Archive for Junho, 2020|Monthly archive page

“Efemérides”

 

CTT30 de Junho de 1956 – Inauguração da Central Telefónica Interurbana de Lisboa, na Praça de D. Luís I, esta veio substituir a que estava em funcionamento na Estação Central dos Correios de Lisboa, no Terreiro do Paço, e que tinha sido inaugurada a 17 de Agosto de 1946.

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Murça”

 

Câmara Municipal de MurçaALFREDO Augusto PINTO, Jornalista, Publicista e Funcionário Público, nasceu em Murça, a 13-06-1881, e faleceu em Lisboa, a 01-03-1956. Dedicado à política desde muito cedo, pertenceu à geração que preparou a República e a prestigiou na sua acção construtiva.

Foi Director da Assistência, Chefe de Gabinete  de vários Ministérios e Vereador na Câmara Municipal de Lisboa. Exerceu as funções de Director de Serviço do Instituto Nacional do Trabalho, cargo que desempenhou com notável dedicação, tendo contribuído para o desenvolvimento prestigiante de diversas instituições ligadas à previdência e ao auxílio mútuo.

Por serviços prestados, foi-lhe concedida a Comenda da Ordem de Cristo. Como Jornalista foi colaborador e articulista em diversos jornais, concretamente em O Primeiro de Janeiro, A Capital, Diário de Lisboa, e foi Chefe de Redacção do jornal O Mundo. Legou o seu valioso espólio bibliográfico à Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Murça (Rua Alfredo Pinto); Póvoa de Varzim (Rua Alfredo Pinto).

Fonte: “Murça, História, Gentes e Tradições, de João Luís Teixeira Fernandes, Edição da Câmara Municipal de Murça, 1993”

“Pessoas Vinculadas aos C.T.T.”

 

 

CTTJosé MARTINS DAS NEVES, Médico, nasceu na Corujeira (Guarda), a 23-04-1925, e faleceu em Londres (Inglaterra), onde se encontrava em tratamento., a 19-04-1998 Era o Pediatra mais antigo da Guarda. Foi Director do serviço de Pediatria durante várias décadas.

Entre 1984 e 1989 foi Presidente do Conselho de Gerência do Hospital da Guarda e, por inerência, Director da Rádio Altitude. Igualmente presidiu à Administração Regional de Saúde da Guarda.

Foi Médico do Montepio Egitanense e dos CTT, Martins das Neves, foi Presidente da Direcção e da Assembleia Geral da Associação Desportiva da Guarda. Actualmente presidia à Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia e ao Conselho Consultivo do Hospital. Era Médico Especialista em doenças de crianças e pneumologia. Estava reformado desde 1995.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Guarda (Rua Doutor José Martins das Neves)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Mourão”

 

Câmara Municipal de MourãoJosé Tomás RAVASCO DOS ANJOS, Médico, nasceu na Amareleja (Moura), em 1900, e faleceu em Mourão, em 1983. Era filho de  Albano Tomás dos Anjos. Nascido na Freguesia da Amareleja (Moura), e faleceu em Mourão. Formado em Medicina e Cirurgia em Coimbra em 1928, foi viver para Mourão, sendo nomeado Médico do Partido Municipal em 1931. Aí casou, teve duas filhas, uma das quais faleceu com dois anos de idade, por doença, e aí dedicou toda a vida à população local.

Trabalhou no Hospital da Misericórdia daquela localidade. Em 1946 foi nomeado Subdelegado de Saúde de Mourão e Director do Dispensário anti-rábico.

Além de tratar dos doentes a qualquer hora do dia ou da noite, não se furtando a deslocar-se a grandes distâncias, ainda lhes fornecia bens alimentares e até dinheiro, quando necessário. Nunca procurou louvores e dedicou-se por inteiro.

Ainda em vida, ele e a esposa doaram as instalações onde hoje funciona o Lar da Terceira Idade, com a recomendação de que este se destinasse ao apoio aos mais necessitados.

O seu busto está no Jardim Público da Vila de Mourão.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Mourão (Rua Doutor Ravasco dos Anjos)

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 119”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Moura”

 

Câmara Municipal de MouraAGOSTINHO CARO QUINTILIANO, Médico, natural da Freguesia da Amareleja (Moura), nasceu em 1878 e faleceu em 1947. Era filho de José Caro Quintiliano e de Maria Ferreira. Formado em Lisboa em 1906, foi ocupar o cargo de Médico do Partido, criado em 1895, na Amareleja, onde nasceu, e aí exerceu toda a vida.

A sua memória ainda se conserva e dele se diz que dedicou os seus melhores anos « a aliviar as dores alheias, esquecendo as próprias». Depois de ele morrer, um filho seu, o Dr, José Caro Quintiliano, prestou assistência médica à localidade.

Tem um busto no Jardim Público de Amareleja, com os dizeres: «Homenagem do povo de Amareleja ao Médico que abnegadamente o assistiu durante 40 anos».

O seu nome faz parte da Toponímia de: Moura (Freguesia de Amareleja – Praceta Doutor Agostinho Caro Quintiliano).

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 77”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Mortágua”

 

 

Câmara Municipal de MortáguaMANUEL LOURENÇO FERREIRA, Industrial e Benemérito, natural de Mortágua, nasceu a 20-01-1908 e faleceu a 14-07-1978. Foi um dinâmico Industrial do sector da fiação. Era filho de António Lourenço e Maria Ferreira Lourenço. Começou a trabalhar nesta actividade muito cedo, com apenas 15 anos de idade. Principiou com uma pequena oficina rudimentar, situada no Bairro da Estação. Começou a negociar em lãs, percorrendo todo o país, onde quer que houvesse rebanhos. Em 1930 já empregava 10 trabalhadores. A actividade foi crescendo, em meados dos anos 30 construiu novas instalações, as quais conheceram sucessivas ampliações. Para além da sua faceta de industrial, Manuel Lourenço Ferreira distinguiu-se também como benemérito, contribuindo numerosas vezes para as obras sociais e estando sempre pronto a auxiliar em todos os sectores de interesse para a comunidade.

Dedicou-se sobretudo à Humanitária Associação dos Bombeiros Voluntários de Mortágua, da qual foi Presidente da Direcção durante vários anos, bem como Presidente da Assembleia Geral. A ele se fica a dever a construção do novo Quartel dos Bombeiros.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Mortágua (Rua Manuel Lourenço Ferreira).

Fonte: “Câmara Municipal de Mortágua”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Mora”

 

Câmara Municipal de MoraANTÓNIO LOPES ALEIXO, Lavrador, natural da Freguesia de Cabeção (Mora), nasceu a 12-07-1912 e faleceu a 06-09-1967. Grande lLavrador, filho e herdeiro único do celebrado ”Sr. João Lopes de Cabeção”, nome conhecido e reconhecido em toda aquela redondeza de terras pelo contraste entre a enorme riqueza e a sobriedade de hábitos e vida, alheia a qualquer espécie de ostentação. De temperamento mais aberto e sociável, o ”Sr. António Lopes” deixou, com sua esposa, a Sr.a D. Maria Antonieta, a recordação de chefe de uma família solidamente constituída segundo os valores tradicionais e de generosa e espontânea benemerência social, além de uma romanesca estória da filha perdida e reencontrada.

Proprietário, por proposta do Ministro da Saúde e Assistência, de 19 de janeiro de 1960, para condecoração com o grau de Comendador da Ordem da Benemerência.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Mora (Bairro João Lopes Aleixo)

Fonte: “A Farmácia, a Praça e a Vila Edições”, (por Rui F. Falcão)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Montijo”

 

Câmara Municipal de MontijoANTÓNIO Campos Ferreira TRINDADE, Médico, natural, natural da Quinta do Burrinho, Relva, Freguesia de Monsanto (Idanha-a-Nova), nasceu a 04-02-1890 e faleceu a 18-10-1972. António Campos Ferreira Trindade exerceu Medicina durante 40 anos no Montijo. Em 1924 foi colocado na Câmara Municipal do Montijo como Médico Municipal. Entre outras, funções foi Clínico na União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, foi Subdelegado de Saúde, Obstetra, Cirurgião e fundador do Núcleo da Cruz Vermelha, no Montijo.

Era filho de António Ferreira da Trindade, Administrador da Casa do Marquês da Graciosa, natural da Freguesia de S. Pedro de Avelãs (Anadia) e de Maria José de Campos Patrício, natural de Alpedrinha. Era primo do Bispo D. Manuel Trindade.

Fez o Ensino Primário na Escola de Monsanto, tendo como Professor Bartolomeu Lemos Viana. Aos 9 anos de idade foi para o Colégio de S- Fiel, em Louriçal do Campo, onde concluiu o antigo 7º Ano do Liceu. Foi para Coimbra estudar Matemática. Frequentou, entretanto, a Escola do Exército, de onde, como Oficial de Cavalaria, foi destacado para Castelo Branco e, depois para Torres Novas com o posto de Tenente.

Posteriormente, regressou a Monsanto e, em 1910, casou com Maria Uva da Luz, a qual veio a falecer a 02-11-1918, da qual teve duas filhas

Com a ajuda do pai, tirou o Curso de Medicina, na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde se veio a formar em 1920.

Fixou-se em Castelo Branco, onde exerceu clínica durante quatro anos, em 30 de Setembro de 1924 veio a ser colocado na Câmara Municipal do Montijo, como Médico Municipal. Aí passou grande parte da sua vida, chegando a exercer a função de Subdelegado de Saúde e a exercer Clínica em vários Consultórios, nomeadamente no ligado ao Montepio de Nossa Senhora da Conceição, onde lhe prestaram uma honrosa homenagem, pelo zelo desmesurado que dedicou aos seus doentes.

Casou em segundas núpcias, com Encarnação Uva da Luz, sua cunhada, irmã da primeira mulher, de quem teve um filho e uma filha. Esta segunda mulher veio a falecer,  a 02-11-1969.

Não obstante os seus infortúnios matrimoniais, continuou a sua vida sem queixumes e, através da sua medicina, praticando o bem junto dos seus doentes e, em especial, junto dos mais desfavorecidos.

Sempre que ía à sua terra natal, especialmente no período de férias, consultava gratuitamente, na sua casa, os monsantinos que procuravam cura para as suas moléstias. E, após a sua aposentação, com 70 anos de idade, passou a residir na casa que, entretanto construiu na Relva, passando os Invernos no Montijo, onde, gratuitamente, continuou a exercer clínica na sua própria residência.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Montijo (Rua Doutor António Campos Ferreira Trindade).

Fonte: “Montijo Hoje – Informação Municipal, nº 20, I Série, Dezembro de 2017”

Fonte: “Toponímia do Concelho do Montijo – Volume I – Freguesia do Montijo”, (de Francisco Correia, Edição da Câmara Municipal do Montijo, Editado em 2006, Pág. 61 e 62)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Montemor-o-Velho”

 

Câmara Municipal de Montemor-o-velhoJoaquim AFONSO Fernandes DUARTE, Escritor, Professor e Político, nasceu na Freguesia de Ereira (Montemor-o-Velho), a 01-01-1884, e faleceu em Coimbra, a 05-03-1958. Filho de uma família de proprietários rurais, inicia, junto de um Professor de Alfarelos, os estudos do Ensino Primário aos dez anos para os concluir dois anos depois.

Após dois anos de interrupção, em 1898 vai estudar para Coimbra como aluno interno do Colégio Mondego. Formou-se em Ciências Físico-Naturais na Universidade de Coimbra em 1913 e nesta cidade foi Professor da Escola Normal, tendo-se dedicado sobretudo à pedagogia do desenho.

Na vida deste grande Mestre (como era conhecido entre os que com ele conviveram) ocorreram duas circunstâncias menos favoráveis, que terão contribuído em parte para transmitir à sua fascinada visão das coisas e da vida traços de ironia e revolta, mas também de superior resignação, de que os seus aforismos poéticos da última fase são um eloquente exemplo: a doença (paralisia dos membros inferiores) de que nunca se recompôs completamente, e o inesperado e compulsivo afastamento do cargo de Professor, que exercia com um zelo e dedicação exemplares, por decisão de forças afectas ao regime, que lhe era adverso.

Em 1932, foi afastado compulsivamente de todas as funções por razões políticas e ideológicas, sendo colocado no quadro de adidos e, quase de imediato, obrigado a apresentar a aposentação.

Ao longo da vida colaborou em várias revistas: «Águia, Rajada (que fundou), Contemporânea, Presença, Revista de Portugal e Seara Nova«. A sua inspiração, embora entranhadamente tradicionalista, desenvolve-se em função de uma permanente preocupação de novidade, traduzida sobretudo numa simplificação de riqueza imagística, numa busca de interioridade e num aprofundamento do estar perante o mundo envolvente.

Entre as suas obras, contam-se: «Cancioneiro das Pedras«, de 1912, »Rapsódia do Sol-Nado Seguida do Ritual do Amor«, de 1916, »Ossadas«, de 1947, «Obra Poética«, em 1956 (compilação de todos os seu poemas), e »Lápides e Outros Poemas«, de 1960. As suas obras mais conhecidas são: Tragédia ao Sol Posto, 1914 e Sete Poemas Líricos, 1929.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica – Rua Afonso Duarte); Amadora (Rua Afonso Duarte); Coimbra; Loures (Freguesia de Bobadela – Travessa Afonso Duarte); Montemor-o-Velho (Freguesia de Ereira – Rua Poeta Afonso Duarte); Oeiras (Freguesia de Linda-a-Velha – Rua Afonso Duarte); Seixal (Freguesia de Fernão Ferro – Travessa Afonso Duarte).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Publicações Europa América, Organizado pelo Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Coordenado por Eugénio Lisboa, 1994, Pág. 298, 299 e 300)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 194).

Recordamos hoje o Arquitecto Celestino de Castro que, se fosse vivo, teria feito no passado dia 21 do corrente, 100 anos de vida.

 

Celestino de CastroCELESTINO Joaquim DE Abreu CASTRO, Arquitecto, nasceu na Freguesia de Paranhos (Porto), a 21-06-1920, e faleceu em Lisboa, a 13-08-2007. Era filho de Baltazar da Silva Castro, Arquitecto e Director dos Monumentos Nacionais, e de Mariana Amélia de Abreu Castro, Professora Primária. No Porto frequentou o Ensino Primário e o Liceu. Em 1937 foi admitido na Escola de Belas Artes e, em 1940, ainda a frequentar o 3º ano do curso especial da Escola Superior de Belas Artes do Porto, transferiu-se por motivos familiares para a Escola de Belas Artes de Lisboa, na qual terminou a sua Licenciatura no ano lectivo de 1943/44.

Cidadão da Resistência antifascista, um homem fiel aos seus princípios, militou activamente no PCP. Arquitecto de craveira internacional, foi uma figura cimeira do modernismo português. Homem de raras qualidades humanas com excepcional talento, é lembrado não apenas como Arquitecto, mas também como uma referência moral da resistência, do regime democrático e da vida e história do PCP

A carreira profissional de Celestino de Castro na Arquitectura, em Portugal, foi interrompida pelo fascismo, em 1963, quando se viu na necessidade de passar à clandestinidade e depois, em 1965, a exilar-se, perseguido pelo regime.

Formado pela Escola de Belas Artes de Lisboa em 1944. Pertenceu à ODAM (Organização dos Arquitectos Modernos), que introduziu, no Porto, uma arquitectura de expressão moderna, em geral de estrita obediência lecorbusiana, participando no 1º Congresso Nacional de Arquitectura. De brilhante profissionalismo e grande exigência de rigor, de que são testemunho as duas moradias construídas no Porto, Rua do Amial, do princípio da década de cinquenta, participou em vários concursos públicos, tendo sido limitada a sua obra como projectista pelo facto de, reconhecendo outras vertentes de prioridade e responsabilização no grave momento que se vivia, se ter obrigado a abandonar o exercício da profissão, para se dedicar inteiramente às exigências de uma luta política mais coerente, o que veio a determinar mais tarde um longo período de emigração parisiense, só interrompido pelo 25 de Abril de 1974. Além das citadas moradias do Porto, Celestino de Castro, foi co-autor dos blocos residenciais da Avenida dos Estados Unidos da América, em Lisboa, tendo-se mais tarde dedicado à construção hospitalar. Pertenceu a uma das equipas responsáveis pelo inquérito à arquitectura regional iniciado em 1955 e foi, no mesmo ano, responsável pela redacção da zona 6, Algarve e Alentejo Litoral.

Obras principais: “A Arquitectura Popular em Portugal” (em colaboração), 1961.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Seixal (Freguesias de Amora e Seixal – Rua Celestino de Castro).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Volume V, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Publicado por Publicações Europa-América, Ano 2000, Pág. 66 e 67)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 139).

Fonte: “Antifascistas da Resistência”, (por Helena Pato)