversário do seu nascimento, Firmino Crespo, Escritor e Professor.

 

Firmino CrespoFIRMINO de Deus CRESPO, Professor e Escritor, nasceu em Idanha-a-Nova, a 29-05-1907, e faleceu na Freguesia de Carcavelos (Cascais), a 22-05-1995. Fez a Instrução Primária em Idanha-a-Nova, frequentou os Preparatórios no Seminário Diocesano de Gavião, a que se seguiram os seus Estudos Liceais (até ao 5º Ano em Castelo Branco, e 7º Ano de Letras, em Santarém. Matriculou-se seguidamente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Secção de Filologia Clássica) de 1929 a 1933. Após o Exame de Licenciatura, entrou como estagiário no Liceu Normal de Pedro Nunes (Lisboa) de 1933 a 1935. Após feito exame de Estado, ingressou no Ensino Liceal como Professor do 1.º grupo (Português – Latim) iniciando-se no Liceu de Camões (Lisboa) de 1935 a 1937.

Nomeado Professor efectivo do seu grupo para o Liceu de Ponta Delgada (S. Miguel – Açores) onde leccionou de 1937 a 1939, concorreu aos Liceus de Portalegre (1939-1953), de Setúbal (1953-1963), Padre António Vieira (1963-1965) e de Gil Vicente (Lisboa) de 1967 a 1976, ano em que se aposentou.

Em comissão de serviço: 1940, Professor Contratado na Faculdade de Letras (Lisboa); 1954 a 1962, Leitor de Português na Universidade de Liverpool; 1963 a 1967 Director de Serviço de Escolha de Livros – Ministério da Educação (Direcção-Geral de Ensino Primário).

Publicou as seguintes obras: – André de Resende, Humanista e Poeta Latino (conferência na aula de Literatura Portuguesa) Separata da Revista da Faculdade de Letras (Lisboa), 1934; Em torno de uma Fábula – num texto Latino (Horácio) e Português (Sá de Miranda), Separata da Revista Humanitas, Coimbra MCMXLVII; Cristóvão Falcão e a Écloga Crisfal (IV Centenário da cidade de Portalegre), Coimbra, 1950; O Inconformismo Espiritual na Obra de José Régio, Separata do Bulletim of Hispanic Studies, vol. 33, Liverpool University, 1956; Senhora do Almortão – Cancioneiro coligido com estudo histórico – literário, Oficina Gráfica, 2.ª edição corrigida 1963; O Livro das Aves – anotações e comentários, em colaboração com o Prof. Fernando Frade, Separata da revista Geographica, ano III, n.º 9, Lisboa, 1967; Três Momentos na Lírica Portuguesa, Atlântica Editora, Coimbra; Tradição de uma lírica popular portuguesa antes e depois dos trovadores, Cristóvão Falcão e a Egloga Crisfal (revista); três pequenos ensaios sobre José Régio, 1970; Sete Centúrias de Curas Medicinais de Amato Lusitano – tradução do Latim – Edição integral em 4 volumes, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Médicas, 1983; A Vila de Idanha-a-Nova – Monografia descritiva e histórica, Lisboa, Oficina Gráfica 1985; Algumas Considerações sobre teatro de José Régio «A Salvação do Mundo», Separata da revista Ocidente, Lisboa, 1985. Tem colaboração dispersa em: Ocidente, Euphrosine, Colóquio, Estudos de Castelo Branco, O Distrito de Portalegre, A Rabeca, Linhas de EIvas, Beira Baixa, Reconquista, A Cidade (I Série) e Flores do Santuário (1926).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Idanha-a-Nova (Rua Doutor Firmino Crespo).

Fonte: “Publicações Periódicas de Portalegre” (de António Ventura)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Caminha”

 

Câmara Municipal de CaminhaROSA MARIA JOAQUINA DE SOUSA, Religiosa e Benemérita, nasceu em Caminha, em 1842, e faleceu em Braga, em 1928. Religiosa, chamava-se Irmã Madalena de Cristo. Foi a fundadora do Colégio de Santo António. Era filha de Fernando de Sousa, Escrivão da Administração do Concelho e couteiro da Mata do Camarido, e de Bernarda Clara de Sousa, sendo irmã de Ricardo Joaquim de Sousa (18261894), negociante e político que dá hoje o nome à Rua Direita.

Com 36 anos de idade, no dia 04 de Janeiro de 1878, entrou para a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Quando faleceu legou ao Convento da sua terra o seu património e os seus restos mortais estão sepultados na Igreja do Convento de Santo António.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Caminha (Rua Benemérita Rosa Maria Joaquina de Sousa)

Fonte: “Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição”

Recordamos hoje o Professor Rocha Trindade o “pai do Ensino Superior à Distância”, fundador e primeiro Reitor da Universidade Aberta.

 

Rocha TrindadeArmando Teófilo Silva ROCHA DA TRINDADE, Professor, natural de Lisboa, nasceu a 28-05-1937 e faleceu a 28-05-2009. Foi aluno do Colégio Militar, com o nº 195, tendo sido Comandante de Batalhão. Frequentou a Escola de Guerra (Academia Militar), mas acabou por se formar em Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico, onde foi de Assistente a Professor, sempre ligado à área da Física. Fez o Doutoramento em Física de Plasmas, em Orsay (França), onde viveu com a família durante cinco anos, nos anos de 1960.

O Professor Doutor Engenheiro, coordenador e docente da Licenciatura em Comunicação e Multimédia, faleceu de doença prolongada. O Professor era conhecido, nos meios académicos, nacionais e internacionais, como o pai do ensino superior à distância, tendo sido o fundador da Universidade Aberta, da qual foi o seu primeiro Reitor. Armando Rocha Trindade foi aluno do Colégio Militar, frequentou a Escola de Guerra (Academia Militar) e licenciou-se em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico (IST), em 1961. Doutorou-se em “Física de plasmas” pela Faculdade de Ciências da Universidade de Paris, Orsay, no ano de 1970. Quatro anos mais tarde, tornou-se Professor Extraordinário e Agregado em Física no IST e, em 1980, Professor Catedrático do Grupo de disciplinas de Física do mesmo Instituto. Transitou para o quadro da Universidade Aberta em 1998. Foi autor de inúmeras obras científicas e membro das principais redes europeias de educação à distância. Titular de várias condecorações francesas, das quais se destacam a Ordre des Palmes Académiques (Comendador) e a Ordre National du Mérite (Oficial). Recebeu os títulos de Doctor Honoris Causa (Humane Letters) da State University of New York (1997) e da Open University do Reino Unido (1998), bem como o de Professor Catedrático Honorário da University of External Studies da Federação Russa (1996) e o de Honorary Advisor da Shanghai Television University, da República Popular da China (1998). Em 2003, foi também distinguido com o prémio international Felowship Award da Association for Educational Communications and Technology (USA). No ano lectivo de 2005/2006, foi nomeado Coordenador da licenciatura em Comunicação e Multimédia Da Universidade de Lisboa.

Fonte: “Universidade Lusíada de Lisboa”

Fonte: “Revista Zacatraz, nº 176” – (AAACM – Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Câmara de Lobos”

 

Câmara Municipal de Câmara de LobosMANUEL FRANCISCO CAMACHO, Padre, nasceu na Freguesia de Curral das Freiras (Câmara de Lobos), a 02-08-1877, e faleceu no Funchal, a 14-12-1970. Era filho de José Militão Camacho e de Maria do Monte.

Em 1897, já depois de ter feito alguns estudos secundários, ingressou no Seminário do Funchal, tendo-se ordenado presbítero a 2 de Outubro de 1904. Nesse mesmo ano é nomeado escrivão do Juízo Eclesiástico, cargo que exerceu até 1917.

A 5 de Março é nomeado cura de Santa Maria Maior, responsabilidades em que se mantém até 1912. No dia 1 de Outubro deste ano, num período particularmente difícil para a igreja católica, motivado pela separação entre o estado e a igreja, foi nomeado vice-reitor do seminário do Funchal, manifestando nesse cargo elevada prudência aliada a uma grande firmeza.

A 1 de Outubro de 1917 é nomeado pároco de S. Jorge. No dia 28 de Agosto, seis dias depois da criação do Arciprestado de S. Jorge, é nomeado seu primeiro arcipreste.

Por provisão de 17 de Outubro de 1922, é transferido para a vila da Ponta do Sol, onde se mantém até 1924. No dia 24 de Janeiro de 1924 é nomeado cónego capitular da Sé, tendo tomado posse do lugar a 1 de Fevereiro do mesmo ano. Por Provisão de 1 de Fevereiro de 1924 é nomeado vigário geral da Diocese, sendo nessa altura elevado à dignidade de prelado doméstico de Sua Santidade Pio XI, com o título de monsenhor.

Nesse mesmo ano, assume as funções de juiz do Tribunal Eclesiástico e de Reitor da igreja de S. João Evangelista. Após o falecimento do bispo D. António Manuel Pereira Ribeiro, ocorrido a 22 de Março de 1957, foi eleito vigário capitular Sede Episcoli Vacante pelo cabido da Sé do Funchal, tendo governado nessa qualidade até ao dia 8 de Dezembro de 1957, altura em que entrou em funções o novo prelado D. David de Sousa.

A acção desenvolvida por monsenhor cónego Manuel Francisco Camacho na Diocese foi muito vasta e abrangeu diversos campos de actividade: entre 1907 e 1917 foi capelão da capela da Vitória, em São Martinho; entre 1923 e 1927 prestou assistência religiosa no Hospital da Santa Casa da Misericórdia; entre 1927 e 1947 foi capelão da Casa-mãe da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora das Vitórias; foi durante vários anos assistente eclesiástico da Juventude Católica; colaborou na imprensa católica do Funchal, datando de 1904 os seus primeiros escritos, tendo sido Director e editor do Boletim Eclesiástico do Funchal, entre 1 de Março de 1912 e 1 de Junho de 1918; foi Provedor da Santa Casa da Misericódia durante vários períodos de 1928 a 1935 e de 1954 a 1958; foi tesoureiro da Comissão de Assistência aos Indigentes da Madeira entre 1937 a 1960; foi presidente da Comissão responsável pela Direcção do Museu Diocesano de Arte Sacra, cargo que exerceu desde a fundação do museu até à sua morte. Foi devido ao seu esforço e denotado espírito de sacrifício que se conseguiu transferir o hospital desde a avenida da Arriaga, para os Marmeleiros.

Para além da sua actividade religiosa, social e cultural, haverá a registar ainda uma breve passagem pela política, através da sua nomeação para vogal da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, para o triénio de 1905-1907, cargo para que foi empossado em 2 de Janeiro de 1905, mas cujo mandato, não chegou a terminar.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Câmara de Lobos (Freguesia de Curral das Freiras – Estrada Cónego Camacho).

Fonte: “Câmara de Lobos – Dicionário Corográfico”

O Professor e Investigador Óscar Soares Barata, se fosse vivo, faria hoje 84 anos de idade.

 

Óscar Soares BarataÓSCAR SOARES BARATA, Professor e Investigador, natural de Lisboa, nasceu a 27-05-1935 e faleceu a 24-08-2015. Sociólogo, Demógrafo. Tirou o Curso de Administração Ultramarina no então Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, que concluiu em 1956, tendo sido logo convidado para frequentar, como bolseiro, a Universidade de Lovaina, onde concluiu a Licenciatura em Ciências Políticas e Sociais 8Secções de Sociologia e Trabalho) em 1961, apresentando a dissertação final sobre La Race dans le Sociologique et l’Economique.

Em 1964, prestou provas de Doutoramento em Ciências Sociais no Instituto, apresentando A Questão Racial, e em 1968 provas para Professor Associado em Abril e para Professor Catedrático em Dezembro. Nestas últimas provas apresentou como elemento de currículo o livro Introdução à Demografia.

Foi Professor Catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e Presidente do Conselho Directivo do mesmo Instituto.

Cumpriu missões em África como membro da Missão para o Estudo da Produtividade em África. Organizou as Sessões do Curso de Extensão Universitária da Universidade do Porto, em Angola e em Moçambique.

Foi chamado a reuniões internacionais e estudos demográficos, sendo de salientar aqueles que executou para os planos de urbanização de Lourenço Marques, Costa da Galé e Lisboa.

Dirigiu o Projecto de Investigação de Prospectiva Demográfica Portuguesa, de iniciativa do Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional, cujos resultados veio a publicar em diversas revistas da especialidade.

É autor de mais de setenta trabalhos publicados em: Revista de Estudos Políticos e Sociais; Análise Social; Boletim da Sociedade de Geografia; Revista Militar; Revista do Centro de Estudos Demográficos do Instituto Nacional de Estatística; Boletim da Academia Internacional da Cultura Portuguesa, entre outras publicações periódicas, e nas Enciclopédia Polis e Verbo: Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura.

Era membro da Direcção da Sociedade de Geografia de Lisboa desde 1975, foi vários anos Secretário-Geral da Sociedade e Director do respectivo Boletim; membro da Academia Internacional da Cultura Portuguesa.

Foi agraciado com a Ordem de Grande Oficial da Ordem da Instrução Pública, em 1995.

Obras principais: A Questão Racial; Introdução, (1964); Migrações e Povoamento, (1965); Introdução à Demografia, (1968); Introdução às Ciências Sociais, (2 Volumes, 1974-1975); Natalidade e Política Social em Portugal, (1985).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. VI; Publicações Europa América, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Coordenação por Ilídio Rocha, Edição de Junho de 2001, Pág. 316 e 317)