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“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Mangualde”

MANUEL Figueiredo DE OLIVEIRA, Desportista, nasceu em Mangualde, a 20-10-1940, e faleceu no Hospital de São José, em Lisboa, a 19-10-2017. Atleta que entrou para a história do desporto português ao ser 4º classificado nos 300 metros obstáculos nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão), em 1964. Ingressou no Sporting Clube de Portugal em Outubro de 1959 e obteve êxitos significativos no Atletismo, nomeadamente um 4º lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão), em 1964.

Manuel Oliveira foi recordista de Portugal de 4 distâncias diferentes: – 1500 metros – de 18 de Agosto de 1961 a 8 de Junho de 1968, batendo o recorde por 3 vezes;

5000 metros – de 31 de Agosto de 1960 a 29 de Junho de 1972, batendo o recorde por 5 vezes, e perdendo-o para Carlos Lopes; 10000 metros – de 25 de Agosto de 1961 a 26 de Junho de 1965, de 11 de Julho de 1965 a 18 de Julho de 1967 e de 14 de Julho de 1968 a 4 de Agosto de 1968; 3000 metros obstáculos – de 24 de Abril de 1964 a 29 de Julho de 1979.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Mangualde (Rua Manuel de Oliveira).

Fonte: “Federação Portuguesa de Atletismo”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Maia”

AUGUSTO SIMÕES Ferreira da Silva, Autarca e Benemérito, natural de Pedrouços (Maia), nasceu em 1881 e faleceu a30-09-1948. Era filho de António Ferreira da Silva e de Rosa da Silva Neves. Era filho de lavradores abastados, assumiu durante a sua vida a causa do desenvolvimento da lavoura, tornando-se uma figura nacional pela sua participação em iniciativas de agrícolas, designadamente a motomecanização da mesma e a necessidade urgente de associações de lavradores, a promoção da pecuária foi também uma das suas bandeiras

Foi membro da Junta Nacional de Produtos Pecuários, da Junta de Província do Douro Litoral, do Instituto dos Vinhos Verdes, Presidente do Grémio da Lavoura da Maia, cargo que exercia aquando da sua morte.

A comenda da ordem de Mérito Agrícola, com que foi agraciado, em 1932, por Decreto de 30 de Janeiro, constitui o reconhecimento público da sua atividade em prol do desenvolvimento e modernização da agricultura e pecuária.

O seu interesse pela respública levou-o à presidência da Câmara da Maia, nos finais da 2ª década do século passado e entre 1941 e 1944.

Embora lembrado na toponímia e na estatuária, Augusto Simões, como ficou conhecido, é um dos «grandes maiatos» injustamente esquecido.

Era um homem bom, afável, excelente conversador, normalmente de barba por fazer, e com dedos e bigode queimados pelo cigarro. Este ilustre pedroucense foi, além de lavrador, um verdadeiro pioneiro da lavoura moderna, não só na Maia como no Norte, introduzindo na agricultura desta região novas técnicas de cultura e modernos instrumentos agrícolas.

Espírito culto, dedicava-se à leitura com o mesmo fervor que ao amanho da terra. Foi grande obreiro de importantes exposições, entre as quais a 1ª Exposição do Milho, realizada no Porto em 1929 e a Grande Exposição Agrícola no antigo Palácio de Cristal portuense em 1937.

Foi membro activo da Junta de Província do Douro Litoral, da Junta Nacional dos Produtos Pecuários, da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e da Comissão de Silos do Norte, entre outras instituições.

O amor de Augusto Simões pela Maia e suas gentes está patente no seu testamento, feito em de Março de 1940. Enviuvou cedo, não tendo voltado a casar. Morreu sem descendentes diretos. Numa decisão que o enobrece, institui herdeira do remanescente da sua herança que é constituída por prédios rústicos a Câmara Municipal da Maia, com a obrigação de instalar nos prédios um asilo escola para recolher crianças pobres, a quem será ministrado o ensino suficiente para fazer deles bons operários agrícolas; na admissão a essa escola terão preferência em primeiro lugar três crianças que provem ser parentes até ao 3º grau dele testador e em segundo lugar filhos de cultivadores pobres do concelho da Maia.

para uma escola agrícola, criou a “Fundação Augusto Simões”, mas a escola não foi feita. Em 1978, Álvaro do Céu Oliveira diz a este respeito: “O prédio foi doado ao Município com a obrigação de ali instalar uma Escola Agrícola. Por dificuldades materiais, ao que julgo, nunca foi satisfeita a vontade do doador”. Sabemos, contudo, que a Câmara Municipal custeou cursos agrícolas a alunos carenciados.

Foi vice-presidente do Senado (órgão autárquico entretanto extinto) entre 1915 e 1921. Chefiou os destinos da Câmara Municipal da Maia entre 1922 e 1923 e novamente entre 1941 e 1944.

Por tudo isto o Governo da Nação, consciente da valia da sua obra, condecorou-o com a Comenda da Ordem de Mérito Agrícola e Industrial.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Maia (Rua Augusto Simões)

Fonte: “Clube UNESCO da Maia”

Fonte: “Câmara Municipal da Maia”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Mafra”

José do PATROCÍNIO RIBEIRO, Militar e Escritor, nasceu na Freguesia da Ericeira (Mafra), a 09-07-1882, e faleceu em Lisboa, a 02-12-1923. Foi aluno nº 2201 da Casa Pia de Lisboa, onde estudou Pintura Decorativa com o eminente artista que foi Battistini. Escritor, Jornalista, Conservador da Biblioteca de Mafra, Investigador Histórico; Funcionário do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa; sócio da Academia de Ciências de Portugal e da Associação dos Arqueólogos Portugueses.

Ao deixar aquele estabelecimento de ensino, ingressou no Ministério das Obras Públicas como Desenhador. O emprego, porém, não o seduziu e, a breve trecho, assentou praça no Regimento de Caçadores nº 2, que tinha o seu aquartelamento na Rua do Vale Pereiro, à Rotunda, hoje crismada em parte, com o nome de Rua Braamcamp. Sargento meses depois, transitou para a Escola Prática de Infantaria (Mafra), em cuja Biblioteca, de que foi Conservador durante alguns anos, alargou sensivelmente os seus já vastos conhecimentos. Deve notar-se, por esse tempo, manteve aturada correspondência com Artur Bivar, seu antigo condiscípulo e amigo, nesses anos recuados a trabalhar no jornal A Palavra, do Porto. Data dessa época, pouco mais ou menos, a colaboração de Patrocínio Ribeiro na página literária de O Século, facto que mereceu os maiores encómios do insigne romancista e futuro Ministro de Portugal na República da Argentina, Coronel do CEM, Abel Acácio Botelho, seu crítico desapaixonado, e, ao que alguém afirmou, seu orientador uma ou outra vez. Pertenceu ao grupo que ardentemente lutou pela concessão do uso da espada aos oficiais inferiores do Exército, dos quais, em dado momento, foram encarcerados alguns elementos, dando isso origem ao que impropriamente se chamou a Revolta dos Sargentos. Por ocasião da Primeira Grande Guerra Mundial, ofereceu-se para ser incorporado na expedição a Angola do comando do General Pereira de Eça. Mas, em virtude de um desastre grave sofrido em Moçâmedes, regressou a Lisboa em Maio de 1915. Internado no Hospital da Estrela, foi, ao cabo de algumas semanas julgado incapaz de todo o serviço militar e colocado na situação de reformado. Embora bastante combalido, como é de supor, jamais deixou de escrever, ora em jornais de Lisboa (Diário de Notícias, O Século, O Ocidente, Jornal da Europa, Ilustração Portuguesa, Vitória e A Capital) e muitos da província, ora em livros de contos, monografias, opúsculos, etc.

Entre os seus trabalhos impressos, contam-se: A Nacionalidade Portuguesa de Cristóvão Colombo, (em português e inglês, tradução do Prof. António Cruz); O Autor Oculto do Crisfal; A Bem-Amada de Bernardim Ribeiro; Amorosidade Elaborativa de Gustavo Flaubert; A Verdadeira Célia, de Sá de Miranda. Deixou inéditos: O Amor Lésbio Através dos Séculos; Crisfal, (apontamentos diversos); Menina e Moça, (célebre novela do Século XVI, interpretada por Patrocínio); Favo de Amor, (contos, com prefácio de Júlio Dantas); O Sol de África, (contos); Antologia dos Poetas Brasileiros; Eduardo Metzner, (estudo biográfico); Rocal de Vidrilhos, (versos(; Musa Irónica, (versos escolhidos). Patrocínio Ribeiro foi sócio da Academia das Ciências de Portugal e da Associação dos Arqueólogos Portugueses.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Mafra (Freguesia da Ericeira – Rua Patrocínio Ribeiro).

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 25, Pág. 598)

Fonte: “Dicionário de Autores Casapianos”, (de António Bernardo e José dos Santos Pinto, Biblioteca-Museu Luz Soriano, Ateneu Casapiano, Lisboa, Edição de 1982, Pág. 164)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Madalena”

JOSÉ AGOSTINHO, Militar e meteorologista, natural de Angra do Heroísmo, nasceu a 01-03-1888 e faleceu a 17-08-1978. Fez os estudos gerais em Angra do Heroísmo e Lisboa. Alistou-se como voluntário no Grupo de Artilharia de Guarnição. Foi incorporado em 08-06-1904 e serviu até 31-08-1911, sendo promovido a Alferes. Após ter concluído o Curso de Artilharia, foi promovido, sucessivamente, a Tenente, em 1913; e a Capitão para o Estado-Maior da sua Arma, em 1916.

Mobilizado para França, fez parte do C.E.P. (Corpo Expedicionário Português), para onde embarcou em 21-02-1917, comandando a Bateria nº 1 de Artilharia de Montanha. Foi desmobilizado em 1919, atingiu o posto de Major, em 1920, e de Tenente-Coronel, em 1931.

Entretanto, concluiu o Curso de Engenharia Civil, em 1924. Ainda antes de partir para França esteve colocado no Faial onde, pela sua cultura, despertou o interesse de Afonso Chaves, passando a ser seu colaborador.

Quando regressou da guerra, foi convidado por aquele Director do Serviço Meteorológico dos Açores para um lugar no Observatório em S. Miguel, iniciando assim o seu trabalho na Meteorologia e Geofísica, tendo, em 1926, com a morte de Afonso Chaves, sido nomeado Director do Serviço Meteorológico dos Açores.

Em 1956, com a nova orgânica, passou a desempenhar as funções de Chefe de Divisão Regional dos Açores do Serviço Meteorológico Nacional, cargo que ocupou até atingir o limite de idade, em 1958.

Para além de se ter dedicado ao estudo sobre o clima e de ter contribuído com estudos climatológicos (pioneiros em Portugal), também colaborou na fundação da Sociedade de Estudo Afonso de Chaves, em 1922. Desta sociedade nasceu a revista Açoreana em 1934 essencialmente vocacionada para estudos científicos. José Agostinho ficou conhecido do grande público terceirense pelas palestras que proferiu aos microfones do Rádio Clube de Angra, desde finais dos anos cinquenta até finais da década de sessenta.

Foi durante a maior parte da sua vida uma das grandes referências culturais nos Açores e o mais conhecido açoriano no mundo da ciência internacional.

Foi condecorado com o Grau de Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito, com Palma; Cruz de Guerra de 1ª Classe; Grande Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada; Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis; Oficial da Ordem de Cristo; Oficial da Ordem do Império Britânico. O Município Angrense concedeu-lhe a Medalha de Ouro com Colar.

O Observatório Meteorológico Nacional, em Angra do Heroísmo, tem o seu nome.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Angra do Heroísmo (Avenida Tenente-Coronel José Agostinho); Madalena (Rua Tenente-Coronel José Agostinho).

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 01, Pág. 573)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município do Machico”

ANTÓNIO TEIXEIRA DE AGUIAR, Militar, nasceu no Machico (Ilha da Madeira), a 13-05-1860, e faleceu em Lisboa, a 17-05-1939. Era filho de Pedro Teixeira de Aguiar e de D. Rosa Augusta Teixeira. Casou com D. Maria Palmira Goulart de Medeiros, em 01 de Dezembro de 1888, da qual teve um filho. Assentou praça, como voluntário, a 17 de Setembro de 1879, no Batalhão de Caçadores nº 5.

Fez o Curso da Arma de Infantaria na Escola do Exército, sendo 1º Sargento graduado em Aspirante-a-Oficial, tendo sido graduado no posto de Alferes, a 04 de Janeiro de 1882 e colocado no Regimento de Caçadores nº 12. Em 31 de Outubro de 1884, foi efectivada a sua promoção no posto de Alferes, sendo transferido para o Regimento de Caçadores nº 11, onde foi Professor das Escolas Regimentais, entre 04 de Janeiro e 26 de Março de 1887.

Foi promovido a Tenente, em 16 de Novembro de 1887, passando ao Regimento de Caçadores nº 3 e, em 18 de Fevereiro de 1888, foi transferido para a Guarda Fiscal onde prestou serviço como Comandante da Companhia nº 4 das Ilhas Adjacentes.

Ascendeu ao posto de Capitão, em 04 de Janeiro de 1896, cessando nessa data as funções que desempenhava na Guarda Fiscal, sendo colocado no Regimento de Infantaria nº 19, na qual assumiu o comando da 1ª Companhia do 1º Batalhão. Nesta Unidade foi Director das Escolas Regimentais e, com este posto, foi ainda Comandante de Companhia nos Regimentos de Infantaria nº 11 e nº 15 e, do Regimento de Caçadores nº 3.

Em 10 de Março de 1906 foi considerado Capitão de 1ª Classe e, em 07 de Novembro do ano seguinte,foi promovido a Major. Foi colocado no Regimento de Infantaria nº 1, em 31 de Março de 1909, indo prestar serviço na Guarda Nacional Republicana, em 23 de Agosto de 1911, assumindo o Comando do 2º Batalhão.

Foi promovido ao posto de Tenente-Coronel, em 26 de Novembro de 1911 e nomeado Comandante do 1º Batalhão, da mesma Guarda, em 11 de Agosto de 1913.

Em 29 de Dezembro desse ano foi promovido a Coronel e, colocado no Estado-Maior de Infantaria.

Como Vogal permanente, fez parte do Júri de exames dos Capitães candidatos ao posto de Major das diferentes Armas e serviços e do Estado-Maior, entre 20 de Fevereiro de 1914 e 31 de Dezembro de 1915, sendo que em 30 de Dezembro de 1916, foi nomeado Inspector da Arma de Infantaria, da 7ª Divisão do Exército.

Foi promovido a General, em 26 de Novembro de 1917 e nomeado Director-Geral da 2ª Direcção do Ministério da Guerra. Em 30 de Janeiro de 1918, assumiu a presidência do Júri de exames para Major do Quadro Colonial, funções que exerceu até 31 de Dezembro de 1918, data a partir da qual, passou a fazer parte do Júri, como Vogal, dos exames para o posto de General. A seu pedido, foi exonerado dos cargos de Presidente do Júri de exames para Major do Quadro Colonial, em 15 de Janeiro de 1919, e de Director-Geral da 2ª Direcção do Ministro da Guerra, em 16 de Abril do mesmo ano.

A partir de 19 de Agosto comandou a 2ª Divisão do Exército e, desde 18 de Junho de 1926, a 5ª Divisão.

Em 14 de Maio de 1927 passou à situação de reserva, por ter atingido o limite de idade. Em 27 de Setembro de 1929, passou à situação de reforma, por limite de idade.

Durante a sua carreira foi louvado diversas vezes, sendo agraciado com os graus de Cavaleiro, Oficial, Grande-Oficial e Grã-Cruz da Ordem Militar de São Bento de Avis e como grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Cristo. Foi ainda condecorado com a Medalha Militar de Prata, da Classe de Bons Serviços, e com as Medalhas Militares de Prata e de Ouro, da Classe de Comportamento Exemplar.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Machico (Rua General António Teixeira de Aguiar).

Fonte: “Os Generais do Exército Português”, (III Volume, I Tomo, Coordenação do Coronel António José Pereira da Costa, Biblioteca do Exército, Lisboa, 2008, Pág. 184 e 185).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Macedo de Cavaleiros”

ABÍLIO Augusto VAZ DAS NEVES, Bispo e Professor, nasceu em Ifanes (Miranda do Douro), a 08-06-1894, e faleceu em Macedo de Cavaleiros, a 07-03-1980. Em 1908 entrou para o Seminário de Meliapor (União Indiana). Depois passou pelo liceu para aprender línguas e pelo Seminário Diocesano de Mangalor, dirigido pelos Jesuítas. Depois de concluído o curso Teológico regressou a Meliapor. Em 07 de Dezembro de 1919 foi ordenado sacerdote pelo bispo Dom Teotónio Vieira de Castro. Em 1920 foi nomeado Capelão da Catedral de São Tomé de Meliapor e, o do Internato de Santa Beda que era anexo ao Colégio Diocesano do mesmo nome. Em 19-03-1921 depois de 14 anos de ausência, veio a Portugal em gozo de férias. Em 14-03-1922 foi nomeado missionário oficial do Padroado Português (Prot. 6.354). No regresso de férias (04-03-1923) foi nomeado director efectivo do Internato de Santa Beda e professor do mesmo Colégio de Latim, Geografia e História da Índia. Em 19 foi nomeado pró-vigário da comunidade europeia da Sé Catedral de Meliapor e professor de Religião e Moral no Colégio de São Tomé, para indianos. Durante muitos anos foi director da Congregação das Filhas do Convento das Franciscanas de Maria de Meliapor que dirigiu até à sua nomeação de pró-vigário da Sé de Meliapor. Em Dezembro de 1933 foi nomeado bispo de Cochim e sagrado por Dom Teotónio Vieira de Castro que era o patriarca das Índias, na igreja do Bom Jesus da Velha Goa, dia 28-01-1934. Em 06-12-1938 foi transferido para a Diocese de Bragança. Nomeou, enquanto bispo, cinco cónegos e todos os membros da Cabido que havia à sua morte. De 1940 a 1948 realizou Congressos Eucarísticos em: Miranda do Douro, Moncorvo, Mirandela e Bragança. Pio XII louvou o trabalho desenvolvido na Diocese. Em 1959, por ocasião das bodas de prata da sua sagração episcopal sua Santidade o Papa João XXIII enviou-lhe uma carta autografada. Em 1955 sagrou Dom Manuel António que durante vários anos foi seu braço direito e que viria a ser bispo de Silva Porto. Construiu o Colégio Diocesano de São João de Brito em Bragança, o Colégio Diocesano de Mogadouro. Promoveu a reconstrução e ampliação do edifício do Paço Episcopal, destruído parcialmente por um incêndio, em 1950. Mandou fazer obras no Seminário de Vinhais e criou prémios para os melhores alunos.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Bragança (Avenida Dom Abílio Vaz das Neves); Macedo de Cavaleiros (Rua Dom Abílio Vaz das Neves); Miranda do Douro (Freguesia de Ifanes – Rua Dom Abílio Vaz das Neves)

Fonte: “Diário de Trás-os-Montes”

Fonte: “Agência Ecclesia”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Mação”

JOÃO CALADO RODRIGUES, Advogado e Jornalista, nasceu na Freguesia de Galveias (Ponte de Sor), a 18-10-1881, e faleceu em Mação, a 30-10-1953. Formando-se em Direito na Universidade de Coimbra, exerceu a profissão de Notário em Borba, Conselheiro do Conselho Superior da Administração Financeira do Estado, de Conservador do Registo Civil em Mação e de Juiz Municipal na mesma vila.

Dedicou-se também ao jornalismo, co-fundando a Casa dos Jornalistas (1919), dirigindo e colaborando em vários jornais e fundando periódicos locais em Borba e Mação.

Foi eleito Deputado em 1918 pelo círculo de Tomar, nas listas do Partido Nacional Republicano.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Mação (Rua e Travessa Doutor João Calado Rodrigues).

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª República, (1910-1926)”; (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 379).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Lousada”

ANTÓNIO ARCHER LEITE, Advogado, nasceu na Freguesia de Travanca (Amarante), a 22-03-1921, e faleceu em Lousada, a 22-11-2011. Era pai de António Barreto Archer, advogado com escritórios em Penafiel e no Porto, actual Presidente da Delegação de Penafiel da Ordem dos Advogados e Vogal da Comissão Nacional de Estágio e Formação da Ordem dos Advogados.

Inscreveu-se como Advogado em Novembro de 1968m tendo exercido a sua profissão na Comarca de Penafiel.

Frequentou a Universidade de Coimbra, onde concluiu a sua Licenciatura em Direito, com dezasseis valores, em 12 de Julho de 1950 e o Mestrado em Direito, também com dezasseis valores, em 20 de Julho de 1951.

Jurista distinto, exerceu a Magistratura do Ministério Público nas comarcas de Ponte de Lima, Marco de Canaveses, Arcos de Valdevez e Porto e a Magistratura Judicial nas comarcas da Ilha das Flores – Açores, Cinfães, Guimarães e Paredes.

Usufruindo do estatuto de Juiz de Direito em Licença Ilimitada e, posteriormente, de Juiz de Direito aposentado, era um ilustre decano da advocacia nas comarcas do distrito judicial do Porto, onde exercia a profissão de advogado há mais de 40 anos, com escritórios em Penafiel e Guimarães.

Era pai de António Barreto Archer, advogado com escritórios em Penafiel e no Porto, actual Presidente da Delegação de Penafiel da Ordem dos Advogados e Vogal da Comissão Nacional de Estágio e Formação da Ordem dos Advogados.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Lousada (Freguesia de Caíde de Rei – Rua Doutor António Archer Leite).

Fonte: “Ordem dos Advogados”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Lousã”

JOÃO REIS, Pintor, natural de Lisboa, nasceu a 15-02-1899 e faleceu a 02-03-1982. Era filho do Pintor Carlos Reis, de quem foi discípulo, e de sua mulher Elisa Albertina da Silva Lobo Reis. De muito novo revelou as suas tendências artísticas e, aos 14 anos de idade, fazia a sua primeira exposição de pintura. De todos os discípulos de Carlos Reis, em virtude de razões óbvias, foi o que, de mais perto, recebeu a influência do Mestre.

A mesma paixão pelos deslumbramentos da luz, o mesmo timbre episódico das cenas comuns da vida com um ligeiro desvio para os temas do mar, pelos quais o pai parece não ter tido qualquer preferência reconhecida. Caminhando a par do Mestre, seguiu-lhe a senda da sua actividade na difícil competição com as virtudes estéticas do progenitor.

Os primeiros êxitos verificaram-se logo nas exposições, de princípio realizadas. Assim, no certame internacional Panamá-Pacífico, conquistou a Medalha de Bronze. Em Junho de 1919, acompanhado de seu pai, vai ao Brasil, expondo no Gabinete Português de Leitura alguns dos seus melhores quadros. A crítica local foi unânime em louvores, afirmando-se, no ano seguinte, a alta qualidade, no retrato do Dr. Tomás Ribeiro Colaço. De regresso ao País, retoma no Ar Livre a interrompida actividade, em cujo certame nos dá: Inverno; Manhã de Inverno; Tarde e Neblina. Em 1922 deixa novamente a sua terra, dirigindo-se à Argentina onde expôs: o Moleiro; as Confidências; as Lavandeiras; Gracinda ao lado dos retratos de Eduardo Andrade e de J. Resende.

Em Abril de 1923, já de volta a Portugal, João Reis expõe na Exposição da Sociedade de Belas Artes, entre outras telas, o seu quadro Maria dos Anjos, que o Estado adquiriu para as suas galerias. Em Janeiro de 1924, expõe no Porto, no átrio da Secretaria da Misericórdia, voltando, no ano seguinte a expor no Porto, ali figuraram as suas telas Tranquilidade, a Missa das Almas e várias paisagens da Lousã e da Figueira da Foz. Mais tarde, concorreu à Exposição Internacional do Rio de Janeiro, onde foi premiado com a Medalha de Prata. Volta a expor no Porto; nota-se, então, entre outras telas, uma de grande envergadura: Uma Procissão na Lousã, ao que parece, destinada à Exposição Internacional de Sevilha, de 1929.

Pinta, depois: Pescador de Buarcos e Cantador de Buarcos, reflexos da sua passagem pela praia da Figueira da Foz. Considerada como é pelos artistas, o mais ambicioso sonho da vida, a entrada no “Salon” de Paris, João Reis conseguiu-o, pela primeira vez, com os Pescadores Portugueses; e viu, no catálogo desse certame, a reprodução da sua obra.

Em 1937, concorre novamente ao “Salon” de Paris, com o Conserto da Rede, que lhe valeu, além de elogios da imprensa frabcesa, a Medalha de Prata. Se nos quadros de “género” e nos de paisagem alcançou êxitos notáveis, no retrato obteve louros merecidos: Recordam-se, entre vários, Retrato de Meu Pai, dois retratos do General Carmona; um no Gabinete do Ministro do Ultramar, e outro na Sala Nobre do Palácio do Governador, em Lourenço Marques; retrato do Dr. Oliveira Salazar; retrato do Dr. Cassiano Neves; retrato do Rei D. Manuel II (no Palácio de Vila Viçosa); retrato de Madame Peligrini (Buenos Aires); um auto retrato, etc. Durante a sua vida de estudante na Escola de Belas Artes de Lisboa, obteve os seguintes prémios: “Lupi”; “Anunciação” e Medalha de Prata e um Prémio Pecuniário.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Lousã (Rua João Reis).

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira”

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 444)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Lourinhã”

AFONSO de Sousa Freire de MOURA GUEDES, Advogado e Político, nasceu na Ribaldeira (Torres Vedras), a 11-01-1925, e faleceu em Torres Vedras, a 21-09-2005. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Descendente de uma família de advogados, filho, neto e bisneto, desenvolveu, desde jovem umaintensa actividade cívica e política. Foi sócio fundador da SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social.

Foi Presidente da Associação Académica de Coimbra, mais tarde foi Deputado à Assembleia Constituinte e um dos fundadores do PSD, onde desempenhou vários cargos políticos, entre os quais os de: coordenador nacional das autárquicas de 1975, líder Distrital da Área Oeste de Lisboa do PSD, Presidente do Conselho Nacional de Jurisdição e Governador Civil de Lisboa, desde 1983 e durante cerca de oito anos e meio.

Foi colaborador do Jornal Alvorada desde o seu início, onde publicou vários artigos de opinião e alguns poemas. O funeral segue para Aguada, no Concelho de Anadia.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Lourinhã (Rua Doutor Afonso Moura Guedes); Torres Vedras (Freguesias de Campelos e de São Pedro e São Tiago – Avenida, Rua e Praceta Doutor Moura Guedes).

Fonte: “Câmara Municipal da Lourinhã”