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“RUAS QUE JÁ TIVERAM OUTROS NOMES”

Sabia que a actual Rua das Portas de Santo Antão já se desingou por Rua de Santo Antão; Rua Eugénio dos Santos e, finalmente, Rua das Portas de Santo Antão.

 

Câmara Municipal de LisboaPelo Edital do Governo Civil de Lisboa de 01-09-1859 a Rua das Portas de Santo Aantão e a Rua da Anunciada passaram a constituir um único arruamento sob a denominação de Rua de Santo Antão.

Após a implantação da República, a partir de uma proposta do Vereador Miguel Ventura Terra, de 09-03-1911, a Artéria passou a denominar-se por Rua Eugénio dos Santos, por Edital Municipal de 07-08-1911, homenageando o Arquitecto Eugénio dos Santos, pelo seu papel fundamental na reconstrução da Baixa Lisboeta, após o terramoto de 1755.

Passados quase 45 anos, o Edital Municipal de 28-05-1956, reverteu a denominação para Rua das Portas de Santo Antão, ao memso tempo que colocava o nome de Eugénio dos Santos na 1ª Transversal do Parque Eduardo VII, que liga a Avenida António Augusto de Aguiar à Avenida Sidónio Pais.

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

Raul Indipwo, o popular Cantor de “Ouro Negro”, aqui recordado no dia em que, se fosse vivo, faria 84 anos de idade.

 

Oeiras 0001RAUL INDIPWO era o nome artístico de Raul José Aires Corte Peres Cruz, Cantor, Compositor e Pintor, nasceu em Angola, a 30-11-1933, e faleceu no Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro), a 04-06-2006. Raul Indipwo, nome porque era mais conhecido, integrou, com Milo Macmahon (também já falecido), o Duo Ouro Negro, que surgiu em 1959. Raul e Milo conheciam-se desde a infânia, em Benguela, e quando se reencontraram, já no início da idade adulta, iniciaram um projecto centrado no folclore angolano de várias étnias  e idiomas.

O Duo Ouro Negro, ao longo de três décadss, desenvolveu uma carreira internacional no âmbito da indústria da música (edição discográfica, rádio, televisão, espectáculos), marcada por uma assinalável popularidade.

No seu repertório abordou uma diversidade de linguagens musicais, resultadi do cosmopolitismo dos seus elementos, da sua criatividade musical e da sua integração numa indústria fonográfica em expansão e autorizando a síntese de domínios musicais até então mantidos em separado.

Raul Indipwo e Milo Mac Mahon formaram a sua sensibilidade musical num meio propenso ao contacto com multiplas culturas expressivas, música ligeira, fado, música popular brasileira, ouvidas em fonogramas e, sobrfetudo, nas emissões da Emissora Nacional e da Rádio Clube de Angola.

A carreira do Ouro Negro teve, não só uma expressão nacional, também expressão internacional, actuaram em vários países, como: Suíça, França, Finlândia, Suécia, Dinamarca, Espanha, etc. Raul Indipwo, além de músico desatcou-se também na pintura, tendo feito várias exposições.

O nome «Ouro Negro» foi cruiado pela Locutora da Rádio Clube de Angola, Maria Lucília Pitagrós Dias, pouco tempo antes do seu primeiro concerto em Luanda, no Cinema Restauração, em 1957.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cascais (Freguesia de Alcabideche – Avenida Raul Indipwo); Oeiras (Rua Raul Indipwo).

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 2º Volume, C-L, Temas e Debates, Círculo de Leitores, 1ª Edição, Fevereiro de 2010, Pág. 387, 388, 389 e 390)

Egas Moniz, o primeiro Prémio Nobel Português, recordado no dia em que passa mais um aniversário sobre o seu nascimento.

 

egas MonizAntónio Caetano de Abreu Freire EGAS MONIZ, Médico, Professor e Político, nasceu na Freguesia de Avanca (Estarreja), a 29-11-1874, e faleceu em Lisboa. a 13-12-1955. Era filho de Maria do Rosário de Almeida e Sousa Abreu e de Fernando de Pina Resende Abreu, era originário de família com «prosápias de fidalguia» que pretendia descender do aio de Afonso Henriques, Egas Moniz. Os antepassados mais recentes andaram envolvidos nas lutas liberais. O avô paterno, António Pinho de Resende, estanciou no exército miguelista onde chegou ao posto de Tenente-Coronel, e o avô materno, Rafael de Almeida e Sousa, destacou-se nas campanhas da Beira Alta.

Fez a Instrução Primária em Pardilhó (Estarreja), cursou os Estudos Liceais no Colégio de S. Fiel dos Jesuítas, em Castelo Branco, e os últimos anos no Liceu de Viseu.

Ingressou na Universidade de Coimbra em 1891, primeiro na Faculdade de Filosofia e depois, em 1894, na Faculdade de Matemática e na de Medicina.

Cursou Medicina na Universidade de Coimbra, onde se doutorou em 1899, passando a integrar o quadro docente da Faculdade de Medicina, como Professor substituto, em 1902. Em 1911, foi transferido para a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde para além de regente da cadeira de Neurologia, veio a tornar-se Director da instituição, em 1929.

Egas Moniz foi um radical até ao fim da Monarquia. Foi Deputado entre 1903 e 1917, e representante diplomático de Portugal em Madrid. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros em 1918, após a I Guerra Mundial, tendo chefiado a Delegação Portuguesa na Conferência de Paz de Paris. No Hospital de Santa Marta desenvolveu estudos e investigações nas áreas da neurologia e cirurgia dos centros nervosos (angiografia cerebral) e do tratamento cirúrgico de determinadas psicoses (leucotomia).

Professor Catedrático, político e investigador científico, notabilizou-se internacionalmente ao conquistar, em 1949, o Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia, em conjunto com o suíço Walter Rudolf Hess, pela descoberta da leucotomia pré-frontal no tratamento de certas doenças mentais, quatro anos após a Faculdade de Medicina de Oslo o ter premiado pelos seus trabalhos na área da angiografia cerebral (1945).

Pertenceu à Maçonaria, tendo sido iniciado em 1910 na Loja Simparia e União, com o nome simbólico de Egas Moniz.

Deixou uma vasta obra escrita, juntando mais de 300 trabalhos científicos e estudos sobre destacadas figuras das letras e das artes plásticas.

Como obras principais salientam-se: »Diagnostic des Tumeurs Cérébrales et Épreuve de L’Encéphalographie Artérielle« (1931), »L’Angiographie Cérébrale. Ses Applications et Résultats en Anatomie, Physiologie et Clinique« (1934), »La Leucotomie Pré-Frontale, Tratement Chirurgical de Certaines Psychoses« (1936), »Ao Mestre José Malhoa« (1928) e »Júlio Dinis e a sua Obra« (1928). Foi o 45º Presidente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Águeda; Albergaria-a-velha; Albufeira (Freguesia de Paderne); Alcácer do Sal; Alcanena (Freguesia de Vila Moreira); Alcochete (Freguesia de São Francisco); Aljustrel (Freguesia de São João de Negrilhos); Almada (Cidade de Almada e Freguesia da Charneca de Caparica e Sobreda); Almeirim (Almeirim e Freguesia de Benfica do Ribatejo); Alvito (Freguesia de Vila Nova da Baronia); Amadora; Anadia (Freguesia de Vilarinho do Bairro); Arouca; Arronches; Aveiro, Azambuja; Barcelos; Barreiro; Beja; Benavente (Freguesia de Samora Correia); Braga; Bragança; Caldas da Rainha; Cartaxo (Freguesia de Vila Chã de Ourique); Cascais (Freguesias de Cascais, Estoril, Parede e São Domingos de Rana); Castelo Branco; Castelo de Paiva; Coimbra; Cuba; Estarreja (Freguesias de Avanca, Estarreja e Pardilhó); Estremoz; Évora; Fafe (Freguesias de Fafe e Regadas); Faro; Ferreira do Alentejo (Vila de Ferreira e Freguesia de Figueira dos Cavaleiros); Ferreira do Zêzere; Gondomar (Gondomar e Freguesia de Jovim); Guimarães (Cidade de Guimarães e Freguesias de  Lordelo, Ronfe, Vila Nova de Sande e Serzedelo); Ílhavo (Freguesia de Gafanha da Nazaré); Lisboa; Loures (Freguesias de Bobadela, Bucelas, Camarate, Loures, Santa Iria da Azóia, São João da Talha, Unhos); Mafra (Freguesias de Ericeira e Mafra); Maia; Matosinhos (Freguesia de Senhora da Hora); Mirandela; Moita (Freguesias de Alhos Vedros e Moita); Moimenta da Beira; Montemor-o-Novo; Mortágua; Murtosa; Nelas (Freguesia de Santar); Odivelas (Freguesias de Odivelas, Pontinha e Póvoa de Santo Adrião); Oeiras; Oliveira de Azeméis (Freguesias de Vila de Cucujães e Ul); Ourém; Ourique; Ovar (Vila de Ovar e Freguesia de Válega); Paços de Ferreira (Freguesia de Sanfins de Ferreira); Palmela (Freguesia do Poceirão); Penafiel; Portimão; Porto; Santa Maria da Feira (Freguesias de Argoncilhe, Arrifana; Mozelos, Nogueira da Regedoura e Santa Maria da Feira); Santarém (Santarém e Freguesia de Amiais de Baixo); Santiago do Cacém (Freguesias de Alvalade e Santiago doCacém); Santo Tirso (Santo Tirso e Freguesias das Aves); São João da Madeira; Serpa (Freguesia de Pias); Seixal (Freguesias de Aldeia de Paio Pires, Amora e Seixal); Setúbal; Sintra (Cidade de Agualva-Cacém e Freguesias de Almargem do Bispo, Belas, Massamá e Terrugem); Tavira; Tomar; Torres Vedras; Trofa; Valongo (Freguesia de Ermesinde); Vila Franca de Xira (Freguesias de Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria e Vialonga); Vila Nova de Famalicão (Famalicão e Freguesias de Joane e Oliveira); Vila Nova de Gaia; Vila Real de Santo António; Vila Verde; Viseu.

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 67”

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol II, de D-M), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, (Pág. 947 e 948)

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª Republica”, (1910-1926), (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 307 e 308).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 366 e 367).

“RUAS QUE JÁ TIVERAM OUTROS NOMES”

Câmara Municipal de Lisboa - CópiaSabia que a Rua Doutor Almeida Amaral, em Lisboa, pertencente às Freguesias de Arroios e Santo António, já se designou por Rua de Rilhafoles e por Rua da Alameda?

 

A actual Rua Doutor Almeida Amaral, foi designada por Rua de Rilhafoles, até 18-12-1893, altura em que, através de Edital Municipal, dessa mesma data, passou a designar-se por Rua da Alameda.

Através do Edital Municipal de 12-08-1982, passou a designar-se por Rua Doutor Almeida Amaral, em homenagem a este Médico, que foi um dos Directores do Hospital Miguel Bombarda, antes designado por Hospital de Rilhafoles.

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

 

 

Manuel ALMEIDA AMARAL, Médico, natural de Lisboa, nasceu a 12-03-1903 e faleceu a 15-05-1960. Formou-se na Faculdade de Medicina de Lisboa em 1926 com a tese de licenciatura “Tratamento Cirúrgico das Doenças Mentais”. Dedicou-se à psiquiatria, tendo sido Assistente da respectiva cadeira em 1927.

Discípulo do Professor J Sobra Cid, frequentou as mais importantes clínicas da especialidade em França, Espanha, Suíça, onde estudou a aplicação da ergoterapia nos hospitais de doenças mentais.

Médico da Armada, foi Chefe de Neuropsiquiatria do Hospital da Marinha em 1933 e instituiu a selecção psicotécnica na admissão dos futuros marinheiros. Director do Hospital Miguel Bombarda (hoje com o seu nome), onde imprimiu profundas transformações que muito melhoraram as condições de hospitalização e tratamento dos doentes alienados. Doutorou-se na Faculdade de Medicina de Lisboa em 1944. Foi Presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Lisboa (Freguesias de Arroios e de Santo António, ex-Freguesias de Coração de Jesus e da Pena, Edital de 12-08-1982, ex-Rua da Alameda)

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

Sebastião Pássaro, que se distinguiu como Árbitro de Futebol, foi, também, Jogador e Dirigente, aqui recordado no dia em, que se fosse vivo, faria 88 anos de idade.

 

Sebastião PássaroSEBASTIÃO Jacinto PÁSSARO, Desportista, nasceu na Freguesia de Boliqueime (Loulé), a 28-11-1929, e faleceu no Barreiro, a 19-04-2005. Prestigiado Árbitro, homenageado pela Câmara Municipal do Barreiro, com o Galardão “Barreiro Reconhecido”, na área do Associativismo.

Nos anos 40, seu pai Ferroviário de profissão, é promovido e transferido para o Barreiro. Com 16 anos de idade, segue as pegadas do progenitor e começa a trabalhar nas Oficinas Gerais da CP. O contacto com as gentes desta terra não o deixa indiferente. Naquele tempo era impossível dissociar o Barreiro do futebol.

Em 1947, inscreve-se como Jogador no Futebol Clube Barreirense, mas a profissão encarrega-se de o levar, um ano depois, para os escritórios da CP, em Lisboa, onde trabalhou durante 44 anos. Amante do desporto-rei, troca o Futebol pela Arbitragem e inicia a sua carreira, como candidato, na época de 1954/1955. Entre 1956 e 1962 é nomeado Árbitro da 2ª Categoria Regional, função que vem a ocupar até 1966.

Os dirigentes dos Árbitros não tardam em reconhecer o seu trabalho e em julgar as suas actuações na direcção dos jogos. Sebastião Pássaro vê-se transferido da Categoria Regional para a 2ª Nacional na época de 1966/1967. Nos quatros anos seguintes, a subida de escalão afigura-se difícil. A época é de “ouro” para a Arbitragem portuguesa que se encontra recheada de grandes valores. Nessa tabela está Sebastião Pássaro.

Foi promovido à 1ª Categoria Nacional na época de 71, até 1975, altura em que termina a sua actividade como Árbitro. Precisamente nesse ano, Sebastião Pássaro estava em observação para Árbitro Internacional, uma última etapa de consagração não cumprida devido ao limite de idade.

Considerado um dos bons exemplos da arbitragem nacional, ficou conhecido pela forma ponderada, séria e justa com que tomava decisões. A sua postura ficou marcada pelo respeito que dava e recebia dos jogadores. Sebastião Pássaro, abraça, com igual empenho, um conjunto alargado de competências. São exemplo as funções de Monitor das Escolas de Candidatos a Árbitros do Distrito de Setúbal; Comissão de Apoio Técnico do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e membro do Júri de Exames de Promoção a Nível Regional e Nacional. Entre 1962 e 1974 integra a Comissão Organizadora dos Jogos Juvenis do Barreiro e, de 1975 até 1991, é responsável Técnico nos Cursos de Aperfeiçoamento e Actualização de Árbitros Regionais e Nacionais e de Delegados Técnicos Regionais e Nacionais, atribuição que o leva a deslocações contínuas dentro e fora do País.

Fonte: “Jornal Rostos”

“Vínculados aos C.T.T.”

 

CTTAMÉRICO CRUZ, Funcuonário dos C.T.T., nasceu no Lugar de Formiga, Freguesia de São Pedro de Castelões (Vale de Cambra),  a 13-07-1919, e faleceu no Hospital de Santo António, no Porto, a 24-09-1991. Neto paterno de avós incógnitos; neto materno de Rosa Margarida Correia e avô incógnito. Casou em Pessegueiro do Vouga, em 11 de Junho de 1950, com Alzira Ferreira Henriques, filha de Hilário Henriques Perfeira e de Laura Maria Ferreira. Tiveram três filhos: Maria Edite, Zulmira e António Ferreira da Cruz.

Foi Carteiro dos CTT, exercendo o serviço de distribuição de correspondência, sucessivamente, na Murtosa; pessegueiro do Vouga; Ílhavo, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra.

Nos últimos sete anos de serviço desempenhou tarefas mais leves, no interior da Estação de Vale de Cambra.

Fonte: “Castelonenses Ilustres”

O Actor Pedro Pinheiro, recordado no dia em que, se fosse vivo, faria 78 anos de idade.

Pedro PinheiroJoaquim José PEDRO da Silva PINHEIRO, Actor, nasceu na Freguesia da Abrigada (Alenquer), a 27-11-1939, e faleceu no Hospital da CUF Descobertas, em Lisboa, a 13-11-2008. Era filho de Guilherme da Silva Pinheiro e de Constança Maria Pedro Pinheiro, terminou o Curso de Teatro do Conservatório Nacional de Lisboa em 1965, após o que iniciou a sua actividade artística, a 12.08.1965, na empresa Tebo – Teatros de Bolso, Lda., no Teatro Villaret

Descobre que quer ser Actor aos quatro anos de idade (com a visão do Amor de Perdição, de Lopes Ribeiro), mas só em 1962, com a entrada no Conservatório, cujo curso termina em 1965, essa opção ganha contornos reais.

Entretanto, para trás tinham ficado Estudos Liceais em Alenquer e Lisboa, Teatro amador na sua terra natal e um atribulado serviço  militar que o levara à Índia e fizera viver a queda dessa colónia portuguesa.

Em 1963, depois de uma passagem pela Casa da Comédia, estreia-se profissionalmente em O Mercador de Veneza, de Shakespeare (encenação de Couto Viana), na Companhia Nacional de Teatro, sediada no Teatro da Trindade. No ano seguinte faz peças infantis do Teatro do Gerifalto.

Após concluir o Conservatório, Pedro Pinheiro ingressa no Teatro da Estufa Fria, dirigido por Augusto Figueiredo. Passa depois para o Teatro Villaret, onde, na Companhia de Raul Solnado, faz, sucessivamente, Braço Direito Precisa-se, de Manuel Frederico Pressler, Desculpe Se o Matei, de Alec Coppel (1965), e A Guerra do Espanador, de Neil Simon (1966).

Em 1967 está no Teatro Nacional Popular (Teatro da Trindade), onde, entre outras peças, interpreta A Esposa Trocada, de Thomas Middleton (encenação de Francisco Ribeiro), e Não se Sabe Como, de Pirandello (encenação de Costa Ferreira), já em 1969. No ano seguinte vai para o Teatro Maria Matos para Tombo do Inferno, de Aquilino Ribeiro (encenação de Igrejas Caeiro), e A Relíquia, de Eça de Queirós/Luís Sttau Monteiro/Artur Ramos (encenação de Artur Ramos), em 1970.

No Teatro Variedades faz então O Contrato, de Francis Veber (encenação de Maria Helena Matos), antes de regressar ao Teatro Infantil na Companhia de Alexandre Vieira.

Em 1971 vamos encontrar Pedro Pinheiro na Casa da Comédia interpretando Uma Tartaruga Chamada Dostoievsky, de Arrabal (encenação de Herlânder Peyroteo). Em 1972 escreve e encena a peça infantil As Aventuras de Batatinha e Casacão.

Em 1975 funda, em regime de sociedade artística, o Teatro do Povo, que, instalado num teatro desmontável no Parque Eduardo VII, levou à cena vários espectáculos: Avenida da Liverdade, de Pedro Pinheiro (encenação do autor), Uma Canção no Pão, de Magalhães Júnior (encenação de Pedro Pinheiro),  O Meu Querido Jorge, de Pedro Pinheiro, segundo Molière (encenação de Pedro Pinheiro), e a peça infantil O Zé Maria, a D. Cigarra e a Senhora Formiga, de Pedro Pinheiro (encenação do autor). Em 1978 está em Guilherme e Marinela, de Viveca Melander (encenação de Ruy de Matos), no Cinema Satélite.

A revista como género teatral incita Pedro Pinheiro a experimentá-la. Escreve e encena Na Corda Bamba, que monta num circo, e Em Frente Marche, na Academia de Santo Amaro.

De parceria com José Jorge Letria escreve e interpreta, em 1981, Ai a Tola (encenação de Maria Dulce), na Sociedade Filarmónica da Amadora.

Em 1982 volta ao palco do Teatro da Trindade para O Processo de Jesus, de Diego Fabri (encenação de António de Cabo), em 1984-1985 escreve, encena e interpreta A Grande Viagem do Pai Natal e Os Sete Pecados Mortais. Ainda em 1985 funda o Talma, Teatro Popular que leva à cena, no Teatro da Trindade, O Regresso da Guerra, de Pedro Pinheiro, segundo textos de Ângelo Beolco (encenação de autor).

No cinema Pedro Pinheiro inicia-se com Uma Vontade Maior. Muito activo em teatro radiofónico, quer como intérprete quer como autor (várias dezenas de peças e folhetins), Pedro Pinheiro tem diversificado o seu trabalho por áreas tão diversas como recitais de poesia, autoria de fados e canções, teatro televisivo, programas infantis na RDP, espectáculos musicais, etc.

Ainda em televisão, para além de Os Malucos do Riso, da SIC, fez parte das novelas, Tudo Por Amor e Fascínios, e as séries Maré Alta, A Minha Família é uma Animação e Capitão Roby.

Publicou dois livros: “Histórias do Palhaço Casacão”, (edição de autor, 1972); “Memórias de Um Miúdo de Oito Anos”, (edição de autor, 1973). Foi galardoado com o Grande Prémio de Teatro Português, em 2000, com a peça “Encontro com a Rita Hayworth”.

Fonte: “Dicionário do Cinema Português 1962-1988” (Jorge Leitão Ramos)

Fonte: “Universidade de Lisboa – Faculdade de Letras Estudos de Teatro”, (Percursos Itinerantes. A Companhia de Rafael de Oliveira, Artistas Associados, Por José Guilherme Mora Filipe; Dissertação de Mestrado, orientada pela Professora Doutora Maria Helena Serôdio, 2007)

Agora que passam 50 ano sobre as chamadas “cheias de Lisboa”, ocorridas em 1967, quero aqui recordar o Padre Luís Celato, um dos grandes obreiros do salvamento de muitas pessoas. O Padre Luís Celato, que ajudou a salvar dezenas e dezenas de pessoas, tem sido completamente esquecido e desconhecido dos portugueses. Aqui fica esta pequena homenagem, depois de, em tempos, ter proposto o seu nome para a Toponímia de Loures, figura, finalmente, na Toponímia de Loures, na Freguesia de Santo Antão do Tojal.

 

Loures 1497LUÍS CELATO, Padre, nasceu em Collato, Údine (Itália), a 12-09-1921 e faleceu em Lisboa, a 07-05-1968. Fez a sua primeira profissão religiosa a 29 de Setembro de 1940, em Albisola. Foi ordenado Sacerdote a 27 de Junho de 1948, em Bolonha. Depois da sua ordenação sacerdotal, partiu para a Ilha da Madeira, onde trabalhou no Colégio Missionário e colaborou com párocos vizinhos. Em 1951 foi destinado a Coimbra. Em 1953 foi encarregado pelos Superiores de fundar a Casa do Sagrado Coração de Jesus, em Aveiro, que durante cinco anos foi Seminário Menor e actualmente é casa de noviciado.

Em 1957 foi para a Paróquia de S. Sebastião, em Loulé, onde trabalhou, primeiro como Coadjutor e depois como Pároco.

Em 1967, a pedido dos Superiores, aceitou pastorear as paróquias de Fanhões e Santo Antão do Tojal (Loures). A sua caridade e a sua extraordinária capacidade de acção manifestaram-se particularmente em Novembro de 1967, quando as suas Paróquias e outras da vizinhança foram atingidas pelas cheias, tendo provocado centenas de mortos e elevados prejuízos materiais. Esteve sempre na primeira linha da ajuda às populações, com o seu automóvel, onde tinha escrito “bombeiros voluntários de emergência”. Faleceu na residência da Igreja do Loreto, em Lisboa. A vida do Padre Luís Celato foi totalmente gasta ao serviço da caridade e do amor para com os mais humildes e pobres.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Loures (*Freguesia de Santo Antão do Tojal).

Fonte: “Dehonianos – Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus”

Margarida de Abreu, Pioneira da Dança em Portugal, na Toponímia de Lisboa, aqui recordada, no dia em que passa mais um aniversário sobre o seu nascimento.

 

Margarida de AbreuMARGARIDA Hoffmann DE Barros ABREU Salomão de Oliveira, Professora, natural de Lisboa, nasceu a 26-11-1915, e faleceu a 29-09-2006. Era filha de António de Barros Mendes de Abreu, Advogado, e de Anna Helena Hoffmann, Professora, de nacionalidade Suíça, veio para Portugal dar lições de francês, alemão e piano. Margarida Abreu teve o seu primeiro contacto aos 12 anos de idade através da ginástica Rítmica Dalcrozeana com as Professoras Kitkat e Sosso Ducas-Schau.

Aos 17 anos partiu para Genebra (Suíça), para integrar o Institut Jacque’s Dalcroze, onde se formou em 1937, e prosseguiu os estudos na Alemanha, no Deuts Che Tanz Schule, em Berlim, seguindo depois para o Hellerau Laxemburg Schule, em Viena de Áustria.

Devido a uma ciática numa perna e costas, deixou a dança e, foi para Inglaterra, onde fez estágios de ensino, em 1947 e 1948 na Sadl er’s Wells, em Londres. Regressou a Portugal com o início da II Guerra Mundial e percebeu que não havia nenhuma tradição balética, em Portugal, e que a dança existente era das revistas do Parque Mayer e das óperas do Coliseu.

Em 1939, a convite do Director do Conservatório Nacional, Ivo Cruz, tornou-se Professora de Dança do Curso de Teatro do Conservatório. No Conservatório deu aulas de Dança teatral, tendo tido como alunos, João D’Ávila, Catarina Avelar, Alina Vaz, Mariana Rey Monteiro, entre outros. Paralelamente integrou, como Coreógrafa, a recém-formada Escola de Bailado de São Carlos, um projecto da Alta Cultura, que durou de 1964 a 1972.

Esteve 18 anos à frente dos Bailados Verde Gaio, onde introduziu a técnica classicista e expressionista, guiada pela dança interpretativa de Mary Wickman e de Isadora Duncan.

Continuou a leccionar no Conservatório, onde esteve durante 50 anos, e no seu estúdio particular, em Lisboa. Do seu extenso trabalho coreográfico, fazem parte, entre outros, “Bailado Setecentista”, “Pastoral”, “O Pássaro de Fogo”, “Serenata”, “Dança do Vento”, “Nocturnos” e “A Menina dos Olhos Verdes”. No cinema, foi coreógrafa de !Amor de Perdição”, “Francisca” e “Os Canibais”, de Manoel de Oliveira.

Ao longo da sua carreira , a Professora Margarida de Abreu, foi agraciada com diversos Prémios ou galardões, tais como a Ordem de Instrução Pública e o Troféu da Casa da Imprensa, ambos em 1979; a Medalha Almeida Garrett, em 1980, e a Medalha de Mérito Artístico do Conselho Brasileiro de Dança, em 1990.

Publicou: Manifesto, em 1946, onde apresenta as directrizes do seu pensamento artístico, e colaborou em Arte de Ontem e de Hoje, em 1948, com o trabalho «Antecedentes do Bailado Moderno».

O seu nome faz parte da Toponímia de:Lisboa (Freguesia do Areeiro, Deliberação Camarária de 26-10-2016, Edital de 10-11-2016, Ex- Rua B à Avenida Almirante Gago Coutinho).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. IV, Publicações Europa América)

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres, de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 4 e 5”

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 10).

A Cultura está de luto, no espaço de dois dias (23 e 24), desapareceram, ainda muito novos, o Actor João Ricardo e o Jornalista e Radialista Pedro Rolo Duarte.

 

Pedro Rolo DuartePEDRO Manuel Madeira ROLO DUARTE, Jornalista e Radialista, natural de Lisboa, nasceu a 16-05-1964 e faleceu a 24-11-2017. Faleceu no Hospital da Luz, onde se encontrava internado. Era filho de António Rolo Duarte, Humorista, Publicitário e Jornalista e da, também, Jornalista, que foi a primeira mulher portuguesa a assinar reportagems desportivas num jornal desportivo e, mais tarde, Chefe de Redacção do semanário Se7e e colaboradora do Jornal de Notícias.

Pedro Rolo Duarte começou no Jornalismo aos 17 anos de idade, a escrever textos para o suplemento juvenil do Correio da Manhã, tornando-se depois colaborador desta publicação e dos jornais Se7e e Independnete. Passou ainda pelas revistas K e Visão.

Foi Editor do suplemento DNA, publicado no Diário de Notícias entre Novembro de 1996 e Janeiro de 2006, e Subdirector deste jornal entre 2004 e 2005. Entre 2009 e 2010 fundou e editou o projecto “Nós” no jornal.

Na Rádio estreou-se em 1984 e, um ano depois, passou para a Rádio Comercial, estação na qual teve vários programas de autor.

Já na Antena 1, assinou os programas “Pedro Rolo Duarte” e “Janela Indiscreta”. Actualmente, partilhava o espaço do programa “Hotel Babilónia”, na Antena 1, com o, também Jornalista João Gobern, e integrou o programa “Central Parque da RTP3.

Pedro Rolo Duarte, era, também Cronista do SAPO 24, onde escrevia todas as Quintas-Feira.

Fonte: “Jornal Expresso”

Fonte: “Jornal Diário de Notícias”