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Recordamos hoje, a Escritora norte-americana Flannery O’Connor, publicou em 1960, o romance “The Violent Bear It Away” (O Mundo É dos Violentos), seria premonição?

FLANNERY O’CONNOR – Mary Flannery O’Connor, de seu nome complete. Escritora, nasceu em Savannah, Geórgia, (EUA), a 25-03-1925, e faleceu em, Atrium Health Navicent Baldwin, Milledgeville, Geórgia, (EUA), a 03-08-1964. Era filha de Edward F. O’Connor, e de Regina Cline. Flannery O’Connor, escritora norte-americana, que se tornou conhecida pelos seus contos de cariz gótico sulista.

A sua escrita incidiu principalmente na decadência do Sul americano e das suas gentes, combinando o cómico, o trágico e o brutal.

Aos doze anos, quando foi diagnosticada lúpus (uma doença hereditária) ao seu pai, mudou-se para Milledgeville, onde a mãe nascera, também na Georgia. O pai viria a morrer três anos mais tarde.

Flannery O’Connor licenciou-se em Inglês e Sociologia e, em 1946, foi aceite a sua candidatura ao Iowa Writers’ Workshop. Logo nesse ano, publicou a sua primeira história, The Geranium. Mais tarde viria a reescrever esta história e a intitulá-la Judgement Day. Seria o seu último escrito conhecido.

Em 1947, publicou o primeiro dos seus dois únicos romances, Wise Blood, com o qual ganhou o Rinehart-Iowa Fiction Award. Dois anos depois, aceitou o convite do tradutor de grego e poeta Robert Fitzgerald para ir morar com ele e com a mulher em Redding, no estado do Connecticut. No entanto, passado um ano foi diagnosticada lúpus a Flannery O’Connor e deram-lhe uma esperança de vida de cinco anos (acabou por viver cerca de quinze). Resolveu regressar a Milledgville, para a sua quinta de Andalusia.

Foi o seu período mais criativo e, em 1955, ela própria fez uma recolha do seus contos e publicou A Good Man Is Hard to Find and Other Stories (Um Bom Homem É Difícil de Encontrar). Em 1960, lançou o seu segundo romance, The Violent Bear It Away (O Mundo É dos Violentos). Passados cinco anos saiu, a título póstumo, nova coletânea de contos, Everything That Rises Must Converge, que ainda foi compilada pela autora.

Paralelamente à actividade de escritora, Flannery O’Connor dedicou-se também, na sua quinta em Andalusia, à criação de aves, nomeadamente pavões, e à pintura.

Quando morreu aos 39 anos, a 3 de agosto de 1964, Flannery O’Connor tinha produzido 32 contos e dois romances.

Posteriormente à sua morte, foi criado o Prémio de Conto Flannery O’Connor, que é atribuído anualmente nos Estados Unidos da América.

O seu nome faz parte da Toponímia de: EUA (Str Flannery O’Connor)

Fonte: “Infopédia – Dicionários Porto Editora”

Fonte: “Wook”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Loulé”

ALMEIDA CARRAPATO – Júlio Filipe de Almeida Carrapato, de seu nome completo. Advogado e Político, natural de Faro, nasceu a 14-03-1919, e faleceu a 21-02-1985. Seu pai participou no movimento insurreccional que eclodiu no Norte do País, ao qual a oposição democrática de Lisboa, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António se juntaram. Inconformista como seu pai, aliou à vida universitária de estudante distinto da Faculdade de Direito de Lisboa a actividade de palestrante sobre os mais variados temas, quer de teor político, quer literário e social. Colaborou em jornais progressistas, como o Diabo, Sol Nascente, Pensamento e República.

Participou activamente no MUD (Movimento de Unidade Democrática), e no MUNAF, na campanha eleitoral do General Norton de Matos, em 1948, e, como mandatário, na campanha eleitoral do General Humberto Delgado, em 1958. Fez palestras políticas contra a ditadura nos clubes ou nas associações operárias, seguindo a mensagem da Universidade Popular. Para os mais humildes fundou uma Biblioteca Popular a que deu o título de «Vida e Cultura».

Em 1969, Almeida Carrapato participou no Congresso Republicano que teve lugar em Aveiro, vigiado pela PIDE, apesar da anunciada «Primavera Marcelista», o seu discurso inteligente e desassombrado ainda hoje é lembrado por quem o escutou.

No 25 de Abril de 1974 é indigitado e apoiado pela população como presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Faro. Depois foi Governador Civil de Faro, durante 5 anos, (16/08/1974 17/04/1975) cargo do qual pediu a exoneração. Acérrimo lutador pela regionalização e pelo poder autárquico, o Doutor Almeida Carrapato defendeu, na Assembleia da República, enquanto Deputado do PS, pelo círculo do Algarve, não só os interesses da Região, como os do País, e sempre os da democracia. Enquanto Deputado, fez parte da Comissão de Assuntos Constitucionais e da Comissão Eventual para a Revisão Constitucional. A Câmara Municipal de Faro, em homenagem ao ilustre farense, deu o seu nome a uma artéria da cidade.

Obras principais: Aurora e Crepúsculo de Uma Idade, (1942); De como Uma Lei de 1912 Não Estava «Morta» e Era de Applicar, (1967); No 3º Aniversário do 25 de Abril, (1977); Poder Local no Distrito, (1978); Descentralização e Regionalização, (1979); A Constituição, Algums Traços Dominantes, 81979); O Poder Local na Revisão Constitucional de 1982, (1983).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Faro (Avenida Doutor Júlio Filipe de Almeida Carrapato); Loulé (Freguesia de São Clemente – Rua Ameida Carrapato).

Fonte: “Quem Foi Quem? 200 Algarvios do Século XX”, (de Glória Maria Marreiros, Edições Colibri, 1ª Edição, Dezembro de 2000, Pág. 133 e 134)

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. V, Publicações Europa América)

Fonte: “Dicionário Toponímico da Cidade de Loulé”, (de Jorge Filipe Maria da Palma, Edição da Câmara Municipal de Loulé, Editado em Março de 2009, Pág. 102)

“Prémios Nobel da Literatura na Toponímia” (41º)

ANDRÉ GIDE – André Paul Guillaume Gide, de seu nome completo. Escritor, natural de Paris (França), nasceu a 22-11-1869, e faleceu a 19-02-1951. André Gide é um dos escritores franceses mais importantes do século XX. Nascido no seio de uma família francesa protestante, Gide cresceu e foi educado sobretudo na Normandia, num grande isolamento social. Desde cedo começou a escrever, tendo publicado o seu primeiro romance em 1891.

Numa viagem ao Norte de África, foi surpreendido por um mundo de liberdade que, dada a sua educação, nunca antes imaginara, acabando por admitir a sua atracção pelos corpos saudáveis de rapazes jovens.

Gide travou conhecimento com Oscar Wilde em Paris, em 1895. O autor de O Retrato de Dorian Gray julgou que lhe tinha revelado a sua homossexualidade, mas a avaliar pelos diários do escritor francês sabemos que nessa altura já tinha plena consciência da sua condição. O drama de Gide era, pois, a conciliação entre a sua rigorosa educação protestante com uma liberdade que sentia necessária para assumir a sua sexualidade.

Apesar de ser casado, Gide envolveu-se com um jovem e ambos fugiram para Inglaterra, o que lhe trouxe críticas tanto da França católica, como da França protestante. E se é certo que a sua obra é admirada e tem uma clara influência na formação de jovens escritores como Camus ou Sartre, sempre que Gide abordou a sua orientação sexual, a crítica com afinidades católicas e protestantes não lhe deu tréguas.

Como tradutor, introduziu as obras de Joseph Conrad em França. A sua atividade de crítico e escritor foi contínua, mas acrescentou-lhe uma vertente de defesa dos Direitos Humanos da qual é pioneiro. Por um breve período foi simpatizante dos ideais comunistas, mas, convidado a visitar e a discursar na União Soviética, regressou desiludido com a censura dos seus discursos e o estado geral da cultura no país.

Em 1939 tornou-se o primeiro escritor vivo a ser incluído na famosa colecção Bibliothèque de La Pléiade.

Em 1947, recebeu o Prémio Nobel de Literatura (foi o 41º Prémio Nobel da Literatura).

Morreu em 1951. Um ano depois, a Igreja Católica Romana colocou as suas obras no Index Prohibitorum.

A ficção de Gide e os seus escritos autobiográficos estão traduzidos em mais de 40 línguas e o autor é hoje reconhecido não apenas pelo seu génio literário, mas também como uma das primeiras personalidades a assumirem a sua homossexualidade, discutindo abertamente a sua posição com a moralidade vigente.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Brasil (Recife – Rua André Gide); Canadá (Quebec – Rua André Gide); Espanha (Málaga – Calle Andre Gide); França (Paris – Rue André Gide).

Fonte: “Infopédia – DicIonários Porto Editora”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Fafe”

MANUEL RIBEIRO. Escritor, nasceu no Porto, a 31-05-1932, e faleceu em Fafe, a 16-10-1992. Poeta conhecido pelo “34”. Viveu em Fafe até Maio de 1959, data em que partiu para Moçambique. Nesse intervalo, foi empregado comercial e praticante na Conservatória do Registo Civil. Em Moçambique, foi Desenhador dos Serviços de Obras Públicas e Transportes e da Junta Autónoma de Estradas.

Em 1975, regressou a Fafe, onde desempenhou as funções de Desenhador na Câmara Municipal de Fafe até 1987, atura em que se aposentou.

Foi um importante dirigente associativo do Grup Nun’Álvares, responsável pelos sectores desportivos, teatral e cultural e foi um dos fundadoresdo Núcleode Artes e Letras e do Elos Clube de Fafe.

De realçar aindaque Manuel Ribeiro fundou o grupo “Embaixadores da Bola”, activou a equipa feminina de futebol da Associação Desportiva de Fafe, a Escola de Patinagem Artística e a equipa de Hóquei em Patins do Grupo Nun’Álvares.

Começou a escrever Poesia aos 19 anos de idade, usando geralmente o pseudónimo que o tornou conhecido, o “34” e outras vezes as iniciais “M.R.”, o diminutivo “Neca” u o seu próprio nome.

Versos seus foram pubicados no jornal “Diario” e na revista “Publicine”, em Moçambique. Em Portugal, colaborou intensamente no “Justiça de Fafe”, mas também no “Correio de Fafe”;  “Intervenção Cepanense”; “Póvoa de Lanhoso” e revista “Condestável”.

Poemas seus foram declamados em minirevistas de teatro e serões culturais do Grupo Nun’Álvares, e bem como na Rádio Montelongo e na Rádio Clube de Fafe.

Colaborou nas Colectâneas “Poetas de Fafe”, de 1985; e “Soledade Summavielle, 25 Anos de Poesia”, de 1988.

Publicou em 1990 o livro “Gazetilhas”, em que reuniu todas as gazetilhas publicadas no jornal “Justiça de Fafe”, entre 1976 e 1989.

Um ano após a sua morte, o Núcleo de Artes e Letras editou o livro “Obra Póstuma”, com textos de Manuel Ribeiro dispersos por diversas publicações de Moçambique e de Fafe.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Fafe (Rua Manuel Ribeiro – Poeta; Freguesia de Cepães – Rua Manuel Ribeiro).

Fonte: “Dicionário dos Fafenses”, (De Artur Ferreira Coimbra, Editado pelo Núcleo de Artes e Letras de Fafe, 2ª Edição, Junho de 2010, Pág. 248 e 249)

Recordamos hoje o grande Jornalista Baptista Bastos, no dia em que faria 90 anos de idade.

BAPTISTA-BASTOS – Armando Baptista-Bastos, de seu nome completo. Jornalista e Escritor, natural de Lisboa, nasceu a 27-02-1934, e faleceu a 09-05-2017. Estudou na Escola de Artes Decorativas de António Arroio e no Liceu Francês. Foi profissional de jornalismo no Diário Popular. Estreou-se nas letras com o ensaio O Filme e o Realismo, 1962.

Iniciou a sua carreira profissional, aos dezanove anos de idade, em O Século, após ter realizado os Estudos Secundários na Escola de Artes Decorativas António Arroio e no Liceu Francês.

Em 1953, Subchefe de Redacção de O Século Ilustrado, assinou uma coluna de crítica, «Comentário de Cinema», iniciando, assim, um estilo jornalístico inovador, polémico e polemizante.

Baptista Bastos pertenceu, também, aos quadros redactoriais de República, O Diário, Europeu, Almanaque, Seara Nova, Gazeta Musical e de Todas as Artes, Época e Sábado. Desempenhou funções de Redactor da Agence France Press, em Lisboa.

Trabalhou no vespertino Diário Popular durante 23 anos, tendo assinado reportagens, entrevistas e crónicas, com um estilo inconfundível. Colaborou, como Cronista, em diversos periódicos, nomeadamente Jornal de Notícias, A Bola, Tempo Livre e, como crítico, no Jornal de Letras, Artes e Ideias, Expresso, Jornal do Fundão e Correio do Minho.

Fundou o semanário O Ponto, periódico que registou uma série de entrevistas semanais. Aos microfones da Antena Um e da Rádio Comercial leu algumas das suas crónicas. Foi colunista do Público e do Diário Económico.

«Conversas Secretas» era o título de um programa seu, iniciado em 1996, no canal da SIC. Nessas “Conversas Secretas”, fazia a todos os convidados a pergunta “onde é que estavas no 25 de Abril?”, o que seria mais tarde glosado por Herman José no programa “Herman Enciclopédia”.

Publicou em 1963 o seu primeiro romance, a que deu o título O Secreto Adeus, deu a lume, além disso, os livros de ficção O Passo da Serpente, (1965); Cão Velho Entre Flores, (1974); Elegia Para Um Caixão Vazio, (1984); A Colina de Cristal, (1987, Prémio Pen Clube e Prémio Cidade de Lisboa); Um Homem Parado no Inverno, (1991); O Cavalo a Tinta-da-China, (1995); No Interior da Tua Ausência, (2002); As Bicicletas em Setembro, (2007), e as colectâneas de crónicas As Palavras dos Outros, (1969); Capitão de Médio Curso, (1978); O Homem em Ponto, (1984); Lisboa Contada pelos Dedos, (2001); A Cara da Gente, (2008).

Ao longo da carreira, o autor conquistou vários prémios, designadamente, o Prémio Literário Município de Lisboa, em 1987, pelo romance “A Colina de Cristal”, que lhe valeu também o Prémio P.E.N. Clube Português de Ficção, no ano seguinte.

Em 2002, recebeu o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, pela obra “No Interior da Tua Ausência”. Em 2003, venceu o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro “Lisboa Contada pelos Dedos”.

Em 2006, recebeu os prémios de Crónica da Sociedade da Língua Portuguesa, João Carreira Bom, e do Clube Literário do Porto.

A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, instituiu, a 22-10-2022, o “Prémio Literário Armando Baptista-Bastos, com o objectivo de homenagear um dos mais importantes escritores do século XX, cuja vida e obra se encontra intimamente ligada ao território da Freguesia.

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. VI, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Publicações Europa América, Coordenação de Ilídio Rocha, Pág. 250, 251 e 252).

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 39).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 73 e 74).

Fonte: “Jornal Expresso”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Évora”

ANTÓNIO FRANCISCO BARATA. Escritor, nasceu em Góis, a 01-01-1836, e faleceu em Évora, a 23-04-1910. Órfão e sem recursos, teve uma infância difícil que não lhe permitiu grandes estudos, aproveitando, contudo, todos os tempos livres que lhe deixava a profissão de barbeiro e cabeleireiro para se embrenhar nos livros. Começou por ser barbeiro. Fixado em Évora enquanto exercia modestos cargos, entre os quais o de Amanuense na Biblioteca, entregou-se a investigações históricas.

Veio a ser Conservador da referida Biblioteca até 1907. Vereador do Município eborense, com Gabriel Pereira criou uma Biblioteca Pública Municipal.

A sua primeira obra intitula-se Lucubrações de Um Artista, 1860. É autor de mais de uma centena de trabalhos. Atento observador dos costumes e trabalhador infatigável, dedicou a sua atenção à história de Évora e seu termo.

Obras principais: Lucubrações de Um Artista, (1860); A Conquista de Coimbra, (drama em 4 actos, 1862); Novas Lucubrações de Um Artista, (1863); Cancioneiro Português, (1866); O Manuelino de Évora, (1873), Esboços Cronológicos-Biográficos dos Arcebispos de Évora, (1874), Memória Histórica sobre a Fundação da Sé de Évora e Suas Antiguidades, (1876), O Último Cartuxo, (1891), O Alentejo Histórico, Religioso, Civil e Industrial, (1893); Viagens na Minha Livraria, 1894, A Monja de Cister, (1895); Garrett, Castilho, Herculano, (1899); Catálogo do Museu Arqueológico da Cidade de Évora, (1903), Évora e Seus Arredores, (1904), e Évora Antiga, (1909).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Évora (Avenida António Francisco Barata); Góis (Rua António Francisco Barata).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. II, Publicações Europa América, Organizado pelo Instituto Português do Livro e da Leitura, Coordenado por Eugénio Lisboa, 1990, Pág. 184 e 185)

Fonte: “Dicionário de Autores da Beira-Serra”, (de João Alves das Neves, Editora Dinalivro, 1ª Edição, Novembro de 2008, Pág. 49).

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 74).

Recordamos hoje, o Escritor José Mauro de Vasconcelos, auto do livro “Meu Pé de Laranja Lima”

JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS. Escritor, nasceu em Bangu (Rio de Janeiro – Brasil), a 26-02-1920, e faleceu em São Paulo (Brasil), a 24-07-1984. Escritor brasileiro, autor do romance juvenil “Meu Pé de Laranja Lima”, obra que se tornou um clássico da literatura brasileira. Era filho de imigrante português foi criado pelos tios, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.

Com 15 anos de idade, José Mauro voltou para o Rio de Janeiro onde trabalhou em diversos empregos para se sustentar, foi carregador de bananas numa fazenda no litoral do estado, foi instrutor de boxe e operário.

Mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como garçom de boate. Iniciou o curso de Medicina, mas abandonou a universidade. Recebeu uma bolsa para estudar em Espanha, mas também não se adaptou à vida académica.

José Mauro de Vasconcelos aventurou-se junto aos irmãos Villas-Boas, numa viagem pelos rios da região do Araguaia. O resultado foi seu livro de estreia “Banana Brava” (1942), onde relata o mundo do garimpo da região.

Em 1945 publica “Barro Branco”, seu primeiro sucesso de crítica. Escreveu “Longe da Terra” (1949), “Vazante” (1951), “Arara Vermelha” (1953), “Arraia de Fogo” (1955).

Seu primeiro grande sucesso veio com “Rosinha Minha Canoa” (1962). A obra foi utilizada no curso de Português na Sorbonne, em Paris. Nos anos seguintes escreveu “Doidão” (1963), “Coração de Vidro” (1964).  

Em 1968 publicou seu maior sucesso popular, “Meu Pé de Laranja Lima”, onde relata a vida sofrida na infância, as longas conversas com um pé de laranja que fica no quintal de sua casa e as buscas por mudanças. A obra foi adaptada para a televisão e para o cinema.

José Mauro de Vasconcelos trabalhou em diversos filmes, entre eles, Modelo 19 (1950), que lhe valeu o Prêmio Saci de Melhor Actor Coadjuvante, O Canto do Mar (1953), onde actuou como roteirista, Garganta do Diabo (1960), A Ilha (1963) e Mulheres & Milhões (1961), que também lhe valeu o Prémio Saci de Melhor Actor.

Obras principais: Banana Brava (1942); Barro Branco (1945); Longe da Terra (1949); Vazante (1951); Arara Vermelha (1953); Arraia de Fogo (1955); Rosinha Minha Canoa (1962); Doidão (1963); Coração de Vidro (1964); Meu Pé de Laranja Lima (1968); Rua Descalça (1969); O Palácio Japonês (1969); Farinha Órfã (1970); Chuva Crioula (1972); O Veleiro de Cristal (1973); Vamos Aquecer o Sol (1974).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Brasil (Rua José Mauro de Vasconcelos),

Fonte: “Infopédia – Dicionários Porto Editora”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Estremoz”

JOSÉ MARIA SÁ LEMOS. Escultor e Professor, natural da Freguesia de Mafamude (Vila Nova de Gaia), nasceu a 11-04-1892, e faleceu em 1971. Era filho de Adelino Augusto de Sá Lemos (1869-1941), e de Emília Teixeira Lopes de Sá Lemos (1865-1952). Era irmão de Virgílio, Emília e Adelina de Sá Lemos. Casou com Laura Cristina Agrelos Pereira Meireles, de quem teve duas filhas.

Cursou Escultura na Escola de Belas-Artes do Porto e fez carreira no Ensino. Foi Professor e Director da Escola Industrial e Comercial de Vila Nova de Gaia (actual Escola Secundária António Sérgio); Director da Escola Industrial António Augusto Gonçalves, em Estremoz, entre 1932 e 1945 e, leccionou na Escola Industrial Infante D. Henrique, no Porto, a partir de 1945.

Durante os anos em que viveu em Estremoz teve um papel fulcral na recuperação dos “Bonecos de Estremoz”, então em decadência, ao conseguir que a bonequeira Ana da Silva, conhecida como tia Ana das Peles, transmitisse o seu saber. Este foi depois fixado pelo Oleiro Mestre Mariano da Conceição (1893-1940) a partir da Olaria Alfacinha (1868-1995), fundada pelo seu avô Caetano Augusto da Conceição.

Com o Artista Mariano da Conceição, Sá Lemos conceceu, durante os anos 40, o famoso Presépio de Altar do Figurado, gerando, assim, uma nova peça que hoje é uma das mais representativas da estética do barro local e do Artesanato Português em geral, peça essa composta por um altar de três degraus, apresentando os Pastores Ofertantes no primeiro degrau, a Sagrada Família com o Menino numa manjedoura, no segundo, e os Reis, no terceiro.

Para esse Município alentejano, onde mais tarde baptizou uma Rua, fez o Monumento aos Mortos da Gramde Guerra, inaugurao em 1941.

Em 20 de Abril de 2015, a “Produção de Figurado em Barro de Estremoz” foi inscrita no “Inventário Nacional do Património Cultura Imaterial”, por proposta do Município de Estremoz, dando assim continuidade ao processo de valorização e salvaguarda deste património encetada pelo Escultor Sá Lemos.

O seu nnome faz parte da Toponímia de: Estremoz (Rua José Maria Sá Lemos)

Fonte: “Universidade do Porto – Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Estarreja”

MAURÍCIO DE ALMEIDA. Escultor, nasceu em Pardilhó (Estarreja), a 01-08-1897, e faleceu em Boulogne-sur-Seine (França), a 23-06-1923. Era filho de José Maria Valente de Almeida (1º Editor do jornal “O Concelho de Estarreja”. Teve como primeiro mestre Saavedra Guedes. Em 1913 com o apoio de Egas Moniz, ingressou na Escola de Belas Artes do Porto. Em 1916, com 19 anos, terminou o curso de Belas Artes e o curso da Escola de Arte Aplicada Soares dos Reis. Montou em Vila Nova de Gaia uma “Empresa de Laboração Artística” onde fabricou estatuetas e Bustos em Terracota. Executou para a Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa um trabalho alegórico “O Arrependimento”, com justos louvores.

Em 1921 partiu para Paris onde começou a trabalhar com Landowski, tornando-se notórias as suas aptidões como Cinzelador, sendo um misto de modernidade e de clássico. Em Junho de 1923, com apenas 26 anos de idade, sofreu uma Hemopitse, que o levou à morte, tendo ficado sepultado no cemitério de Boulogne-Sur-Seine. Existem obras suas na Casa Museu Egas Moniz e em algumas colecções particulares.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Estarreja (Freguesia de Pardilhó – Rua Maurício de Almeida; Freguesia de Veiros – Rua Maurício de Almeida).

“Pessoas Vinculadas aos CTT”

ANTÓNIO DIAS PEREIRA DA CONCEIÇÃO. Funcionário dos CTT, natural da Freguesia da Vera Cruz (Aveiro), nasceu a 30-05-1903, e faleceu em 1949. Admitido nos C.T.T., em 1924, como Adventício, quando faleceu era Operador. Foi colaborador da Gazeta dos Correios (1933).

Publicou: Elementos de Telegrafia, Telefonia e Radiotelegrafia (em colaboração com Joaquim dos Reis, Aveiro, 1932-1934).

Fonte: “Catálogo Do Que Escreveram Funcionários dos Correios, Telégrafos e Telefones” (Notas Bio-Bibliográficas Coligidas por Godofredo Ferreira; Chefe de Repartição da Administração-Geral dos C.T.T.; Edição dos Serviços Culturais dos C.T.T, Editado em 1955, Pág. 44)