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“Plácido de Abreu – o mesmo nome, para duas pessoas diferentes na Toponímia”

PLÁCIDO DE ABREU – Plácido António da Cunha e Abreu, de seu nome completo. Militar e Político, nasceu em Arcos de Valdevez, em 1809, e faleceu em Lisboa, a 28-11-1895. Frequentou o Colégio das Artes de Coimbra até 1828. Adepto do liberalismo, foi capturado pelo exército miguelista. Esteve preso em Monsanto (Lisboa), conseguindo fugir em 1830. No mesmo ano alistou-se como voluntário para combater o exército de D. Miguel. Assentou praça como Alferes em 24 de Julho de 1834. Em 1835 ingressou na Universidade de Coimbra para prosseguir os estudos, obtendo a formatura de bacharel em Filosofia e Matemática, em 1840.

Terminada a formação em Coimbra integrou o Corpo de Engenharia do Exército. Foi promovido a Tenente a 26 de Novembro de 1840. Dois anos mais tarde, a 16 de Agosto de 1842, passou definitivamente para o Corpo do Estado-Maior do Exército. Obteve a patente de Capitão a 04 de Março de 1846, de Major a 20 de Março de 1851 e de Tenente-Coronel a 23 de Novembro de 1865.

No Corpo de Engenharia do Exército desenvolveu inúmeros projectos no sector das obras públicas, nomeadamente nas vias de comunicação fluvial e terrestre e na hidráulica agrícola. Em 1842 foi nomeado director das Obras Públicas do Distrito de Castelo Branco; em 1846 desempenhou o cargo de Adjunto do Quarte-Mestre Ggeneral do Exército em operações; exonerado deste cargo no mesmo ano, foi nomeado Director das Obras Públicas do Porto, Braga e Viana do Castelo. Em 1851, integrou o Conselho Militar de Viana. Em 1858 foi nomeado vogal do Conselho Superior de Obras Públicas. Em 1861 foi nomeado Inspector das Obras Públicas, em 1864, Inspector dos Portos e Barras, em 1866, Inspector da 1ª Divisão das Obras Públicas e, em 1869, Engenheiro-Chefe da 6ª Divisão. Foi reformado da carreira militar com o posto de General de Divisão, em 16 de Novembro de 1881.

Iniciou a sua carreira parlamentar em 1851 como Deputado, tendo sido eleito para onze Legislaturas: 1848-1851; 1851-1852; 1853-1856; 1857-1858; 1858-1859; 1860-1861; 1861-1864; 1865-; 1865-1868; 1871-1874 e 1875-1878. Foi eleito pela província do Minho, círculo de Viana do Castelo, na legislatura de 1848-1851; por Monção, na legislatura de 1865-1868,  e nas restantes Legislaturas por Arcos de Valdevez. Fez parte das Comissões Parlamentares de: Guerra, Obras Públicas, Estatística, Petições, Reforma do Exército, Recrutamento, Resposta ao Discurso da Coroa, Negócios Coloniais e Verificação de Poderes.

Obteve o grau de Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, Comendador da Ordem de S. Bento de Avis, Comendador da Ordem de Nossa da Conceição de Vila Viçosa e foi condecorado como Cavaleiro da Ordem de Isabel a Católica, de Espanha, e com a Cruz de S. Maurício e de S. Lázaro, de Itália e ainda a Medalha de D. Pedro e D. Maria, tendo sido também condecorado com a Medalha das Campanhas de Liberdade (por dois anos de campanha). Foi ainda Par do Reino, tendo tomado posse na Câmara dos Pares a 23 de Janeiro de 1880.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Arcos de Valdevez (Rua Plácido de Abreu)

Fonte. “Dicionário Biográfico Parlamentar 1834-1910 (Vol I)

Fonte: “Os Generais do Exército Português”, (II Volume, II Tomo, Coordenação do Coronel António José Pereira da Costa)

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol I, de A-C), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, Pág. 55, 56 e 57”.

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PLÁCIDO DE ABREU – Plácido António da Cunha Abreu, de seu nome completo. Militar e Piloto Aviador, natural de Lisboa, nasceu a 21-11-1903, e faleceu a 10-06-1934. Estudou no Colégio Militar e na Escola Militar e ingressou na Arma de Infantaria. Sendo Alferes, tirou a carta de Piloto-Aviador em 1930 e começou a praticar a acrobacia.

Alferes em 1925 e escolheu fazer um curso de pilotagem em Sintra, tendo obtido obrevet em 1927 e sido destacado para o Grupo de Aviação de Informação na Amadora. Passou pelo Grupo de Aviação de Bombardeamento em Alverca e, tornou-se Piloto-Aviador na Escola Militar de Aeronáutica de Sintra em 1931.

No Grande Certame Internacional de Cleveland, nos EUA, em 1932, ficou classificado entre os três primeiros não americanos. Concorrente ao Campeonato Mundial de Acrobacia, realizado em Vincennes (França), e encontrando-se já situado nos primeiros lugares da classificação, o avião que tripulava, ao terminar uma figura arriscada, a 50 metros do solo, despenhou-se, causando-lhe a morte.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Amadora (Rua Capitão Plácido de Abreu); Cascais (Freguesia de Carcavelos – Rua Plácido de Abreu; Freguesia da Parede – Rua e Travessa Plácido de Abreu); Lisboa (Freguesia de Campolide, à antiga Rua Projectada à Rua das Amoreiras, ou Rua B à Rua das Amoreiras, desde a publicação do Edital camarário de 21/12/1960.); Loures (Freguesia de Santa Iria da Azóia – Praceta Aviador Plácido de Abreu); Maia (Rua e Travessa Plácido de Abreu); Oeiras (Freguesia de Algés – Rua Plácido de Abreu); Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem Martins – Rua Plácido de Abreu).

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 01, Pág. 123)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, 2008, Pág. 10).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de São João da Madeira”

RENATO ARAÚJO – Renato da Costa Araújo, de seu nome completo. Médico, nasceu no lugar das Vendas (São João da Madeira), a 30-11-1892, e faleceu em Lisboa, a 06-04-1958. Era filho de Benjamim José de Araújo, o primeiro Presidente da Câmara de S. João da Madeira. Foi ele também Presidente da autarquia sanjoanense entre os anos de 1946 e 1954. Espírito combativo, experimentou a rudeza dos campos de batalha da Flandres durante a I Guerra Mundial (1914-1918), na qualidade de Médico.

Era formado em Medicina e considerado bem relacionado em Lisboa. Pode ler-se no site da Câmara Municipal de S. João da Madeira que, «uma vez eleito Presidente, foi pessoalmente solicitar ao, então, Ministro das Obras Públicas e seu Director-Geral, Eng. Sá e Melo, intervenção do Estado no arrojado Plano de Urbanização, assente em bases técnicas, que se propunha».

Segundo esta fonte, conseguiu que fosse «elaborado o primeiro Plano de Urbanização, que veio a definir o centro cívico urbano, ou Praça Luís Ribeiro, o sítio do Mercado Municipal e vasta área nascente, que ficou reservada à construção de prédios e destinada a ser a parte mais importante da “nova S. João da Madeira”». A ele deve-se também a fundação do Pavilhão dos Desportos, parte do saneamento urbano e, sobretudo, a Biblioteca Municipal, que lhe consagra o nome.

O seu nome faz parte da Toponímia de: São João da Madeira (Avenida Doutor Renato Araújo)

Fonte: “O Jornal Online” de 28-05-2009”

Fonte: “Biblioteca Municipal de São João da Madeira”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de São Brás de Alportel”

LUIZ BIVAR – Luiz Frederico de Bivar Gomes da Costa Weinholtz, de seu nome completo. Médico e Benemérito, nasceu em Faro, a 26-11-1913, e faleceu em Lisboa, a 22-02-1987. Era filho de Justino Henrique Cúmano de Bivar Weinholtz, e de sua mulher, D. Laura Júdice Guerreiro de Brito Bivar. Fez os Estudos Primários e Secundários em Faro, iniciou os Estudos Universitários em Medicina, na Universidade de Coimbra, mas prosseguiu o Curso na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde se Licenciou.

Luís Bivar casou, em 1943, com a jovem Fernanda Helena Guedes de Sousa Santos, filha do Doutor Alfredo Sousa Santos, também ele Médico e filho do Médico Joaquim Félix Alfredo de Sousa, do qual tiveram cinco filhos.

Foi Assistente dos conhecidos Cirurgiões Armando Pinto e Neto Rebelo, mas dedicou-se especialmente à Medicina de Clínica geral, onde se afirmou de diagnóstico certeiro, a que juntava as suas naturais qualidades de carácter, assessoradas por um coração generoso.

Luís Bivar casou, em 1943, com a jovem Fernanda Helena Guedes de Sousa Santos, filha do Doutor Alfredo Sousa Santos, também ele Médico e filho do Médico Joaquim Félix Alfredo de Sousa, do qual tiveram cinco filhos.

Sempre mais preocupado com os seus doentes do que consigo próprio, foi o Doutor Luís Bivar exercendo a sua profissão sendo que, durante mais de trinta anos, o fez na Fraternidade de Jesus, quer no Hospital, quer no Lar. A seu pedido, talvez por se sentir cansado, deixou as funções no final de Dezembro de 1986. Em Janeiro do ano seguinte, num jantar em sua honra servido no Lar de São Francisco, com cerca de vinte convivas, foi-lhe prestada homenagem.

Em Fevereiro de 1987, o Doutor Luís Bivar não se sentiu bem e o filho José Manuel, percebendo a gravidade da situação e temendo o pior, consegue levá-lo ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde um colega Cirurgião lhe diagnostica um aneurisma da aorta. Foi operado no Hospital Particular, de Lisboa, onde acabou por falecer.

O seu nome faz parte da Toponímia de: São Brás de Alportel (Rua Luiz Bivar)

Fonte: “Algarvios Pelo Coração; Algarvios Por Nascimento”, (de Glória Maria Marreiros, editado por Edições Colibri, Lisboa, Outubro de 2015, Pág. 271, 272 e 273)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Santo Tirso”

DÉLIO SANTARÉM – Délio de Castro Cardoso Santarém, de seu nome completo. Médico e Político, natural de Santo Tirso, nasceu a 31-05-1903 e faleceu a 20-03-2000. Era filho de José Cardoso Santarém e de Felismina Amália Pereira de Castro Santarém.

Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra. Foi Médico Radiologista em Santo Tirso. Desempenhou vários cargos públicos, entre os quais o de Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso entre 1959 e 1970 e à direcção do Jornal de Santo Tirso. A ele se deve a construção dos Paços do Concelho e praça adjacente, entre outras obras.

Membro da União Nacional (já havia sido Vogal da Comissão Distrital do Porto), é nas suas listas que ascende ao lugar de Deputado nas eleições de Novembro de 1961. Candidato pelo círculo do Porto, é eleito, integrando na Assembleia Nacional a Comissão de Obras Públicas e Comunicações como Vogal. No decurso da sua carreira parlamentar preocupou-se sempre muito com questões relacionadas co a saúde.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Santo Tirso (Avenida Doutor Délio Santarém), Trofa (Freguesia de São Romão do Coronado – Rua Doutor Délio Santarém).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume II de M-Z), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 521 e 522).

“Pessoas Vinculadas aos CTT”

ALEIXO VAZ PINTO – Aleixo de Melo Vaz Pinto, de seu nome completo. Funcionário dos C.T.T., nasceu em Arouca, a 27-01-1912, e faleceu em Lisboa, em 1975. Admitido nos CTT em 1936, como Engenheiro Electrotécnico aposentou-se como Director dos Serviços Técnicos. Aos Engenheiros Aleixo Vaz Pinto e José Ferreira Pinto Basto se deve a criação do GECA – Grupo de Estudos de Comutação Automática.

A seguir à II Guerra Mundial, os CTT tinham falta de Engenheiros. A criação de Serviços Técnicos “com função altamente especializados e nitidamente industrial” foi a solução encontrada para esse problema. Esta foi uma das razões da criação do GECA.

Inicialmente instalado em Leiria, foi transferido para Aveiro em 1955, por iniciativa do Engenheiro Pinto Basto.

Dada a participação do GECA noutras áreas das telecomunicações, não apenas na comutação automática, em 1972, esta instituição vê a sua área de intervenção e as suas competências alargadas, “nomeadamente em matéria de novas tecnologias associadas à eletrónica (relés, transístores, microprocessadores), preparando e antecipando com assinalável espírito prospetivo a chegada dos sistemas de comutação digital. O GECA passa então a denominar-se Centro de Estudos de Telecomunicações (CET), dando “origem a uma concentração de competências no domínio das comunicações que constituiu a base do desenvolvimento dessa área em Portugal, e que se encontra na origem da Universidade de Aveiro, em 1973.

Publicou: Perspectiva do Desenvolvimento Telefónico em Portugal (Palestra, proferida em Lisboa em 29 de Julho de 1952, Lisboa, 1952).

Fonte: “Catálogo Do Que Escreveram Funcionários dos Correios, Telégrafos e Telefones” (Notas Bio-Bibliográficas Coligidas por Godofredo Ferreira; Chefe de Repartição da Administração-Geral dos C.T.T.; Edição dos Serviços Culturais dos C.T.T, Editado em 1955, Pág. 130)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Santiago do Cacém”

CIPRIANO DE OLIVEIRA. Médico, natural de Santiago do Cacém, nasceu e faleceu em datas que não consegui apurar. Era avô do Médico do mesmo nome que exerceu a sua profissão em Santiago do Cacém, na primeira metade do Século XX. Foi um dos fundadores, juntamente com Agostinho Vilhena, seus irmãos, e José Beja da Costa, da Sociedade Harmonia, em 01 de Dezembro de 1847.

Cipriano de Oliveira, além de Médico de Clínica Geral também receitava lentes.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Santiago do Cacém (Rua Cipriano de Oliveira)

Fonte: “Toponímia das Ruas de Santiago do Cacém”, (de Manuel João da Silva, Edição da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, 1ª Edição, 1992, Pág. 48)

“O Centenário de Mscarenhas Barreto, Escritor e Jornalista”

AUGUSTO MASCARENHAS BARRETO – Augusto Cassiano Neves Mascarenhas de Andrade Barreto, de seu nome completo. Escritor e jornalista, natural de Lisboa, nasceu a 27-01-1923, e faleceu a 03-01-2017. Historiador, Musicólogo, Poeta do Fado e Tradutor. Terminou o curso liceal no Liceu Pedro Nunes com 17 anos.

Cedo desejou ir para África, preparando-se para tal na Escola Superior Colonial, que frequentou durante dois anos, em simultâneo com o Curso de Árabe na Faculdade de Letras.

Arrancou para Angola em 1944, onde foi Secretário do Governador – Geral e do Governador do Congo.

Durante a sua estadia colaborou nos jornais “Província de Angola” e “Diário de Luanda”, tendo escrito algumas obras.

Em 1949 regressou à então Metrópole a fim de cumprir o Serviço Militar, no Regimento de Lanceiros 2, tendo entrado para a GNR, onde atingiu o posto de Capitão de Cavalaria.

Durante o serviço militar tirou o curso de Rádio Televisão e Radar, na Escola de Eletromecânica de Paço d’ Arcos, o que lhe foi de grande utilidade quando, após ter abandonado a vida militar, se candidatou à RTP, para onde entrou, em 1958, indo ocupar o cargo de chefe de serviço dos estúdios.

 No entretanto, concorreu para um cargo no Secretariado Nacional de Informação, que visava dar início ao turismo em Portugal, onde foi o único admitido e onde fez aprovar as primeiras zonas turísticas do País.

Passados dois anos regressou à Televisão, onde ficou até ser saneado “sem justa causa” na sequência do Golpe de Estado ocorrido, em 25 de Abril de 1974. De nada serviu reclamar.

Passou a dar aulas no Instituto de Novas Profissões e, a seguir, no Instituto do Design e Marketing, em Lisboa.

Em 1983 foi escolhido para ser responsável por um dos cinco núcleos da XVII Exposição de Arte, Ciência e Cultura, realizada em Lisboa e que teve como centro expositor a Torre de Belém, tarefa que desempenhou com competência e sucesso.

Tinha muitos anos dedicados à escrita e à tradução de livros, principalmente policiais, uma das suas paixões, mas também à poesia para fado, onde se notabilizou ao lado do fadista e compositor António dos Santos, embora tenha sido também cantado por Carlos Ramos, Carlos do Carmo e outros fadistas a partir dos anos 60 e até aos dias de hoje. Foi o autor de livros de investigação sobre o fado e as suas origens. São dele as obras “Fado, A Canção Portuguesa” (1959), “Portugal do Fado” (1960, em parceria com Carlos Branco; um arrojado livro que juntava fotografias e poesia) e “O Fado – Origens Líricas e Motivações Poéticas” (1980).

Recentemente, vários jovens Fadistas incluíram poemas de Mascarenhas Barreto nos seus discos – nomeadamente Marco Oliveira (“Gaivotas em Terra”) e Ricardo Ribeiro (“Fado é Canto Peregrino” e “Partir é Morrer um Pouco”), todos eles recuperados ao reportório de António dos Santos. Também editou livros sobre tourada – “Breve História da Tauromaquia em Portugal” – e nas últimas décadas notabilizou-se por vários livros que defendiam a sua polémica tese de que Cristóvão Colombo era, afinal, português.

Em meados dos anos 60 foi o organizador, com José Freire, de uma colectânea em LP – “The Styles of Fado”, edição da Estúdio -, que reunia gravações de Francisco Carvalhinho, Armandinho, Plínio Sérgio, Maria José da Guia, Maria da Fé, Manuel de Almeida, Glória, Adriano Franco e Nuno de Aguiar.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cuba – (Rua Augusto Mascarenhas Barreto).

Fonte: “O Fado & Outras Músicas do Mundo”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Santarém”

MENDES PEDROSO – António Mendes Pedroso, de seu nome completo. Médico, Benemérito e Político, natural de Santarém, nasceu a 21-12-1830, e faleceu a 11-01-1906. Formou-se em Medicina, em 25 de Julho de 1855, na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Regressou à sua terra natal, sendo de imediato nomeado Médico do Hospital de Jesus Cristo. Em parceria com o Médico António dos Santos, concluiu os melhoramentos que este havia iniciado, em 1853, no Hospital de Santarém.

Desempenhou vários cargos públicos, entre os quais o de Presidente da Câmara Municipal de Santarém e o de Procurador da Junta Geral do Distrito. Em 15 de Janeiro de 1874, esteve presente na sessão solene de aprovação dos estatutos da Sociedade Agrícola de Santarém, da qual foi defensor e representante no Parlamento por inúmeras vezes.

Fez pate, como Clínico, da Irmandade dos Clérigos Pobres e recusou o convite que lhe foi dirigido para desempenhar o cargo de Reitor do Liceu de Santarém. Possuidor ded vasta cultura geral, tinha conhecimentos específicos de medicina, como os estudos de Bichat e Béclard, acerca de fisiologia geral, histologia e anatomia geral e, também, das ideias filantrópicas de Pinel e Esquirol. Era sócio do Montepio Geral e proprietário de vários bens.

Na política assumiu-se como regenerador, considerando que este partido tinha contribuído para os melhoramentos públicos que acompanhavam o progresso e a evolução do espírito humano. Foi eleito Deputado, pelo círculo de Santarém, para as Legislaturas de 1884-1887 e 1890-1892. Pertenceu, nos anos de 1885 e 1886, às Comissões Parlamentares de Saúde Pública, Agricultura e Inquérito Parlamentar para a questão cerealífica. A questão agrícola em Portugal foi um dos aspectos mais abordados por Mendes Pedroso na Câmara dos Deputados, onde se apresentou como defensor da ideia de que o desenvolvimento da agricultura seria uma fonte de importantes rendimentos para Portugal num futuro próximo.

Era Comendador das Ordens de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (17-08-1870) e de Isabel a Católica, de Espanha. Possuía as Medalhas de Afonso XII, Catarina II da Rússia, Leopoldo da Bélgica e de Napoleão III.

Deixou em testamento uma quantia elevada destinada a ser distribuída pelos pobres de Santarém.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Santarém (Rua Doutor Mendes Pedroso).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1834-1910”, (Vol III, de N-Z), Coordenação de Maria Filomena Mónica, Colecção Parlamento, (Pág. 193 e 194)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Santana”

JOÃO DE ALMADA – João Francisco de Almada, de seu nome completo. Médico, nasceu na Freguesia de Santana (Santana), a 09-07-1874, e faleceu no Funchal, a 14-06-1942. Era filho de João Francisco Almada e de Maria Emília Cardoso de Almada. Depois de ter frequentado o Liceu do Funchal, matriculou-se na Faculdade de Medicina de Coimbra, onde se licenciou a 26 de Julho de 1899. Depois da licenciatura fixou residência em Santana, onde também exerceu Medicina, foi nomeado sub-delegado de saúde do Concelho de Santana. Posteriormente fixou-se no Funchal, onde, a 21 de Outubro de 1905, foi nomeado Médico municipal da Câmara Municipal do Funchal. Posteriormente veio a assumir grande protagonismo como Médico e onde se destacou de forma particular na luta contra a tuberculose, tendo sido, o principal impulsionador da criação, na Madeira, do primeiro Dispensário de Luta Anti-Tuberculosa, situado no Campo da Barca e do Sanatório erigido na Quinta de Santana. Durante cerca de 35 anos foi Director Clínico do Hospital Princesa D. Amélia, tendo também exercido idênticas funções nos manicómios de Câmara Pestana e da Casa de Saúde do Trapiche.

Foi conferido o título de Cidadão Benemérito da Cidade do Funchal e condecorado, em 1937 pelo Governo Francês, com o grau de Oficial da Academia, pelos relevantes serviços prestados àquele país, na qualidade de Presidente da Comissão de Recepção ao Cruzeiro Médico Francês que visitou a Madeira em Abril de 1932.

No Hospital Dr. João de Almada, num dos pontos mais elevados do Funchal, foi colocado um busto de bronze sobre um pedestal de betão, da autoria de Anjos Teixeira, onde se pode ler o seu nome, acompanhado das respectivas datas de nascimento e morte.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Câmara de Lobos (Freguesia de Quinta Grande – Estrada Doutor João de Amada); Santana  (Rua João de Almada).

Fonte: “Personalidades e Grandes Vultos da Medicina Portuguesa através dos Séculos”, (Manuel Freitas e Costa, Lidel, 2010, Pág. 005)

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 66”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Santa Maria da Feira”

SANTOS CARNEIRO – José dos Santos Carneiro, de seu nome completo. Advogado, natural de Santa Maria da Feira, nasceu a 12-01-1893, e faleceu a 22-02-1934. Pela sua vontade própria se elevou na sociedade, formando-se em Direito na Universidade de Coimbra. Ocupou o cargo de Conservador do Registo Civil, lugar que exerceu com inteligência e dedicação. Espírito liberal, combateu os couceiristas do Norte de Portugal, como voluntário, na coluna do malogrado General Abel Hipólito

Foi nomeado Comandante do Corpo Activo dos Bombeiros da Feira a 20 de Novembro de 1925 e como Comandante da benemérita corporação, tudo fazia em prol do seu engrandecimento e prestígio, conseguindo, graças à sua boa vontade e pertinácia, um importante subsídio do Estado de sessenta e quatro contos para ajuda da construção do projectado quartel e de dois pavilhões anexos para hospital.

Fundador e primeiro Presidente da Delegação da Feira da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, desempenhou essas funções com destaque e amor, tendo sido sempre protector e amigo dos pobres mutilados e dos órfãos e viúvas daqueles que para sempre tombaram no Campo de Batalha.

Santos Carneiro distinguiu-se, também, pela sua enérgica actividade na defesa da integridade do Concelho da Feira e Comarca, combatendo as pretensões injustas dos seus inimigos.

Foi, ainda, Director da Polícia Judiciária do Porto, cargo que ocupou até se tornar Oficial do Registo Civil. Espírito inteligente e empreendedor, nunca se deixou dominar por qualquer contratempo, nem olhava a despesas ou sacrifícios, quando a Feira carecia dos seus serviços.

Faleceu a 22 de Fevereiro de 1934, com apenas 41 anos de idade, vítima de um carbúnculo numa mão. O facto de ter sido gaseado na 1.ª Guerra Mundial impediu que a medicação da época fizesse o devido efeito.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Santa Maria da Feira (Rua Doutor Santos Carneiro (parte da Estrada Nacional 109-4)Fonte: “Câmara Municipal de Santa Maria da Feira”