Archive for Dezembro, 2019|Monthly archive page

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila do Conde”

 

 

Câmara Municipal de Vila do CondeARTUR DA CUNHA ARAÚJO, Médico e Político, nasceu no Porto, a 11-02-1883, e faleceu em Vila do Conde, a 14-10-1953. Filho de José Luís da Cunha Araújo, industrial muito conhecido de Paredes de Coura, e de Guilhermina Rosa Fonseca Araújo.

Fez o Curso da Escola Médico-Cirúrgica do Porto, que concluiu em 1912 com a apresentação de uma tese sobre: Mendelismo no Homem (Breve estudo sobre hereditariedade).

Exerceu as funções de Sub-Director da Escola Industrial de Reforma do Porto e Director da Escola Industrial e Comercial da Póvoa de Varzim.

Na vida política, foi Governador Civil substituto do Distrito do Porto e Deputado nas Legislaturas de 1921 e 1925 pelo círculo de Santo Tirso, primeiro pelo Partido Reconstituinte e depois como independente.

Para além da Medicina, interessou-se pela investigação histórica e pela poesia. Publicou as obras poéticas Sol de Maio e Relembrando, entre outros títulos. Colaborou na Gazeta dos Hospitais.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila do Conde (Rua e Travessa Rua Doutor Artur da Cunha Araújo).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Publicações Europa América)

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª República (1910-1926)”. (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento,Pág. 93).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila do Bispo”

 

 

Câmara Municipal de Vila do BispoAntónio de OLIVEIRA VIEGAS, Militar, nasceu em Vila do Bispo, a 20-01-1894, e faleceu em Lisboa, a 05-03-1974. Frequentou a antiga Escola de Guerra. Encontrava-se em Mafra, no tirocínio para Alferes de Infantaria quando surgiu um convite para ingressar nos Serviços da Aviação Militar. Esteve na Esquadrilha Inicial do Corpo Expedicionário Português (C.E.P.) em França, e depois numa Esquadrilha em Inglaterra.

A seu pedido frequentou a Escola de Instrução Elementar de Pilotagem em Château-Roux (França), concluindo o curso com distinção. Em 1918 foi tirar o curso de aperfeiçoamento na Escola Militar de Avord. Em Paris viria a especializar-se na modalidade de caça e tornar-se-ia exímio em acrobacia aérea. Em 1921 ofereceu-se para prestar serviço em Angola, no Grupo de Esquadrilhas de Huambo, onde esteve até à sua extinção.

Em 1928 pilotou o avião que, partindo da Amadora no dia 05 de Setembro, chegou a Lourenço Marques a 26 de Outubro. Foi a primeira viagem de ligação de Lisboa com Guiné, São Tomé, Angola e Moçambique. Foram necessárias 35 aterragens, muitas em péssimas condições. Esta viagem foi tão importante que lhe foi atribuído o troféu Clifford Harmond, que hoje faz parte do Museu do Ar.

A tripulação era constituída pelo Comandante, por um Tenente (Navegador), pelo Piloto Oliveira Viegas e pelo 1º Sargento  Manuel António, Mecânico.

O «Cruzeiro às Colónias», que encerrou o chamado ciclo das «Viagens Aéreas» realizado de 14 de Dezembro de 1935 a 08 de Abril de 1936, teve a participação de Oliveira Viegas.

Além de vários louvores, o Coronel Oliveira Viegas tem as seguintes condecorações: Oficial de Torre e Espada, Medalhas de Ouro e De Prata de Bons Serviços, Medalha de Prata Comemorativa da Guerra de 1914-1918, Medalha da Vitória, Grau de Oficial da Ordem Militar de Avis, Medalha de Prata de Comportamento Exemplar e Medalha de Honra da Liga Internacional dos Aviadores.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila do Bispo. (Rua e Travessa Capitão Viegas).

Fonte: “Quem Foi Quem? 200 Algarvios do Século XX”, (de Glória Maria Marreiros, Edições Colibri, 1ª Edição, Dezembro de 2000, Pág. 487 e 488)

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira”, (Volume 35, Pág. 206).

Fonte: “A Aviação na Amadora”, (Vasco Callixto, Editado pela Câmara Municipal de Oeiras, Janeiro de 1974, Pág. 33, 34 e 35)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila de Rei”

 

Câmara Municipal de Vila de ReiJOÃO GERMANO NEVES DA SILVA, Médico, natural de Lisboa, nasceu a 18-01-1908 e faleceu a 11-06-1977. Era filho de Germano da Silva e de Maria Adelaide Henriques de Oliveira Pires Neves. Casou, em Vila de Rei, com Maria Elisa Leal de Matos e Silva. Licenciado em Medicina, pela Universidade de Lisboa.

Foi Assistente da Cadeira de Anatomia Patológica e Patologia Geral; Anatomo-Patologista; Director de Serviço; Investigador do Instituto Português de Oncologia; Chefe de Serviço

Foi membro substituto da Comissão Directora do Instituto Português de Oncologia; membro dos Laboratórios de Histo-Fisiologia e de Anatomia Patológica; Especialista em Análises Clínicas; Ajudante do laboratório; Voluntário do Laboratório Central de Anatomia patológica dos Hospitais Civis de Lisboa.

Encarregado do Serviço de Anatomia patológica da 1ª Clínica Cirúrgica do Hospital Escolar da Faculdade de Medicina de Lisboa.

Foi autor de inúmeros trabalhos na área da oncologia e anatomo-patológica de referência mundial. Representante de Portugal em vários Congressos Internacionais de Oncologia.

Era co-senhor do Casal da Conheira, em Martinchel (Abrantes); Senhor da Casa dos Azulejos, em Vila de Rei; Representante de Vila de Rei no conselho Regional da Comarca da Sertã, em Lisboa; possuía a Medalha de Honra, de Vila de Rei (postumamente); grande proprietário rural.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila de Rei (Rua Doutor João Germano Neves da Silva).

Faria hoje 100 anos de vida, o General Lopes dos Santos, o último Governador de Macau do Estado Novo.

 

 

Lopes dos SantosAntónio Adriano Faria LOPES DOS SANTOS, Militar, natural de Bragança, nasceu a 28-12-1919 e faleceu a 02-08-2009. Era o último governador de Macau antes do 25 de Abril que ainda estava vivo. Fez a Escola Primária na Figueira da Foz e o Liceu em Bragança. Foi um General oriundo da Arma de Engenharia que tanto agradou ao regime de Salazar e Caetano, como ao regime democrático surgido no 25 de Abril. Antes e depois da Revolução de 1974 ocupou altos postos militares que implicavam também a confiança política dos sucessivos governos. Governador de distrito em Moçambique de 1959 a 1962, já tinha desempenhado a primeira missão oficial em Macau, como Chefe do Estado-Maior da Guarnição Militar, entre 1956 e 1958. Depois de deixar Moçambique rumou novamente a Macau, onde foi governador entre 1962 e 1966. Lopes dos Santos chegou ao território em Fevereiro de 1962 para substituir o Tenente-Coronel Jaime Silvério Marques, exonerado do cargo. Foi enquanto Governador de Macau que foram divulgados pormenores do Plano Intercalar de Fomento de Macau para os anos de 1962 a 1965. O projecto previa mais aterros, a criação de novas zonas residenciais em aterros, a urbanização do Porto Exterior, a construção de um Aeroporto na Ponta da Cabrita, na parte este da ilha da Taipa, de três hotéis modernos, um casino, e centros comerciais, cívicos, turísticos, de saúde e de recreio e lazer. Foi durante a era de Lopes dos Santos que foi assinada a primeira concessão de jogo do território. Quatro anos depois, José Manuel Nobre de Carvalho substituiu Lopes dos Santos no cargo de governador de Macau. Depois de Macau, António Lopes dos Santos foi Segundo Comandante Militar e Comandante Operacional Adjunto do Comando-Chefe da Guiné, entre 1968 e 1970. Entre 1970 e as vésperas do 25 de Abril de 1974, esteve em Cabo Verde, como o último Governador colonial.

A seguir à Revolução do 25 de Abril, António Lopes dos Santos foi promovido a General e nomeado Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército. Presidiu ao Conselho Superior de Disciplina do Exército e dirigiu o Centro de Estudos Militares. O seu último cargo público foi o de Director do Instituto de Defesa Nacional, tendo depois presidido à Assembleia Geral da Associação da Secular Amizade Portugal-China. Isto apesar da sua ligação a Macau ter terminado no ano em que partiu do território.

Ainda assim, em 2000, substituiu o General Rocha Vieira na presidência da Fundação Jorge Álvares (FJA). Tinha então 83 anos. O Conselho de Administração da FJA passou então a ser presidido pelo General Lopes dos Santos, integrando mais dois ex-governadores de Macau, Melo Egídio e Carlos Melancia, e ainda o editor Guilherme Valente e o Advogado Manuel Coelho da Silva.

Na suas memórias, intituladas “Da Varanda de Santa Sancha: Memórias do ex-governador António Adriano Faria Lopes dos Santos”, o ex-governador afirmaria anos mais tarde: “durante o meu governo as soluções tinham que ser pensadas e repensadas, sobretudo quando os problemas eram de natureza política em relação à RPC, ou afectos a organizações ou a pessoas a ela ligadas. Para isso contribuía a não existência de relações diplomáticas com a RPC…”. Um testamento político.

Fonte: “Jornal Hoje Macau”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vieira do Minho”

 

 

Câmara Municipal de Vieira do MinhoAntónio SIMAS SANTOS, Médico, nasceu nas Lajes do Pico (Ilha do Pico, Açores), em 1917, e faleceu em Vieira do Minho, em 1996. Formou-se em Medicina e concluiu com distinção a Licenciatura em Medicina Sanitária no Porto.

Também fez o Curso de Medicina Tropical e frequentou o Curso de Ciências Pedagógicas da Universidade de Coimbra. Uma pós-graduação na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo (Brasil), como bolseiro do Instituto de Alta Cultura conferiu-lhe o título de Médico Sanitarista em 1964.

Trabalhou na urgência do Hospital de São José, no serviço de Pediatria Médica do Hospital de D. Estefânia e no Dispensário de Santa Isabel em Lisboa antes de ser nomeado Médico do 3º Partido Médico do Concelho de Vieira do Minho, em Ruivães.

Mobilizado para o serviço militar, pertenceu ao quadro médico comum do Ultramar e esteve colocado no Hospital de Luanda, depois do qual foi, numa primeira fase, Delegado de Saúde e Director do Dispensário de Assistência à Criança no Lubango e em seguida Delegado de Saúde do Baixo Cunene e de Chefe dos Serviços e prevenção à luta contra a peste bubónica e outras epidemias.

Ao regressar ao País, foi nomeado Médico Municipal do 1º Partido e Subdelegado de Saúde do Concelho de Vieira do Minho e mais tarde Delegado de Saúde. Tendo sido classificado como Inspector Geral de Saúde, foi colocado na direcção da Região Norte do Porto.

Promoveu a Campanha Nacional de Vacinação, criou e impulsionou a criação de Centros de Saúde na sua região. Ao longo de toda a vida, nunca deixou de exercer clínica particular.

É recordado como pessoa de grande bondade e protector das classes pobres. Em 25 de Abril de 2001 foi colocado um busto seu na Praça de Vieira do Minho que terá o seu nome.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vieira do Minho (Praça Doutor Simas Santos).

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 155”

“O Centenário”

 

 

 

Teatro Nacional de Dona Maria IIMaria CARLOTA CALAZANS, Actriz e Bailarina, natural de Lisboa, nasceu a 27-12-1919 e faleceu em 1993. Era filha do Actor João Calazans. Estreou-se no Teatro Nacional em 8 de Maio de 1925, na peça A Hora do Amor, quando tinha apenas 6 anos, no desempenho do papel de Clarinha. No ano seguinte fez o papel de Maria da Luz, na peça Ave de Rapina.

Em 1927, integrada na companhia de Berta de Bívar-Alves da Cunha, entrou em Os Miseráveis, de Victor Hugo.

Foi discípula da arte coreográfica de Madame Brittons e, tendo completado o curso de Bailarina com distinção, entrou em diversas récitas de caridade.

No ano de 1936 voltou ao Teatro, integrada na companhia de Rafael Marques, onde entrou na revista Maria Rita, escrita por Félix Bermudes, Ascensão Barbosa e Abreu e Sousa, com música de Raul Ferrão, Venceslau Pinto e B. Ferreira. Transitou depois para o Éden-Teatro, pela mão de Maria das Neves e Lopo Lauer, entrando em O Homem da Rádio e Chuva de Mulheres. Um ano depois, no Teatro do Ginásio,  com estreia no dia 27 de Novembro, fez parte do elenco da revista Balancé, de Luís de Oliveira Guimarães e Aníbal Nazaré, com música de  António Correia Leite, A. Câmara Rodrigues e João Nobre.

Fonte: “O Grande Livro do Espectáculo – Personalidades Artísticas do Século XX”, (1º Volume, de Luciano Reis, Publicado por Fonte da Palavra, 1ª Edição, Novembro de 2010, Pág. 204)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Vidigueira”

 

 

Câmara Municipal de VidigueiraMARIA DE JESUS Velez Poços Leitão CONCEIÇÃO SILVA, Pintora e Miniaturista, natural de Vila de Frades (Vidigueira), nasceu em 1884 e faleceu a 14-07-1939. A sua educação decorreu junto de intelectuais da época, nomeadamente Fialho de Almeida, que a encaminhou para a vida artística. A princípio dedicou-se à música, tendo sido discípula de Óscar da Silva e de Timóteo da Silveira. Paralelamente, aprendia desenho e pintura com Miguel Espírito Santo de Oliveira e Artur Vieira de Melo, que descobriram nela a predilecção pela miniatura, em que se celebrizou. Casou, então, com o Pintor António Tomás da Conceição Silva, do qual recebeu lições de aperfeiçoamento. Dedicou-se, de preferência ao retrato. Participou em diversas exposições, não só no País, mas também no estrangeiro, sobretudo em Londres, na Sociedade de Miniaturistas, em que alcançou grande êxito. Obteve a primeira medalha em miniatura, além de outras distinções, na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa. Prestou relevantes serviços à causa da educação das crianças, como directora da Associação dos Jardins-Escola João de Deus.

O seu nome faz parte da Toponímia da Vidigueira (Freguesia de Vilar de Frades – Rua Dona Maria de Jesus C. Silva)

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”, (Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão, Editores)

“Quem Foi na Toponímia do Município de Viana do Castelo”

 

Câmara Municipal de Viana do CasteloCLÁUDIO Filipe de Oliveira BASTO, Médico e Escritor, nasceu em Viana do Castelo, a 23-08-1886, e faleceu em Carcavelos (Cascais), a 02-05-1945. Fez o Liceu em Viana do Castelo e o complementar em Braga. Médico-cirurgião pela Faculdade de  Medicina do Porto em 1911, à qual apresentou a tese Alma Doente (A Génese da Psicastenia), foi Médico Escolar e Professor do Ensino Secundário no Liceu de Viana do Castelo, em Vila Nova de Gaia e no Porto. Foi redactor de jornais de província, como A Folha de Viana, O Minho, O Povo, Gazeta de Viana, e, em 1939-1931, do Tripeiro. Atraído pelas letras, estreou-se com o volume de crítica literária Ironia Galante, 1912. Co-director das revistas vianenses Limia e Lusa e, desde 1928, da revista portuense Portucale, com Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão e Álvaro Pinto fundou a revista Nova Silva. Filólogo, Etnólogo, Jornalista e Crítico Literário, revelou-se um erudito de grande probidade e rigor científico e um artista de fino gosto.

Entre outras obras, publicou: Nótulas ao «Novo Dicionário», (1913-1916); «Saudade» em Português e Galego, (1914); Medicina Popular: I – Espinhela Caída, (1915); II, Raiva, (1915); III, Bexigas, (1916); IV, Quebradura, (1916); Três Contos de Camilo, (1917); Uma Explicação (por causa das «Três Cartas de Camilo», (1917); A Linguagem de Fialho, (1917); Morinha – Morriña, (1918); Cavalo-Tremendal, (1920); O Chamado «Instituto Histórico do Minho», (1922); Flores do Frio, (1922); No Seio da Virgem-Mãe, (com Carolina Michaëlis e J. L. de Vasconcelos, 1922); A Mulher do Minho, (1924); Comparações Tradicionais Portuguesas, (1924); Foi Eça de Queirós Um Plagiador?, (1924); Flores de Portugal. Colecção das Cem mais Lindas Cantigas do Povo Português, (1926); A Linguagem de Camilo, (1927); O Doutor Diabo, (1927); Os Lusíadas de Luís de Camões, com Anotações e Vocabulário, (1930); Emprego Translato de Nomes de Animais na Língua Portuguesa, (1931); Zurra, (1931); Formas de Tratamento em Português, (1932); O Teatro dos «Grupos de Boas-Festas», (1932); Silva Etnográfica, (1938); A Linguagem dos Gestos em Portugal, (fasc. 1º, 1938); Silva Etnográfica, (1939); A Linguagem de Fialho, (2ª edição, 1940); Um Artista, (homenagem ao Pintor Júlio Ramos, 1943); Um Passo dos Lusíadas, (1943). Em 1948 foi publicado o volume Miscelânea de Estudos de Cláudio Basto, no Porto.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Oeiras (Freguesia de Linda-a-Velha); Viana do Castelo (Rua Doutor Cláudio Basto).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Publicações Europa América)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 84).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Viana do Alentejo”

 

 

Câmara Municipal de Viana do AlentejoADRIANO Ayres Trigo DE SOUSA, Médico, natural de Alcáçovas (Viana do Alentejo), nasceu a 23-07-1905 e faleceu a 05-05-1987. Colocado como Médico em Alcáçovas com 24 anos de idade, fez dela a sua terra adoptiva e aí morreu.

Exerceu clínica durante 30 anos, acorrendo a todos mesmo a latas horas da noite, sem nunca se recusar. A pé ou montado na sua velha égua Violeta, atravessava ribeiras e vales e percorria grandes distâncias sem cobrar honorários e pagando às vezes do seu bolso os medicamentos que receitava. Por isso lhe chamavam o «pai dos pobres».

Quando faleceu, um poeta popular disse: «Acudia sem demora/ A qualquer aflição Chamado a toda a hora( Sempre em boa disposição».

O busto que edificaram em sua memória em 1989 foi pago através de subscrição pública, com o apoio da Junta de Freguesia de Alcáçovas e da Câmara Municipal de Viana do Alentejo. Nele se lê: «Ao Dr. Adriano Ayres Trigo de Sousa, n. 23-07.1905, f. 05.05-1987 – Homenagem de gratidão do povo desta terra e autarquias.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Viana do Alentejo (Rua Médico Sousa).

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 128”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vendas Novas”

 

Câmara Municipal de Vendas NovasJOÃO LUÍS RICARDO da Silva, Médico e Militar, nasceu em Vendas Novas, a 21-03-1875, e faleceu na Parede (Cascais), a 01-01-1929. Filho de Luís Ricardo e de Dona Maria Feliciana Ricardo. Fez a Instrução Primária em Lisboa, ingressando em seguida no Liceu de Évora. Concluídos os Estudos Secundários, retornou a Lisboa para cursar a Escola Médico-Cirúrgica, pela qual se doutorou em Medicina, em 1900.

Tendo assentado praça no ano de 1896, fez carreira como Médico Militar (Tenente em 1916, Capitão em 1917, Major em 1920), exercendo clínica em Montemor-o-Novo.

Foi Administrador-Geral do Instituto de Seguros Sociais Obrigatórios e de Previdência Social (1919) e Presidente do Conselho de Seguros.

A sua única filiação partidária foi no Partido Republicano Português (1913), tendo  presidido à Comissão Municipal Republicana de Montemor-o-Novo. Propagandista da República do Alentejo, alcançou o lugar de Deputado independente por Estremoz (a partir de 1911) e por Lisboa (1919-1926), vindo a ser candidato democrático à presidência da respectiva Câmara em 02 de Dezembro de 1922. Entretanto, fora chamado por duas vezes a ocupar a pasta da Agricultura nos governos de Sá Cardoso, a 03 de Janeiro de 1920 (até ao dia 15 seguinte) e a 16 desse mês (até ao dia seguinte), não chegando a tomar posse em nenhuma delas. Só logrou o cargo, já no executivo chefiado por António Maria Baptista, a 08 de Março de 1920, desempenhando-o até 26 de Junho seguinte.

Pertenceu à Maçonaria, tendo sido iniciado em 1921 na loja Solidariedade com o nome simbólico de Zola.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cascais (Freguesia da Parede);  Montemor-o-Novo; Vendas Novas.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cascais (Freguesia da Parede) e de Vendas Novas (Largo Doutor João Luís Ricardo).

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª República, (1910-1926)”; (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 373 e 374).