Archive for Dezembro, 2022|Monthly archive page

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Portalegre”

LUIZ BARAHONA Caldeira Castel-Branco, Engenheiro Agrónomo, nasceu em Portalegre, a 07-12-1867, e faleceu em Évora, a 22-01-1916. Era filho de Inácio Cardoso de Barros Castel-Branco Barba Mouzinho Matos, proprietário, e de Dona Maria José de Barahona Fragoso Cordovil de Gama Lobo. Era o irmão mais novo de Maria Inês de Barahona Caldeira Castel-Branco, casada com João de Azevedo Coutinho sendo, portanto, cunhado deste.

Casou com Dona Leonor Fernandes de Oliveira, natural da Cidade de Évora, onde fixou residência. Tiveram dois filhos.

Engenheiro Agrónomo de profissão, assumiu trabalhos de investigação e publicou obras como: “Memória Económica sobre a Sexta Região Agronómica” (1891), versando sobretudo questões relacionadas com produção de vinho e azeite.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Portalegre (Rua Luiz Barahona).

Fonte: “Portalegre a Cidade e a sua Toponímia”, (de Fernando da Cruz Correia Carita, Edições Colibri e Câmara Municipal de Portalegre, Editado em 2003, Pág. 88 e 89)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Ponte de Sôr”

ALEXANDRE ROBALO CARDOSO, Industrial, nasceu em Vila Velha de Ródão, em 1926 e faleceu em Ponte de Sôr, em data que não consegui apurar. Industrial de cortiça, foi nomeado Presidente da Comissão Administrativa de Ponte de Sôr, em 11-11-1974 (Diário do Governo, II Série, nº 275, de 26-11-1974, cargo que exerceu até as primeiras eleições autárquicas, que se realizaram em 12-12-1976, nas quais foi eleito Presidente da mesma Câmara pelo PCP (FEPU). Exerceu o cargo até 16-12-1979, cumprindo um mandato.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Ponte de Sôr (Rua Alexandre Robalo Cardoso).

Fonte: “Dicionário Biográfico do Poder Local em Portugal, (de Maria Antónia Pires de Almeida)”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Ponte de Lima”

LOURENÇO AUGUSTO PEREIRA MALHEIRO, Engenheiro e Político, nasceu em Ponte de Lima, a 28-11-1844, e faleceu em Queluz (Sintra), onde se tratava de graves problemas de saúde, a 20-08-1890..

Formou-se como Engenheiro de Minas, Pontes e Calçadas na Academia Politécnica do Porto em 1864 e entrou nos quadros da administração pública, tendo feito parte da Comissão de Geologia, da Repartição de Minas e dos Serviços Distritais de Engenharia em Portalegre, Beja e Lisboa.

Dada a sua reconhecida competência, foi incumbido de preparar e dirigir a secção industrial da representação portuguesa na Exposição Universal de Filadélfia (1877).

Na Sociedade de Geografia apresentou uma memória sobre as explorações geológicas e mineiras nas colónias portuguesas e em 1881 deslocou-se a Angola, à região de Benguela, para estudar as minas de Dombe Grande. Colaborou na Revista de Obras Públicas, foi um dos fundadores e proprietários do Diário de Portugal e publicou diversos estudos sobre matérias da sua especialidade. Além de sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa, pertenceu igualmente à Academia de Ciências Naturais de Filadélfia.

Amigo de Eça de Queirós, publicou no seu jornal, em folhetins, uma versão reduzida do conto fantástico O Mandarim (1880).

Membro do Partido Regenerador, foi eleito Deputado por Mértola em 1881, 1884 e 1890. Integrou as comissões de Verificação de Poderes (1882), Obras Públicas 81882, 1883, 1884, 1885 e 1886), Instrução Primária e Secundária (1882 e 1883), Ultramar (1883, 1884 e 1890), Especial para a Reforma Eleitoral (1883) e Fazenda (1890).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Ponte de Lima (Rua e Travessa Lourenço Augusto Pereira Malheiro).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol II, de D-M), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, (Pág. 735 e 736)”.

“Centenário do nascimento da Actriz Mariana Rey Monteiro”

MARIANA Dolores REY Colaço Robles MONTEIRO, Actriz, natural de Lisboa, nasceu a 28-12-1922 e faleceu a 20-10-2010. Era filha dos Actores e Empresários Teatrais Amélia Schmidt Lafourcade Rey Colaço e Felisberto Coelho Teles Jordão Robles Monteiro. Iniciou a sua carreira profissional a 20-04-1946, no Teatro Nacional de Dona Maria II, na »Antígona«, de Sófocles.

Após o seu casamento afastou-se da cena. Viúva em 1958, regressou depois à actividade artística. Pela sua interpretação no »Diálogo das Carmelitas« recebeu o Prémio Lucinda Simões (1959) e em »Um Eléctrico Chamado Desejo«, o Prémio dos Jornais de Lisboa (1963), que voltaria a receber pelo papel desempenhado em »Divinas Palavras« (1964). A sua actuação no filme »Um Dia de Vida«, valeu-lhe o Óscar da Imprensa em 1962.

Participou nas telenovelas portuguesas »Vila Faia«, »Origens«, “Roseira Brava”; »Chuva na Areia«, “Verão Quente”, “Vidas de Sal”, “Cinzas”, e na série televisiva »Gente Fina é Outra Coisa«.

Mariana Rey Monteiro, a 03 de Agosto de 1983 foi feita Dama da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, tendo sido elevada a Grande-Oficial da mesma Ordem a 08 de Junho de 1996.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Odivelas (Rua Mariana Rey Monteiro); Oeiras (Freguesia de Porto Salvo – Rua Mariana Rey Monteiro).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 371).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Ponte da Barca”

ANTÓNIO Pereira de Meireles Rocha LACERDA, Engenheiro e Político, nasceu em Ponte da Barca, a 02-02-1917, e faleceu no Porto, a 29-04-1975. Era filho de António Pereira de Vasconcelos da Rocha Lacerda e de Maria da Conceição de Meireles Teixeira Coelho.

Engenheiro Agrónomo do quadro da Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas, foi Director do Posto Agrário de Braga.

Participou várias vezes em comissões e visitas de estudo ao estrangeiro: Espanha, Itália, Inglaterra e Estados Unidos da América.

Na Juventude Católica desempenhou funções de Presidente Arquidiocesano entre 1945 e 1951. No ano de 1969, acumulava os cargos de Administrador da Celnorte – Celulose do Norte, Presidente da Comissão Concelhia da União Nacional de Ponte da Barca e Vogal da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

Candidato por Braga, à VII Legislatura 81957-1961), afirmou: «Aqui estou, com o desejo último de servir a Nação e a Lavoura, não para prometer coisas, mas sim para afirmar que tenho esperança de poder apresentar, se merecer a confiança dos eleitores deste círculo, os problemas da região, nomeadamente aqueles, e muitos são, que se ligam à Lavoura, com a consciência de os conhecer e como várias vezes tenho exposto».

Eleito Deputado, foi Vogal da Comissão de Economia, iniciando uma actividade parlamentar diligente, que continuou os intentos anunciados. Solicitou novas instalações para o Posto Agrário de Braga e a concessão de crédito agrícola nos distritos de Braga e Viana do Castelo, chamando a atenção do Governo para a situação económica de alguns lavradores, proprietários e caseiros destes distritos.

Em 1969, foi reeleito para a X Legislatura (1969-1973), desta vez pelo círculo de Viana do Castelo e retomou o lugar de Vogal da Comissão de Economia.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Ponte da Barca (Praça Doutor António Lacerda).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume I de A-L), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 792 e 793).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Ponta do Sol”

António Camacho TEIXEIRA DE SOUSA, Engenheiro Agrónomo, nasceu no Funchal, a 30-11-1905, e faleceu em Lisboa, a 03-03-1995. Veio estudar para Lisboa, para o Instituto Superior de Agronomia, onde se formou em Engenharia Agronómica.

Regressado à Madeira, exerceu o cargo de Director Regional da Junta Nacional de Frutas.

Em 1930, e durante três anos, viveu nos Açores, onde, na Horta, foi Director dos Serviços Agronómicos. Daí voltou a Lisboa para assumir, entre 1932 e 1936, a direcção do Laboratório Químico Fiscal. Entre 1943 e 1946, e beneficiando da experiência vivida na Madeira e nos Açores, foi nomeado Vice-Presidente da Junta Nacional das Frutas e entre 1946 e 1952 da Junta Nacional do Vinho. Nunca deixou, contudo, de estar ligado à Madeira, destacando-se como proeminente figura local mesmo durante o assento parlamentar.

Assim, cumulativamente e sucessivamente, foi Presidente da Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal, da Comissão Administrativa dos Aproveitamentos Hidráulicos da Madeira e da Junta Autónoma dos Portos do Arquipélago da Madeira. Além disso, foi Presidente do Sindicato Nacional dos Engenheiros Agrónomos e fez parte do Conselho de Coordenação Económica.

Em 1953, integrando as listas da União Nacional do círculo do Funchal, foi eleito Deputado, por uma única vez, para a Assembleia Nacional. Foi membro da Comissão de Economia e não se distinguiu particularmente nos debates.

Publicou: Da Exportação dos Vinhos Portugueses e do Mercado dos Estados Unidos, (1949); e Adubações – Agricultura Madeirense e diversos artigos na Revista Agronómica e nos Anais da Junta Nacional do Vinho. Nos anos 70 dedicou-se ao estudo de questões sociais, como o provam as obras Os Trabalhadores Portugueses na Região de Paris, (1973); e Subsídios para Uma Análise da População Operária em Portugal, (1974).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Ponta do Sol (Freguesia de Canhas – Estrada Engenheiro Teixeira de Sousa).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume II de M-Z), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág., 639 e 640).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Ponta Delgada”

VASCO Elias BENSAÚDE, Industrial e Filantropo, nasceu em Lisboa, a 26-04-1896, e faleceu em Ponta Delgada, a 05-08-1967. Era filho do Historiador Joaquim Bensaúde e de Cecília Bensaúde, sobrinho de Alfredo Bensaúde, pedagogo e cientista, e de Raul Bensaúde, Médico conceituado. A sua educação foi feita em Inglaterra, seguindo uma tradição criada na família por seu avô, o industrial José Bensaúde, mas deixara o seu nome ligado a iniciativas pioneiras nos Açores, como o «Terra Nostra», o « Hotel São Pedro» e a «SATA».

Possuidor de avultada fortuna, dedicou a sua vida a construir a «Bensaúde & Cª Lda», que ostenta o seu nome, uma das maiores organizações comerciais e industriais de Portugal, agrupando actividades diveras.

Nem por isso ignorou a sua vocação filantrópica, pelo que muitas instituições de caridade locais, que apoiara em rigoroso anonimato, se associaram ao seu grandioso funeral, a par das mais altas autoridades de Ponta Delgada, deixando ainda enlutadas a Empresa Insulana de Navegação, a Mutualista Açoriana, a Companhia de Navegação Carregadores  Açorianos, o Grémio do Comércio, e o Ateneu Comercial.

Designado Procurador à Câmara Corporativa na 2ª sessão legislativa da I Legislatura (10-12-1935), para substituir Francisco Henrique Brito do Rio, não chegou a tomar posse. Foi novamente nomeado na 3ª sessão da mesma Legislatura, mas renunciou a 26 de Novembro de 1936. Na Legislatura seguinte, assumiu o cargo integrando a Secção de Transportes e Turismo, pelas empresas de navegação. Nesta qualidade, subscreveu o parecer relativo de lei sobre navegação para as colónias, embora o seu voto tivesse sido vencido quanto à Base IX.

Por serviços prestados, foi distinguido com a Comenda da Ordem Militar de Cristo, em 1928.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Ponta Delgada (Largo Vasco Bensaúde).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume I de A-L), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág 255 e 256).

“Centenário de Rogério Contreiras”

ROGÉRIO CONTREIRAS – Rogério Contreiras Simão, de seu nome completo. Desportista, natural de Castro Verde, nasce a 25-12-1922 e faleceu a 13-03-1990. Jogador de futebol, guarda- redes. Radicou-se no Barreiro com cinco anos de idade. Aos 10 anos, jogava no Clube popular Vianense, filial do Luso do Barreiro. Dois anos depois fundou o Juventude Barreirense. Das camadas jovens do Barreirense, tapado por Francisco Câmara e por Francisco Silva, rumou em 1942/1943 para o Fósforos (futuro Oriental), onde permaneceu três anos antes de se deslocar para Viana do Castelo onde esteve duas épocas ao serviço do Vianense.

Daí o grande salto para o Benfica de 1947/1948 a 1949/1950, onde se sagrou Campeão Latino, seguindo-se 8 anos no Juventude de Évora e a retirada em 1958/1959 em Angola representando os Luandenses.

Fonte: “Barreirense Futebol Clube. Contributo para a sua História”, (Blog de Carlos Cipriano Alves. Arquivo de dados e fotos sobre o futebol do Futebol Clube Barreirense desde a sua fundação em 1911. Fontes: Arquivo pessoal e comunicação social)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Pombal”

MANUEL HENRIQUES JÚNIOR, Industrial, natural de Pombal, nasceu a 10-11-1886 e faleceu a 23-12-1965. Este industrial de resinas, que também foi banqueiro, teve na resina o seu primeiro, grande e último empreendimento. Foi administrador do Banco Pinto & Sotto Mayor, na sua terra, fez questão de abrir uma agência bancária. Ali desenvolveu a sua actividade e contribuiu, enormemente, para o desenvolvimento económico e social da terra que o viu nascer.

Por volta de 1957 passou a deter a maioria das acções da SOCER. Implementou as bases da indústria de resinas sintéticas, a RESIQUÍMICA. Em 1959 enfrentou o dilema de ter de fazer opção por um dos seus principais ramos de negócio: a banca ou as resinas. Contrariando a vontade dos seus três genros, que opinavam pela preferência da venda das resinas, mantendo o banco na família, Manuel Henriques Júnior decidiu-se pelo seu verdadeiro amor! Vendeu o Banco Pinto & Sotto Mayor a António Champalimaud e manteve as resinas.

Na sua empresa criou, para aquela época, excelentes condições de segurança, higiene e bem-estar social para todos os trabalhadores. Conferiu uma considerável dimensão social e filantrópica à sua empresa, para aquele tempo. Foi um grande industrial do século XX. Em 1936 foi nomeado para a Junta dos Produtos Resinosos. Esteve ligado à actividade da resina durante meio século.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Pombal (Praça Manuel Henriques Júnior).

Fonte: “Meu Vidago – Postais e Documentos Sobre Vidago” (Floripo Virgílio Salvador).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Pinhel”

José António Pinto de MENDONÇA ARRAIS, Bispo, nasceu em Seia, a 26-05-1740, e faleceu na Freguesia de Melo (Gouveia), a 19-04-1822. Era filho de Francisco Pinto de Mendonça, natural de Pomares, Desembargador da Casa da Suplicação, Instituidor do Morgado de Nossa Senhora das Preces e Padroeiro da Igreja de Santa Comba, e de Dona Teresa Bernarda de Figueiredo Abranches, herdeira dos morgados da Casa das Obras. Formado em Cânones na Universidade de Coimbra (1765), seguiu a carreira judicial.

Foi Cónego da Patriarcal (1781) e Bispo de Pinhel (1782-1797) e da Guarda (1797). Construiu em Pinhel o Paço Episcopal.

Acusado de francófilo, desfez esta atoarda promovendo um corpo de guerrilha (Julho de 1808), formado por Cónegos e outros membros do Clero sob o comando do Cónego Tesoureiro-Mor, tomando parte activa, com acção pessoal e com recursos materiais, na resistência aos invasores franceses.

Escreveu ousadas pastorais contra Junot (09-07-1808), Soult (1809) e Massena (1810) e de repúdio das ideias revolucionárias (1817-1818).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Pinhel (Rua Bispo Mendonça Arrais); Seia (Rua Dom José Mendonça Arrais)

Fonte: “Dicionário de Autores da Beira-Serra”, (de João Alves das Neves, Editora Dinalivro, 1ª Edição, Novembro de 2008, Pág. 43).

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 59).