Archive for Setembro, 2023|Monthly archive page

“Toponímia com Ligações ao Fado”

TERESA GOMES – Teresa Baptista Gomes de Almeida, de seu nome completo. Actriz e Fadista, natural de Lisboa, nasceu a 26-11-1882, e faleceu a 13-11-1962. A sua vocação para o teatro despertou quando ela tinha 26 anos, numa viagem a bordo de um paquete vindo do Brasil durante a qual entrou em contacto com a companhia teatral de Afonso Taveira e com o seu futuro marido, o Actor Álvaro de Almeida.

Pouco depois do desembarque em Lisboa fez a sua estreia no Teatro da Trindade, interpretando pequenas rábulas. Entretanto, tendo-se afirmado uma artista cómica de boa classe, passou para o teatro de São Luís, onde fedinitivamente se consagrou na revista Pé de Meia, de Eduardo Schwalbach. Depois deste triunfo, outros se lhe seguiram, ficando memoráveis algumas das suas criações no José do Telhado, na Massaroca, nos Dois Garotos, etc.

Era uma Actriz muito popular e estimada pelas plateias. Também fez cinema. Em 06-10-1959, realizou-se no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a sua festa de despedida, com lotação esgotada, na qual participaram muitos artistas.

O Actor Eugénio Salvador e o elenco do Teatro Maria Vitória reviveram um dos melhores momentos da última revista em que Teresa Gomes entrou: Encosta a Cabecinha e Chora. Américo Covões, empresário do Coliseu, pela mão de Costinha, ofereceu-lhe um valioso medalhão com a data da homenagem e uma legenda, e Luís de Oliveira Guimarães, em representação da Sociedade dos Escritores e Compositores Teatrais, saudou-a em termos entusiásticos.

Na longa actividade na revista podem salientar-se os papéis em “Pé-de-Meia”, “A Maçaroca”, “Dois Garotos”, etc. Onde a sua veia cómica atingiu o mais elevado grau, assim como nos filmes, “Lisboa, crónica anedótica”, de 1930, “A Canção de Lisboa”, de 1933, “O Pai tirano”, de 1941, “Fátima, terra de fé”, de 1943, “Os vizinhos do Rés-do-Chão”, de 1947, e “O Costa de África”, de 1954.

Teresa Gomes, para além de grande Actriz, também cantou o Fado, acompanhada à Guitarra por Fernando de Freitas.

Em 12-10-1959, o Chefe do Estado, no Palácio de Belém, agraciou-a com as insígnias da Ordem de Sant’Iago.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica – Rua Teresa Gomes), Amadora (Praceta Teresa Gomes); Lisboa (Freguesia de São Domingos de Benfica – Rua Teresa Gomes; Edital de 25-10-1971, ex-Rua Projectada à Rua António Nobre), Seixal (Freguesia de Fernão Ferro – Rua Teresa Gomes; Freguesia da Torre da Marinha – Praceta Teresa Gomes); Sesimbra (Rua Teresa Gomes); Setúbal (Azeitão – Praceta Teresa Gomes); Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem Martins – Rua Teresa Gomes).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 12, Pág. 525)

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres, de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 487”

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 255).

Fonte: “Lisboa, o Fado e os Fadistas”, (de Eduardo Sucena, Vega Editora, 2ª Edição revista e ampliada, 2002, Pág. 97)

“Pessoas Vinculadas aos CTT”

MARIA SCHULTYZ – Maria Amélia Schulyz Certã Sarmento, de seu nome completo, natural de Lisboa, nasceu a 07-03-1914, e faleceu em data que não consegui apurar. Era filha do Jornalista Aelxandre Certã. Mulher do Actor António Cohen Sarmento. Fez o Curso de Arte de Representar no Conservatório Nacional de Lisboa, onde obteve o Prémio Eduardo Brasão.

Iniciou a sua carreira artística em 1942, no Teatro da Trindade, na mágica A Lenda dos Sete Cravos.

Trabalhou em quase todos os Teatros de Lisboa e fez digressões às Ilhas e àsex-Províncias Ultramatinas.

Em 1962, integrada no elenco do Teatro Moderno, de Lisboa, representou em Paris, no Teatro Lutèce, a peça O Tinteiro, de Carlos Moniz (Festival do Teatro das Nações).

Interpretou um papel no filme Nazaré. Dirigiu, com seu marido, desde 1956, o Grupo Cénico dos CTT.

Trabalhou na Televisão e na ex-Emissora Nacional, além de outros postos de Rádio.

Fez o Curso de Encenação dirigido pelo Professor Erwin Meyenburgo, em 1953.

Participou em alguns filmes, entre eles: Um Homem do Ribatejo, (de Henrique Campos, 1946); Nazaré, (de Manuel Guimarães, 1952); O Urso, (de Artur Ramos, 1958); Um Rapaz de Confiança, (de Pedro Martins, 1963); A Montanha de Gelo, (de Pedro Martins, 1963); 9 Rapazes e Um Cão, (de Constantino Esteves, 1964); O Crime da Aldeia, (de Manuel Guimarães, 9164); raição Inverosímel, (de Augusto Fraga, 1971); Cântico Final, (de Manuel Guimarães, 1976); Antes a Sorte Que Tal Morte, (de João Matos Silva, 1981).

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”, de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, (1981,Pág. 1191)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Salvaterra de Magos”

JOSÉ HENRIQUES LINO. Engenheiro, natural de Salvaterra de Magos, nasceu e faleceu em datas que não consegui apurar. Era filho do Lavrador Francisco Ferreira Lino. No ano de 1939, já era um benemérito e disso transmitiu aos seus filhos. A família entre muitas terras de agricultura, vivia na Ómnia, uma grande propriedade.

José Henriques Lino, estudou e Licenciou-se em Agronomia, foi Professor na Escola de Regentes Agrícolas de Santarém.

José Henriques Lino, foi benemérito da Misericórdia local, era na sua Adega, que se procedia aos leilões dos Cortejos de Oferendas, para aquela instituição de caridade de Salvaterra de Magos.

Um dia, o Executivo Camarário teve em mãos o grande projecto de construir uma grande Escola Secundária (Escola Gregório Fernandes), uma necessidade no Concelho. Na falta de terreno negociou com a família Lino e, da Ómnia, foi retirado um terreno, para a construção da Escola. Anos mais tarde, com o alargamento do Parque Escolar, um outro edifício foi construído, a que foi dado o nome de Professor António Lopes.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Salvaterra de Magos (Rua Engenheiro José Henriques Lino).

Fonte: “Salvaterra de Magos – A Toponímia da Vila”, (2ª Edição, por José Gameiro)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município do Sabugal”

PINHARANDA GOMES – Jesué Pinharanda Gomes, de seu nome completo. Escritor e Filósofo, nasceu na Freguesia de Quadrazais (Sabugal), a 16-07-1939, e faleceu em Lisboa, a 27-07-2019. Embora oficialmente a sua data de nascimento esteja registada como 7 de Outubro do mesmo ano. Estudou na Guarda, na Escola dos Gaiatos e no Colégio de S. José. Desde muito jovem que o gosto pelas matérias culturais invadiu a sua vida. Apesar de ter cursado estudos de índole diversa, considera-se um auto didacta.

A sua carreira começou aos dezasseis anos, na imprensa regional. Começou no modesto semanário “Correio da Beira” (1959), de que foi Redactor. Depois disso, colaborou na maior parte dos mais importantes jornais portugueses, ultramarinos e brasileiros bem como em revistas de especialidade: Gil Vicente, Colóquio, Revista de Portugal, Ocidente, etc.

Pinharanda Gomes é Ensaísta, Pensador, Escritor, Filósofo, Historiador e Investigador. É um autodidata por opção, e autor de valiosos trabalhos sobre Filosofia, Teologia, Pensamento Português, Etnografia, Filosofia Hebraico-Portuguesa e História.

Publicou, além de numerosas separatas, sobre temas filosóficos e de história da filosofia, ainda numerosos livros. Traduziu Platão e Descartes e a sua obra encontra-se referida nas principais publicações portuguesas. É co-fundador do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira e foi eleito Sócio correspondente da Academia Internacional de Cultura Portuguesa bem como da Academia Portuguesa de História.

Ao longo de meio século, Pinharanda Gomes produziu uma obra ímpar, pela sua extensão e qualidade, no domínio da historiografia do pensamento português, como é reconhecido por todos aqueles que se dedicam ao estudo da nossa reflexão filosófica multissecular.

Da sua obra destaca-se a “Introdução à História da Filosofia Portuguesa” (1967), os sete volumes da série “Pensamento Português” (1969-1993), “A Teodiceia Portuguesa Contemporânea” (1974), “A Filosofia Tomista em Portugal” (1978) os três volumes da pioneira “História da Filosofia Portuguesa” (1981, 1983 e 1991) – em que, pela primeira vez, a contribuição hebraica e árabe para a constituição de uma tradição especulativa autónoma foram consideradas global e sistematicamente – o volume sobre “Os Conimbricenses” (1992 e 2005), os estudos dedicados à “Escola Portuense” (2005), ou à sua valiosa colaboração em diversos volumes da “História do Pensamento Filosófico Português” (1999-2004), dirigida pelo Professor Doutor Pedro Calafate.

A obra historiográfica de Pinharanda Gomes tem-se caracterizado pela seriedade intelectual, pelo rigor hermenêutico, pela lúcida compreensão reflexiva de obras, autores e correntes, pela clareza expositiva e qualidade literária, que fazem dela um marco essencial nos estudos contemporâneos da nossa história filosófica. Ao mesmo tempo, não deixou Pinharanda Gomes de realizar significativa obra especulativa própria, em livros e ensaios como “Exercício da Morte” (1964), “Peregrinação do Absoluto” (1965), “Teoria do pão e da palavra” (1973), “Pensamento e Movimento” (1974) ou “Saudade ou do mesmo e do outro” (1976).

Pinharanda Gomes, tinha a Medalha de Ouro do Município do Sabugal, Pinharanda Gomes teve o reconhecimento da Academia que lhe conferiu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade da beira interior (UBI), em 2018.

Obras principais: Raul Leal – Iniciação no seu Conhecimento, (1962); Nuno Montemor, Testemunhos dos Seus Contemporâneos, (1964); Francisco Costa: Poesia, Verdade e Vida, (1964); O Cancioneiro de Quadrazais, (1964); Exercício de Morte, (1964); Peregrinação do Absoluto, (1965); Filologia e Filosofia: Domingos Tarroso, Teórico da Língua Portuguesa, (1965); Filologia e Filosofia, (1966); Filologia e Filosofia: Temas de Filologia e Filosofia Portuguesa, (1966); Introdução à História da Filosofia Portuguesa, (1967); Da Quaresma à Festa das Flores em Quadrazais, (1967); Práticas de Etnografia, (1968); Pensamento Português, (7 volumes, 1969-1993); Dicionário de Escritores do Distrito da Guarda, (1969); Subsídios para a Bibliografia do Distrito da Guarda, (1970); Liberdade de Pensamento e Autonomia de Portugal: a Controvérsia da Filosofia Portuguesa, (1971); O Discurso de Fedro n’”O Banquete” de Paltão, (1972); O Pensamneto Filosófico de Silvestre de Morais (1869-1936), (1972); Temas de Reflexão, (2 volumes, 1973); Pensamento e Movimento: prolegómenos a uma ascese filosófica, (1974); Teodiceia Portuguesa Contemporânea: Estudo e Antologia, (1974); Cunha Seixas, (1975); Gnose e Liberdade: Notas à Obra do Visconde de Figaniére: O Novelista Luso-Brasileiro: O Erudito; O Filósofo; O Personalista, (1976); Memória de Riba Côa e de Beira Serra I, II e III, (1977, 1978, 1979); Pensamento Português, (4 Volumes, 1979); O Carmo em Loures: Camarate: Frielas: Santo António dos Cavaleiros, (1979); Piedade Eclesia, Piedade Popular, (1980); História da Diocese da Guarda, (1981);  História da Filosofia Portuguesa, (2 Volumes, 1981);  O Povo e a Religião no Termo de Loures, (1982); Caminhos Portugueses de Tereda de Ávila, (1983); João Lourenço Insuelas (1884-1950): Patrologista Bracarense, (1984); Dicionário de Filosofia Portuguesa, (1987); Hipólito Raposo: Seminarista na Guarda, (1988); Os Tojais e a Casa do Gaiato: Monografia Histórica, (1990); Leonardo Coimbra na Póvoa de Varzim: Elementos de Biografia e de Cronologia, (1990); D. Manuel Martins Manso: Bispo do Funchal e da Guarda, (1996); Caminhos Portugueses de Santa Teresinha do Menino Jesus, (1997); A Casa do Gaiato de Lisboa e o Palácio dos Arcebispos em Santoi Antão do Tojal, (1998); Imagens do Carmelo Lusitano: Estudos Sobre História e Espiritualidade Carmelitas, (2000); Memórias da Guarda, (2001); Criptónimos e Pseudónimos de Escritores, (2002; A Livraria da Cartuxa de Laveiras, (2002).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Sabugal (Rua e Travessa Pinharanda Gomes)

Fonte: “Dicionário de Escritores do Distrito da Guarda”

Fonte: “Correio da Guarda”

Golda Meir, a primeira mulher que chegou a Primeira-Ministra em Israel.

GOLDA MEIR. Estadista, nasceu em Kiev (Ucrânia, na altura pertencente ao Império Russo) a 03-05-1898, e faleceu em Israel, a 08-12-1978. Estadista israelita, Golda Meir, era proveniente de uma humilde família judaica, em 1906, emigra com a família para Milwaukee, nos Estados Unidos da América.

Após a conclusão dos seus estudos, Golda foi, durante algum tempo, professora primária em Milwaukee e delegada da secção americana do Congresso Judaico Mundial. Em 1917, casou com Morris Myerson, tendo emigrado em 1921 para a Palestina. Golda Meir tornou-se então membro do Kibbutz de Marnavia e, três anos mais tarde, aderiu ao Histadruth (Confederação Geral do Trabalho), passando entre 1932 e 1934 a ser a sua representante no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos da América.

Nos anos que antecederam e durante a Segunda Grande Guerra Mundial, Golda Meir ocupou lugares fulcrais na hierarquia política, foi chefe do departamento político da Agência Judaica (a maior autoridade na Palestina, sob administração britânica) e da Organização Mundial Sionista.

Após a proclamação da independência do Estado de Israel em 1948, Golda Meir foi nomeada pelo primeiro-ministro, David Ben Gurion, para o cargo de embaixadora de Israel em Moscovo, por quatro anos. Posteriormente à nomeação, entre 1949 e 1956, Golda exerceu a função de ministra do Trabalho e, na década seguinte (1956-1966), foi ministra dos Negócios Estrangeiros, bem como representante máxima da delegação israelita enviada aos Estados Unidos da América. Foi secretária-geral do movimento socialista entre 1966 e 1968.

Desde a sua fundação, o novo Estado dotou-se de instituições democráticas, tinha uma câmara única – o Knessel – e foram fundados vários partidos políticos.

O partido mais representativo de todos era o Mapai (movimento socialista). Sob o impulso de Golda Meir, o Mapai, o Ahduth Haavoda (União do Trabalho) e o Rafi (Movimento de Esquerda) fundiram-se em julho de 1968, com o objetivo de formarem o Partido Trabalhista. No ano seguinte, esse novo partido uniu-se ao Mapam (Partido Operário Unificado) constituindo uma aliança eleitoral – a Maarakh (Frente Operária).

Em 1969, após a morte do Presidente Levi Eshkol, Golda Meir forma Governo sendo primeira-ministra de Israel por cinco anos (1969-1974). Durante esse período ignorou as resoluções da Organização das Nações Unidas, que invalidavam a anexação israelita de Jerusalém oriental e que ordenavam a retirada de Israel dos territórios palestinianos ocupados.

Golda Meir rejeitou, igualmente, acordos de paz com os regimes árabes e aplicou uma política de medidas extremas contra a organização de libertação da Palestina e contra os países que acolhessem os seus membros refugiados. Como resultado da intransigência israelita e mormente da primeira-ministra, a 6 de outubro de 1973 deu-se a quarta guerra Israelo-árabe, chamada “Guerra do Kippur” (os israelitas celebravam nesse dia a grande festa religiosa do Yom Kippur, daí o nome atribuído à guerra).

No início do conflito, os israelitas foram completamente apanhados de surpresa pelos ataques desencadeados pelo Egito e pela Síria. Graças à mediação americana, nomeadamente do seu Secretário de Estado, Henry Kissinger, Egipcíos e Israelitas subscrevem a 25 de outubro de 1973 um acordo definitivo de cessar-fogo. Nesse ano, Golda Meir faz uma visita de Estado ao Vaticano, tendo sida recebida pelo Papa Paulo VI, mas da audiência não resultou qualquer acordo sobre a situação de Jerusalém.

Em Abril de 1974, Golda Meir apresenta a sua demissão, dadas as violentas críticas à sua actuação, e à do seu Ministro da Defesa, Mosh Dayan, na Guerra do Kippur, e pelos baixos resultados alcançados nas eleições pelo Partido Trabalhista. Meir foi substituída pelo General Yitzhak Rabin.

A 5 de março de 1976, Golda Meir regressou ainda à cena política como dirigente do seu Partido, em virtude da demissão de Meir Zarmi de Secretário-Geral, tendo publicado nesse mesmo ano um livro de carácter autobiográfico: “A minha vida”.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Espanha (Calle Golda Meir); França (Rue Golda Meir); Israel (Rua Golda Meir); Itália (Via Golda Meir).

Fonte: “Infopédia – Dicionários Porto Editora”

“Centenário de António Araújo”

ANTÓNIO ARAÚJO. Desportista, natural da Madalena (Paredes), nasceu a 28-09-1923, e faleceu a 28-04-2001. Começou a sua carreira de futebolista no União Sport Clube de Paredes, que representou de 1940 a 1942. Entretanto, transferiu-se para o Futebol Clube do Porto, onde jogou 11 anos, até 1953. Ficou conhecido como o «homem do pé canhão».

Foi nove vezes internacional e marcou cinco golos ao serviço da Selecção Nacional. Aos 17 anos, jogou na primeira categoria do Paredes, mas com o nome de Alberto Pataco, a fim de não ser detectado pelos árbitros.

Estreou-se pelo Futebol Clube do Porto num jogo de reservas com o Boavista e, pela primeira categoria, frente ao Salgueiros, em Vidal Pinheiro, tendo obtido dois dos quatro golos da vitória portista, cujo resultado foi de 4-2.

Estreou-se pela Selecção Nacional em 14 de Abril de 1946, em Lisboa, frente à França, e marcou um golo. O grande jogo da sua vida foi com a Espanha, quando Portugal ganhou pela primeira vez e por 4-1, com dois golos de Araújo. A partir daí, a equipa nacional ficou conhecida por «Sport Lisboa e Araújo». Na sequência do jogo Futebol Clube do Porto-Arsenal, os ingleses pretenderam contratá-lo, mas recusou abandonar o clube do seu coração.

Após dois anos de paragem devido a uma lesão no joelho, representou o tirsense durante uma época e, no ano seguinte, regressou ao clube de origem, o Paredes, tendo abandonado o futebol aos 40 anos. Trabalhou na Câmara Municipal de Paredes até 1994.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Paredes (Rua António Araújo)

Fonte: “FCP – Futebol Clube do Porto”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Rio Maior”

MANUEL SOARES CARTAXO. Militar, nasceu na Asseiceira (Rio Maior), em 1941, e faleceu em Angola, a 05-09-1964. Era filho de António Germando Cartaxo e de Maria da Conceição. Alferes Miliciano.

Foi aluno do Externato Riomaiorense e do Colégio Braamcamp Freire, em Santarém. Estava para ingressar na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa quando foi chamado ao serviço militar.

Morreu em combate em 1964, em Angola. Foi-lhe atribuído, a título póstumo, a Cruz de Guerra de 1.ª Classe.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Rio Maior (Rua Manuel Soares Cartaxo).

Fonte: “Câmara municipal de Rio Maior”

“Prémios Nobel da Literatura na Toponímia” (16º)

KARL GJELLERUP – Karl Adolph Gjellerup, de seu nome completo. Escritor, nasceu em em Praestö (Dinamarca), a 02-06-1857, e faleceu em Klotzsche, Dresden, (Alemanha), a 13-10-1919. Poeta e romancista dinamarquês. Estudou na Escola de Gramática de Haerslevs em 1874. Logo após os estudos escreveu a tragédia Scipious Africanus e o drama Arminius. Em 1878 licenciou-se em Teologia pela Universidade de Copenhaga.

Mas sob a influência do darwinismo, e de outros autores, começou a sentir-se atraído pelo ateísmo. Evoluiu do ateísmo para uma religiosidade de tendência budista e interessou-se também por outras religiões orientais.

Este período da sua produção literária é representado por dois livros: Minna (1889) e Pilgrimen Kamanita (Kamanita, o Peregrino, 1906). Møllen (1896, O Moinho), considerado a sua obra-prima, é uma história de crime e paixão, inspirada em Emile Zola.

Partilhou com Henrik Pontoppidan o Prémio Nobel da Literatura em 1917 (foi o 16º Prémio Nobel da Literatura).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alemanha (Str Karl Gjellerup); Dinamarca (Allé Karl Gjellerup).

Fonte: “Infopédia – Dicionários Porto Editora”

“Centenário de Emídio Pinto”

EMÍDIO PINTO – Emídio Matias Pinto, de seu nome completo. Desportista, nasceu na Freguesia de Paço de Arcos (Oeiras), a 27-09-1923, e faleceu em Lisboa, a 24-09-1982. Guarda-Redes e Capitão do Clube Desportivo de Paço de Arcos e da Selecção Nacional de Hóquei em Patins, modalidade que muito honrou e prestigiou, por via das suas excepcionais qualidades de Jogador e de Desportista.

Jogou no Grupo Desportivo de Paço de Arcos, de que foi um dos fundadores, em 01-01-1939.

Actuou sempre como Guarda-Redes, tendo alinhado 79 vezes pela Selecção Nacional, sagrando-se Campeão do Mundo e da Europa em 1948, 1949, 1950 e 1952. Foi considerado, no seu tempo, o melhor Gguarda-Redes de Hóquei em Patins a nível Mundial.

Emídio Pinto foi: 95 vezes Internacional e Seleccionador Nacional de Hóquei em Patins. Treinador de Júniores do Clube Desportico de Paço de Arcos, em 1947, e um dos principiantes.

Do seu brilhatíssimo currículo consta: Campeão de Lisboa, nas épocas de: 1943/1944; 1945, 1946, 1947, 1948, 1949 e 1952; Campeão Nacional, nas épocas de: 1942/1944; 1945; 1946; 1947 e 1948; Campeão da Europa, em: 1947/1948; 1949; 1950 e 1952; Campeão do Mundo, em : 1947/1948, 1949: 1950 e 1952; Vice-Capeão da Europa r e do Mundo, em : 1951 e 1953; Torneio das Nações (Montreaux), em : 1947 e 1949; Taça de Honra do Sul, em : 1943/1944, 1946, 1948, 1949 e 1950; Taça de Outino, em :1943; Torneio de Abertura, em : 1944 e 1945; Torneio Internacional de Lisboa, em: 1953.

Emídio Pinto foi homenageado em: Paço de Arcos, a 02-07-1953; no Porto, em 04-07-1953; em Braga, em 05-07-1953; e em Tomar, em 11-07-1953.

Foi condecorado com: Medalha de Mérito Desportivo, Medalha de Mérito da Federação Portuguesa de Patinagem; Medalha de Ouro de Bons Serviços da Câmara Municipal de Oeiras; Medalha de Ouro da Cidade do Porto; Medalha de Ouro de Mérito e Dedicação do Clube Desportivo de Paço de Arcos, Diploma Internacional de Hóqiei em Patis de Melhor Guarda-Redes do Mundo.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Costa de Caparica – Rua Emídio Pinto); Oeiras (Freguesia de Paço de Arcos – Rua Emídio Matias Pinto).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 423 e 424).

Fonte: “História do Clube Desportivo de Paço de Arcos 1921-1991,  Factos, Nomes e Números”, (de José Coelho, Edição da Câmata Municipal de Oeiras, 1ª Edição, Agosto de 1991, Pág. 258)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município da Ribeira Grande”

ANTÓNIO AUGUSTO MOTA MONIZ. Político, nasceu na Freguesia da Ribeira Seca (Ribeira Grande), em 1907, e faleceu na Clínica do Bom Jesus, em Ponta Delgada, a 06-05-1973. Desfrutava no respectivo Concelho uma geral consideração, tendo exercido as funções de Vice-Presidente da Câmara da Ribeira Grande, de Novembro de 1958 a Novembro do ano seguinte, altura em que foi nomeado Presidente daquela edilidade, cargo que desempenhou até Março de 1969, com o maior aprumo e vontade de servir a sua terra.

Em reconhecimento pelo seu trabalho a Câmara deu o seu nome a uma das artérias daquela cidade. Foi membro da direcção da Caixa Económica da Ribeira Grande durante alguns anos. Como antigo desportista, consagrou sempre o seu entusiasmo ao movimento desportivo do seu Concelho.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Ribeira Grande (Rua António Augusto Mota Moniz)

Fonte: “Agência Funerária Ferreira”