Archive for Fevereiro, 2022|Monthly archive page

Recordamos hoje a Poetisa Maria Manuel Cid, nascida a 29 de Fevereiro de 1922.

MARIA MANUEL Frederico Seixas de Sousa CID Guimarães Neves e Castro, Poetisa, natural da Chamusca, nasceu a 29 de Fevereiro de 1922 e faleceu a 08-06-1994. Era filha de Manuel José de Sousa Cid Carvão Guimarães e de Maria Adriana de Seixas. Casou em 1941 com seu primo, em 3º grau, Vasco Cid Gragera das Neves e Castro, de quem teve quatro filhos. Nascida numa família de abastados lavradores e criadores de touros, durante a sua juventude “fugia” para casa do avô paterno, para montar a cavalo e estar perto do gado bravo e da vida do campo

Apaixonada desde muito cedo pela escrita, cedo começou a esboçar as suas primeiras obras, apenas com doze anos de idade, Maria Manuel Cid ou D. Minela, como era conhecida, retratou como ninguém as vivências da Chamusca e das suas gentes, onde o toiro e o campo foram sempre fonte de inspiração para a sua vasta obra que nos deixou. Originária de uma família ligada aos toiros, seu bisavô foi proprietário de uma ganadaria, que após a morte deste, ficou à responsabilidade de seu avô e do seu tio Norberto.

Aficcionada ao toureio a cavalo e ao forcado, Maria Manuel Cid marcou presença constante nas praças de toiros, onde Mestre João Branco Núncio e Alberto Luís Lopes era figuras de cartaz e posteriormente, António Palha Ribeiro Teles, foi também um dos cavaleiros que muito apreciava. Foi impulsionadora da fundação do Grupo de Forcados Amadores da Chamusca.

Durante muitos anos foram muitos os artistas que com base em obras suas alcançaram êxito, nomeadamente Teresa Tarouca, Maria da Fé, Teresa Siqueira, Carlos Zel, Nuno da Câmara Pereira, João Braga, Rodrigo, Carlos Guedes de Amorim, António Melo Correia e António Moreira da Silva, foram alguns dos artistas que cantaram letras suas. Devido à sua grande personalidade e ao grande amor à Chamusca Maria Manuel Cid foi convidada pelo Grupo de Forcados Amadores da Chamusca para sua madrinha.

Nas homenagens que lhe foram feitas em 1981, no Teatro de São Luiz, em Lisboa, e também na Chamusca, grandes Fadistas interpretaram letras suas. Em 1994 foi organizada uma corrida de touros em sua honra, a que assistiu, já muito doente, em cadeira de rodas. Na festa de fados realizada imediatamente a seguir, com muitos nomes grandes do Fado que a cantaram, já não conseguiu estar presente.

Figura emblemática de todo o Ribatejo, as suas obras literárias “O Meu Nome é Ninguém”; “Minha Terra, Minha Gente” e “Obras Completas de Maria Manuel Cid”, ficarão para sempre na memória de todos.

Maria Manuel Cid é autora de: “Cavalo Alazão”, do repertório de Carlos Guedes de Amorim; “Homem da Lezíria”, “Passeio à Mouraria”, do repertório de Teresa Tarouca; “Toca prá a Unha”, do repertório de Maria do Rosário Bettencourt; “Vem Comigo Rapariga”, “Andam Bailando Sem Deus”, “A Vida Me Fez Fadista”, do repertório Carlos Mendes Pereira; “Deixaste a Vida de Outrora”, do repertório de Sancha Costa Ramos; “as Tuas Mãos, Guitarrista”, do repertório de Cristina Navarro; “Última Tourada Real”, do repertório de Rodrigo; “Ao Meu Galgo de Corrida”, “Braços da Cruz”, ambos do repertório de António Melo Correia; “Rouxinol da Caneira”, do repertório de Carlos Macedo

O seu nome faz parte da Toponímia de: Chamusca (Rua Dona Maria Manuel Cid)

Fonte: “Poesias de Cá”, (de Maria Manuel Cid, de 21 de Maio de 2011)

Fonte: “Chamusca e Chamusquenses”, (de João José Samouco da Fonseca, MG – Editores, 2ª Edição, Outubro de 2001, Pág. 178, 179, 180 e 181)

Fonte: “Poetas Populares do Fado Tradicional”, (de Daniel Gouveia e Francisco Mendes, Edição da INCM, 1ª Edição, Março de 2014)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Oleiros”

ALFREDO MOREIRA, Industrial, nasceu em Sarnadas, Freguesia de Álvaro (Oleiros), a 01-02-1894, e faleceu em Lisboa, a 28-06-1947. Grande Industrial e Capitalista. Homem de largas vistas e de extraordinárias qualidades de trabalho perseverança e energia, conseguiu, pouco apouco, uma cada vez mais sólida posição no comércio de cereais e indústria de moagem, aumentando rapidamente o raio da sua acção até marcar nos principais meios do País a sua forte personalidade.
Foi Director da Companhia de Criação e Comércio de Gados e outras empresas importantes, até que conquistou posição preponderante na Companhia Industrial Portugal e Colónias, de que foi eleito Administrador, e onde introduziu radicais reformas administrativas, com o que aumentou de forma evidente o já grande prestígio da empresa.
Foi, depois, nomeado Administrador Delegado da Empresa Nacional de Publicidade, proprietária do grande rotativo Diário de Notícias, exercendo também forte influência nos rumos da empresa e do jornal, onde ressuscitou empreendimentos arrojados e inteligentes como a Volta a Portugal em Bicicleta, etc.
Foi eleito Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, em 1946 e foi condecorado com a Ordem do Mérito Industrial e da Benemerência.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Oleiros (Freguesia de Álvaro – Rua Alfredo Moreira).
Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 17, Pág. 850 e 1851)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Oeiras”

GILBERTO Diocleano Cardoso MONTEIRO, Médico e Conferencista, natural na Freguesia de Runa (Torres Vedras), nasceu a 22-02-1892 e faleceu em 1974. Formou-se em Medicina na Universidade de Lisboa e fez os Cursos Superiores de Higiene, de Hidrologia e Climatologia. Foi facultativo municipal da Freguesia de Carnaxide (Oeiras), Tenente-Médico Miliciano e assistente contratado do Hospital Militar de Belém de 1944 a 1945.
Gilberto Monteiro foi médico municipal da freguesia de Carnaxide de 1921 a 1961, Chefe dos Serviços Clínicos da extinta fábrica dos Fermentos Holandeses (F.P.F.H.), sediada na Cruz Quebrada, de 1934 a 1962 e, durante a II Guerra Mundial, exerceu no Hospital Militar de Belém, na qualidade de tenente médico miliciano.
Amante do desporto e desportista, G. Monteiro foi um dos fundadores do Sport Algés e Dafundo (SAD), instituição onde, enquanto membro da sua primeira Comissão Cultural, criou a Biblioteca, organizou conferências, exposições e concertos e outras actividades culturais que ali atraíram figuras de relevo como Aquilino Ribeiro, Viana da Mota, Hernâni Cidade e Norton de Matos, entre outros.
Escreveu os seguintes trabalhos científicos e literários: Scalptação, (1937); O Exemplo de Sousa Martins, (1943); Esboço Histórico do Hospital Militar de Belém, (1944). Foi um conferencista de muito merecimento, tendo realizado muitas palestras de divulgação em vários organismos culturais e em especial no Sport Algés e Dafundo, de cuja acção cultural foi o grande animador e onde organizou ciclos de conferências, séries de manifestações intelectuais de fino quilate, em especial uma notabilíssima exposição bibliográfica comemorativa do centenário de Eça de Queirós, além de ter conseguido a instalação de uma biblioteca muito valiosa, cujos catálogos organizou e dirigiu com acrisolado carinho.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Oeiras Freguesia da Cruz Quebrada/Dafundo – Rua Doutor Gilberto Monteiro).
Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 17, Pág. 723)

Faleceu na passada Quinta-feira, Mário de Oliveira, o Padre antifascista que se manifestou contra a guerra colonial e, por isso mesmo, teve problemas com a PIDE e com a Igreja.

MÁRIO Pais DE OLIVEIRA, Padre e Escritor, também conhecido por Padre Mário da Lixa, nasceu na Freguesia de Lourosa (Santa Maria da Feira), a 08-03-1937, e faleceu no Hospital de Penafiel, onde se encontrava internado, a 24-02-2022. Foi ordenado Padre/Presbítero da Igreja do Porto, a 05 de Agosto de 1962. Desde então, até ficar, desde Março de 1973, por decisão pessoal unilateral do Bispo António Ferreira Gomes, na anómala situação canónica de padre sem ofício pastoral oficial, que é aquela em que ainda hoje se encontra, foi sucessivamente coadjutor da Paróquia das Antas, no Porto; professor de Religião e Moral nos Liceus Alexandre Herculano e D. Manuel II, também no Porto; capelão militar na Guiné-Bissau, de onde foi expulso, ao fim de quatro meses, por pregar o Evangelho da Paz aos que lá faziam a Guerra Colonial; Pároco de Paredes de Viadores, Marco de Canaveses, onde, desassombradamente, levou a sério a sua missão de Evangelizar os pobres, o que lhe valeu a exoneração, ao fim de 14 meses, decidida pelo então Administrador Apostólico da Diocese, o Bispo Florentino de Andrade e Silva, esse mesmo que, ao ver-se, ele próprio, 15 dias depois, afastado do cargo, devido ao inesperado regresso do exílio de dez anos do Bispo do Porto, levou com ele, da Cúria diocesana, a prova do crime, concretamente, o decreto comprovativo da exoneração; pároco de Macieira da Lixa, concelho de Felgueiras, em cujo exercício foi duas vezes preso pela Pide em Caxias e outras tantas julgado no Tribunal Plenário do Porto.
Em Maio de 1974, já sem qualquer título pastoral oficial, ainda integrou, a pedido dos próprios, a Equipa de Padres da Zona Ribeirinha do Porto. E, sem deixar esse serviço presbiteral, tornou-se, em Janeiro de 1975, jornalista-delegado no Porto do vespertino República (carteira profissional n.º 492). Quando, um mês depois do 25 de Novembro de 1975, este vespertino acabou, por decisão do novo Poder Político emergente, foi sucessivamente redactor principal dos jornais Página Um, Aqui e Correio do Minho.
Ao completar 50 anos de idade e 25 anos de presbítero, decidiu passar a integrar a pequenina Comunidade Jesuânica de Base “Grão de Trigo” e, com ela, viver organicamente ligado ao povo marginalizado de S. Pedro da Cova. Fundou, aí, juntamente com outros cristãos e cristãs de base, a Associação Padre Maximino, da qual continua a ser presidente da Assembleia-Geral, e lançou o Jornal Fraternizar, de que é director e redactor principal, há 22 anos consecutivos. Desde Fevereiro de 2004, como quem faz jus ao nome, Padre Mário da Lixa, pelo qual continua a ser mais conhecido, passou a viver sozinho numa casinha alugada, em Macieira da Lixa. Como autor, tem mais de 30 livros publicados, todos fecundamente polémicos.
Obras principais: Chicote no Templo (Afrontamento, 1973), Mas à Africa, Senhores, Por que lhes Dais Tantas Dores (Campo das Letras, 1997), Fátima Nunca Mais (Campo das Letras, 1999), Nem Adão e Eva, Nem Pecado Original (Campo das Letras, 2000), Que Fazer com esta Igreja (Campo das Letras, 2001), Em Memória Delas. Livro de mulheres (Campo das Letras, 2002), E Deus disse: do que eu gosto é de política, não de religião (Campo das Letras, 2002), Com Farpas. Mas com Ternura (Ausência, 2003), Ouvistes o Que Foi Dito aos Antigos. Eu, Porém, Digo-vos (Campo das Letras, 2004), Canto(s) nas Margens (Ausência, 2005) e O Outro Evangelho Segundo Jesus Cristo (Campo das Letras, 2005).
Fonte: “Resistência do Fascismo”, (por Helena Pato)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Odivelas”

FRANCISCO José Carrasqueiro CAMBOURNAC, Médico e Professor, nasceu na Quinta do Papel, Rio de Mouro (Sintra), a 26-12-1903, e faleceu em Lisboa, a 08-06-1994. Era filho de Fernando Roque Cambournac e de Maria Carlota Canas Carrasqueiro.
Licenciado em Medicina, especializou-se em Higiene e Medicina Tropical. Estagiou em Paris, Amesterdão e Skoplié.
Professor desde 1942 do Instituto de Medicina Tropical, foi Director deste estabelecimento e do Instituto Português de Malária e Presidente da Sociedade Portuguesa de Educação Sanitária e da Sociedade de Medicina Tropical.
Louvado pela Organização Mundial de Saúde pelo seu contributo para a erradicação da varíola, entre outros galardões recebeu, em 1978, o Prémio e a Medalha Léon Bernard, pelos serviços prestados à humanidade no campo da Medicina Social.
Publicou perto de duas centenas de estudos científicos versando, entre outros temas, a epidemiologia, a parasitologia, a entomologia, a saúde pública, a nutrição, a saúde educacional, a malária, a doença do sono, a febre recorrente, os medicamentos preventivos, a febre-amarela e a geografia humana.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Odivelas (Praceta Francisco Cambournac).
Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 117 e 118).

“O Centenário”

José ROSÁRIO DA SILVA, Artista Plástico, natural de Faro, nasceu a 25-02-1922 e faleceu a 22-08-2010. Foi um dos maiores Artistas farenses da última metade do Século XX. Foi Artista Gráfico, Ceramista, Escultor, Designer, Desenhador, Artista Postal, Mosaicista, Ilustrador, Gravador, Fotógrafo Artístico, Pintor, Tapeçarista, Vitralista, Publicitário, virtuoso da Medalhística, do Desenhador Técnico, Realizador de Cinema.
Na cerâmica elaborou uma série de painéis de azulejos para edifícios dos CTT de o todo o País. Entre estes, destaque para os painéis no Pavilhão da Mala-Posta e no edifício central da Avenida Casal Ribeiro, em Lisboa.
No Cinema levou a cabo pequenos documentários, incluindo montagem e sonorização. Colaborou com o Realizador Manuel Ruas. Na Escultura realizou trabalhos de relevo para a Câmara Municipal de Aveiro, concebeu o símbolo da Cidade da Covilhã, entre outros.
José Rosário da Silva foi aquilo que podemos rotular um Artista público contemporâneo. Rosário da Silva divulgou a sua Arte também pelo País, acompanhando o movimento de renovação das Estações dos Correios. Fê-lo, diga-se de passagem, não como mero pretexto decorativo, como Artista efémero, mas com a cotação e reputação de um verdadeiro Artista. Rosário da Silva foi, sobretudo na Arte Postal.
Nessa área esteve presente na Bienal de São Paulo (Brasil) e na Galeria de Arte em Lisboa Quadrum, juntamente com outros Artistas, como Ana Haterly, Alberto Pimenta e António Aragão. Com rara sensibilidade, Rosário da Silva expressou nas mais diversas formas de arte, nas múltiplas técnicas que estas implicam.
Produziu, foi autor de uma experiência excitante, cultivou uma sensibilidade rara em reconciliação permanente com o seu tempo, a modernidade dos dias, com pleno domínio das diversas experiências em que se expressou.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Faro (Rua José Rosário da Silva)
Fonte: “Câmara Municipal de Faro”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Odemira”

FERNANDO DOS SANTOS AGUDO, Médico, nasceu em Lisboa, a 08-03-1906, e faleceu em Odemira, a 10-04-1989. Era filho de Anacleto Fernandes Agudo e de Adelaide dos Santos Agudo. Licenciado em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina de Lisboa, exercia em Odemira quando foi admitido na XI Legislatura da Câmara Corporativa: em 1973, era Médico Municipal e Director Clínico do Hospital local. O acesso àquele organismo de cúpula do sistema corporativo português resultou da sua integração dos organismos corporativos da lavoura. Assim, era Presidente do Conselho Geral do Grémio da Lavoura de Odemira e representava a Federação das Casas do Povo do Distrito de Beja na Corporação da Lavoura. Assumiu funções na 5ª Subsecção (Produtos Florestais) da III Secção (Lavoura) da Câmara Corporativa, em representação dos trabalhadores. No curto período de funcionamento da XI Legislatura (entre 15 de Novembro de 1973 e o 25 de Abril de 1974), não interveio na apreciação de qualquer proposta legislativa. O âmbito dos projectos de diploma que foram submetidos a parecer da Câmara não implicou a convocação da III Secção, nem foi agregado, a título particular, às secções que discutiram tais propostas. Médico e benfeitor que muito fez por Odemira e pelos odemirenses. Como médico assistia todos, sem olhar a classes e a meios, na sua casa ou pela serra fora. Ajudava pobres e menos pobres, patrocinando uma verdadeira assistência social. Foi um dos grandes responsáveis, senão o maior, pela construção do antigo Hospital de Odemira. A população e o município de Odemira prestaram-lhe homenagem, com a colocação de um busto seu no Jardim Sousa Prado, de autoria do escultor Fernando Fonseca.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Odemira (Vila de Odemira – Rua Doutor Agudo): Freguesia de Vila Nova de Milfontes; Freguesia de São Luís – (Rua Doutor Fernando dos Santos Agudo); Freguesia de Vila Nova de Milfontes –(Rua Santos Agudo).
Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume I de A-L), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 99).

“O Centenário”

MARIA ISABEL Garção DE MENDONÇA SOARES, Escritora e Professora, nasceu em Lisboa, a 24-02-1922, e faleceu na Parede (Cascais), a 24-01-2017. Em 1950 concluiu o Curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa. Autora e Tradutora de literatura para a infância e juventude
Tem-se dedicado ao Magistério no Ensino Técnico e na Escola de Educadores de Infância. Maria Isabel de Mendonça Soares colaborou ainda com várias publicações para a infância, algumas das quais ligadas à Mocidade Portuguesa, como Lusitas, Fagulha, Girassol, Camarada, Pisca-Pisca e Farol..
Especialista em literatura infantil, cultivou o conto e o teatro, difundido pela rádio e pela televisão. Foi Directora-Adjunta do jornal infantil Fagulha.
Obras principais: O Cordeirinho do Menino Jesus, (1952); O Marujinho Que Perdeu o Norte, (1958); A Vida Fascinante de Luísa Todi, (1962); Primeira Aventura no Mindo das Cores e dos Sons, (1969); Primeira Aventura no Mundo das Palavras, (1969); Primeira Aventura no Muindo do Raciocínio, (1969); Naquele Tempo Havia Um Pescador, (1971); e Os Tamanquinhos de Pau, (1973). O Marujinho Que Perdeu o Norte, (2ª Edição, 1976); Sete Cabeças a Pensar, (1979); O Grande Livro dos Animais, (1986); Quadrilha do Gato Maltês, (1990); De Inverno Também Faz Sol, (1990); As Amêndoas do Padrinho Pascoal, (1990); As Vacanças da Josette, (1990); A Bíblia Sagrada, (tradução, 1997); Bíblia das Crianças, (1997); O mar na Cultura Popular Portuguesa, (1998); Histórias de Encantar, (1998); Logo se Vê, (1999); A Panela Mágica, (1999); O s Três Porquinhos, (1999); Verde é a Esperança, (2000); O Nabo Gigante, (2001); Era Uma Vez e Talvez Seja Ainda, (2001); O Castelo de Queijo, (2002); Os Bons Piratas, (2004); A Dança dos Anjos, (2005); Beck e a Guerra das Amoras, (2006); Histórias Para Ler e Contar, (2009); O Flautista de Hamelin, (2010); O Gato das Botas, (2010).
Fonte: “VELBC – Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura”, (Volume 17, Pág. 359 e 360).
Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Volume V, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas; Publicações Europa América, Coordenação de Ilídio Rocha, Julho de 2000, Pág. 244 e 245)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Óbidos”

José Teodoro dos Santos FORMOSINHO SANCHES, Médico e Político, natural de Lisboa, nasceu a 29-08-1895 e faleceu em 1965. Era filho de Sebastião Formosinho Sanches e de Claudina Franco dos Santos Formosinho Sanches. Licenciado em Medicina, em 1913, pela Faculdade de Medicina de Lisboa, com a tese A Acção dos Sais de Bismuto na Sífilis.
Foi Médico da Assistência Nacional aos Tuberculosos, de 1923 a 1945, em 1929 foi nomeado 1º assistente do Sanatório da Ajuda, de que foi Subdirector e Director, cargo que desempenhou em 1959, Director do Dispensário Policlínico Central da Junta da Província da Estremadura.
Foi, ainda Presidente da Direcção da Caixa de Previdência dos Médicos Portugueses. Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Presidente da Junta de Freguesia de Santiago, em Lisboa.
Pertenceu à União Nacional e à Mocidade Portuguesa, tendo chegado a ser Vice-Presidente da Comissão Concelhia da União Nacional e Vice-Presidente da Comissão Distrital da União Nacional de Lisboa.
Foi Deputado no Estado Novo de 1938 a 1949, eleito pelo círculo eleitoral de Faro, na IV Legislatura, tendo pertencido às Comissões do Trabalho, Previdência e Segurança Social. Durante estes três mandatos em que teve assento no hemiciclo, Formosinho Sanches chamou a atenção do governo para a falibilidade dos contadores de chamadas da Companhia dos Telefones, cujos defeitos de funcionamento acarretavam prejuízos ais utentes desse serviço.
Como corolário da sua actividade Médica e Assistencial, Formosinho Sanches foi condecorado com a Medalha de Ouro de Filantropia, Mérito e Generosidade e com as Cruzes de Benemerência e de Mérito da Cruz Vermelha.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Óbidos (Freguesia da Amoreira – Rua Doutor Formosinho Sanches).
Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume II de M-Z), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 519 e 520).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Nordeste”

ANTÓNIO ALVES OLIVERA, Político, natural da Freguesia de Nordestinho (Nordeste), nasceu a 20-05-1847 e faleceu a 13-02-1936. Homem de visão futurista, foi considerado a maior Figura política do concelho do Nordeste do Século XIX. Sendo responsável por projectos de construção ambiciosos.
António Alves de Oliveira era simultaneamente escrivão da Câmara e Juiz Ordinário, responsável pela vaga de modernização, no Concelho de Nordeste, dos finais do século XIX.
A António Alves de Oliveira se devem a reparação e conservação das estradas do nordeste, construção da Estrada da Vila do Nordeste/ Santo António Nordestinho, lanços entre a Nazaré/Pedreira, Caminho do Farol e da Tronqueira, reparação do Porto da Achada, reconstrução do Cais e Varadouro do Nordeste, edificação do 1º farol dos Açores, 1876, Farol do Nordeste, da Ponte do Nordeste e das pontes que atravessam as ribeiras do concelho entre Pedreira e Santo António.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Nordeste (Rua António Alves Oliveira).
Fonte: “Estatuária Micaelense”, (por João Freitas e Rita Freitas)