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“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vendas Novas”

 

Câmara Municipal de Vendas NovasCARLOS Frederico Bernardo de CAULA, Militar, nasceu no Forte da Graça, em Elvas, nasceu em 1766 e faleceu a 23-10-1835. Era filho de Bernardo de Caula, Oficial francês que serviu em Portugal, e de Maria Zeferina de Araújo Caula.

Apenas com 8 anos de idade, alistou-se no Regimento de seu pai, a 01 de Fevereiro de 1774. Foi promovido a 1º Tenente com exercício de Engenheiro, em Setembro de 1789, a Capitão em 1792 e a Major em Maio de 1800. Com o posto de Tenente-Coronel, a que ascendeu em Novembro de 1807, comandou a Brigada de Engenheiros do Exército de Operações incumbida do levantamento topográfico do terreno onde viria a ser implantado o complexo defensivo das Linhas de Torres Vedras e foi Governador Militar de Vila Franca de Xira. Entre 1810 e 1813 dirigiu os trabalhos de reparação da Praça de Almeida. Foi promovido a Coronel, por portaria de 05 de Fevereiro de 1812, e, no ano de 1814, foi encarregado da Inspecção das Fortificações de Valença. Por Decreto de 12 de Outubro de 1815, foi graduado em Brigadeiro e embarcou para o Brasil como oficial do Real Corpo de Engenheiros, onde desempenhou as importantes funções de Governador das Armas da Corte e Província do Rio de Janeiro para que foi nomeado por decreto de 26 de Fevereiro de 1821. Promovido a Marechal de Campo, foi nomeado, por Decreto de 22 do mês seguinte, Secretário Estado dos Negócios da Guerra.

Em Fevereiro de 1822, regressou a Lisboa num dos navios que transportaram a divisão de tropas metropolitanas, sob o comando do General Jorge de Avilez, que se viu obrigado a abandonar o Reino do Brasil por desavenças com o Príncipe D. Pedro e face à hostilização de que era alvo por parte dos generais que adoptaram a nacionalidade brasileira. Adepto convicto da causa liberal, em Maio de 1825, foi nomeado Governador da Praça de Elvas e, em Dezembro do ano seguinte, Conselheiro de Estado, merecendo a sua conduta na defesa da Carta Constitucional o louvor da Infanta D. Isabel Martins, então Regente do Reino. Pouco depois, foi nomeado Comandante-Geral do real Corpo de Engenheiros e, em Agosto de 1827, assumiu o Governo das Armas de Lisboa e Província da Estremadura. Quando D. Miguel assumiu o poder absoluto, em Março de 1828, destituiu os governadores das armas e perseguiu os que continuaram fiéis ao liberalismo, como foi o caso do Marechal de Campo Carlos Caula que foi preso e esteve encarcerado na Torre de S. Julião da Barra até à tomada de Lisboa pelas forças liberais em Julho de 1833. Como recompensa pela sua fidelidade e pelo seu sacrifício, em 1834, atinge o topo da sua brilhante e lona carreira militar ao ser promovido a Tenente-General, sendo encarregado da Inspecção-Geral dos Quartéis e Obras Militares. Pouco tempo esteve nestas funções devido ao seu precário estado de saúde, pelo que, em Agosto do mesmo ano, é nomeado Vogal do Supremo Conselho Militar de Justiça, cargo que exerceu até ao seu falecimento.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vendas Novas (Rua General Caula).

Fonte: “Os Generais do Exército Português”, (II Volume, I Tomo, Coordenação do Coronel António José Pereira da Costa; Biblioteca do Exército, Lisboa, 2005, Pág. 125 e 126)

Recordamos hoje o Médico Rocha da Silva, o “pai” do INEM, no dia em que passa mais um aniversário do seu nascimento.

 

Rocha da SilvaFrancisco Filipe ROCHA DA SILVA, Médico, nasceu em Faro, a 28-02-1919, e faleceu em Óbidos, a 14-08-2000. Formou-se em Medicina em 1942, especializando-se em Cardiologia. Foi médico do Exército e mais tarde da Guarda Nacional Republicana. Por onde passou deixou obra feita. No Hospital Militar Principal criou o primeiro Serviço de Cardiologia em Portugal. Foi co-fundador da Sociedade Portuguesa de Cardiologia. No Hospital de Santa Maria montou o Serviço de Urgência e um laboratório de cateterismo. Na GNR chefiou o Serviço Médico, convertendo-o depois num pequeno hospital. Em 1974 foi convidado a dinamizar o Serviço Nacional de Ambulâncias (SNA). Fez aprovar a lei orgânica e implementou, a nível nacional, o Socorro de Urgência Pré-Hospitalar assente em três vertentes: Alerta, Socorro e Transporte, criando uma rede de telecomunicações, uma rede de Postos de Ambulâncias e uma estrutura de formação em socorrismo. Em 1980 criou o Gabinete de Emergência Médica (GEM). Em 1982 criou o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com o objectivo de dar resposta ao Sistema Integrado de Emergência Médica. Paralelamente implementou novas formas de actuação, nomeadamente o Sub-Sistema de Transporte de Recém-nascidos de Alto Risco; Centro de Informação Anti-Venenos (CIAV); Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU); Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER); Ambulância Medicalizada; Viatura Médica de Intervenção em Catástrofe (VMIC); Transporte Aéreo de Emergência; e Apoio Médico a Altas Individualidades. Rocha da Silva aposentou-se aos 72 anos, sendo condecorado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem de Cristo. Em 2009, foi criado pelo INEM um Prémio Rocha da Silva, para estímulo ao estudo e à investigação na área da Emergência Médica. Rocha da Silva era natural de Faro e faleceu em Óbidos onde viveu, com a família, os últimos anos de vida.

Fonte: “Site da Câmara Municipal de Óbidos”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Velas”

 

Câmara Municipal de VelasMariana BELMIRA DE ANDRADE, Poetisa e Professora, natural de Velas, nasceu a 31-12-1844 e faleceu a 17-02-1921. Praticamente viveu toda a sua vida na sua ilha natal de São Jorge, onde foi Professora Primária. Poetisa açoriana da geração realista. Recebeu apenas a educação consentida a uma rapariga do seu tempo e da pequena burguesia de província (Instrução Primária, Línguas, uns rudimentos de Música) e forrageou por si mesma o lastro literário que completou a formação do seu espírito.

Possuía um carácter indómito e pouco sociável e assumia-se andrófoba e refractária ao casamento. Não deixou, porém, de casar, ainda que só tardiamente (aos 34 anos de idade) e suportando por muito pouco tempo a “treva do himeneu”. Separada do marido logo a seguir ao nascimento do primeiro filho, habilitou-se ao Magistério Primário e dedicou-se daí em diante ao ensino das primeiras letras. Deixou dispersa vasta colaboração nos jornais dos Açores. Militante republicana com laivos de socialismo, ficcionista e principalmente poetisa, em volume publicou apenas Fantasias, 1875, e A Sibila, 1884, onde não escasseiam poemas de autêntico lirismo. O seu acentuado romantismo exprimiu-o em versos de métrica grandiloquente, mal coadunada com a sua feminilidade. Após o regicídio abandonou a actividade política e regressou à prática da fé católica.

Obras principais: Poesia: Fantasias, (Ponta Delgada, 1875), e A Sibila, (Velas, 1884); romance: A Esfinge, (espécie de autobiografia romanceada, deixada semi-inédita, extractos publicados no jornal A Ilha Graciosa, 1896).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Velas (Rua Poetisa Belmira de Andrade).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. II, Publicações Europa América)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 48).

Fonte: “Dicionário no Feminino, Séculos XIX-XX”, (Direcção de Zília Osório de Castro e João Esteves, Coordenação de António Ferreira de Sousa, Ilda Soares de Abreu e Maria Emília Stone, Livros Horizonte, Edição de Março de 2005, Pág. 754 e 755)

Recordamos hoje, o Professor Francisco Gentil, o impulsionador do IPO de Lisboa, no dia em que passa mais um aniversário do seu nascimento.

 

Francisco GentilFRANCISCO Soares Branco GENTIL, Médico e Professor, nasceu em Alcácer do Sal, a 27-02-1878, e faleceu em Lisboa, a 13-10-1964. Era filho de António Faria Gentil e Maria Augusta Soares Gentil. Descendente de Pedro Nunes e de Francisco Soares Franco, fundador da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa. Casou com Alice Mascarenhas Gentil, de quem teve cinco filhos. Após a morte desta, no último parto, casou de novo com Alda Gonçalves, tendo tido então mais dois filhos.

Terminados os estudos secundários matriculou-se na Escola Médico Cirúrgica de Lisboa. Foi preparador de Anatomia e defende Tese em 1900, sendo então nomeado Chefe de Clínica Cirúrgica. Entretanto, em 1901, executa no Banco de S. José a primeira sutura de uma ferida cardíaca. Passa depois a dirigir o Teatro Anatómico e, no ano seguinte, apenas com 26 anos, é elevado ao cargo de Professor substituto da Secção Cirúrgica e passa depois a reger Patologia Cirúrgica, Clínica Cirúrgica e Obstetrícia. Em 1911 é promovido a Lente proprietário de Medicina Operatória da Universidade de Lisboa. A sua acção foi fundamental para a Reforma do Ensino Médico, sobretudo na diferenciação das Especialidades Médicas, conforme refere Luís Botelho.

Em 1912 inicia no H. de Santa Marta uma Consulta para doentes cancerosos, seguindo-se a criação de uma Secção de Estudos Cancerológicos e depois de um Serviço de Radiações. Em 1915 é-lhe atribuída a Cátedra de Patologia Cirúrgica, cargo que desempenhará até à sua jubilação em 1948, ano em que inaugura, a 28 de Maio, o novo Pavilhão Hospitalar do Instituto, em Lisboa, assim concretizando um grande sonho. Englobado na Universidade de Lisboa, o Instituto gozava de plena autonomia, administrativa e científica.

Embora jubilado, e dada a sua obra, o Governo concedeu-lhe uma autorização especial para que permanecesse à frente do instituto até ao seu falecimento, em 13 de Outubro de 1964.

Entretanto, em 1913 e 1914, é Enfermeiro-Mor dos Hospitais Civis de Lisboa e por decisão sua, separa as Enfermarias de Pediatria Médica e Cirúrgica no Hospital de D. Estefânia, o que só veio a concretizar-se por legislação de 1918, sob a responsabilidade de Jaime Augusto Salazar de Sousa. Como recordação deve referir-se uma “Acta da Assembleia Geral dos trabalhadores dos Hospitais Civis de Lisboa, em que estes reconhecem e agradecem ao Prof. Francisco Gentil ter sido o primeiro Enfermeiro-Mor que tomou a defesa dos seus interesses e regalias”.

É finalmente, em 29 de Dezembro de 1923, que o então Ministro da Instrução Pública António Sérgio cria o Instituto Português para o Estudo do Cancro, e nomeia uma Comissão Directora presidida por Francisco Gentil, ficando o Instituto ligado à Universidade, e tendo como objectivos a investigação, o ensino e a assistência a doentes cancerosos. Desde então, a luta contra o cancro em Portugal fica indissociável da vida e obra do Prof. Francisco Soares Branco Gentil.

Por constrangimentos financeiros o 1º pavilhão só foi inaugurado em 29 de Dezembro de 1927, data hoje considerada dia do “Aniversário” do Instituto. Em 1929 é inaugurado o 2º pavilhão e em 1933 é inaugurado o 3º, denominado Pavilhão do Rádio”, o primeiro a ser construído a nível mundial segundo as normas adoptadas no II Congresso Internacional de Radiologia para protecção dos doentes e dos técnicos, contra as radiações (mas usando uma parede mais espessa, por ser de “barita, que era barata, em vez de ‘chumbo’, que era mais fino, mas bem mais caro…).

Em Janeiro de 1960 implementa a proposta da criação uma Unidade Multidisciplinar (Médica e Cirúrgica) de Oncologia Pediátrica (a primeira a nível mundial).

Em 1925 inicia-se a publicação do “Arquivo de Patologia”, depois a do “Boletim” do Instituto e finalmente a publicação da Revista Clínica Contemporânea de Medicina e Cirurgia (todas terminadas após a Revolução de Abril de 1974). Em 1933 surgem as Lições” sobre Cancro e em 1944 é instituído o Prémio Silva Pereira, destinado a estimular os estudos sobre o cancro.

Deve realçar-se um Arquivo Clínico com a documentação integral de todos os doentes assistidos no Instituto desde a sua fundação, a criação Serviço de Estatística precursor do futuro Registo Oncológico e que culminou no actual ROR.

Francisco Gentil considerava igualmente necessária a fundação de uma Sociedade Portuguesa de Oncologia, o que, no entanto, só veio a concretizar-se em 1982.

Em 1952 inaugura o Laboratório de Física, em 1953 o Laboratório de Isótopos, em 1954 um Serviço de Hemoterapia, em 1964 um laboratório de Cirurgia Experimental, em 1956 inicia (com a colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian), um serviço de visitação domiciliária (médico e enfermeira) e igualmente uma consulta de profilaxia, dirigida sobretudo aos Rastreios do cancro da mama e do útero.

Defendia igualmente a necessidade de mobilizar a sociedade civil, consciente de que o Estado nunca poderia resolver todos os problemas, surgindo assim a denominada Comissão Particular de Luta Contra o Cancro, em 1931, e à qual se seguiu em 1941 a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Com o patrocínio da Liga veio a surgir o 1º lar para doentes.

Durante a década de 40 viajou por toda a Europa procurando estudar alternativas para a construção dos grande edifícios que pretendia concretizar: E assim nasceram os Hospitais Universitários, de Santa Maria em Lisboa e de S. João no Porto, para além do grande pavilhão Hospitalar do IPO.

Ao Director, Médico e Cirurgião, bastava-lhe apenas um excelente administrador: inicialmente Mário Neves e depois Joaquim Silveira Botelho. Após a Revolução de Abril tudo mudou, e hoje o Instituto já não é dirigido por um médico, tem cerca de uma dúzia de administradores e saiu da tutela do Ministério da Educação (uma das mais importantes lutas do seu fundador),passando a ficar sob a tutela do Ministério da Saúde. Felizmente, o Instituto tem preservado o espírito do fundador e tem acompanhado o progresso da Ciência Médica, podendo assim considerar-se um indiscutível Centro de Excelência no âmbito da Oncologia. Francisco Gentil, independentemente de ser um óptimo cirurgião, professor  e organizador, era acima de tudo um Médico cuidadoso e solicito. Lembro-me de um doente dizer que vinha ao IPO porque vinha “a fonte limpa”, forte argumento para a liberdade de escolha que todo o Doente deve ter, pois isso lhe assegura a fundamental confiança em quem dele irá cuidar.

Reconheceu que o papel essencial, e mesmo insubstituível, do Médico, deve ser complementado por pessoal de Enfermagem bem treinado e qualificado. Assim, em 1940, inaugura a Escola Técnica de Enfermeiras (a ETE), um dos marcos históricos mais importantes para a Enfermagem em Portugal, e que se instala em 1944 em edifício próprio. O curso durava três anos (e não dois) e exigia o 7º ano do liceu (quando em geral apenas se exigia a denominada Instrução Primária).

Em 1957 é iniciado um Curso para Auxiliares de Enfermagem, mas extinto após a revolução de Abril, em que todas as “auxiliares” de enfermagem passaram à categoria de Enfermeira.

Foi Fundador da União Internacional Contra o Cancro (UICC), e seu Membro de Honra. Em 1953 recebeu a Grande Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada, e em 1958 é-lhe concedido o Grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra.

Foi Director da Faculdade de Medicina, Membro do Conselho Superior de Instrução Pública e ainda Presidente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa.

Foi o 42º Presidente da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa. Subsidiou as escavações arqueológicas na acrópole romana do Olival do Senhor dos Milagres, em Alcácer do Sal, terra da sua naturalidade. Publicou mais de duas centenas  de trabalhos de natureza científica, como: “Sobre o cancro da língua”, (1931), e de índole diversa, como: “A obra de luta contra o cancro e o Instituto Português de Oncologia”, (1950:

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alcácer do Sal (Vila de Alcácer e Freguesia do Torrão); Cascais (Freguesia de Alcabideche); Lisboa (Freguesia do Lumiar); Odivelas (Freguesias de Odivelas e Póvoa de Santo Adrião); Seixal (Freguesia de Corroios); Sesimbra (Freguesia da Quinta do Conde); Setúbal; Sintra (Freguesia de Massamá).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 12, Pág. 295 e 296)

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 74 e 75”

Fonte: Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 248).

Fonte: “Ordem dos Médicos”, (por António Gentil Martins)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Valpaços”

 

Câmara Municipal de ValpaçosCÂNDIDO Narciso da Cunha SOTTO MAYOR, Banqueiro e Benemérito, nasceu na Freguesia de Lebução (Valpaços), a 26-01-1852, e faleceu em Lisboa, a 29-10-1935. Era filho de Cândido Augusto Moranda e de Cândida Sotto Mayor.

Iniciou a sua vida de trabalho aos 13 anos de idade, como modesto empregado de balcão de um pequeno estabelecimento comercial de Luís Paulino Teixeira, em Chaves.

Daqui emigrou para o Brasil, onde ingressou na Casa Sotomaior, fundada por dois dos tios. De tal modo se houve no seu novo emprego que anos volvidos era admitido como sócio da Casa, ao tempo o mais importante estabelecimento de fazendas por atacado do Rio de Janeiro.

A ele se ficou devendo o notável incremento porteriormente verificado na firma, tendo raiz nela outras casas comerciais, igualmente categorizadas a que breve se juntaram importantes fábricas com milhares de operários.

Em Lisboa possuía a conhecida e acreditada Casa Bancária que girou sob o seu nome.

A fortuna não sufocou, os generosos e altruístas instintos do seu coração, pois a sua obra beneficiente foi vasta nos dois países de língua portuguesa.

Sempre fugindo à publicidade, protegia creches, hospitais, instituições culturais e patrióticas, tendo fundado em Lisboa, em homenagem a sua filha, a Vila Cândida, constituída por moradias para os operários.

Já no fim da vida foi atingido, por um rude golpe, tendo assomado a uma janela da sua residência, em plena revolução de Fevereiro de 1927, uma bala perdida veio estilhaçar os vidros, cegando-o. Apesar disso nunca abandonou a direcção dos seus negócios e jamais deixou de visitar a sua Casa Bancária.

Mas sempre que podia deslocava se a Chaves, onde doou, muitos e importantes melhoramentos. Os coretos, o Jardim Público onde gastou dezoito mil escudos e que em 1915 passou a chamar se Jardim Cândido Sotto Mayor. Quer o coreto quer os portões riquíssimos do Jardim Público foram executados em Chaves na serralharia Rodrigues.

Um ilustre transmontano, este Cândido Sotto Mayor que conseguiu, pela sua genica e pioneirismo como banqueiro, assegurar muitos milhares de empregos e grande desenvolvimento ao País.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Chaves; Valpaços (Freguesia de Lebução e Valpaços – Praça Cândido Sotto Mayor e Rua Sotto Mayor).

Fonte: “In I Volume do Dicionário dos Mais Ilustres Transmontanos e Alto Durienses, Coordenado por Barroso da Fonte, Editora Cidade Berço, 1998, Pág. 587”.

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 29, Pág. 724)

Recordamos hoje, Armanda Forjaz de Lacerda, uma mulher que lutou contra o fascismo e, por isso mesmo, sofreu as atrocidades do Estado Novo.

 

Armanda ForjazARMANDA da Conceição Silva Martins FORJAZ DE LACERDA, Política, nasceu na Freguesia de Nogueira do Cravo (Oliveira de Azeméis), nasceu a 26-02-1919 e faleceu a 22-02-1955. Era filha de Maria Josefina da Conceição Rocha e Silva e de José Martins Pacheco, grande proprietário rural. Casou com Miguel Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda [28/12/1913-20/04/1993], passando a usar o nome Armanda da Conceição Silva Martins Forjaz de Lacerda.

Eis um nome e uma família de importância indiscutível na luta contra a ditadura do Estado Novo, ainda que insuficientemente referenciado, tendo Armanda Lacerda sido sócia da Delegação do Porto da Associação Feminina Portuguesa para a Paz, militado clandestinamente no Partido Comunista e, nesse âmbito, sido presa em 1945, dez anos antes do seu falecimento precoce.

Militante comunista na década de 40 e sócia nº 301 da Delegação do Porto da Associação Feminina Portuguesa para a Paz, Armanda Lacerda constitui um exemplo paradigmático da importância das teias familiares na intervenção política e associativa das mulheres, nomeadamente sob a ditadura.

Pertencia a uma família muito politizada, com vários intervenientes na luta política activa: os irmãos José Augusto [08/10/1912-1956] e Júlio da Conceição Silva Martins e o marido eram importantes quadros e dirigentes do Partido Comunista; a sogra, Adélia Augusta Gonçalves de Morais e Castro [n. 09/12/1889], era irmã de Amílcar Gonçalves de Morais e Castro [n. 22/05/1896], casado com Irene Fernandes Morais Castro [05/09/1895-28/07/1975] que teve um papel relevante na Delegação do Porto da AFPP, tendo sido a sua última Presidente [1949-1952]; o marido, Miguel Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda, era, assim, primo de Armando, Raúl e Amílcar de Castro, cujas esposas, respectivamente Maria Virgínia Castro, Maria Carolina Campos e Maria Adelaide Lima Oliveira Ribeiro, eram igualmente sócias da mesma associação; as irmãs Helena Maria e Maria Lucília da Silva Martins eram também sócias da AFPP, com os números 172 e 39.

Casou pouco tempo antes de passar à clandestinidade; usou o pseudónimo “Conceição”; participou, enquanto companheira, no apoio logístico à V reunião ampliada do Comité Central realizada, em Maio de 1945, na Casa da Granja; e escassos dias depois, a 14 de Junho, foi presa com o marido, então membro suplente do CC, numa casa em Moreira da Maia usada como tipografia pelo Comité Local do Porto.

Tal como Dalila Duque da Fonseca, presa na mesma data mas noutro local, foi solta em liberdade condicional e, em 04 de Novembro de 1946, condenada em três meses de prisão correccional, por ter acompanhado o marido na clandestinidade. Neste mesmo ano, segundo documento de Setembro, o Secretariado do Comité Central acusara o marido de ter “contribuído para o afrouxamento da firme posição que sua companheira, Armanda Martins de Lacerda, vinha mantendo e para que ela fizesse algumas declarações prejudiciais”, aconselhando-a a confirmar “o que a polícia já sabia”, expulsando-o do PCP.

Fonte: “Antifascistas da Resistência”, (por João Grego Esteves)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Valongo”

 

Câmara Municipal de ValongoALBERTO Dias RIBEIRO, Cantor e Actor, natural da Freguesia de Ermesinde (Valongo), nasceu a 29-02-1920 e faleceu a 26-06-2000. Foi Actor de Cinema, Tenor e Fadista. Foi um dos mais célebres Artistas portugueses entre as décadas de 40 e 60, detentor de uma significativa carreira internacional e de um vasto repertório de que resultaram masi de 200 fonogramas.

Começou a interpretar Canção de Coimbra aos sete anos de idade no Café Portugal (Porto) por influência do irmão (Cristiano Ribeiro). Aos 14 anos, e na sequência da morte do pais, veio para Lisboa, onde teve a oportunidade de interpretar o Fado Hilário no Café Luso, prestação qure lhe garantiu a contratação para actuar regularmente nesse espaço, o que viabilizou a sua profissionalização.

Estudou Canto com Maria Antónia Palhares e, posteriormente, com Elena Pellegrini (Canto Lírico).

Em 1937, iniciou-se no Teatro de Revista, actuando no Porto durante um ano. Já em Lisboa, continuou a trabalhar neste género teatral, e em operetas (Sinos de Corneville, Viúva Alegre, Alvorada do Amo e O Conde de Luxemburgo).

Em 1944, foi contratado por Célia Gamez (que tinha vindo a acompanhar a sua carreira em Lisboa) para integrar uma digressão em Espanha, como figura destacada na sua Companhia de Zarzuela e Opereta em peças como Yola, Ciniziena del Palace, Si Fausto fuera Faustina, Rumba e Pique e Fin de Semana. Ainda durante esta primeira incursão internacional, estreou-se no Cinema, protagonizando um dos papéis principais no filme Un Ladrón de guante blanco (1945), e gravou em Barcelona alguns dos seus fonogramas mais conhecidos, designadamente Marco do Correio; Balão, Balão; Olhos Negros; e Guadiana.

Este percurso reflectiu-se em Portugal; ao regressar, foi convidado para representar na opereta O Colete Encarnado e no filme O Homem do Ribatejo (1946), actuando regularmente na Emissora Nacional (que entretanto o contratara).

Em 1947 consolidou a sua carreira cinematográfica no filme Capas Negras, no qual contracenou com Amália Rodrigues e celebrizou a canção Coimbra (Letra de José Galhardo e Música de Raul Ferrão). Desde aí, tornou-se Produtor de filmes que viria a integrar.

Mudou-se para o Brasil em 1948, onde foi contratado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde interpretou Música de vários Países, dando particular ênfase à Música tradicional e à Música tradicional portuguesa. Actuou em várias cidades deste País, em diversas estações radiofónicas, na televisão, em espectáculos de music-hall e no teatro, onde representou em revistas da Companhia de Chianca Garcia.

Por intermédio de Frederico Valério e seu irmão, actuou em 1949 num espectáculo para o Embaixador de Portugal em Nova Iorque. O impacto que causou junto da comunidade americana desencadeou solicitações para actuar na BNC, no Carnegie Hall e em peças musicais da Broadway. Porém, não as chegou a concretizar. A sua recusa em apresentar-se como Actor brasileiro inviabilizou a sua continuação nos Estados Unidos da América.

Entre 1950 e 1953, ano em que veio a Portugal para promover o seu filme Rosa de Alfama, gravou oito Documentários Musicais em 1950, representou no filme Cantiga da Raua (1950, o argumento da sua personagem foi escrito especialmente para si) e formou uma Companhia Artística (Feira da Rádio-Organizações Alberto Ribeiro, 1951) com a qual efectuou digressões pelas (então) Províncias Africanas. Foi nesta altura que conheceu Elita Matos, Actriz e Cantora espanhola com quem se casou três anos depois e que contracenou consigo no filme O Homem do Dia (1958).

Depois de um grande espectáculo no Estádio do Maracanã organizado pelo Centro de Turismo Português a favor dos combatentes de Angola, regressou a Portugal em 1964, tendo actuado na reposição da opereta Nazaré.

Desiludido com a falta de reconhecimento dos Artistas portugueses oela indústria de espectáculos, decidiu terminar a sua carreira artística e dedicar-se aos negócios pessoais e da família.

A sua última actuação teve lugar num Estádio de Futebol em Pretória, em 1970, onde actuou para mais de 50.000 espectadores.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Valongo (Freguesia de Ermesinde – Rua Alberto Ribeiro).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 448).

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 4º Volume, P-Z, Temas e Debates, Círculo de Leitores, 1ª Edição, Janeiro de 2010, Pág. 1115 e 1116)

A Cultura Portuguesa ficou, ainda, mais pobre. Faleceu no passado dia 23 do corrente, o Escritor e Crítico Literário, João Bigotte Chorão.

 

 

João Bigotte ChorãoJOÃO BIGOTTE CHORÃO, Escritor e Crítico Literário, nasceu na Freguesia de São Vicente (Guarda), a 18-10-1933, e faleceu em Lisboa, a 23-02-2019. Era filho de José dos Reis Bigotte Chorão. Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Crítico Literário, Ensaísta e Escritor. Foi, já em Lisboa, sucessivamente, Professor do Ensino Particular, Funcionário Público e Director Literário de uma Editora.

Secretário-Geral da Verbo: Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, onde subscreveu entradas várias, como, de resto na Polis: Enciclopédia da Sociedade e do Estado e na Logos: Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia.

Foi colaborador Radiofónico e da Imprensa Escrita, como Observador; Tempo Presente; Colóquio Letras, entre outros. Conferencista em Portugal e no estrangeiro, destacou-se por uma participação fregular e cada vez mais empenhada em jornadas e celebrações camilianas.

Revelou, assim, estudos prefaciais, e outros, a Camilo Castelo Branco, mas também, a Trindade Coelho; Tomás de Figueiredo; António Manuel Couto Viana; Francisco Costa; João Mendes; Liopardi ou à edição fac-similada da revista Távola Redonda.

A maioria dos seus escritos está dispersa por jornais, revistas e obras colectivas. Do que publicou em livro, mencionam-se os textos de carácter diarístico O Discípulo Nocturno, 1965, e Aventura Interior, 1969, e os ensaios Vintila Horia ou Um Camponês do Danúbio, 1978, O Escritor na Cidade, 1986, João de Araújo Correia, Um Clássico Contemporâneo, 1986, Camilo, Esboço de Um Retrato, 1989, e Páginas Camilianas e Outros Temas Oitocentistas, 1990.

João Bigotte Chorão foi membro da Academia das Ciências de Lisboa e do Instituto Luso-Brasileiro de Filosofia, tendo dirigido também o Círculo Eça de Queirós.

Em 2008, foi distinguido com o Grande Prémio de Literatura Biográfica, pela Associação Portuguesa de Escritores, pela obra “Diário Quase Completo”

Obras principais: O Discípulo Nocturno (Diário, 1965); Aventura nterior (Diário, 1969); Padre António Vieira – Textos Escolhidos (Slecção e Prefácio, 1971); Vintila Horia ou Um Camponês do Danúbio (Ensaio, 1978); Camilo; A Obra e o Homem (Biografia e Crítica, 1979); O Escritor na Cidade (Ensaios e Crónicas, 1986); João de Araujo Correia; Um clássico Contemporâneo (1986); Camilo; Esboço de Um Retrato (1989); Págimas Camilianas e Outros Temas Oitocentistas (Ensaios e Crónicas, 1990); Carlos Malheiro Dias na Ficção e na História (1992); Camilo Camiliano (1993); O Essencial Sobre Camilo (1996).

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, 2008, Pág. 149).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Volume VI, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas; Coordenação de Ilídio Rocha;Publicado por Publicações Europa-América, Edição de Junho de 2001, Pág. 184 e 185)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Valença”

 

Câmara Municipal de ValençaILÍDIO Aires Pereira DO VALE, Médico e Político, nasceu em Valença, a 11-12-1841, e faleceu no Porto, em 1910. Era filho de Domingos António Pereira do Vale e de Maria Rosa Gomes do Vale.

Fez os primeiros estudos na sua terra natal, tendo frequentado posteriormente o Liceu e a Academia Politécnica do Porto. Nesta Cidade matriculou-se na Escola Médico-Cirúrgica no ano de 1858, concluindo o seu Curso em 1863.

Foi laureado no Curos de Preparatórios e em todas as cadeiras do Curso Médico, facto que lhe valeu a obtenção da Licenciatura «com louvor», distinção conferida pela primeira vez naquela Escola, e onde depois seria provido no lugar de Preprador e Conservador do Museu de Anatomia (DG, 11-03-1865).

Foi Director Clínico do Hospital da Misericórdia e Médico do Partido Municipal de Valença, onde se manteve até 1868. Nesse ano entrou por concurso para docente da Escola Médico-Cirúrgica do Porto, sendo, posteriormente, nomeado Demonstrador da Secção Cirúrgica. Ainda nesse ano foi promovido a Lente substituto e, em 1869, a Lente proprietário com exercício da cadeira de Patologai Externa. Em 1876, passou a reger a cadeira de Patologia Geral, Semiologia e História Médica.

Entretanto, em 1872, foi nomeado Médico ordinário do Hospital Real de Santo António.

Desde 1864 que era sócio correspondente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa e a partir de 1866 Vogal da Comissão do Ensino Secundário.. Em 1878, tornou-se sócio honorário da Associação Comercial de Lisboa, em reconhecimento dos serviços prestados, como Deputado, ao Comércio de Lisboa.

Foi eleito Deputado em 1874 pelo círculo do Porto. Em 1878 foi Relator Especial da Circunscrição do Distrito de Braga. Seria reeleito em 1881 pelo círculos de Valença e Guimarães. Pertenceu às Comissões Parlamentares de Instrução Pública, da qual foi Secretário em 1877 (1875-1878); Recrutamento (1875-1876); Saúde Pública (1875-1878, 1882, 1883), para estudar a questão dos bancos (1875); Fazenda (1877); Comércio e Artes (1878); Instrução Primária e Secundária (1882-1883); Instrução Superior e Especial (1882); Redacção do Diário (1883).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Valença (Rua Doutor Ilídio do Vale)

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol III, de N-Z), (Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, Pág. 944, 945 e 946)

Recordamos hoje, José Henriques Vareda, Advogado e Político, que foi um fiel e destacado opositor ao Estado Novo”

 

José Henriques VaredaJOSÉ HENRIQUES VAREDA, Advogado e Político, natural da Marinha Grande, nasceu a 24-02-1927 e faleceu  a 16-03-1989. Filho de gente humilde e trabalhadora, de quem herdou essa característica além da fidelidade à gente trabalhadora da sua terra. Na Escola Industrial da Marinha Grande tirou o Curso de Pintor de Vidros e depois fez o Curso Elementar do Comércio na Escola Comercial de Leiria. Empregou-se seguidamente no Escritório de uma empresa da Marinha Grande, trabalhou depois no pequeno estabelecimento comercial do pai e retomou os estudos, vindo a Licenciar-se em Direito.

Licenciou-se em Direito na faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, com 27 anos de idade, ao mesmo tempo que trabalhava como empregado de escritório. José Henriques Vareda foi um fiel opositor ao Regime Fascista de Salazar, tendo essa faceta originado a que fosse preso por duas vezes pela Ditadura (Aljube e Caxias).

Mesmo num ambiente hostil como o que se vivia naquela época, integrou movimentos de cariz anti-fascista em luta pela Liberdade. Pertenceu ao MUD Juvenil, ao Movimento Nacional Democrático, à CDE, ao MUD e ao MDP/CDE. Foi participante activo nas campanhas presidências de Norton de Matos e Humberto Delgado, e foi um dos principais membros da organização do 3.º Congresso da Oposição Democrática que se realizou em Aveiro em 1969. Foi ainda um dos principais obreiros da plataforma unitária CEUD/CDE que, em 1969, passou à história como Plataforma de S. Pedro de Moel. Em Abril de 1974, viu por fim o sonho tornar-se realidade com a queda do Regime Fascista e a instauração da Democracia no nosso País. Recusou diversos cargos políticos para os quais foi convidado, tendo optado por continuar com as suas tarefas pelo desenvolvimento da sua terra natal e da sua região. Foi Vereador da Cultura na Câmara Municipal da Marinha Grande entre 1976 e 1977, foi também um dos mais destacados membros da Assembleia Municipal entre 1986 e 1989. Grande dinamizador cultural do nosso concelho, foi um dos fundadores do Clube de Campismo Unidos. na Marinha Grande, em 1945 e foi várias vezes Presidente do Clube de Pesca e foi Presidente do extinto Grupo de Teatro Miguel Leitão em Leiria.

Foi um dos principais impulsionadores do Conselho das Colectividades da Marinha Grande, antes do 25 de Abril. De 1982 até 1989 foi Presidente do SOM . Sport Operário Marinhense, tendo sido o principal responsável pela sua profunda remodelação, transformando-o num espaço cultural e de convívio reconhecido a nível nacional. Fundou e dirigiu os jornais .Linha Geral. em Leiria e .O Correio. na Marinha Grande. Por toda a sua dedicação durante a sua vida ao concelho da Marinha Grande e às suas gentes, em especial à classe operária, entende-se justa e merecida a atribuição da Medalha Comemorativa dos 75 anos do 18 de Janeiro de 1934, a titulo póstumo, ao Dr. José Henriques Vareda.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Leiria; Marinha Grande (Avenida Doutor José Henrques Vareda).

Fonte: “Reunião Ordinária da Câmara Municipal da Marinha Grande, realizada a 22-04-2009, Acta nº 09”

Fonte: “Candidatos da Oposição à Assembleia~Nacional do Estado Novo (1945-1973). Um Dicionário”, (de Mário Matos e Lemos, Luís Reis Torgal, Coordenador, Colecção Parlamento, Edição da Assembleia da República, 1ª Edição, Lisboa, Outubro de 2009, Pág. 287 e 288).