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“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Silves”

 

Câmara Municipal de SilvesFRANCISCO GOMES PABLOS, Industrial e Benemérito, nasceu em Monchique, a 30-09-1834, e faleceu em Silves, a 03-03-1908. Era filho de Francisco Gomes Pablos e de Maria da Encarnação Gonçalves, proprietários, naturais de El Almendro, Município espanhol da Província de Huelva que se radicaram em Monchique.

Com o desenvolvimento de Silves, em meados do século XIX, potenciado pela indústria corticeira e pela significativa comunidade operária, Francisco Gomes Pablos, proprietário e capitalista, fixou-se nesta cidade, onde instalou uma importante fábrica.

No dia 21 de Maio de 1907 redigia o seu testamento, no qual dispõe a sua última vontade e sendo solteiro e sem descendentes directos, deixou o usufruto vitalício dos seus bens, durante vida, ao seu sobrinho João José Gomes Pablos, bem como legados de valores monetários e materiais a outras pessoas de sua lidação. No entanto, instituiu seus herdeiros universais, em partes iguais, o Hospital da Misericórdia desta cidade e a Câmara Municipal de Silves.

O Hospital da Misericórdia ficou com o encargo de custear a alimentação dos doentes do Hospital, bem como providenciar a construção de um Asilo para os pobres e inválidos, enquanto a Câmara ficou obrigada a criar uma Escola para meninas e meninos, Escola essa que viria a ser a Escola Industrial e Comercial «João de Deus», a funcionar no edifício legado por Francisco Gomes Pablos, sito na Rua João de Deus, que havia sido sua residência.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Silves (Rua Francisco Gomes Pablos)

Fonte: “Algarve Informativo”

“A Lusofonia na Toponímia Nacional”

 

 

J. Kubitshek de Oliveira (Rua)JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA , Médico, Militar e Político, nasceu em Diamantina (Minas Gerais), a 12-09-1902, e faleceu num acidente de viação quando viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro, a 22-08-1976. Presidente da República, Político e Médico. Foi o 21º Presidente da República Federal do Brasil, entre 1956 e 1961.

Órfão de pai aos três anos, estudou no Seminário de Diamantina e concluiu o Curso de Medicina, em Belo Horizonte, em 1927. Estudou cirurgia, em Paris, com Maurice Chevassu e estagiou em Berlim, em 1930.

De regresso ao Brasil, casou-se com Sara Luísa Gomes de Lemos, em 1931, e integrou a Polícia Militar de Minas Gerais, obtendo o posto de Coronel-Médico. Em 1832, distinguiu-se como Cirurgião durante a Revolução Constitucional.

Iniciou a sua carreira política, em 1934, como Chefe de Gabinete do Governador Benedito Valadares e, nesse mesmo ano, foi eleito Deputado Federal, cargo que perdeu, em 1937, aquando do golpe do Estado Novo.

Retomou Medicina e, em 1940, foi designado Perfeito de Belo Horizonte, executando trabalhos de remodelação da capital, com ajuda de Óscar Niemeyer, na época, em início de carreira. Em 1946, foi eleito Deputado Constituinte pelo Partido Social Democrático (PSD) e, em 1951, tomou posse como Governador de Minas Gerais, sendo a sua administração orientada pelo lema “Energia e Transporte”.

Com o apoio do PSD e do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Kubitschek lançou a sua campanha presidencial a 4 de abril de 1955, com o slogan “50 anos em 5” e com um arrojado “Programa de Metas”, inteiramente cumprido, que inclui-a a construção da nova capital brasileira, Brasília (abril de 1960). Tomou posse como Presidente da República a 31 de janeiro de 1956, presidência que durou até 31 de janeiro de 1961, altura em que foi sucedido por Jânio Quadros.

Em 1964, foi eleito Senador por Goiás, todavia o regime militar apreendeu o seu mandato e suspendeu os seus direitos políticos por um período de dez anos. Exilado em Nova Iorque e depois em Paris, regressou ao Brasil, estabelecendo-se como empresário e escrevendo as suas memórias, Meu Caminho para Brasília, obra em 5 volumes, cujo primeiro foi publicado em 1974.

Tornou-se membro da Academia Mineira de Letras, em 1975. Juscelino Kubitschek faleceu a 22 de agosto de 1976, num acidente de viação, quando viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Oeiras (Rua J. Kubitschek de Oliveira)

Fonte: “Juscelino Kubitschek. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-04-01].

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Setúbal”

 

Câmara Municipal de SetúbalHENRIQUE dos Santos CARDOSO, Republicano, nasceu no Porto, a 03-11-1870, e faleceu em Lisboa, a 28-02-1915. Filho de Henrique José dos Santos Cardoso.

Fez o Curso de Química Industrial, que concluiu em 1894, passando a ser Assistente de Química no Instituto Comercial e Industrial do Porto.

Activo propagandista republicano, foi redactor de A Pátria e grande polemista, o que lhe mereceu diversos processos por abuso de liberdade de imprensa. Teve importante papel na organização do Partido Republicano Português no Porto. Após o 5 de Outubro, foi nomeado Administrador do Bairro Oriental do Porto, cargo de que pediu a exoneração em Julho de 1911. Em Julho de 1912 passou a ser contador da 5ª vara cível de Lisboa.

Foi eleito Deputado à Assembleia Nacional Constituinte pelo círculo de Vila Nova de Gaia (1911). Foi assassinado quando saía do Directório do PRP, em Lisboa, na companhia de Alexandre Braga e Artur Costa.

Foi assassinado no dia 28 de Fevereiro de 1915, à saúda do Directório do Partido Republicano Português.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Barreiro (Freguesia do Lavradio); Lisboa (Freguesia de Alvalade); Setúbal (Rua Deputado Henrique Cardoso).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 27, Pág. 385 e 386)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Sesimbra”

 

 

Câmara Municipal de SesimbraJoaquim VIRGÍLIO PRETO, Engenheiro e Político, nasceu em Sesimbra, a 15-01-1892, e faleceu em Lisboa, a 17-06-1970. Oriundo de uma das famílias mais conhecidas de Sesimbra, completou o Curso de Oficial da Marinha Mercante na Escola Naval da Liga Naval de Lisboa em 1914. No anho seguinte rumou à Suíça e Licenciou-se em Engenharia Civil na Escola Politécnica de Lausana em 1918.

Arranjou então trabalho em Genebra e depois mudou-se, sempre com a mesma firma, para Paris.

Em 1920 regressou a Portugal, tornando-se um dos pioneiros do cimento armado no país. Entre outras construções, edificou os pavimentos da ala esquerda do Palácio de São Bento, o balneário de São José, as pontes do Caia e de Rasquete, as fundações do novo Arsenal do Alfeite, parte da aerogare, plataforma de estacionamento e pistas do Aeroporto de Lisboa, barragem Carmona, junto a Idanha-a-Nova, e molhe de abrigo de Sesimbra.

Entre 1936 e 1939 foi Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra. Em 1950 seria Presidente da Comissão Organizadora do Grémio Regional das Indústrias de Construção Civil e Obras Públicas do Sul, de que depois seria Presidente.

Entre 1952 e 1958 foi Delegado patronal, em representação do Ministério das Corporações, às conferências internacionais do trabalho de Genebra.

Tinha ainda uma firma de construção civil com o seu nome. Na sua Vila era conhecido como grande benemérito dos pobres.

Ingressou na Câmara Corporativa na VI Legislatura, entrando para a V Secção (Indústrias Extractivas e de Construção), 2ª Subsecção (Construção e Materiais de Construção), pelo Grémio de que era Presidente.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Sesimbra (Freguesia da Quinta do Conde – Rua Virgílio Preto).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume II de M-Z), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág., 397 e 398).

“A Lusofonia na Toponímia Nacional”

 

 

transferirHONÓRIO Pereira BARRETO, Militar e Político, nasceu no Cacheu (Guiné), a 24-04-1813, e faleceu em Bissau (Guiné), a 26-04-1859. Era filho do caboverdiano, João Pereira Barreto Júnior., Sargento-Mor e maior comerciante de Cacheu, e da guineense, Rosa de Carvalho Alvarenga, conhecida por Dona Rosa de Cacheu ou Nha Rosa, uma reconhecida autoridade local. Aliás, Honório Barreto geriu com a sua mãe o negócio de família em Cacheu, onde os principais produtos dos seus negócios mercantis eram escravos obtidos dos Soninké/Mandinga e dos Bijagó.

Este Governador da Guiné manteve o controlo português da área e ainda estendeu territorialmente a sua influência. Desempenhou as funções de Provedor de Cacheu (1834), Capitão-Mor de Cacheu por três vezes (1834 – 1835, 1846 a 1848 e 1852), Governador da Praça de Cacheu (1852 -1854), e Capitão-Mor de Bissau por cinco vezes (1837 –1839, 1840 – 1841, 1853 – 1854, 1855 –1858 e de 1858 até à sua morte).

Conseguiu através de luta armada, mas também comprando terrenos, que Bolama e Casamansa não ficassem na posse dos ingleses e reconstruiu Bolama após os incêndios dos britânicos (1839). Em 1843 publicou a sua Memória sobre o Estado Actual da Senegâmbia Portuguesa, Causa da sua Decadência e Meios de a Fazer Prosperar. Também acabou com a sublevação dos Papéis de Bissau (1853) e as investidas dos Nagos (1856) enquanto cedia graciosamente à coroa portuguesa um território seu, na região dos Felupes de Varela (1857).

Honório Barreto foi galardoado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Cristo e com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, assim como teve a sua efígie em notas da Guiné de 1.000$00 (30 de abril de 1964) e 500$00 (27 de julho de 1971), bem como em selos e ainda deu o seu nome a uma corveta de guerra da Marinha Portuguesa em 1971.

No campo militar cobriu-se de glória ao submeter os Papéis de Bissau em 1853 e os Nagos em 1856, estes havia 50 anos que impunemente hostilizavam Cacheu. Reformou a administração, desenvolveu a instrução, a saúde, a agricultura e o comércio.

Foi promovido a Tenente-Coronel e galardoado com o grau de Cavaleiro da Torre e Espada. Publicou: “Memória Sobre o Estado Actual da Senegâmbia Portuguesa, Causa da sua Decadência e Meios de a Fazer Prosperar”, em 1843.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Lisboa (Freguesia do Beato, Edital 23-07-1964 – Largo Honório Barreto); Porto (Rua Honório Barreto).

Fonte: “O Grande Livro dos Portugueses” (Círculo de Leitores, 1990, Pág. 80)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 80).

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponíia de Lisboa”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Sertã”

 

Câmara Municipal de SertãHIGINO de Matos QUEIRÓS E MELO, Engenheiro e Político, nasceu em Cernache do Bonjardim (Sertã), a 21-02-1900, e faleceu em Lisboa, em 1960. Era filho de Gualdino António de Queirós e de Maria do Céu Matos de Queirós. Engenheiro, Procurador à Câmara Corporativa, como representante da FNAT na Secção de Educação Física e Desportos (1945-1950).

Licenciou-se em Engenharia no Instituto Superior Técnico de Lisboa. Oriundo da direita radical, esteve muito ligado a Pedro Teotónio Pereira, de quem foi Chefe de Gabinete quando Ministro do Comércio e Indústria.

Era membro da Legião Portuguesa. Presidente da Comissão Reguladora do Comércio de Bacalhau (de Junho de 1936 a Outubro de 1960). Na FNAT, desempenhou o cargo de Presidente da Comissão Administrativa desde a criação deste organismo (1935) e foi Presidente da Direcção a partir de 1941, podendo considerar-se a sua figura mais representativa até à Segunda Guerra Mundial. Permaneceu naquelas funções até à grande alteração estatutária de 1950.

Grande admirador da Frente de Trabalho Alemã (DAF), manteve relações laços privilegiados com o III Reich (que lhe concedeu uma condecoração), visitando várias vezes a Alemanha para participar nos congressos da organização de tempos livres Força Pela Alegria (KDF).

Assumiria a presidência da FNAT, sendo nomeado Procurador em 27 de Novembro de 1945. Designado 1º Secretário da Câmara Corporativa na 1ª Sessão Legislativa da IV Legislatura e membro do Conselho Administrativo, permaneceria em funções até à 2ª Sessão Legislativa da V Legislatura.

Secretariou a 1º Sessão da V Legislatura, integrando também a Comissão de Verificação de Poderes.

Foi condecorado como Comendador da Ordem da Benemerência. Publicou dois trabalhos: A Pesca do Bacalhau, (1940); e Colónias de Férias para Trabalhadores Portugueses e para Seus Filhos, (1944).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Sertã (Freguesia de Cernache do Bonjardim – Rua Engenheiro Higino Queirós e Melo)

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume II de M-Z), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág., 409).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Sernancelhe”

 

Câmara Municipal de SernancelheAntónio RIBEIRO SARAIVA de Morais Figueiredo, Político, nasceu em Sernancelhe, a 10-06-1800, e faleceu em Kent – Londres (Inglaterra), a 15-12-1890. Filho do Desembargador da Casa da Suplicação e Conselheiro José Ribeiro Saraiva e de Francisca Xavier Constantina de Morais e Macedo. Matriculou-se na Universidade de Coimbra, bacharel formado em Direito e em Cânones. Em Coimbra era geralmente considerado como um poeta muito distinto fazendo parte da sociedade de rapazes estudioso cujo chefe era António Feliciano de Castilho, depois visconde de Castilho, do qual foi íntimo amigo.

Terminou os estudos da Universidade em 1823, passando em seguida algum tempo em Lisboa, na casa de seus pais. Em 1826 tomo o partido do Infante D. Miguel. As tropas realistas do Marquês de Chaves,  não podendo resistir às liberais e às forças inglesas, de Clinton, que as tinham vindo socorrer, tiveram de emigrar para Espanha em Março de 1827, e Ribeiro Saraiva emigrou também, regressando à Pátria, só quando D. Miguel se aclamou rei de Portugal, em 1828. Desiludido da esperança de ver o seu partido vencedor, mas conservando-se fiel aos seus princípios políticos, recusou as propostas dos seus amigos para regressar, mantendo-se em Londres, onde acabou por falecer.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Sernancelhe (Rua Doutor Ribeiro Saraiva).

Fonte: “José Adelino Maltez”

No dia em que se comemora o “Dia Nacional da Cultura Científica”, recordamos Rómulo de Carvalho, a quem esta comemoração pretende homenagear. O “Dia Nacional da Cultura Científica” foi criado em 1996, pelo então Ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago.

 

Rómulo de CarvalhoAntónio RÓMULO Vasco da Gama DE CARVALHO, Professor, Cientista , Poeta e Historiador, natural de Lisboa, nasceu a 24-11-1906 e faleceu a 19-02-1997. Filho de José Avelino da Gama de Carvalho, natural de Tavira, (funcionário dos CTT, Correios Telégrafos e Telefones, anteriormente chamados de Correios Telégrafos e Faróis), e de Rosa das Dores Oliveira da Gama de Carvalho, natural de Faro.

Fez a Instrução Primária no Colégio de Santa Maria, em Lisboa. Entre 1917 e 1925 estudou no Liceu Gil Vicente. Em 1925 matriculou-se no Curso Preparatório de Engenharia Militar da Faculdade de Ciências. Em 1928 mudou-se para o Porto, onde se matriculou no curso de Ciências Físico-Químicas, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que concluiu em 1931. Licenciou-se em Ciências Físico-Químicas pela Universidade do Porto e dedicou-se ao Ensino Liceal, tendo sido Professor Metodólogo.

Publicou estudos versando temas científicos, história da ciência e de instituições culturais, como “História da Fundação do Colégio Real dos Nobres de Lisboa”, de 1959, “O Sentido Científico em Bocage”, de 1965, “História do Gabinete de Física da Universidade de Coimbra”, de 1978, “Relações entre Portugal e a Rússia no Século XVIII”, de 1979, e “A Actividade Pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos Séculos XVIII e XIX”, de 1981. Poeta com o pseudónimo de António Gedeão, surgiu com “Movimento Perpétuo”, de 1959. Reuniu toda a sua obra poética em “Poesias Completas”, de 1968, tendo publicado depois “Pemas Póstumos”, de 1983. Levou a ironia e o rigor científico aos moldes clássicos, dotando-os de frescura e certo sentido cósmico. Alguns dos seus textos poéticos foram aproveitados para músicas de intervenção, sendo os mais conhecidos a “Pedra Filosofal” e “Lágrima de uma Preta”. Em 1963, publicou a peça de teatro RTX 78/24 (1963) e, dez anos depois, a sua primeira obra de ficção, “A Poltrona e outras Novelas” (1973). No seu nonagésimo aniversário, António Gedeão foi alvo de uma homenagem nacional, tendo sido condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada.

Obras principais: Poesia: Movimento Perpétuo, (1956); Teatro do Mundo, (1958); Máquina de Fogo, (1961); Linhas de Força, (1967); Poesias Completas, (1968, 7ª edição, 1978); Poemas Póstumos, (1983). Ficção: A Poltrona e outras Novelas, (1973). Teatro: RTX 78/24, (1963). Ensaio: História da Fundação do Colégio Real dos Nobres de Lisboa, 1761-1772, (1959); Apontamentos Sobre Martinho de Mendonça de Pina e Proença, 1693-1743, (1963); O Sentido Científico em Bocage, (1965); História do Gabinete de Física da Universidade de Coimbra, (1978); Relações Entre Portugal e a Rússia no Século XVIII, (1979); A Actividade Pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos Séculos XVIII e XIX, (1981); A Física Experimental em Portugal no Século XVIII, (1982); A História do Ensino em Portugal, (1986); A Astronomia em Portugal no Século XVIII, (1990). Obras de divulgação para jovens: Cadernos de Iniciação Científica, (volumes 1 a 8, 1979-1986); A História dos Balões, (1991).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia de Caparica); da Amadora; do Barreiro (Freguesia de Santo António da Charneca); de Beja; Borba; Cascais (Freguesias de Alcabideche, Cascais e São Domingos de Rana); de Chaves; de Coimbra; Entroncamento; de Faro; de Gondomar (Freguesia de Fânzeres); Guimarães; de Lisboa (Freguesia de Marvila); Loures (Freguesia de Santo António dos Cavaleiros); de Matosinhos (Freguesia de Custóias); de Montemor-o-Novo; do Montijo; Oeiras (Freguesia de Porto Salvo); de Palmela (Freguesias de Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo); de Portimão; de Santarém (Freguesia de Amiais de Baixo); do Seixal (Freguesia de Corroios); de Setúbal; de Sintra (Freguesias de Queluz e Rio de Mouro); Tavira; de Vila Franca de Xira (Freguesia do Forte da Casa); Viseu.

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. IV, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Coordenação de Ilídio Rocha, Editado por Publicações Europa América, Edição de Março de 1998, Pág. 263 e 264)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 134)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município do Seixal”

 

Câmara Municipal de SeixalISABEL SANTA ROSA Félix, Bailarina, nasceu em Marrocos, a 18-02-1931, e faleceu em  Lisboa, a 16-09-2001. Filha de pais emigrados em Casablanca, estudou no Conservatório local com a Professora russa Mentine Patti. Foi uma figura fundamental do Ballet Gulbenkian ao longo dos primeiros doze anos de existência da Companhia. Com uma formação clássica e simultaneamente dotada de um lirismo extremamente delicado, Isabel Santa Rosa foi a grande «prima bailarina» portuguesa dos anos 60 e 70. Pertencendo ao elenco do Ballet Gulbenkian desde a sua criação, em 1965, foi aqui que brilhou interpretando os papéis principais do repertório clássico que a Companhia então apresentava com frequência: Lago dos Cisnes (2º acto), As Sílfides, As Bodas de Aurora, Quebra-Nozes.

Formou com Armando Jorge o grande par clássico do Ballet Gulbenkian. Isabel Santa Rosa, soube fazer com empenho e profissionalismo a «viagem» para o repertório contemporâneo, que a partir dos anos 70 o Ballet Gulbenkian começou a cultivar. Nesta área foi, sobretudo, em obras de Carlos Trincheiras, então coreógrafo da Companhia, que Isabel Santa Rosa exibiu os seus talentos; obras como: Arquipélago Inter-Rupto ou Lamentos, foi precisamente com Lamentos que, em Junho de 1976, num espectáculo efectuado no Anfiteatro de Ar Livre da Fundação Gulbenkian, Isabel Santa Rosa fez a sua última aparição como bailarina principal do Ballet Gulbenkian.

No Verão de 77 deixou o Ballet Gulbenkian – então com a categoria de “Bailarina Principal Convidada” – para exercer o cargo de Sub-Directora do Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, então dirigido por Jorge Garcia (temporada de 1978/79). Volta ao Brasil como Mestra-de-Bailado do “Grupo Corpo”, de Belo Horizonte e depois do “Grupo de Dança do Palácio das Artes”, da mesma cidade. A partir de 1981 estabeleceu-se na cidade de Curitiba/Paraná, onde exerceu, até 1993, as funções de Mestra-de-Bailado do Ballet do Teatro Guaíra (BTG). Em Janeiro de 1994 regressou a Portugal para assumir as funções de Directora Artística da Companhia Nacional de Bailado, cargo que deixou no Verão de 1996.

Em Outubro de 1977 voltará, episodicamente, a esta Companhia, como artista convidada, para interpretar uma nova coreografia de Carlos Trincheiras: Enigmas – Memória de Uma Tragédia Grega, com inspiração no Édipo de Sófocles.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Seixal (Aldeia de Paio Pires – Praceta Isabel Santa Rosa)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 469).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Seia”

 

Câmara Municipal de SeiaMaria JOANA MENDES LEAL, Escritora e Política, nasceu em Torrozelo (Seia), a 12-10-1897, e faleceu em Lisboa, em 1976. Era filha de José Joaquim Mendes Leal e de Maria da Conceição Moreira Mendes Leal. Solteira, católica empenhada, pertenceu à Acção Católica, tendo sido presidente da Liga Independente Católica Feminina (LICF) em 1936; também introduziu em Portugal a Congregação das Filhas do Coração de Maria.

Durante os seus mandatos exerceu os seguintes cargos: Vogal da Direcção Nacional da Obra das Mães para a Educação Nacional desde a sua criação; Directora dos Serviços de Propaganda e Publicidade da Mocidade Portuguesa Feminina desde o início; Presidente Nacional e membro do Conselho Internacional da Associação Católica Internacional para as Obras de Protecção às Raparigas; Presidente da Comissão de Acção Cultural e de Propaganda da Cruz Vermelha Portuguesa e membro do Conselho Superior da mesma organização; membro do Conselho Internacional da União Internacional da União Internacional de Protecção à Moralidade Pública; Vogal da Junta Nacional de Educação. Agraciada com as seguintes condecorações: Comenda da Ordem da Benemerência (DG, 28-08-1930); Cavaleiro da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (DG, 23-03-1934); Comendadora da Ordem da Instrução Pública (DG, 09-01-1959); Comendadora da Ordem Pro Ecclesia et Pontifice e Comendadora da Cruz Vermelha Portuguesa. Dirigiu o Boletim A Protecção, que fundou. No âmbito da Mocidade Portuguesa Feminina, foi Directora do Boletim da MPF; do Boletim para Dirigentes e da Menina e Moça, onde escrevia frequentemente.

Publicou ainda O que é a Protecção, (Lisboa, 1939) e Instituto Superior Técnico, (1940); Beato João de Brito, (1940); A Bondade, (1946); O Cruzeiro à África da Mocidade Portuguesa Feminina, (conferência proferida na Sociedade de Geografia em 01-12-1950); A Mensagem de Fátima, (Lisboa, MPF, 1951); a biografia O Santo Padre Cruz, (1954). Proferiu muitas conferências e colaborou em diversos jornais e revistas. Usou o pseudónimo de Coccinelle. Na Câmara Corporativa assinou vários pareceres, durante a III Legislatura, sobre o projecto de lei instituindo o Casal da Escola; o Estatuto de Assistência Social; a proposta de lei de Assistência Psiquiátrica; na IV Legislatura, sobre proposta de lei de Protecção ao Cinema Português, o projecto de lei acerca de Feriados e Dias de Descanso Semanal, o projecto de Lei acerca do Abandono de Família; na V Legislatura: da criação de um Fundo de Teatro, da Luta Contra a Tuberculose. Durante a VI Legislatura foi relatora do parecer nº 37/VI, Organização e Funcionamento dos Institutos do Serviço Social. Foi, aliás, a única vez que uma mulher foi relatora de um parecer da Câmara Corporativa.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Seia (Freguesia de Torrozelo – Rua Doutora Joana Mendes Leal).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume I de A-L), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 802 e 803).

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”, (de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 889 e 890).