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“RUAS QUE JÁ TIVERAM OUTROS NOMES”

Sabia que a Rua Gilberto Rola, na Freguesia de Alcântara, em Lisboa, já foi designada por Rua Velha; Rua Correia Guedes e Rua dos Marinheiros?.

Gilberto António Rola, (1816-1886), um grande Republicano, membro do Directório do Partido Republicano Português, passou a fazer parte da Toponímia, através do Edital Municipal de 18-11-1910, que antes, pelo Edital Municipal de 13-10-1910, se designou por Rua dos Marinheiros, em substituição de Rua Correia Guedes, nome que lhe tinha sido dado pelo Edital Municipal de 18-12-1893, que viera substituir a designação de Rua Velha.

Nesta Rua, nos números 2 a 14, existiu a fábrica de faianças de Lopes & Cª, fundada em em princípios de 1885. Na linha da tradição da faiança inglesa Wedgwood, experimentada na Fábrica Etruria, nos finais do Século XVIII, a Fábrica de Louça de Alcântara introduziu um toque de “revolução industrial” na indústria alcantarense dos finais do Século XIX, princípios do Século XX.

Aquando da sua fundação designava-se, curiosamente, por “Fábrica de Louça Inglesa” e tinha como sua promotora a firma luso-inglesa Stringler, Silva & Cª.

Fez estampar ou desenhar temas nacionalistas e populares nos seus pratos, como assuntos relacionados com as comemorações do IV Centenário da Chegada à Índia, por Vasco da Gama, bem como outros com naus portuguesas. Tornaram-se conhecidos os pratos com a Senhora da Nazaré e outros com figuras de mulheres tocando instrumentos.

Nesta fábrica trabalhavam 66 Operários em 1888 e cerca de 90 nos princípios do Século XX.

Participou em diversos certames industriais, sendo-lhe conferida, Medalhas de Prata nas Exposições das Indústrias Fabris, da Avenida da Liberdade, em 1888, e na Universal de Paris, de 1889. Esta fábrica terá encerrado na década de 1930.

Mas nesta Rua, no nº 20, existiu também a o restaurante e caxa de fados  “Casa da Cesária”, que teve origem numa velha “tasca”, existente no Século XIX, onde terá cantado pela última vez, em 1877, a célebre fadista Maria Cesária. A Cesária encerrou definitivamente, em 1988.

Mas mesmo na porta ao lado funciona, nos números 22-24, da mesma Rua Gilberto Rola, desde 1963, a casa de fados “O Timpanas”, que em 1970 foi adquirido pelos irmãos Costa, Júlio Costa e Carlos Costa, do “Trio Odemira”, que viria a ser vendido em 1978.

Fonte: “Dicionário da História de Lisboa”, (Direcção de Francisco Santana e Eduardo Sucena)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila Nova de Gaia”

ÁLVARO Augusto CABRAL da Cunha Godolfim de Maia FIGUEIREDO, Actor e Autor, nasceu em Vila Nova de Gaia, a 22-06-1865, e faleceu no Porto, a 22-10-1918. Aluno nº 826 da Casa Pia de Lisboa desde 03-10-1874 a 22-06-1881 (3ª numeração).

Tendo-se estreado como Actor no Teatro da Rua dos Condes, de Lisboa, na noite de 18-03-1890 na revista Tim-Tim por Tim-Tim. Depois de fazer parte durante muitos anos da Companhia Rosas & Brasão, passou para a Empresa Luiz Galhardo, desempenhando então primeiros papéis em mágicas, operetas e revistas. Como autor teve os seus melhores êxitos com as revistas Peço a Palavra, escrita de colaboração com João Bastos, e Santo António de Lisboa, com Penha Coutinho.

Álvaro Cabral, um boémio bom conversador e espirituoso, foi, também o autor da célebre balada de Coimbra “Samaritana”, gravado, pela primeira vez, em 1928, no Porto, por Edmundo Bettencourt, acompanhado à guitarra por Artur Paredes e Albano de Noronha e, à viola por Mário Faria da Fonseca (discos Columbia 8121 e Columbia, GL 102, master P. 301). Na reedição deste disco (Columbia, GL 102, etiqueta verde) figura erradamente, por gralha ou ignorância, o nome de Álvaro Leal como autor do fado, erro que se generalizou e se transformou num verdadeiro “erro sistemático” da discografia coimbrã. Faleceu no Hospital do Bonfim, do Porto, sendo nessa altura primeiro Actor e Director de cena da Companhia Luiz Ruas, que trabalhava no Teatro Nacional daquela mesma cidade. A última peça que representou foi a revista Papagaio Real.

É autor de: Visão Santa (Lisboa, 1904); Cançoneta Estapafúrdia original (Lisboa, 1906); Coplas da Opereta Viúva Alegre (Lisboa, 1909); Quem vem lá? (poesia, Lisboa, 1914); Baixa de Posto (poesia, Lisboa, 1916); o Tio Bernardino (cançoneta, Lisboa, 1922); Amor em Marcha (terceto s/d); Fogo de Vista (revista em dois actos, s/d); Uma teima (s/d); Um Actor célebre (monólogo, s/d). Foi ainda co-autor de: Peço a Palavra (peça teatral); Santo António de Lisboa (peça teatral).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Nova de Gaia (Rua Álvaro Cabral Figueiredo).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 05, Pág. 301)

Fonte: “Dicionário de Autores Casapianos”, (de António Bernardo e José dos Santos Pinto, Biblioteca-Museu Luz Soriano, Ateneu Casapiano, Lisboa, Edição de 1982, Pág. 71)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila Nova de Famalicão”

MANUEL CAMPOS PEREIRA, Médico, natural da Freguesia de Brufe (Vila Nova de Famalicão), nasceu a 19-04-1930 e faleceu a 30-05-2017. Era filho de José Pereira de Oliveira e Joaquina Rosa de Campos. Frequentou a Escola Primária de Brufe e depois ingressou no Colégio Camilo Castelo Branco, onde fez o quinto ano (atual 9º ano). Posteriormente fez o sexto ano no Colégio D. Nuno, na Póvoa de Varzim e o 7º. Ano no Liceu D. Manuel no Porto, tendo dispensado o exame de aptidão para a admissão à Universidade do Porto, onde ingressou em 1949. Terminou a Licenciatura em Medicina e Cirurgia na Faculdade de Medicina de Lisboa, em 28 de Janeiro de 1957.

Em Outubro de 1955, já concluídas todas as cadeiras da Licenciatura em Medicina, é chamado para prestar serviço militar. Terminada a recruta como Cadete Miliciano Médico, é colocado no Hospital Militar Principal, no serviço de cirurgia, sendo promovido a Oficial Médico em Novembro de 1956.

Em Março de 1961 é nomeado para servir em comissão militar por imposição, no Comando Territorial Independente da Índia, sendo colocado no Hospital Distrital de Diu, como cirurgião militar. Aquando da invasão indiana, foi prisioneiro de guerra, em Goa. No Hospital Distrital de Diu, além de Diretor da Enfermaria Militar, tinha o encargo do tratamento de todos os doentes do pólo cirúrgico do mesmo estabelecimento hospitalar.

Em 1962 regressa à Metrópole, sendo colocado no Hospital Militar do Porto, onde trabalha até Abril de 1964, altura em que passou à disponibilidade, sendo contratado para o Hospital de Vila Nova de Famalicão.

Foi diversas vezes condecorado com Medalhas de Honra e Mérito atribuídas pela Câmara Municipal de Famalicão pelos serviços que prestou à comunidade famalicense enquanto Médico.

Nunca tendo sido militante de nenhum partido político, em momentos difíceis, deu a cara pelos projetos autárquicos em que acreditava, tendo integrado como independente, as listas do CDS à Câmara Municipal, o que para o CDS é motivo de honra e orgulho.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Nova de Famalicão (Freguesia de Brufe – Rua Manuel Campos Pereira).

Fonte: “Jornal Diário do Minho”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila Nova de Cerveira”

VIRGÍNIO José FIÚZA, Militar, nasceu na Freguesia de Lovelhe (Vila Nova de Cerveira), a 28-09-1894, e faleceu na Batalha de La Lys (França), a 09-04-1918. Era filho legítimo de João Bernardino Fiúza e Maria da Encarnação Conde, lavradores nascidos e baptizados nesta freguesia. Foram padrinhos João Rodrigues Fontes, estudante, natural desta freguesia, e Perpétua Rosa Alves, criada de servir”. Apenas assinaram o registo o Pároco e o padrinho, este um promissor académico de família bem conhecida, os únicos que o sabiam fazer.

Virgínio Fiúza terá assentado praça, em 1915, no então Regimento de Infantaria 3, sedeado em Viana do Castelo. Entretanto, no dia 9 de Março de 1916 a Alemanha declara guerra a Portugal, e, após a necessária autorização do Parlamento, o General Norton de Matos, Ministro da Guerra, constitui sob seu comando, em 22 de Julho, o CEP – Corpo Expedicionário Português, composto por 30 mil homens e com sede em Tancos. A 30 de Janeiro de 1917 parte do Tejo a primeira Brigada, comandada pelo General Gomes da Costa.

Segundo o Serviço de Estatística do CEP, Virgínio José Fiúza, soldado n.º 34, era portador da placa de identidade n.º 33.583, trágico e necessário sinal de identificação em caso de morte. Incluído no 6.º G. B. A. (cuja tradução desconheço), pertencia à 6.ª Bateria de Obuses de Campanha.

Embarcou no Tejo em 17 de Novembro de 1917 e foi presente no D. Misto, em França, no dia 26, seguindo a apresentar-se no referido G. B. A. em 15 de Dezembro, onde chegou no dia seguinte. A última nota refere tragicamente: “1918 – Abril – Tomou parte na Batalha de La Lys de 9. Desaparecido desde 9”. Numa brutal situação de desigualdade de forças, a história regista a bravura dos soldados portugueses em La Lys, bem expressa nas palavras dos comandos superiores britânicos. Os relatos do 9 de Abril dizem textualmente que “a batalha de La Lys começa com uma prolongada barragem da artilharia alemã; a 2.ª divisão do CEP é destruída no decurso da batalha”. Porque o seu nome não constou do longo rol dos prisioneiros, de concluir que o mártir cerveirense terá conhecido aí a morte; impossível a identificação do cadáver, foi dado como desaparecido.

A 11 de Novembro de 1918, a Alemanha aceitaria o armistício, cessando os combates. O acordo final, com todas as condições, seria assinado, em Versalhes, no dia 28 de Junho de 1919. Em 14 de Julho, dia da Festa Nacional Francesa, que perpetua a Tomada da Bastilha, quatrocentos soldados portugueses de Infantaria desfilaram em Paris, sob o Arco do Triunfo, em impressionante parada militar: perante uma incontável multidão, comemorava-se a Festa da Vitória, evocando o longo rol de vítimas inocentes da primeira grande carnificina do século XX, onde também correu sangue de um Mártir Cerveirense.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Nova de Cerveira (Largo Virgínio Fiúza).

Fonte: “Cerveira Nova – QUINZENÁRIO AVENÇADO PELO PROGRESSO DO CONCELHO DE VILA NOVA DE CERVEIRA SAI NOS DIAS 5 E 20 Director – J. Lopes Gonçalves – Telefone: 258 922 601 Preço avulso: € 0,75 (IVA incluído) ANO XXXVI N.º 792 5 de Abril de 2006

“TOPÓNIMOS DUPLICADOS NO MUNICÍPIO DE LISBOA”

Existe em Lisboa uma “Calçada do Cardeal”, na Freguesia de São Vicente, e a Rua João da Mota e Silva, na Freguesia de Campolide. Estas Artérias pretendem homenagear a mesma personalidade que foi João da Mota e Silva, que foi Cardeal, muito famoso e pessoa importante na época.

Quanto à Calçada do Cardeal, na antiga Freguesia de Monte Pedral, foi designada primitivamente apenas por “Calçada”. Morava nessa Calçada um tal Tristão de Mendonça, filho de Pedro de Mendonça Furtado, que mandou construir o palácio, depois chamado “Palácio da Cova” e, por isso, pouco depois, em 1739, passou a dita calçada a ser conhecida por “Calçada da Cova”, e que, em 1767, passa a designar-se por “Calçada do Cardeal”, nome que ainda hoje conserva, por ser morador no “Palácio da Cova” João da Mota e Silva, o célebre Cardeal Mota, lugar onde veio a falecer.

Quanto à Rua João da Mota e Silva, que foi designada por Rua I do Bairro Alto da Serafina, mais tarde, através do Edital Municipal de 13-03-1950, passou a Rua 20 do mesmo Bairro e, pelo Edital Municipal de 29-12-1989, passou a Rua dos Cauteleiros, nome que nunca chegou a ter placa toponímica, devido às muitas reclamações dos moradores, assim, pelo Edital Municipal de 14-12-1990, passou a referida Artéria a designar-se por Rua João da Mota e Silva, o mesmo Cardeal, da Calçada.

Fonte: “Lisboa de Lés a Lés”, (de Luís Pastor de Macedo, Publicado pela Câmara Municipal de Lisboa, Edição de 1960)

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila Nova da Barquinha”

ANTÓNIO GONÇALVES CURADO, Militar, nasceu na Vila Nova da Barquinha, a 29-09-1894, e faleceu na Flandres (França), a 04-04-1917. Mobilizado pelo Regimento de Infantaria n.º 28, fez parte do C.E.P. (Corpo Expedicionário Português), embarcou para França em 22 de Fevereiro de 1917 tendo sido o primeiro Militar Português do CEP a morrer em combate, o que retirou do anonimato e fez com que fosse alvo de homenagens.

Os seus restos mortais, pela acção do Município da Barquinha, foram transladados para Portugal, onde chegaram em 31 de Julho de 1929 e na Figueira da Foz – localidade onde estava sedeado o seu Regimento – foi mandado erigir, pela comunidade francesa residente em Portugal, um monumento em sua memória.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Nova da Barquinha (Rua António Gonçalves Curado).

Fonte: “http://www.primeirarepublica.org”

Fonte: “Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Instituto de História Contemporânea”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila Franca do Campo”

ANTÓNIO José DA SILVA CABRAL, Médico e Político, nasceu na Freguesia de Calhetas (Ribeira Grande), a 25-04-1863, e faleceu em Vila Franca do Campo, a 27-10-1953. Descendente de um partidário da causa miguelista e sobrinho de um Delegado do Procurador-Geral da Coroa, era filho de Ana Teodora e de José Joaquim Cabral, proprietários. Estudou no Liceu de Coimbra e formou-se em Medicina em Julho de 1891.

Radicou-se na sua Ilha natal, onde exerceu a Medicina em Vila Franca do Campo e foi Médico da Misericórdia local entre 1892 e 1908, Guarda-Mor da Saúde, também em Vila Franca do Campo, e Chefe do Serviço Sanitário de Ponta Delgada (1908).

Era casado com Maria Luísa de Vasconcelos Coutinho Cabral, de Soure, terra onde possuía diversas propriedades herdadas de seus avós. Seis anos após a sua morte, por ocasião do aniversário natalício, foi-lhe erigido um busto em Vila Franca do Campo.

Membro do Partido Progressista e durante alguns anos Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, a ele se deveu a instalação da luz elétrica, a abertura da avenida principal e o cuidado no arranjo dos jardins públicos.

Foi eleito Deputado pelo círculo plurinominal de Ponta Delgada em Agosto de 1906. Pertenceu à Comissão de Saúde Pública.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Franca do Campo (Jardim António da Silva Cabral).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol I, de A-C), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento” (Pág. 498).

“RUAS QUE JÁ TIVERAM OUTROS NOMES”

Sabia que a Calçada do Cascão, que já pertenceu às Freguesias de Monte Pedral e Santa Engrácia pertencente agora às Freguesias de São Vicente e de Santa Maria Maior, em Lisboa, já foi designada por Rua Álvaro de Avelar?

As primeiras denominações de arruamentos em Lisboa, foram atribuídos pela população de uma forma espontânea, designando os locais pelas suas características física, humanas, ou pela existência de determinados edifícios, ou ainda por habitar nessa Artéria alguma pessoa importante.

Só com a reconstrução da Cidade, após o Terramoto de 1755, é que houve imposição de Topónimos por lei, e, pela primeira vez, se recorreu ao uso de “Placas Toponímicas”.

Foi o que se passou na actual Calçada dos Cascão, nesta Artéria morava Álvaro de Avelar, que foi Cavaleiro da Casa de El-Rei, Almotacé da limpeza e um dos grandes proprietários da Rua. Mas Álvaro de Avelar não foi só um grande proprietário no sítio, foi também comparticipante no arranjo da Rua. Em 1521 já Álvaro de Avelar possuía nesta Rua várias casas nobres.

Por morte de Álvaro de Avelar, as casas ficaram para sua filha Inês Ferreira, que fez à Câmara o reconhecimento de foreira em 04 de Dezembro de 1542. Esta Inês Ferreira e sua irmã Violante de Aguiar continuaram a viver nas casas nobres.

Inês Ferreira que morreu solteira deixou por herdeira a citada irmã Violante, que tinha casado com o tratador de mercadorias João de Cascão. O que tudo leva a crer que foi este Cascão que deu o nome à referida Artéria que, em 1625, já se denominava “Rua João Cascão”, que hoje tem a qualificação de Calçada, mas antes teve a qualificação de Travessa João Cascão, desde 1631 até à 2ª metade do Século XIX.

A João de Cascão sucedeu na posse de todas as casas, o seu único filho Nicolau de Cascão e por morte deste o seu único filho, também, Álvaro de Cascão.

Na Calçada do Cascão funcionou, no 2º quartel do Século XIX, um “teatrinho de curiosos”, foi lá que na comédia “Depois da Meia-Noite”, se estreou como amador, um oficial penteeiro, empregado numa oficina da Rua Nova do Almada, que mais tarde havia de ser o grande Actor, que veio a ser António Pedro.

Fonte: “Lisboa de Lés a Lés”, (de Luís Pastor de Macedo, Volume III, 2ª Edição, de 1962, Editado por Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa,

Fonte: “Dicionário da História de Lisboa”, (Direcção de Francisco Santana e Eduardo Sucena, Edição de 1994)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila Franca de Xira”

JOAQUIM SABINO DE FARIA, Mestre de Obras e Proprietário, natural de Alverca do Ribatejo (Vila Franca de Xira), nasceu em 1858 e faleceu em 1926. Começou a trabalhar, aos 9 anos de idade, como aprendiz de pedreiro. Apenas com a instrução primária, de aprendiz de pedreiro tornou-se, no seu tempo e na região, num dos mais competentes mestre-de-obras, desenhava e traçava os planos de construção de moradias com enorme perfeição e bom gosto. Joaquim Sabino de Faria foi um destacado dirigente do associativismo. Foi um dos fundadores do Montepio, em 01-07-1889, e um dos reorganizadores da Misericórdia de Alverca. Autarca, foi durante muitos anos vereador da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Franca de Xira Freguesia de Alverca do Ribatejo – Rua Joaquim Sabino de Faria).

Fonte: “Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila For”

António Pinto de Seixas Pereira de Lemos, 1º VISCONDE DE LEMOS, Militar e Político, natural de Vila Flor, nasceu a 01-07-1795 e faleceu a 16-06-1862. Era filho de João de Seixas Caldeira da Fonseca e Lemos, Juiz de Fora de Freixo de Numão e Miranda e Corregedor de Bragança, e de D. Maria Antónia de Morais Sarmento. O seu irmão, Dionísio Inácio Pinto de Lemos, foi igualmente Deputado durante as Legislaturas que decorreram entre 1838 e 1845.

Assentou praça, a 09 de Julho de 1811, sendo promovido a Alferes, em 10 de Julho de 1813; a Tenente, em 12 de Outubro de 1815; a Capitão, em 18 de Dezembro de 1820; a Major, em 06 de Agosto de 1832; a Tenente-Coronel, em 25 de Julho de 1833; a Coronel, em 05 de Setembro de 1837; a Brigadeiro, em 06 de Junho de 1847. Foi graduado em Marechal de Campo, em 29 de Abril de 1851.

Passou à situação de reforma, com a patente de Tenente-General, em 22 de Setembro de 1859.

Tomou parte nas Campanhas da Guerra Peninsular, tendo sido também Governador Civil do Distrito de Vila Real.

Foi eleito Deputado em reprrsentação de Trás-os-Montes para a Legislatura de 1846, tendo efectuado o seu juramento a 04 de Fevereiro de 1846. A 26 de Fevereiro passou a fazer parte da Comissão Parlamentar da Guerra, tendo, no dia imediato, apresentado um projecto de lei relativo à reforma dos Quartéis-Mestres. Igualmente integrado nessa Comissão assinou vários pareceres.

O título de Visconde (1º Visconde de Lemos) foi-lhe concedido por decreto de 29 de Março de 1854. Pertenceu ao Conselho de Sua Majestade Fidelíssima, tendo sido agraciado com o grau de Comendador das Ordens Militares de São Bento de Avis, da Torre e Espada e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e condecorado com a Cruz da Guerra Peninsular (por três campanhas).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Flor (Largo Visconde de Lemos).

Fonte: “Os Generais do Exército Português”, (II Volume, I Tomo, Coordenação do Coronel António José Pereira da Costa; Biblioteca do Exército, Lisboa, 2005, Pág. 369 e 370)

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol II, de D-M), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento” (Pág, 541 e 542).