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Maria Eugénia Silva Horta, uma Médica Anatomista, na Toponímia de Portimão.

 

Maria Eugénia Silva Horta, se fosse viva, faria hoje 93 anos de idade. O seu nome faz parte da Toponímia de Portimão, por proposta minha (42).

 

Portimão 0004MARIA EUGÉNIA Lopes do Rosário Nunes da SILVA HORTA, Médica, nasceu em Portimão , a 30-04-1923, e faleceu em Lisboa, a 16-07-1978. Aluna distinta, licenciou-se pela Faculade de Medicina de Lisboa em 1947. A nota obtida na cadeira de Anatomia Patológica (19 valores) evidencia desde cedo a sua paixão pelo ramo da ciência médica em que se especializaria, vindo a ser considerada a melhor patologista da tiróide, da Península Ibérica.

Iniciou a sua carreira nos Hospitais Civil de Lisboa (HCL), onde, em 1952, era já chefe de serviço de Anatomia Patológica. Passou, depois, a exercer no Hospital de Santa Maria.

Especializou-se em Anatomia Patológica da Tiróide e, nessa qualidade, participou em dezenas de congressos e reuniões em Sociedades Científicas. Publicou mais de 20 trabalhos, abrangendo, não só o estudo da tiróide, mas também o de outros orgãos, como, por exemplo: «um caso de mioma do útero com especial aspecto macroscópico», publicado na Gazeta Médica, Porto, 1952.

Produziu vários trabalhos em colaboração com outros especialistas, nomeadamente com seu marido, o Professor catedrático Jorge da Silva Horta. A convite de várias entidades estrangeiras, visitou os mais conceituados Institutos de Anatomia Patológica da Europa e ainda o Instituto de Patologia das Forças Armadas Americanas. De sensibilidade e humanismo extremas, a Doutora Maria Eugénia não conhecia horários nem feriados quando se tratava de doentes a quem o tempo de espera do diagnóstico poderia criar ansiedade e insegurança.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Portimão (*)

Fonte: “Quem Foi Quem?” (200 Algarvios do Século XX, de Glória Maria Marreiros, Edições Colibri, 1ª Edição, Dezembro de 2000,Pág. 259, 260, 261 e 262)

“RUAS QUE JÁ TIVERAM OUTROS NOMES”

 

Sabia que a Rua das Trinas, já se chamou : Rua das Trinas do Mocambo , Rua Sara de Matos, e finalmente a designação actual?.

 
A Rua das Trinas do Mocambo, tomou esta designação após a construção do Convento das Trinas, no Bairro do Mocambo, segunda metade do Século XVII, mas após a implantação da República, passou a ser designada de Rua Sara de Matos, alundindo a um caso muito falado desde o final do Século XIX e, em 1937, voltou a ser apenas Rua das Trinas.

TrinasO Convento de Nossa Senhora da Soledade, vulgarmente conhecido por Convento das Trinas, foi fundado em 1657 pelo negociante flamengo Cornélio Wandali e sua mulher Marta de Boz que moravam no local. O nome popular de Trinas advém do convento se destinar às freiras trinitárias da Ordem da Santíssima Trindade que o começaram a habitar em 1661. Durante algum tempo também aqui estiveram as Irmãs Hospitaleiras de São Patrício. Após o Terramoto e as obras que o Convento sofreu as freiras voltaram em 1757, mas com a extinção das ordens religiosas no ano de 1834 foi transformado em Recolhimento.

Depois, por Edital da Vereação Republicana datado de 17/10/1924, a Rua das Trinas do Mocambo passou a denominar-se Rua Sara de Matos, uma adolescente de seu nome completo Sara Pereira Pinto de Matos que com 14 anos faleceu no Convento das Trinas em 23 de julho de 1891, envenenada após alegada violação por um Padre jesuíta, caso que foi muito noticiado e comentado na época, sobretudo pelos jornais O Século e A Vanguarda, tendo mesmo o primeiro promovido uma subscrição pública para um jazigo florido com uma lápide explicativa no Cemitério dos Prazeres.

Em 1937, a Vereação Municipal nomeada pelo Governo repôs o antigo nome da artéria, como Rua das Trinas, pelo Edital de 19 de Agosto.

No edifício onde funcionou o Convento das Trinas funciona, agora, o Instituto Hidrográfico da Marinha.

Bernardino Machado, faleceu faz hoje 72 anos.

 

Bernardino MachadoBERNARDINO Luís MACHADO Guimarães, Político, nasceu no Rio de Janeiro (Brasil), a 28.03-1851, e faleceu no Porto, a 29-04-1944. Era filho de António Luís Machado Guimarães, futuro Barão de Joane, e de Praxedes de Sousa Guimarães, que era, por sua vez, filha de Bernardino de Sousa Guimarães, abastado proprietário e capitalista minhoto.

Fez no Porto os Estudos Preparatórios, que lhe deram ingresso na Universidade de Coimbra, em Outubro de 1866. Cursou Matemática durante três anos, mas foi na Faculdade de Filosofia que se formou Bacharel e apresentou dissertação de licenciatura, publicada na revista O Instituto, em 1875. Doutorou-se em Junho de 1876, com uma tese também no âmbito da Física.

Concorreu a Lente da Faculdade de Filosofia, que era, na realidade, uma Faculdade de Ciências e, em Março de 1877, iniciou a sua carreira universitária.

Em Abril de 1879, subiu a Lente Catedrático da referida Faculdade, situação que manteve até 1907; fundou aí a cadeira de Antropologia, da qual foi o primeiro Professor.

Durante alguns anos dedicou-se ao ensino e ao estudo, escrevendo também para os jornais. Mas, tentado pela política, aderiu ao Partido Regenerador e foi eleito Deputado, em Novembro de 1882, pelo círculo de Lamego, em eleições suplementares. Fez a sua estreia parlamentar, com muito brilho, a 19 de Janeiro de 1883, onze dias após ter prestado juramento, e tomado posse. Neste seu primeiro discurso, tal como na grande maioria dos que se lhe seguiram, versou temas de instrução pública. Nessa Legislatura pertenceu às seguintes Comissões Parlamentares: Instrução Superior, Agricultura, Comércio e Artes, Redacção do Diário da Câmara e Reforma Constitucional.

Foi novamente eleito Deputado nas eleições gerais de Junho de 1884, dessa vez pelo círculo plurinominal de Coimbra, eleito, tal como o primeiro, pela maioria regeneradora.

A sua dedicação à causa da instrução e da educação e a sua grande competência nesse campo valeram-lhe ser nomeado Vogal do Conselho Superior de Instrução Pública, cargo que já desempenhava em Março de 1891; nesse ano colaborou na reforma dos Institutos Industriais e Comerciais. As suas ideias acerca da temática da instrução pública estão bem expressas nos discursos que proferiu na Câmara dos Pares a 16 de Julho de 1890, discurso longo e muito eloquente, 05 de Fevereiro de 1892 e 01 de Fevereiro de 1893.

Neste último, criticou vivamente o Presidente do Conselho de Ministros e Ministro do Reino, José Dias Ferreira, a quem acusou de maltratar o ensino português e que condenou também pela extinção do Ministério da Instrução Pública e Belas Artes (criado em Abril de 1890 e extinto em Março de 1892).

As suas críticas ao Governo contribuíram para a queda deste, em Fevereiro de 1893, foi substituído por outro, do Partido Regenerador, no qual Bernardino Machado ocupou a pasta das Obras Públicas, Comércio e Indústria (embora apenas durante dez mese). Essa nomeação resultou, por um lado, do destaque político-partidário que alcançara e, por outro, dos seus discursos parlamentares de Fevereiro de 1892, acerca da reforma dos Institutos Industriais e Comerciais, o Ensino Técnico-Profissional, nos seus três ramos, dependia do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria.

Em Junho e Julho, como Ministro, discursou várias vezes, tanto na Câmara dos Deputados como na Câmara dos Pares, no âmbito da discurssão do Orçamento Geral do estado para o ano fiscal de 1893-1894.

Como Professor Universitário, Pedagogo e Intelectual, destacou-se em múltiplas actividades: fo Presidente do Instituto de Coimbra, que muito desenvolveu; presidiu à Academia de Estudos Livres, em 1890, bem como ao Congresso Pedagógico, organizado pelo Professorado Primário, em 1897. Membro da Maçonaria desde a juventude, foi iniciado nela em 1874, veio a ser Grão-Mestre, entre 1895 e 1899, e o principal responsável pela «revolução» positivista nessa sociedade secreta.

Desiludindo-se com as instituições monárquicas, aderiu ao Partido Republicano, em 1903; em breve foi eleito membro do Directório partidário e, pouco depois, seu Presidente. Defendia que o Partido Republicano devia ser «profundamente socialista». Em Outubro de 1904, coube-lhe proferiur a «Oração de Sapiência» na Universidade de Coimbra: traçou um paralelo, entre o descrédito da Universidade, cuja reforma de 1901 muito criticara, e o descrédito da Monarquia Constitucional; defendeu que a Escola devia regenerar, social e politicamente, a Nação e que, nesse processo, cabia à Universidade desempenhar um papel de liderança.

Em 1907, tomou parte activa na greve académica, contra a intervenção autoritária e repressiva do governo de João Franco, o que o levou à renúncia da sua cátedra de Antropologia e da sua condição de Professor Universitário.

Veio viver para Lisboa e continuou a sua militância política republicana, contra a ditadura franquista e contra a «Monarquia Nova» de D. Manuel II.

Foi eleito Deputado, bem como os outros membros dessa e da outra lista republicana, pelos dois círculos de Lisboa.No entanto, essas eleições viriam a ser anuladas, na sequência da revolução republicana de 04 e 05 de Outubro.

Com a mudança da forma de Estado, a entrada em funções do Governo Provisório fez de Bernardino Machado Ministro dos Negócios Estrangeiros. E ao longo da I República, desempenhou as funções de Deputado, Senador, Ministro, Embaixador (no Brasil), Presidente do Conselho de Ministros e Presidente da República. Neste cargo o encontrou o movimento do 28 de Maio de 1926, que lhe exigiu a renúncia à presidência. Partiu para o exílio, em Espanha e França, do qual só foi autorizado a regressar em 1940. Foi viver para o Porto, onde faleceu.

Com uma vasta obra literária destacam-se as obras que se debruçam sobre a sua experiência pedagógica “A Introdução á Pedagogia” (1892), “O Ensino” (1898), “O Ensino Profissional” (1900) e as que refletem o seu pensamento político “Pela Liberdade” (1900), “Conferências Políticas” (1904), “Pela República” (1908), “No Exílio” (1920). Obras principais: Teoria Mecânica na Reflexão e na Refracção da Luz, (1875); Dedução das Leis dos Pequenos Movimentos Periódicos da Força Elástica, (1876); Teoria Matemática das Interferências, (1879); Introdução à Pedagogia, (1892); Afirmações Políticas, (1893); Notas de Um Pai, (1897); O Ensino, (1898); A Indústria, (1898); O Ensino Profisisonal, (1900); No Exílio, (1900); Os Meios de Comunicação e o Comércio, (1903); Da Monarquia para a República, (1903); Conferências Políticas, (1904); A Universidade de Coimbra, (1905); Maria, (1920); A Irresponsabilidade Governativa e as Duas Reacções Monárquicas e Republicana, (1924); As Maquinações Internas e Externas, (1925); A Política e o Poder Militar, (1926); O Militarismo, (1927); A Pastoral Financeira do Patriarca, (1928); A Ditadura Clerical Militarista em Portugal, (1929); O Acto Colonial e a Ditarura, (1930); O Perigo Colonial, (1932); A Ditadura e o Comunismo, (1934); Pela Independência e pela Integridade de Portugal, (1937); 1 de Janeiro de 1938, Saudação à Democracia Portuguesa, (1938); Manifestos Políticos, 1927-1940, (1978).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Abrantes; Alenquer; Almada (Freguesia da Sobreda da Caparica); Alpiarça; Amadora; Aveiro; Braga; Caldas da Rainha; Cascais (Freguesia de São Domingos de Rana); Coimbra; Guimarães (Freguesia de Ronfe); Lisboa (Freguesia do Lumiar, Edital de 21-10-1985, era a Praça J da Urbanização da Tobis Portuguesa); Loures (Freguesias de Sacavém e Santa Iria da Azóia); Maia; Matosinhos (Freguesia da Senhora da Hora); Mira; Mirandela; Moita (Freguesia da Baixa da Banheira); Montemor-o-Novo (Freguesia de Santiago do Escoural); Odivelas (Freguesias de Famões e Ramada); Oeiras (Freguesias de Carnaxide e Porto Salvo); Paredes de Coura; Porto; Santo Tirso (Freguesia de Roriz); Seixal (Freguesias da Amora e Corroios); Sesimbra (Freguesia da Quinta do Conde); Sintra (Freguesias de Belas e Massamá); Torres Vedras; Vendas Novas; Valongo (Freguesia de Alfena); Viana do Castelo; Vila do Conde; Vila Nova de Famalicão (Freguesias de Castelões, Joane, Oliveira (São Mateus), Riba de Ave e Vila Nova de Famalicão); Vila Nova de Gaia (Freguesias de Pedroso e Vilar do Paraíso).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. II, Publicações Europa América, Organizado pelo Instituto Português do Livro e da Leitura, Coordenado por Eugénio Lisboa, 1990, Pág. 342, 343 e 344)

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol II, de D-M), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, Pág. 388, 389, 390, 391 e 392”

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª Republica, (1910-1926”, (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 276, 277 e 278).

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 15, Pág. 755 e 756)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 32e e 323)

Fialho Gouveia, se fosse vivo, faria hoje 81 anos de idade.

 

Fialho Gouveia, um dos grandes comunicadores da RTP, deixou-nos quando ainda havia muito a esperar dele. Quen não se lembra de programas como “Zip-Zip”, “A Visita da Cornélia”,  “Arca de Noé”, ou “E O Resto São Cantigas”?, para citar apenas alguns.

 

Fialho GouveiaJosé Manuel Bastos FIALHO GOUVEIA, Jornalista, nasceu no Montijo, a 30-04-1935, e faleceu, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, a 02-10-2004. Filho de Álvaro Fialho Gouveia e de Cesaltina Mendes Bastos. Estudante de Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa iniciou entretanto a sua carreira de Locutor na Rádio Universidade. Rapidamente foi reconhecido o seu mérito e por isso mesmo foi convidado para trabalhar na Rádio Renascença e no Rádio Clube Português.

Em 1957 ingressou na RTP, onde apresentou e produziu alguns dos eventos e programas mais marcantes da história da nossa televisão. Festival da Canção, Zip-Zip, Jogos sem Fronteiras, A Visita da Cornélia e Arca de Noé, são alguns dos programas que, sozinho ou em co-autoria, que foram marcantes ao longo da sua vida. O seu nome ficou no entanto, na memória dos portugueses, indissociavelmente associado à democracia, pois foi ele que no dia 25 de Abril de 1974, apresentou publicamente os nomes dos militares que compunham a denominada Junta de Salvação Nacional.

Após a revolução integrou, juntamente com Maria Elisa, uma comissão de locutores que propôs a separação entre a informação e as outras áreas. Passou assim a ser jornalista e a ter intervenção direta nos textos que lia no Telejornal. No entanto, três meses depois de ter conseguido obter o estatuto de jornalista, abdicou do cargo.

A partir daí foi co-apresentador, apresentador ou produtor de programas como, entre outros, A Visita da Cornélia, O Gesto é Tudo, E o Resto São Cantigas, A Prata da Casa, Par ou Ímpar, Com Pés e Cabeça, Arca de Noé, tendo trabalhado, por diversas vezes, em equipa com Raul Solnado e Carlos Cruz. Em 1996, ao fim de quase quarenta anos na RTP, decidiu abandonar a estação de televisão e passou a trabalhar na produção de programas, na empresa Carlos Cruz Audiovisuais. Paralelamente à sua carreira televisiva – que foi, aliás, a que o projetou publicamente – Fialho Gouveia teve também um papel muito importante na emissão de programas de rádio, em diferentes estações, como, por exemplo, Rádio Renascença com Diário do Ar e PBX, e Rádio Clube Português com A Onda do Otimismo e Tempo Zip.

De alma benfiquista, desempenhou também funções de secretário da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica, e foi a “voz-off” na cerimónia de inauguração do novo Estádio da Luz.

Fialho Gouveia foi um grande e popular comunicador, muito respeitado pelos seus colegas da comunicação social, devido fundamentalmente à sua humanidade, dinâmica, espírito combativo e grande seriedade ético-profissional.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cascais (Freguesia de São Domingos de Rana); Montijo; Oeiras (Freguesia de Carnaxide).

Fonte: “Infopédia – Dicionários Porto Editora”

“RUAS QUE JÁ TIVERAM OUTROS NOMES”

 

Sabia que, a Avenida 24 de Julho,  já se chamou (oficialmente) Rua 24 de Julho e Avenida de Nuno Álvares, voltando novamente à actual designação?

 

24 de JulhoEsta Artéria, a Avenida 24 de Julho, pretende homenagear os liberais, que entraram em Lisboa, em 24 de Julho de 1833, comandados pelo Duque da Terceira, após a vitória dos liberais sobre os absolutistas.

Esta expedição quebrara o cerco do Porto para desembarcar no Algarve, atravessou o Alentejo, venceu os miguelistas em Almada e rumou à capital.

Não é assim de estranhar que esta artéria nos dias de hoje comece justamente na Praça Duque de Terceira e, que por parecer da Comissão Municipal de Toponímia, na sua reunião de 14/12/1984, lhe tenha sido aditada a legenda «1833», para evitar equívocos sobre a origem do topónimo.

Mas a história desta Avenida tem mais para contar. Começou por ser Rua Vinte e Quatro de Julho, por via do Edital municipal de 13 de Setembro de 1878 e ia da parte do Aterro ocidental construída no prolongamento da Rua que começando na Praça de D. Luís terminava no caneiro de Alcântara.

Em 1928, por Edital de 22 de Outubro, passou a ser Avenida. E no mês seguinte, o Edital de 13 de Novembro, aumentava-lhe o tamanho ao determinar que começava na esquina da Praça do Duque da Terceira (lado Norte) e na Estação do Caminho de Ferro (do lado Sul), sendo-lhe anexado o arruamento compreendido entre aquela Praça e o edifício da Associação Nacional de Tuberculosos. Porém, passados cerca de quatro anos, o Edital de 11 de Abril de 1932 transformou-a na Avenida de Nuno Álvares, para homenagear o Condestável, o que gerou tal polémica que, em Junho voltou a denominar-se Avenida Vinte e Quatro de Julho.

Curiosamente, no Concelho de Almada, onde o Duque de Terceira derrotou as tropas miguelistas comandadas por Teles Jordão, no dia anterior ao de conseguir entrar em Lisboa, existe uma Avenida 23 de Julho.

Félix Ribeiro, fundador da Cinemateca Portuguesa.

Félix Ribeiro, embora Licenciado em Medicina, ficou conhecido por ser o grande impulsionador da criação da Cinemateca Nacional.

Félix Ribeiro, faleceu faz hoje 34 anos.

 

CinematecaManuel Nunes FÉLIX RIBEIRO, Médico e Cineasta, nasceu na Freguesia de Veiros (Estremoz), a 01-03-1906, e faleceu em Lisboa, a 28-04-1982. Investigador na área da história do cinema português. Estudou inicialmente em Évora e, depois, no Liceu de Passos Manuel em Lisboa, onde foi aluno de Desenho do Cineasta Leitão de Barros. Licenciou em Medicina na Universidade de Lisboa (1932), mas nunca chegou a exercer a profissão de Médico.

Desde muito cedo atraído pela Sétima Arte, o cinema vai ocupando a sua actividade intelectual de forma imperativa, fazendo Félix Ribeiro parte da plêiade de jovens que deram vida ao cinema português entre as duas guerras. Estreou-se como correspondente das revistas francesas Cinéma (1923) e Cinemagazine (1926-1928). Colaborador das revistas da especialidade Imagem, Kino e Animatógrafo, chefe de redacção das duas últimas, participou directamente na produção de alguns filmes, como Ver e Amar, de Chianca de Garcia (1930). Em 1935, é convidado por António Ferro para chefe da secção de cinema do recém-nascido Secretariado de Propaganda Nacional, o que faz que, de alguma forma, todo o cinema português passe pelas suas mãos. Data desta época a sua preocupação em recolher as cópias de filmes mais antigos, velhas máquinas, livros e revistas, cartazes, objectos e documentos relacionados com a história do cinema português, na intenção de um dia vir a construir uma verdadeira cinemateca. Em 1948, nasce a Cinemateca Nacional, e Félix Ribeiro é encarregado de a dirigir, no âmbito da Repartição de Cultura Popular, passando dez anos à frente dos trabalhos de investigação e recolha que se impunham. Finalmente, em 1958, abre ao público a Cinemateca Nacional, obra devida em grande parte ao seu mérito e paciente trabalho. Aos 70 anos de idade, viu o seu trabalho ser reconhecido pelos poderes públicos, na pessoa do Secretário de Estado da Cultura, David Mourão-Ferreira, que lhe permitiu continuar à frente da Cinemateca, e em 1980, quando a Cinemateca se separou do Instituto Português do Cinema, viu consagrada a sua actividade, sendo nomeado, pelo então Primeiro-Ministro Francisco de Sá Carneiro, Subdirector da Cinemateca Portuguesa. Os seus trabalhos históricos constituem leitura indispensável para a compreensão  da génese e evoluçãio do cinema português. Obras principais: Panorama Histórico do Cinema Português, (1946); O Cinema Português antes do Sonoro, (1968); Adolfo Coelho e o Cinema Português Agrícola e de Ambiente Rural, (co-autoria com Alice G. Gamito e Fernando Duarte, 1972); Subsídios para a História do Documentário em Portugal, (1973); Invicta Filme: Uma Organização Modelar, (1973); Jorge Brum do Canto: Um Homem do Cinema Português, (1973); Louis Lumière – Vida e Obra de Um Inventor (1976) Os Mais Antigos Cinemas de Lisboa, 1896-1939, (1978); Le Cinema Muet, (1982); Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português, 1896-1949, (edição póstuma, 1983).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia do Feijó).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. IV, Publicações Europa América)

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 206”

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 451 e 452)

“Ruas que já tiveram outros nomes”

Travessa e Beco do Vintém das Escolas

 

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A Travessa Vintém das Escolas, que já se chamou de Travessa do Espírito Santo, designação essa atribuída por deliberação camarária de 29 de Março de 1900.

No âmbito da ideia republicana de substituir os topónimos religiosos por topónimos laicos, passou, por Edital de 14 de Outubro de 1915, a designar-se por Travessa do Vintém das Escolas. Também ao Beco que existe nesta Travessa foi atribu+ido o nome de Beco do Vintém das Escolas.

Vintém das Escolas era o nome de uma Associação que se constituiu, no Porto, em 1901, para recolher por todo o País contribuições individuais de um vintém (20 réis) e assim reunir fundos destinados à instrução e educação das classes menos privilegiadas, oferecendo escolas gratuítas, bolsas escolares e, refeições em cantinas e creches.

A Comissão Directora Central era constituída por Francisco Gomes da Silva (Presidente), Filipe da Mata (Vice-Presidente) e Geliodoro Salgado.

A primeira missão do Vintém das Escolas foi fundada em Lisboa, por Feio Terenas e incluiu, a partir de 01 de Julho de 1902, um periódico com o mesmo nome (1902 – 1905) e a frase «Beneficência, Instrução, Educação Cívica» estampada no cabeçalho, sendo o produto da sua venda – um vintém por exemplar – destinando ao fundo de «Propaganda do Ensino Liceal». O Editor do jornal era João Augusto de Oliveira Marques e as palavras de ordem do jornal e do instituto eram “Moralizemos, educando; formemos os cidadãos livres, instruindo. Instrução! Liberdade! Progresso!”, contando com as colaborações de Ana de Castro Osório, Borges Grainha e Bernardino Machado, entre muitos. O próprio Feio Terenas defendeu nele a educação cívica clamando que “o fim da instrução cívica não é somente levar ao espírito dos alunos um certo número de conhecimentos positivos. O que principalmente convém nos domínios de tão útil instrução, é dispor-lhe a alma para amarmos a liberdade, a pátria e respeitar a lei” e, logo no Editorial do nº 1º delineou as ideias que prosseguiam: “Escola contra Escola. Ao ensino congregacionista desejamos opor o ensino secular, à educação clerical a educação cívica. Não somos contra a religião; somos contra o clericalismo que, alterando a doutrina de Jesus, perturba a harmonia social […] Serão bem-vindos todos quantos queriam auxiliar-nos neste nosso trabalho de abnegação e civismo que sujeitamos a esta simples fórmula geral: – “instrução rigorosamente gratuita, puramente laical”.

Fonte: “Câmara Municipal de Toponímia – Toponímia de Lisboa”

Anthímio de Azevedo “O Senhor Meteorologia”, se fosse vivo, faria hoje 90 anos de idade.

 

Anthímio de Azevedo, faria hoje 90 anos de idade. Que saudades eu  tenho do tempo em que o “Boletim Meteorológico” era apresentado por profissionais.

 

Anthímio de AzevedoANTHÍMIO José DE AZEVEDO, Meteorologista, natural de Ponta Delgada (Ilha de São Miguel – Açores), nasceu a 27-04-1926 e faleceu a 17-11-2014. Frequentou o Liceu Antero de Quental e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde se formou em Ciências Geofísicas. Meteorologista de profissão, tornou-se um dos rostos mais conhecidos da televisão, tendo dado a cara pela meteorologia portuguesa na televisão pública desde 1 de Novembro de 1964 a 1967, de 1971 a 1977, e de 1981 a 1990, altura em que este serviço foi interrompido pela primeira vez, apesar dos protestos dos espectadores.

Anthímio de Azevedo teve um extenso percurso profissional no Serviço Meterorológico Nacional e no Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, predecessores do actual Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Foi Director do Serviço Meteorológico da Guiné de 1967 a 1971 e de 1976 a 1977, neste período como perito da Organização Meteorológica Mundial, tendo coordenado a organização do novo Serviço Nacional e a formação dos seus quadros. Foi ainda Delegado Nacional ao Grupo de Códigos da Organização Meteorológica Mundial (1975-1990) e ao Grupo de Meteorologia do Comité Militar da OTAN (1986-1992). O último cargo institucional foi o de Director do Serviço Regional dos Açores, na sua terra de nascimento e de coração.

Ao longo da sua atividade profissional acompanha a modernização da Meteorologia moderna, transformada numa actividade essencialmente assente em observação da Terra, modelação numérica e análise. Numa entrevista dada em Setembro de 2010 considera: “Deu-se um grande salto no tempo de análise e previsão. Quando começamos a trabalhar com análise e previsão por computador, com as observações das 18h TUC tínhamos a previsão, para o dia seguinte, por volta das 04h. Agora, por volta das 04hTUC, temos a previsão para 4 dias e, um pouco mais tarde, para 10 dias e a 30 níveis na atmosfera. Os coeficientes de acerto no Centro Europeu de Previsão a Médio Prazo, que pode orgulhar-se da qualidade das suas previsões em áreas de previsão de outros centros, são de 96 % para 24 h, de 75% para o quarto dia e de 30% para o décimo dia”

Após a aposentação do serviço público manteve intensa atividade de divulgação da previsão meteorológica, em particular na TVI entre 1992 e 1996. Dedicou-se à escrita e tradução de livros científicos, com foco na meteorologia e climatologia e interesse particular pela ciclogénese, os fenómenos de tempo adverso e a mudança climática. Participou em inúmeras palestras, entrevistas e ações de divulgação, sempre disponível. Anthímio de Azevedo foi durante toda a vida um apaixonado pela Meteorologia, um grande comunicador e um grande profisisonal.

Fonte: “IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera”

Mário de Sá-Carneiro, suicidou-se faz hoje 100 anos.

 

Mário de Sá-Carneiro, o Poeta melancólico, amigo de Fernando Pessoa e impulsionador na revista Orpheu.

 

Mas ao fim destes anos todos, Mário de Sá-Carneiro ainda conseguiu inspirar o PSD, com o epíteto de “carangejola” com que “brindou” o actual Governo.

 

Mário de Sá CarneiroMÁRIO DE SÁ-CARNEIRO, Poeta, nasceu em Lisboa, a 19-05-1890, e faleceu em Paris (França), a 26-04-1916. A mãe morreu quando Mário de Sá-Carneiro tinha apenas dois anos e, em 1894, o pai iniciou uma vida de viagens, deixando o filho com os avós e uma ama na Quinta da Vitória, em Camarate. Em 1900, entrou no Liceu do Carmo, começando, então, a escrever poesia. Entretanto, o pai, de regresso dos Estados Unidos, levou-o a visitar Paris, a Suíça e a Itália. Em 1905, redigiu e imprimiu o »Chinó«, jornal satírico da vida escolar, que o pai o impediu de continuar, por considerar a publicação demasiado satírica.

Em 1907, participou, como actor, numa récita a favor das vítimas do incêndio da Madalena, e, no ano seguinte, colaborou, com pequenos contos, na revista »Azulejos«. Transferido, em 1909, para o Liceu Camões, escreveu, em colaboração com Thomaz Cabreira Júnior (que viria a suicidar-se no ano seguinte), a peça »Amizade«. Impressionado com a morte do amigo, dedicou-lhe o poema »A Um Suicida« (1911).

Matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra em 1911, mas não chegou sequer a concluir o ano. Iniciou, entretanto, a sua amizade com Fernando Pessoa e seguiu para Paris, com o obejctivo de estudar Direito na Sorbonne. Na capital francesa, dedicou-se sobretudo à vida de boémia dos cafés e salas de espectáculo, onde conviveu com Santa-Rita Pintor e escreveu, de parceria com António Ponce de Leão, em 1913, a peça »Alma«.

Em 1914, publicou »A Confissão de Lúcio« (novela) e »Dispersão« (poesia). No ano seguinte, durante uma passagem por Lisboa, começou, conjuntamente com os seus amigos, em especial Fernando Pessoa, a projectar a revista literária que se viria a publicar com o nome de Orpheu. Nesse mesmo ano, o pai partiu para a então cidade de Lourenço Marques e Sá-Carneiro voltou para Paris.

Regressando novamente a Portugal, com passagem por Barcelona, após a declaração da guerra. Depois de algum tempo passado na Quinta da Vitória, voltou a Lisboa, onde conviveu com outros literatos nos cafés, alguns dos quais membros do grupo ligado á revista Orpheu, cujo primeiro número, saído em Abril de 1915 e imediatamente esgotado, provocou enorme escândalo no meio cultural português. No final do mesmo mês, publicou »Céu em Fogo«. Em Julho desse mesmo ano, saiu o Orpheu 2 e, pouco depois, Sá-Carneiro regressou a Paris, de onde escreveu a Fernando Pessoa comunicando-lhe a decisão do pai de não subsidiar o nº 3 da revista.

Agravaram-se por essa altura, as crises sentimentais e financeiras do poeta (já por várias vezes tinha escrito a Fernando Pessoa comunicando o seu suicídio). Sá-Carneiro suicidou-se, com vários frascos de estricnina, a 26 de Abril de 1916, num Hotel de Nice, suicídio esse descrito por José Araújo, que Mário Sá-Carneiro chamara para testemunhar a sua morte. Deixou a Fernando Pessoa a indicação de publicar a obra que dele houvesse, onde, quando e como melhor lhe parecesse. Como escritor, Mário de Sá-Carneiro demonstra, na fase inicial da sua obra, influências do Decadentismo e até do Saudosismo, numa estética do vago, do complexo e do metafísico. Aderiu posteriormente às correntes de vanguarda do Paulismo, do Sensacionismo e do Interseccionismo, apresentadas por Fernando Pessoa.

O delírio e a confusão dos sentidos, marcas da sua personalidade, sensível ao ponto da alucinação, com reflexos numa imagística exuberante, definem a sua egolatria, uma procura de exprimir o inconsciente e a dispersão do eu no mundo. Este narcisismo, frustrada a satisfação das suas carências, levou-o a um sentimento de abandono e a uma poesia auto-sarcástica, expressa em poemas como »Serradura«, »Aqueloutro«, ou »Fim«, revendo-se o poeta na imagem de um menino inútil e desajeitado, como em »Caranguejola«.

A sua crise de personalidade, que se traduziu no frenesim da experiência sensorial e no desejo do extravagante, foi a da inadequação e da solidão, da incapacidade de viver e de sentir o que desejava (veja-se o poema »Quase«), que o levou a uma tentativa de dissolução do ser, consumada na morte.

Para além das obras já referidas, foi autor da colectânea de contos »Princípio« (1912), de que de destaca »O Incesto«, e do volume póstumo »Indícios de Ouro« (1937). As suas Cartas a Fernando Pessoa foram reunidas em dois volumes, em 1958 e 1959.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Albufeira; Almada; Évora; Gondomar (Freguesia de Rio Tinto); Lisboa (Freguesia de Alvalade, Edital de 19-07-1948, ex-Rua 18 do Sítio de Alvalade); Matosinhos (Freguesia da Senhora da Hora); Montijo; Palmela (Freguesias de Pinhal Novo e Quinta do Anjo); Penafiel; Santa Maria da Feira (Freguesia da Arrifana); São João da Madeira; Seixal (Freguesias de Fernão Ferro e Seixal); Sesimbra; Setúbal (Cidade de Setúbal e Azeitão).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 462)

Comemoram-se hoje os 42 anos do 25 de Abril de 1974.

 

No dia em que passam 42 anos desde o 25 de Abril de 1974, lembrei-me de falar aqui do Capitão de Abril Salgueiro Maia, homenageando, desta forma, todos os que contribuiram para que tivesse sido possível. Obrigado a todos os “Capitães de Abril”.

 

Salgueiro MaiaFernando José SALGUEIRO MAIA, nasceu em Castelo de Vide e faleceu em Santarém.  Era filho de Francisco da Luz Maia (Ferroviário), e de Francisca Silvéria Salgueiro. Fez a Instrução Primária em São Torcato, Coruche, e os Estudos Secundários nos Colégios Nun´Álvares de Tomar e no Liceu Nacional de Leiria. Possuía o Curso Geral de Comando e Estado Maior e era licenciado em Ciências Políticas e Sociais e em Ciências Antropológicas e Etnológicas.

Em 1964 entrou para a Academia Militar, passando em 1966 para a Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém. Fez uma comissão de serviço em Moçambique em 1968, sendo promovido a Capitão em 1970. No ano seguinte foi transferido para a Guiné, regressando à Metrópole em 1973 para voltar à EPC.

Aderiu cedo ao Movimento dos Capitães. Em 25 de Abril de 1974 comandou a coluna militar da EPC que ociupou o Terreiro do Paço e cercou o Quartel do Carmo (Comando Geral da Guarda Nacional Republicana) até à rendição de Marcello Caetano.

Tenente-Coronel de Cavalaria, foi um distintíssimo Oficial do Exército Português, que honrou como poucos. Foi ainda um cidadão excepcional a vários títulos. Como militar destacou-se sempre pelo dinamismo, coragem, iniciativa, espírito de sacrifício, frontalidade, lealdade, invulgar capacidade para comando de chefia, quer em situações de combate, que nas instruções de treino. Homem de acção, ferido em combate, mas também cidadão atento às realidades do seu tempo e às injustiças, desempenhou um papel determinante na implantação da democracia e da liberdade em Portugal, com acções de maior relevo no 25 de Abril de 1974 e no 25 de Novembro. Homem de cultura, prestou relevantes contributos na preservção, conservação e divulgação do seu património histórico, quer organizando dois Museus Militares relacionados com a cavalaria, quer publicando obras sobre fortificação. De realçar ainda a sua permanente disponibilidade para a formação e o fortalecimento do espírito democrático e do amor a Portugal, trazida em frequentes palestras a alunos de escolas, em autarquias e em colectividades populares, sendo de destacar o contributo dado ao Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra.

Era membro da Associação dos Amigos dos Castelos e publicou vários trabalhos de índole histórica, militar e antropologia de que se destacam: “Anotações para a História dos Blindados em Portugal”, “História Breve da Cavalria”, “O Islamismo Entre Povos da Guiné-Bissau”, “O Poder Militar na História da Colonização Portuguesa dos Séculos XV e XVII”, “O Fim da Colonização Portuguesa no Quadro da Política Internacional”, “Introdução ao Estudo dos Movimentos Militares Portugueses”, “Bandeiras ou Estandartes de Cavalaria”, “Breve História da Fortaleza de São José ou da Amura, em Bissau”.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Abrantes; Alcácer do Sal; Alcanena (Freguesia de Minde); Alcochete; Aljezur; Almada (Cidade de Almada e Freguesias da Charneca de Caparica e Trafaria); Almeirim (Freguesias de Almeirim e Fazendas de Almeirim); Alpiarça; Amadora; Amarante; Avis (Vila de Avis e Freguesia de Benavila); Azambuja; Baião; Barreiro (Freguesia do Lavradio); Beja; Benavente (Freguesia de Samora Correia); Borba; Braga (Freguesia de Ruílhe); Bragança; Campo Maior; Cantanhede; Cartaxo; Cascais (Freguesias de Alcabideche e São Domingos de Rana); Castelo de Vide; Castro Daire; Castro Verde; Cinfães; Coimbra; Coruche; Cuba; Entroncamento; Espinho; Évora; Fafe (Fafe e Freguesia de Martinho Silvares); Faro; Felgueiras (Freguesias de Idães e Revinhade); Ferreira do Zêzere (Freguesias de Águas Belas e Ferreira do Zêzere); Figueira da Foz; Fundão; Gondomar (Freguesias de Baguim do Monte, Rio Tinto, São Pedro da Cova e Valbom); Grândola; Guarda; Guimarães (Cidade de Guimarães e Freguesia de Lordelo); Lagoa (Freguesia de Ferragudo); Leiria; Lisboa (Freguesia de Marvila); Loulé (Cidade de Loulé e Freguesia de Quarteira); Loures (Freguesias de Apelação, Bobadela, Camarate, Loures, Moscavide, Prior Velho, Santo António dos Cavaleiros e São João da Talha); Lousã; Maia; Matosinhos (Freguesia de Custóias); Melgaço; Moita (Freguesia de Alhos Vedros); Monforte (Freguesias de Assumar e Santo Aleixo); Montemor-o-Novo; Montijo (Freguesias de Atalaia e Montijo); Odemira (Freguesia de São Luís); Odivelas (Freguesias de Odivelas, Olival Basto, Pontinha e Ramada); Oeiras (Freguesia de Cruz Quebrada/Dafundo); Ourém; Ovar; Palmela (Freguesias de Palmela e Pinhal Novo); Pombal; Ponte de Sôr (Ponte de Sôr e Freguesia de Montargil); Portimão; Porto; Reguengos de Monsaraz; Sabugal; Salvaterra (Freguesias de Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo, Marinhais e Salvaterra de Magos); Santa Maria da Feira (Freguesias de Arrifana, Fiães, Lourosa e Nogueira da Regedoura); Santarém (Cidade de Santarém e Freguesisas de Póvoa da Isenta e Vale de Santarém); Santo Tirso (Freguesias de Areias e Lama); Seixal (Freguesias de Amora e Fernão Ferro); Serpa; Sesimbra (Freguesias de Quinta do Conde e Sesimbra); Setúbal (Azeitão); Sines; Sintra (Cidade de Agualva-Cacém, Freguesias de Algueirão-Mem Martins, Belas); Sobral de Monte Agraço); Tomar; Torres Novas; Valongo (Valongo e Freguesia de Ermesinde); Vendas Novas; Vila Franca de Xira (Freguesias de Alverca do Ribatejo, Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria, São João dos Montes, Sobralinho e Vialonga); Vila Nova da Barquinha; Vila Nova de Famalicão (Freguesia de Oliveira); Vila Nova de Gaia (Cidade de Vila Nova de Gaia e Freguesia de Arcozelo); Vila Nova de Paiva; Vila Real de Santo António (Vila Real de Santo António e Freguesia de Monte Gordo).

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 353 e 354).

Fonte: Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 328).