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“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Felgueiras”

 

Câmara Municipal de FelgueirasJOSÉ JOAQUIM COIMBRA, Juiz, nasceu na Freguesia de Borba de Godim (Felgueiras), a 18-08-1882, e faleceu em Lisboa, a 04-10-1950. Era filho de António Inácio Coimbra e de Bernardina Teixeira Leite Coimbra. Foi Governador Civil de Vila Real de 21 de Novembro de 1914 a 30 de Dezembro de 1914. Aluno brilhante, após formar-se em Direito na Universidade de Coimbra, abraçou a carreira da Magistratura.

Foi Delegado do Procurador da República em Lousada, Juiz da 1ª Vara em Braga e Presidente do Tribunal da Relação do Porto. Nomeado Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça em 24.11.1948. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça à data da sua morte.

Foi Magistrado Judicial, Governador Civil, Conselheiro, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, membro do Conselho de Estado.

Marcou os seus colegas e amigos pela afabilidade do seu trato, pela sobriedade dos seus hábitos e por uma larga cultura literária e humanística. No seu funeral participaram as mais altas figuras de Estado e centenas de pessoas. Publicou, pelo menos, duas obras de natureza poética.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Felgueiras (Freguesias de Borba de Godim e de Lixa – Praça Doutor José Joaquim Coimbra).

Fonte: “Ministério do Interior. Direcção-Geral de Administração Política e Civil, Nomeação e exoneração dos Governadores Civis efectivos e substitutos”; )Notícias de Felgueiras, ano XVI, nº 798 (1950); Eduardo de Freitas,Felgerias Rubeas.Subsídios para a história do concelho de Felgueiras, Felgueiras,1960; O Primeiro de Janeiro, de 30.5.1965; C. Quintela Teixeira, Finitos infinitos da Felgerias Rubeas, Porto, 1994).

Recordamos hoje o Professor , Poeta e Político,Joaquim Namorado, no dia em que passa mais um aniversário do seu nascimento.

 

Joaquim NamoradoJOAQUIM Vitorino NAMORADO, Professor , Poeta e Político, nasceu em Alter do Chão, a 30-06-1914, e faleceu em Coimbra, a 29-12-1986. Frequentou o Liceu em Portalegre e depois inscreveu-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, onde fez os Preparatórios para a Escola Naval e, em seguida, o Curso de Ciências Matemáticas, que completará, depois de várias interrupções, em 1943.

Em 1935, foi eleito para a Direcção do Centro Republicano Académico. Afastou-se da Esquerda Republicana e ligou-se ao Partido Comunista Português. Esteve várias vezes preso por motivos políticos (a primeira em 1938, acusado de distribuir panfletos do Bloco Académico Anti-Fascista, acusação pela qual foi julgado no Tribunal Militar Especial do Porto e absolvido por falta de provas).

Em 1943, foi um dos organizadores do MUNAF em Coimbra, no ano seguinte encontra-se entre os membros dos Grupos Anti-Fascistas de Combate (GAC), aderiu ao MUD e, em 1948, fez parte da Comissão Concelhia de Coimbra de apoio à candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República.

Entre 1944 e 1948, leccionou em Colégios de Coimbra, mas o Diploma de Professor do Ensino Particular foi-lhe retirado e ficou impedido de desempenhar funções públicas, situação que só se alterou depois do 25 de Abril de 1974.

Entre 1950 e 1959, mantém-se na clandestinidade e, em 1962, volta a ser preso pela polícia política, acusado de pertencer ao Partido Comunista e às Juntas Patrióticas, tendo estado internado em Caxias.

Foi Professor Liceal, até que, após o 25 de Abril de 1974, ingressou na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra como docente. Será no ambiente coimbrão que há-de ajudar a desenvolver, com Fernando Namora, Políbio Gomes dos Santos, Augusto dos Santos Abranches e alguns mais, o movimento neo-realista, colaborando nos Cadernos de Juventude (1937) e na revista Altitude (1949).

Em 1974. Foi convidado para exercer funções docentes na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde se manteve até atingir o limite de idade.

Em Janeiro de 1978, assinou um manifesto dirigido ao Povo Português, protestando contra o governo de coligação entre o Partido Socialista e o Centro Democrático Social, que estava prestes a constituir-se.

Em 1982, foi eleito para a Assembleia Municipal da Figueira da Foz. Empenha-se na actividade da Associação de Amizade Portugal-RDA. Em 1983, a Assembleia Municipal e o Executivo da Câmara Municipal de Coimbra atribuíram-lhe a Medalha de Ouro da Cidade.

Foi um dos colaboradores da colecção de poesia «Novo Cancioneiro» (1941). Colaborou também nos jornais O Diabo e Sol Nascente e nas revistas Seara Nova e Vértice, sendo redactor desta última até 1981.

Os seus poemas estão marcados por uma atitude que se assume polemicamente, sobretudo no sentido de irem ao encontro de uma intencionalidade de natureza social e política.

Obras principais: Aviso à Navegação, (Coimbra, 1941); Vida e Obra de Federico Garcia Lorca, (Coimbra, 1953); Incomodidade, (Coimbra, 1945); A Poesia Necessária, (Coimbra, 1966); Zoo, (Coimbra, 1984).

Em 1983, na sequência de uma significativa homenagem por iniciativa do jornal Barca Nova, a Câmara Municipal da Figueira, instituiu “Prémio do Conto Joaquim Namorado”, que foi suspenso por Santana Lopes, aquando o seu mandato como Presidente de Câmara

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica); Alter do Chão; Amadora; Loures (Freguesia de Unhos); Seixal (Freguesia de Amora); Sesimbra.

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. IV, Organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bubliotecas; Coordenação de Ilídio Rocha; Publicado por Publicações Europa América; Edição; Pág. 553)

Fonte: “Candidatos da Oposição à Assembleia Nacional do Estado Novo (1945-1973). Um Dicionário”, (de Mário Matos e Lemos, Luís Reis Torgal, Coordenador, Colecção Parlamento, Edição da Assembleia da República, 1ª Edição, Lisboa, Outubro de 2009, Pág. 212 e 213).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 380)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Faro”

 

Câmara Municipal de FaroJOSÉ FERREIRA DA SILVA, Jornalista, nasceu em Loulé, em 1870, e faleceu em Faro, a 21-01-1949. Funcionário de Obras Públicas. Ainda jovem foi para Faro, onde se empregou como Funcionário das Obras Públicas, fundando em 1908, de parceria com o Dr. Artur Águedo Miranda e Luís Mascarenhas, o semanário «O Algarve», do qual foi administrador durante muitos anos, assumindo a direcção desde 8-2-1920 até à morte.

A sobrevivência deste semanário foi justamente o leitmotiv de toda a sua vida, a ele dedicando o melhor do seu esforço durante 42 anos, consentindo apenas por motivos alheios à sua vontade, devido a uma greve dos correios, que o jornal não saísse a horas numa única semana.

Não era aquilo a que se pode chamar um jornalista, visto que pouco colaborava na redacção da folha que dirigia, porém era um verdadeiro perito na organização e funcionamento da sua tipografia. Politicamente era conservador e creio que perfilhava ideias monárquicas, muito embora nunca tivesse afrontado o novo regime, cuja institucionalização democrática sempre respeitou.

Era fervorosamente católico e praticante, irmão e secretário da Venerável Ordem Terceira do Monte do Carmo durante cerca de 35 anos, à qual prestou relevantíssimos serviços. Quando faleceu legou a seu filho, Artur Serrão e Silva, a direcção de «O Algarve», o qual, tal como o seu progenitor, fez do jornal, da sua publicação e continuidade, a razão de ser de toda a sua existência. Aliás, também vendeu os bens e propriedades que possuía, nomeadamente os terrenos de Gambelas, para que a publicação do jornal nunca fosse posta em causa.

O coração do “Silvinha” também não resistiu aos novos ventos de mudança, suscitados com o «25 de Abril», falecendo em Dezembro de 1980. Sucedeu-lhe na direcção do jornal a irmã, D.ª Basilisa Conceição Serrão e Silva, que pouco depois vendeu a propriedade do jornal a José do Carmo Lopes Martins, com a promessa de nunca suspender a publicação do jornal, o que cumpriu na íntegra.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Faro (Rua José Ferreira da Silva)

Fonte: “A Imprensa Republicana no Algarve”, (Por José Carlos Vilhena Mesquita)

Hoje vamos recordar, no seu centenário, o Professor Eduardo Pacheco.

 

Liceu de Ponta DelgadaEDUARDO de Andrade PACHECO, Professor, natural da Freguesia de São Roque (Ponta Delgada), nasceu a 29-06-1919. Após ter concluído o Exame da 4ª Classe, o seu Professor, José de Almeida Pavão aconselhou os pais para que prosseguisse estudos, coisa rara para aquele tempo, pelo que foi o primeiro aluno daquela comunidade a ingressar no ensino secundário, em Ponta Delgada.

Assim, em Outubro de 1931 matriculou-se no Liceu Antero de Quental, tendo concluído, com distinção, o Curso Complementar de Ciências, ingressado, em 1937, na Faculdade de Ciências Físico-Químicas da Universidade de Lisboa; e, já Licenciado, foi convidado para Professor-Assistente, lugar que declinou, pois o seu grande desejo era regressar à terra para se ligar, definitivamente, à Mulher que foi o grande amor da sua vida.

A partir do ano lectivo de 1944/45, ingressou no quadro docente do Liceu de Ponta Delgada. Em 1964, assumiu as funções de Vice-Reitor e, de 1969 a 1974, as de Reitor, acumulando, também, as de Director da Escola do Magistério Primário.

Em 1975 quando, por imperativo legal, os Reitores dos Liceus cessaram funções, foi requisitado para a Universidade dos Açores, podendo acompanhar a transferência dos serviços provenientes da integração da Escola do Magistério no Centro Integrado da Formação dos Professores e, depois, do próprio Departamento de Ciências de Educação. Aposentou-se por limite de idade.

Para além dum profissional muito competente, o Dr. Eduardo Pacheco foi o que pode dizer-se um prestante cidadão de S. Roque, onde sempre residiu e constituiu família. Conhece, praticamente, todas as famílias ali residentes, visitava os mais desprotegidos, através das conferências vicentinas e ainda da Caritas e subiu, muitas vezes, até aos poderes públicos para solicitar uma ajuda aos que mais precisavam, encontrando aí, por vezes, os seus antigos alunos em lugares de chefia.

Católico praticante, foi durante longos anos catequista, cooperando em várias actividades organizadas pela sua Igreja. Na senda de seu Pai mantém-se como cultivador e produtor de ananases, tendo pertencido aos órgãos sociais do então Grémio dos Exportadores de Frutas. Hoje, é o único Professor efectivo sobrevivo do antigo Liceu de Ponta Delgada e, apesar de rondar os 90 anos, ainda conserva uma grande lucidez de espírito e participa, sempre que pode, em eventos promovidos por antigos alunos.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Ponta Delgada (Rua Doutor Eduardo Andrade Pacheco)

Fonte: “Câmara Municipal de Ponta Delgada”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Fafe”

 

Câmara Municipal de FafeJOÃO CRISÓSTOMO, Jornalista e Poeta, nasceu em Prazins (Guimarães), em 1861, e faleceu em Fafe, a 25-02-1895. João Crisóstomo é conhecido como o um dos fundadores e primeiro Presidente e Comandante dos Bombeiros Voluntários de Fafe (19 de Abril de 1890). Ainda muito jovem, ligou-se ao jornalismo, fundando e dirigindo jornais.

Foi o fundador e primeiro Director do semanário O Desforço (21 de Setembro de 1892), que ainda se publica, estando ainda ligado ao Calvário da Granja (1886-1888) e Gazeta de Fafe (1889).

Foi um militante do partido Regenerador de Fafe. João Crisóstomo foi ainda Vereador da Câmara Municipal de Fafe, até à sua prematura morte, com apenas 34 anos de idade. Seis anos após a sua morte, Artur Pinto Bastos reuniu os seus poemas e publicou um pequeno livro com o título de “Versos”.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Fafe (Rua João Crisóstomo).

José dos Santos Ferreira, um Escritor Macaense, recordado no dia em que faria 100 anos de vida.

 

10.ESPAÇOS VERDES E DE LAZERJOSÉ DOS SANTOS FERREIRA, Escritor, natural de Macau, nasceu a 28-06-1919 e faleceu a 24-03-1993. Poeta, novelista, cronista e jornalista amador. Frequentou o Liceu Central de Macau e foi Professor de Português a chineses. Grande defensor do patuá de Macau, onde é mais conhecido por Adé, caracteriza-se por uma produção que privilegia o dialecto macaense, trabalhando incansalvelmente na sua divulgação. Foi Secretário-Geral da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, fez parte da Mesa Directória da Santa Casa da Misericórdia de Macau e da direcção do Clube de Macau e foi Presidente do Rotary Club de Macau. Foi também dinamizador do associativismo desportivo. Tem vasta colaboração em jornais e revistas de Macau, Hong-Kong e Portugal: Diário de Macau, Gazeta Macaense, Comunidade, China Mail, Diário de Notícias, Diário do Norte e Diário Popular. Foi também colaborador da Agência Associated Press. Em 1979 foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa, com o Grau de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique, e em 1984 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural pelo Governador de Macau.

Obras principais: Escandinávia: Região de Encantos Mil: Crónicas e Apontamentos de Viagem, (1961); Macau Sã Assi, (1968); Qui-Nova, Chencho, (1974); Papiá Cristam di Macau: Epítome de Gramática Comparada, (1978); Bilhar e Caridade, (1982); Camões, Gandi na Naçám, (1982); Poéma de Macau, (1983); Macau di Tempo Antigo, (1985); Natal: Amor, Paz, Alegria, (1986); História de Maria e Alferes João, (versão portuguesa da novela Estória di Maria e o Alféris Juám, 1987); Macau: Jardim Abençoado, (1988); Acunga Natal Qui Nôs Já Sunhá, (1988); Sã Natal, Jesus Já Nacê, (1989); Luz di Natal, (1990); Dóci Papiaçám di Macau, (1990); Natal Cristám, (1991); Poéma na Língua Maquista, (1992).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. IV, Publicações Europa América)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Évora”

 

Câmara Municipal de ÉvoraANTÓNIO Pedro Carreta PASSAPORTE, Fotógrafo, nasceu na Freguesia da Sé, (Évora), a 24-02-1901, e faleceu em Lisboa, em 1983. Filho de José Pedro Braga Passaporte e de Helena Maria Carreta Passaporte. António Passaporte, foi um verdadeiro artista técnico em Fotografia, para quem não havia segredos e também pai do pintor Rodolfo Passaporte. Estreou-se como Fotógrafo em Moçâmedes em 1912, como ajudante de seu pai, que foi fotógrafo privativo do rei Dom Carlos, numa reportagem fotográfica da visita do general Norton de Matos, como governador geral de Angola, ao distrito de Moçâmedes. A par da fotografia, praticou igualmente a arte da Talma, quando novo no Ultramar, entrando em pequenas comédias, que eram representadas para a mocidade do seu tempo. Ao regressar de Angola com seus pais em 1917, estudou na Escola do Padre Lobato, em Évora, mostrando vocação para o desenho e para a pintura a guache, bem como para colorir fotografias. Mais tarde, já em Lisboa, nos anos 20 e 30, frequentou a Escola Comercial Ferreira Borges, que funcionava, naquela época, no Liceu Passos Manuel, em classe nocturna. Estudou Mímica com o realizador italiano, Rino Lup, que aproveitando os intervalos das filmagens, procurava preparar jovens para a 7ª Arte. Empregou-se como guarda-livros, na Livraria Ferin, em Lisboa, onde conheceu o então jornalista Reinaldo Ferreira (Reporter X), que na companhia do cineasta espanhol Ballesteros, o convidou para ir para Espanha. Seguiu para Espanha, onde, passado algum tempo, se empregou nos laboratórios cinematográficos «Madrid Film», onde trabalhou alguns anos. Em Espanha foi obrigado a servir no Exército, como fotógrafo. Regressado a Portugal, depois de tantos anos de ausência, teve de se valer de velhos amigos para arranjar trabalho, tendo conseguido arranjar trabalho, como fotógrafo, na Revista Municipal. António Passaporte, esteve estabelecido na Rua Luciano Cordeiro, 88 rc, em Lisboa, é sem dúvida um dos mais distintos artistas fotógrafos em postal turístico, além as notáveis colecções desdobráveis sobre os Palácios Nacionais de: Queluz, Ajuda, Pena, Sintra e Mafra e o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães. Além destes monumentos, tem ainda as regionais, como: Abrantes, Barcelos, Covilhã, Évora, Elvas, Faro, Figueira da Foz, Leiria, Póvoa de Varzim, Santarém, Sesimbra, Tomar, Viana do Castelo, Vila Franca de Xira e Vouzela.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Évora (Rua António Passaporte); Oeiras.

Fonte: “Arquivo Histórico Municipal de Cascais, 1ª Edição, Junho de 2012”

Recordamos hoje, no dia em passam 100 anos sobre o seu nascimento, o Médico e Político Ramon La Féria.

 

Ramon La FériaRAMON Machado de LA FÉRIA, Médico e Político, nasceu em Serpa, a 27-06-1919, e faleceu em Lisboa, a 24-05-2003. Filho de uma família de proprietários liberais alentejanos. Seu pai, Ramon Nonato de La Féria, a quem seguiu as pisadas de republicano, Maçon e Médico, tinha militado no Partido Evolucionista e desempenhara papéis de alta responsabilidade na resistência maçónica ao salazarismo e no apoio de retaguarda aos antifascistas de Espanha e França. Politicamente, a geração de Ramon Machado foi chamado à acção no final da guerra.

Participou no MUD Juvenil ( a cuja direcção académica pertenceu, a convite de Mário Soares), foi preso no seu rescaldo (1947, numa vaga que originou movimentações em toda a academia e que atraiu a repressão pesada das autoridades do Estado Novo). Participou depois em tentativas revolucionárias (como a de 1952, organizada pelo Capitão Henrique Galvão, na sequência da qual foi preso) e em campanhas de desgaste do salazarismo (como a campanha eleitoral de Humberto Delgado, em 1958). Em 1968, tomou parte, na campanha de Mário Soares, em encontros promovidos por Melo e Castro, Presidente da comissão executiva da União Nacional, destinados a explorar as possibilidades de envolvimento da Oposição numa abertura controlada do regime (a chamada «primavera marcelista»). Diplomado em Medicina em 1950, Ramon de La Féria especializou-se em anestesiologia e reanimação. Fez carreira em estabelecimentos públicos de saúde, designadamente o Hospital Pulido Valente. Integrou a lista que ganhou os corpos gerentes da Ordem dos Médicos em 1973.

Após o 25 de Abril de 1974, foi membro do MDP e foi, mais tarde, filiado no Partido Socialista. Entre 1990 e 1993 desempenhou as funções de grão-mestre da Maçonaria, sucedendo no cargo a Raul Rego. Representa a comissão de romagem do 05 de Outubro e preside à Comissão Permanente dos Centros Republicanos de Lisboa.

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Estremoz”

 

Câmara Municipal de EstremozJOÃO DE SOUSA CARVALHO, Compositor, natural de Estremoz, a 22-02-1745, onde foi baptizado em 22-02-1745, e faleceu em 1798. Estudou música no Colégio dos Reis Magos, em Vila Viçosa, e em Nápoles. Regressou a Portugal em 1767 e logo em 1769 estreou a sua ópera cómica “L’Amore Industrioso”, que conheceu notável êxito. Fixado em Lisboa, foi Professor no Seminário (onde teve por discípulos, entre outros, Marcos Portugal) e Mestre dos príncipes.

Compôs óperas e serenatas, tocatas para cravo e música coral religiosa (missas, salmos, O Salutaris, Tamtum Ergo e Te Deum), tendo sido no seu tempo o maior compositor português. Com as suas óperas “L’Amore Industrioso”, em 1769, considerado a sua obra-prima, “Eumene”, em 1773, “Persco”, em 1779, “Tomiri”, em 1783, “Numa Pompílio”, em 1789, “Seleuco, Rei da Síria” em 1781, e “Endimione”, em 1783, etc. É tido como o melhor compositor de óperas que houve em Portugal.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Estremoz (Rua João de Sousa Carvalho); Seixal (Freguesia de Fernão Ferro).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 29, Pág. 847)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, 2008, Pág. 132).

Fonte: “Dicionário Histórico e Biográfico de Artistas e Técnicos Portugueses”, (de Arsénio Sampaio de Andrade, 1ª Edição, Lisboa, 1959, Pág. 45)

Recordamos hoje, no dia em que faria 100 anos, o Desportista e Árbitro Manuel Lousada.

 

Manuel LousadaMANUEL LOUSADA Rodrigues, Desportista e Árbitro, nasceu na Freguesia de Vale de Santarém (Santarém), a 26-06-1919, e faleceu no Hospital de Santarém, a 07-05-2011. Manuel Lousada foi Árbitro nacional e internacional, e distinguiu-se também como formador ao serviço da Comissão Técnica Nacional e Distrital.

Homem multifacetado, o malogrado árbitro foi praticante de Futebol, Basquetebol e Ténis de Mesa. No “desporto rei” foi federado entre 1938 e 1948, representando clubes como o Grupo Futebol Empregados do Comércio, o Grupo Desportivo dos Ferroviários, o Sporting Clube Ribeirense, o Sport Grupo Scalabitano “Os Leões”, tendo ainda sido seleccionado, por duas vezes, para representar a selecção de Santarém.

Mas foi na Arbitragem que mais se distinguiu. Ascendeu a árbitro de primeira categoria na época 1953/1954 e logo dirigindo o clássico, FC Porto – Sporting. Tornou-se internacional em 1961/62, permanecendo na elite mundial até 1968/69, tendo participado nas principais competições nacionais e internacionais. A saber: Taça dos Clubes Campeões Europeus, Taça das Taças, Taça das Cidades com Feira, Fase final do Campeonato Mundo Militar, Torneio Internacional de Juniores da UEFA, jogos entre Selecções “A” e Taça de Portugal.

Foi distinguido com a Medalha de Mérito Desportivo que lhe foi atribuída pelo Ministério da Educação, foi considerado o melhor árbitro do ano em 1961, galardoado com as insígnias da FIFA em 1967, e recebeu a Medalha de Bons Serviços Desportivos da Comissão Central de Árbitros e da Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, a Medalha de Ouro ao Mérito da Federação Portuguesa de Futebol, a elevação a Sócio de Mérito e Sócio Honorário da Associação de Futebol de Santarém e a placa de Bons Serviços e Mérito atribuída pela Câmara Municipal de Santarém.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Santarém (Freguesia de Marvila – Rua Manuel Lousada Rodrigues).

Fonte: “Jornal O Mirante Online, Edição de 12-05-2011”