Archive for Maio, 2020|Monthly archive page

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Maia”

 

Câmara Municipal de MaiaDOMINGOS DA SILVA, Padre, nasceu em Águas Santas (Maia), a 26-04-1870, e faleceu em Allefey (Malabar, Índia), a 02-08-1950. Religioso da Companhia de Jesus, Missionário do Padroado Português na Índia. Cursava os estudos liceais em Guimarães quando em 08-09-1893 entrou no noviciado do Barro, junto a Torres Vedras. Aí estudou Letras Humanas durante três anos e Filosofia no Colégio de S. Francisco, de Setúbal, de 1898 a 1901.

Seguiram-se quatro anos de Magistério nos quais leccionou Matemática, Desenho e Língua Latina nos Colégios de Campolide (Lisboa), S. Fiel (Castelo Branco) e Guimarães.

Em 1905 partiu para a Irlanda e, em Dublin, cursou um triénio de Teologia, voltando em seguida a Portugal.

Em Campolide recebeu Ordens Sacras a 09 de Dezembro e 13-08-1908, conferidas pelo Bispo de Beja, D. Sebastião Leite de Vasconcelos.

Terminada a sua formação religiosa e ascética no ano escolar de 1909-1910 no Barro, esperava em Campolide ocasião de embarcar para a Missão dos Jesuítas Portugueses na Índia, ao sobrevir a revolução de Outubro de 1910. Com outros religiosos da sua Ordem sofreu prisão no Forte de Caxias até 03 de Novembro, data em que no vapor Ibéria embarcou para Gibraltar, donde seguiu para Oriente; a 25 de Novembro chegou a Bombaim.

Destinado ao Colégio de Santa Cruz de Cochim, aí foi Professor até 1913, passando, nesse ano, a ensinar Teologia no Seminário de Allepey.

Em 1917 regressou a Cochim e nesta cidade permaneceu durante vinte anos, ensinando Língua Inglesa, História, Ciências Naturais e Química até 1937, em que os Jesuítas Portugueses deixaram a direcção desse centro educativo, ao qual tinham dado notável impulso, sobretudo no tempo em que teve como Superior o Padre José Ribeiro Delgado.

Além do trabalho das aulas, fundou uma Biblioteca circulante, dotada de excelentes livros e revistas e foi propagandista entusiasta do culto de Nossa Senhora de Fátima.

Em 1937 tornou para Allepey, onde ainda colaborou alguns anos na formação dos alunos desse Seminário até 1946, em que já falto de forças teve de renunciar ao Magistério.

Algumas cartas suas, com interessantes notícias sobre a sua actividade em Cochim e dados biográficos de vários  Missionários portugueses da Índia, foram publicadas no Mensageiro do Coração de Jesus, (Braga, Volume 51, 1933); nº 52 (1934); nº 53 (1935); nº 54 (1936); nº 55 (1937).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Maia (freguesias de Gemunde e de Pedrouços – Rua Padre Domingos da Silva).

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 28, Pág. 780)

Recordamos hoje o Professor Feliciano Oleiro, no dia em que, se fosse vivo, faria 100 anos de vida.

 

Feliciano OleiroFELICIANO OLEIRO, Professor, nasceu em Santa Catarina de Sítimos (Alcácer do Sal), a 30-05-1920, e faleceu em Almada, a 30-08-2014. Fez a Instrução Primária em Alcácer do Sal. Exerceu funções de Regência Escolar em Vendas Novas, onde foi colocado em 1943. Em 1948 a 1950 concluiu o Ciclo Liceal e tirou o Curso do Magistério Primário.

Em 1950 inicia funções de Professor em Montemor-o-Novo, assumindo também funções de Director da Escola e de Delegado Escolar. Em 1958 foi para Almada, sendo colocado na Escola nº 1 de Conde de Ferreira onde foi Professor e Director, também com funções de Delegado Escolar. Em 1990 é aposentado por limite de idade. Teve  participação autárquica pois foi Vogal da Junta de Freguesia de Almada durante três anos (1989 a 1992). O Professor Feliciano Oleiro teve também uma interessante, importante e dedicada  cívica:

Na década de 50 do século passado foi responsável pela reedição do semanário “O Montemorense” do qual foi Director e Editor; – Fez parte do Rotary Clube de Almada durante duas décadas; – Integrou a convite do Município de Almada o grupo de trabalho que consolidou a ideia da iniciativa municipal anual de “Homenagem ao Professor Aposentado”; – Foi um dos fundadores da Associação de Professores do Concelho de Almada, colaborou na elaboração dos seus estatutos, e integrou os corpos sociais em vários mandatos, era o sócio nº 5 e presentemente o mais assíduo colaborador da associação; – Acompanhou com empenho colaborativo a criação da USALMA; – Participou nos boletins Pro-almada e Correio da USALMA.

Feliciano Oleiro deixa-nos três livros. Um a Monografia sobre a Escola Conde de Ferreira, em co-autoria com Luís Barradas, o qual teve o patrocínio da Câmara Municipal e outros dois em que publicou as suas memórias. “A Saga de pequenas memórias” são nacos de história de vida, envolvendo, apelando, pontuando experiências, situações, factos, acontecimentos, provocando emoções, sentimentos, afetos a apresentando-nos sinais que esclarece serem alertas para outros rumos.

O Professor Feliciano Oleiro é Medalha de Ouro de Mérito e Dedicação atribuído pela Câmara Municipal em deliberação de 19 de junho de 1995. Na deliberação é registada a competência, compreensão, o grande empenho e dedicação à Escola e aos alunos do Professor Oleiro. Assim e neste momento de pesar e também de reconhecimento, a Assembleia Municipal de Almada reunida em Sessão Plenária no dia 25 de setembro de 2014 exalta a competência profissional e a acção cívica do Professor Feliciano Oleiro, manifesta pesar pelo seu falecimento, apresentando sentidas condolências à sua família, aos amigos, à Associação de Professores e à USALMA.

Fonte: “Município de Almada, Assembleia Municipal, Edital nº 167/XI-1º/2013-14”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Mafra”

 

Câmara Municipal de MafraORLANDO da Silva MORAIS, Pintor, natural da Freguesia da Ericeira (Mafra),nasceu a 26-07-1927 e faleceu a 03-11-1995. Como artista autodidata, desde cedo sentiu o apelo pelas Artes Plásticas, começando a pintar nas horas vagas, tendo pintado cerca de 1500 obras. Com o passar dos anos e à medida que foi conquistando o apreço do público, acabou por se dedicar inteiramente à Pintura.

Ao longo da vida Pintou e Desenhou inúmeros quadros nos quais a Ericeira surge sempre como pano de fundo. Representou nas suas telas paisagens, o mar, detalhes da arquitectura, tais como fachadas, portas e janelas, ruas e becos da Ericeira, em que o azul e branco se fundem, conferindo aos seus quadros grande luminosidade e retratando a vida, a história, a identidade e as gentes da Vila.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Mafra (Freguesia da Ericeira – Rua e Travessa Orlando Morais).

Fonte: “câmara Municipal de Mafra”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Madalena”

 

Câmara Municipal de MadalenaFrancisco NUNES DA ROSA Júnior, Padre e Escritor, nasceu em Fresno (Califórnia, Estados Unidos da América), a 23-11-1871, e faleceu em Bandeiras (Pico- Açores), a 13-09-1946. Era filho de emigrantes açorianos nos Estados Unidos da América, acompanhou os pais no regresso aos Açores ainda em criança. Frequentou o Liceu da Horta de 1884 a 1889 e, a seguir, o Seminário Diocesano de Angra do Heroísmo até 1893, onde recebeu ordens de presbítero. Nomeado pároco da freguesia do Mosteiro, na ilha das Flores, ali viveu os três anos seguintes (1893-1896), sendo depois colocado com as mesmas funções, na freguesia das Bandeiras, na ilha do Pico, onde passou o resto da vida e fundou e dirigiu um pequeno jornal intitulado “Sinos da Aldeia”. Nunes da Rosa teve, também, o cargo de ouvidor eclesiástico do concelho da Madalena, na mesma ilha, desde 1914. Contista, o principal da sua obra está coligido em dois pequenos volumes (34 composições breves, ao todo). São na sua maioria contos rústicos (por vezes simples quadros, apenas), de singelíssima efabulação, cuja matéria o autor tirou pelo natural ou reproduziu da tradição e do anedotário locais, numa linguagem umas vezes trabalhada com esmero vernáculo, à maneira de Camilo, de outras com fulgurâncias decadentistas que sugerem influência de Fialho, e a que o vocábulo, o torneio da frase e até, em certos casos, a própria sintaxe populares emprestam certo exotismo arcaico, peculiar dos falares rústicos das ilhas. Pela simplicidade dos seus temas, pela visão idílica da Natureza e da vida rural e até por certos processos narrativos, pode dizer-se que foi, na literatura regionalista dos Açores do fim do século, um émulo de Trindade Coelho. Obras principais: “Pastorais do Mosteiro”, (Horta, 1904, 2ª edição, com prefácio de Tomás da Rosa, Angra do Heroísmo, 1976); “Gente das Ilhas”, (Bandeiras, 1925, 2ª edição, Angra do Heroísmo, 1978).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Madalena (Freguesia de Bandeiras – Rua Padre Nunes da Rosa)..

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Organizado pelo Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Coordenação de Eugénio Lisboa, Publicado por Publicações Europa América, Edição de 1990, Pág. 114 e 115)

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 19, Pág. 70)

“Pessoas Vinculadas aos C.T.T.”

 

CTTJOÃO RAMALHETE SERRA, Funcionário dos CTT, nasceu em Vila Velha de Ródão, a 03-09-1892, e faleceu em Lisboa, em 1977. Inspector-Chefe dos CTT. Condecorado com a Medalha de Ouro dos CTT. Admitido nos CTT em 1909, como Praticante, atingiu a categoria de Inspector-Chefe. Tinha a Medalha de Ouro dos CTT.

Autor de: Os Serviços de Inspecção dos CTT (Palestra, proferida na Sociedade de Geografia de Lisboa, a 24-04-1947, Lisboa, 1947).

Fonte: “Dicionário de Autores Casapianos”, (de António Bernardo e José dos Santos Pinto, Biblioteca-Museu Luz Soriano, Ateneu Casapiano, Lisboa, Edição de 1982, Pág. 181)

Fonte: “Catálogo Do Que Escreveram Funcionários dos Correios, Telégrafos e Telefones” (Notas Bio-Bibliográficas Coligidas por Godofredo Ferreira; Chefe de Repartição da Administração-Geral dos C.T.T.; Edição dos Serviços Culturais dos C.T.T, Editado em 1955, Pág. 145)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município do Machico”

 

Câmara Municipal de MachicoFRANCISCO Andrade FULGÊNCIO, Padre, nasceu na Freguesia de Água de Pena (Machico), em 20-02-1889, e faleceu no Funchal, em 27-07-1970. Padre, Cónego, Professor e Jornalista. Fez os primeiros estudos no Seminário Diocesano do Funchal. Doutorou-se na Universidade Pontifícia Gregoriana, Roma, em Filosofia e Teologia no ano de 1914. No mesmo ano foi ordenado de Presbítero, em Roma.

Regressou ao Funchal em 1916. Ensinou teologia no Seminário Diocesano do Funchal. Foi nomeado Pároco do Faial e em S. Jorge. Durante longos anos, escrevendo para o

“Jornal da Madeira”, crónicas e artigos de opinião sobre as mais diversas matérias.

Foi grande impulsionador dos principais movimentos culturais e religiosos da Diocese do Funchal.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Machico (Freguesia de Água de Pena – Rua Doutor Cónego Fulgêncio)

Fonte: “Câmara Municipal do Machico”

Recordamos hoje o Actor Carlos José Teixeira no dia em que passam 100 anos do seu nascimento.

 

Carlos José TeixeiraCARLOS JOSÉ Gaspar Nunes TEIXEIRA, Actor,  nasceu, acidentalmente no Rio de Janeiro (Brasil), a 27-05-1920, e faleceu em Lisboa, a 22-03-1977. Figura muito conhecida da boémia lisboeta, foi convidado por Armando Vieira Pinto para integrar o elenco do filme “Eram Duzentos Irmãos”. Mas, dadas as contingências que rodearam a rodagem desse filme, foi com o filme “Madragoa” que primeiro o vemos nos ecrãs.

Fez, entretanto, Teatro, como amador, no Grupo de Teatro Experimental da Casa da Comarca de Arganil, dirigido por Pedro Bom, onde se estreou, em Abril de 1951, num pequeno papel de “A Qualquer Hora o Diabo Vem”, de Pedro Bom.

No final de 1933 profissionalizou-se,  pela mão de Alves da Cunha, numa Companhia por ele dirigida no Teatro Avenida, onde Carlos José Teixeira faz três peças entre Novembro e Dezembro: “No Nosso Tempo”, de Laura Chaves; “As Duas Causas”, de Mário Duarte e Alberto de Morais; e “O Príncipe”, de Alfredo Ary dos Santos.

Em 1965, está no Teatro Monumental “A Solteira Rebelde”, de Víctor Ruiz Iriarte, passa pelo Teatro Avenida, onde faz “Dez Convites para a Morte”, de Agatha Christie, e “Joana D’Aec”, de Jean Anouilh, ambas encenadas por Virgílio Macieira, e termina no Teatro Monumental, com uma peça infantil, “Aí Vêm os Palhaços”, de Costa Ferreira e Paulo Renato, com encenação de Paulo Renato.

Em 1957 faz “Antígona”, de Jean Anouulh, com encenação de Jacinto Ramos, no Clube Estefânia; e “A Desconhecida”, de Luigi Pirandello, com encenação de Virgílio Macieira, no Teatro Avenida.

Em 1960 interpreta “Os Primos Basílios”, de Ascensão Barbosa e Abreu de Sousa, com encenação de Francisco Ribeiro (Ribeirinha), no Teatro Variedades, antes de se transferir para o Teatro de Arte de Lisboa, sediado no Teatro da Trindade, onde faz “Luar Até de Madrugada”, de Ugo Betti, com encenação de Carlos Wallenstein e, já em 1961, “Os Fantasmas”, de Eduardo de Filuppo, com encenação de Fernando Fernán gómez, e “A Grande Jornada”, de Manuel Frederico Pressler, com encenção de Carlos Wallenstein.

Em 1963 está no grande êxito que foi “O Milagre de Ana Sullivan”, de William Gibson, com encenação de Luís de Sttau Monteiro, no Teatro Avenida, iniciando o período mais frutuoso da sua carreira, nomeadamente quando integra os elencos dos sucessos de Laura Alves, no Teatro Monumental: “A Idiota, de Marcel Achard, com encenção de António Lopes Ribeiro; “O Amansar da Fera”, de William Shakespeare, com encenação de Luís de Sttau Monteiro; “A Rapariga do Apartamento”, de Muriel Resnick, com encenação de Manuel Santos Carvalho, todos em 1964; “O Comprador de Horas”, de Jacques Deval, com encenação de Manuels Santos Carvalho, em 1965; “A Flor do Cacto”, de Pierre Barillet e Jean-Pierre Grédy, com encenação de Manuel Santos Carvalho, em 1967; “Pobre Milionário”, de Marcel Mithois, com encenação de Armando Cortez, em 1970.

Entretanto experimenta o Teatro de Revista por duas vezes, ambas no Teatro Monumental: Esta Lisboa Que Eu Amo, em 1966; e Click! Já Está, de 1968.

Participou, entre outros, nos seguintes filmes: Madragoa, (de Perdigão Queiroga, 1952); Eram Duzentos Irmãos, (de Armando Vieira Pinto, 1952); Chaimite, (de Jorge Brum do Canto, 1953); Os Amantes do Tejo, (de Henri Verneuil, 1055); Auto da Alma, (de Artur Ramos, 1959); A Costureirinha da Sé, (de Manuel Guimarães, 1959); O Moinho Eterno, (de Herlânder Peyroteo, 1962); Os Verdes Anos, (de Paulo Rocha, 1963); Operação Dinamite, (de Pedro Martins, 1967); Sinal Vermelho, (de Rafael Romero Marchent, 1973); Derrapagem, (de Constantino Esteves, 1974); Os Demónios de Alcácer Quibir, (José Fonseca e Costa, 1977); Antes do Adeus, (Rogério Ceitil, 1977).

Fonte: “IMDB – Filmes Portugueses”

Fonte: “Dicionário do Cinema Português, 1895-1961”, (de Jorge Leitão Ramos, Edição da Caminho, Editado em Outubro de 2012, Pág. 416 e 417)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Macedo de Cavaleiros”

 

Câmara Municipal de Macedo de CavaleirosANTÓNIO JOAQUIM FERREIRA, Autarca e Político, natural de Macedo de Cavaleiros, nasceu a 10-04-1927 e faleceu a 01-01-2013. O Comendador António Joaquim Ferreira, conhecido como o “Pescadinha”, foi Autarca de Macedo de Cavaleiros entre 1975 e 1994.

Foi comerciante durante 33 anos. Foi Presidente da Câmara local, por eleição sucessiva, desde 1974 a 31-12-1993. Foi Comandante dos Bombeiros Voluntários de Macedo desde 1960 até Dezembro de 1986. Também foi Presidente da Direcção do Clube Atlético Macedense em dois mandatos, seguindo mais dois como Presidente da Assembleia Geral.

Em 1958 foi Coordenador responsável da Comissão Concelhia para as eleições à Presidência da República do General Humberto Deludo. Foi sócio fundador da ANASD (associação Nacional dos Autarcas Sociais Democratas), onde exerceu alguns cargos. Também foi fundador da Associação Nacional de Municípios Portugueses. onde desempenhou algumas funções, desde o início até 1989. Em 1974 tomou posse como Vereador da Comissão Administrativa da Câmara. Nesse mesmo ano (em Novembro) passou a Presidente Executivo. Entre 1976 e 1990 foi sucessivamente eleito nos actos autárquicos como Presidente. Em 1993 foi considerado o autarca com mais tempo de serviço do país em órgãos democráticos.

A ele se ficaram a dever, entre outras realizações, o arranque da Albufeira do Azibo e a criação do Hospital Distrital de Macedo de Cavaleiros, para cujo Conselho Geral foi empossado como Membro do Conselho de Administração do Instituto Superior de Organização Jean Piaget que acabara de ser ali criado por sua influência. Foram lhe atribuídas várias condecorações pelos serviços prestados: a Medalha de Ouro do Concelho, em 1993, por proposta de um vereador da oposição.

Em 10-10-94 foi agraciado com a Comenda da Ordem de Mérito, por sua Excelência, o Presidente da República Portuguesa da época. Em Junho de 1998 o executivo municipal mandou colocar o nome do “Comendador António J. Ferreira (O Pescadinha)” numa das ruas novas de Macedo de Cavaleiros. Em 15-4-1999 foi agraciado com o grau da Ordem de Cavalaria de Santo Eugénio Trebizonda, por sua alteza o Príncipe D. Juan Arcádio Liscaris.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Macedo de Cavaleiros (Avenida Comendador António Joaquim Ferreira)

Fonte: “Jornal de Notícias, Edição de 08-01-2013”

Fonte: “Dicionário dos Mais Ilustres Transmontanos e Alto Durienses”, (Volume II, Coordenação de Barroso da Fonte; Editora Cidade Berço)

Recordamos hoje o Escritor Ruben A. no dia em que passam 100 anos do seu nascimento.

 

Ruben ARUBEN A. é o nome com que Ruben Alfredo Andresen Leitão assina assuas obras, nasceu em Lisboa, a 26-05-1920, e faleceu em Londres (Inglaterra, a 23-09-1975).  Era filho de Ruben da Silva Leitão e de Olinda Emília Gardina Andresen. Cresceu no Porto, em casa da avó materna, onde brincava com Sophia de Mello Breyner Andresen, sua prima direita.

Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra, começou por leccionar no Ensino Secundário, primeiro no Porto e depois em Lisboa, entre 1945 e 1947, ano em que optou por um leitorado de Cultura Portuguesa no King’s College (Universidade de Londres), em cujas funções se manteve até 1951. Funcionário da Embaixada do Brasil desde 1954, troca este cargo, em 1972, pelo de Administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Dois anos mais tarde, assumiu a Direcção-Geral dos Assuntos Culturais do Ministério da Educação e Cultura, que manterá apenas alguns meses, dado ter aceite o convite para leccionar de novo, agora como Professor Associado, na Universidade de Oxford. É em 1975, na capital inglesa, que um enfarte de miocárdio lhe será fatal. Como Historiador, merecem especial destaque os seus trabalhos consagrados aos arquivos de Windsor e sobretudo a D. Pedro V, que Ruben A. designava como «o primeiro homem moderno que existiu em Portugal» e a quem dedicou grande parte da sua investigação. Dramaturgo, crítico literário e divulgador cultural de reconhecido mérito, terá sido como ensaísta e como autor de textos autobiográficos, quer sob a forma de diários, quer de memórias, que Ruben A. se deu a conhecer, mas foi sobretudo como ficcionista que as suas ironia e irreverência, associadas a uma prosa de vanguarda, a um arrojo estilístico e a uma originalidade temática, marcaram definitivamente a escrita portuguesa a partir dos anos 50.

À infância meio aristocrática, meio burguesa, marcada pela quinta de Campo Alegre da avó Andresen, no Porto, sucederam os anos de entre as praias da Granja e de Cascais, as cidades do porto e de Lisboa e aquela Coimbra ainda boémia dos anos 30/40; mas foi, inequivocamente, a ida para Inglaterra que determinou a sua escrita lúcida e imparcial, ao provocar significativamente o distanciamento em relação à realidade portuguesa e o encontro com «a terra mais civilizada do mundo».

Obras principais: Ficção narrativa: Caranguejo, (1954); Sargaço, (1956); Cores, (contos, 1960); A Torre de Barbela, (3 volumes, 1964-1968); O Outro Que Era Eu, (1966); Silêncio para 4, (1973); Kaos, (1982, romance póstumo com posfácio de José Palla e Carmo). Teatro: Júlia, (1963). Diarística, memorialismo e crónicas de viagens: Páginas, (6 volumes, 1949-1970); Um Adeus aos Deuses: Grécia, (1963); O Mundo à Minha Procura, (autobiografia, 3 volumes, 1964-1968). Ensaio e investigação histórica: Seis Enigmas da Guerra 1939-1940, (1944); O Método e o Pensamento Religioso nas «Pensées» de Pascal, (1945); Cartas de Pedro V ao Conde do Lavradio, (introdução e notas, 1946); The Generation of Coimbra, (1946); D. Pedro V: Um Homem e Um Rei, (1950); Diário de D. Pedro V: Viagem a Inglaterra em 1854, (1950); Diário de Viagem a França de El-Rei Dom Pedro V: 1855, (1950); Portugal Land of Poets, (1951); Cartas de D. Pedro V ao Príncipe Alberto, (1954); D. Pedro V e Herculano, (1954); Documentos dos Arquivos de Windsor, (compilação, edição e prefácio, 1955); Novos Documentos dos Arquivos de Windsor, (1958); Cartas de D. Pedro aos Seus Contemporâneos, (1961); A Importância do Fundo do Real Erário para a História do Brasil, (1972); A Acção Diplomática do Conde do Lavradio em Londres, 1851-1855, (1975).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia de Caparica), Amadora, Cascais (Freguesia de Cascais), Coimbra, Lisboa (Freguesia da Misericórdia, ex-Freguesia das Mercês, Edital de 06-10-1976, designação anterior: Travessa das Chagas), Odivelas (Freguesia de Famões), Porto, Seixal (Freguesia de Fernão Ferro), Viana do Castelo.

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. V, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Coordenação de Ilídio Rocha, Publicações Europa América, Edição de Julho de 2000, Pág. 45, 46 e 47)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 459).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Mação”

 

Câmara Municipal de MaçãoADÍLIO António BARBEIRO, Autarca, natural da Aldeia do Castelo (Mação), nasceu em 1940 e faleceu a 13-11-2006. Adílio Barbeiro, concorreu pela primeira vez aos órgãos autárquicos da Freguesia de Mação em 1988. Na altura fê-lo com o apoio do CDS, porque “foi o único” partido que deu apoio ao grupo a que o actual Presidente de Mação pertencia. Ficou na Assembleia de Freguesia e nas eleições seguintes voltou a concorrer já com o apoio do PS.“Foram os socialistas que me convidaram com o argumento de que eu era considerado um homem de esquerda e não fazia sentido concorrer pelo CDS, o que é verdade. Mas nestas coisas o que interessa são as populações não os partidos”, diz o autarca natural de Castelo, aldeia da freguesia de Mação. Por esse motivo, a filiação num partido político, no caso o PS, só durou um ano.

Adílio Barbeiro gosta de pensar pela sua cabeça e de fazer o melhor para a sua Freguesia sem ter de estar sujeito às directrizes partidárias: “Estou aqui para melhorar a qualidade das populações e não para obedecer aos partidos”.Defende que os órgãos da freguesia deviam ter um representante de cada uma das aldeias que a compõem, sugestão que o PS nunca apoiou.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Mação (Rua Adílio António Barbeiro).

Fonte: “Jornal O Mirante” (Semanário Regional)