“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vouzela”

 

SIMÃO RODRIGUES de Azevedo, Padre, Introdutor da Companhia de Jesus em Portugal, nasceu em Vouzela, em 1510, e faleceu em Lisboa, a 15-07-1579. Pajem na corte de Lisboa, como bolseiro de Dom João III foi estudar para Paris em 1527, licenciou-se em Filosofia em 14-03-1536 e pouco depois recebeu o grau de mestre em Artes, cursou Teologia na Sorbona, tendo recebido a ordenação sacerdotal em 24-06-1537. Em 1532 entrou a fazer parte do círculo de amigos de Inácio de Loiola, que constituiria o núcleo inicial da Companhia de Jesus (15-08-1534). A pedido de Dom João III veio para Portugal com São Francisco Xavier, em 1540, com a intenção de seguir para a Índia, mas o monarca reteve-o na metrópole com a missão de recrutar missionários para a evangelização do Oriente, e deste modo se estabeleceu em Portugal a Companhia de Jesus. Abriu o Colégio. Abriu o Colégio de Santo Antão, em Lisboa (1541), o de Jesus, em Coimbra (02-07-1542), e pouco depois do do Espírito Santo, em Évora. Nomeado primeiro superior provincial, em 1546, ao deixar o cargo, seis anos depois, havia em Portugal c. 250 jesuítas, onde vinham prover-se as missões por eles dirigidas na Índia, no Brasil, no Congo, em Ceuta e em Tetuão. Em 1552 foi-lhe confiado o governo da província de Aragão. Seguidamente dedicou-se a ministérios sacerdotais em Itália, tendo regressado a Portugal em 1573. O seu relato: De Origine et Progressu Societatis Jesús é um dos documentos mais importantes sobre as origens dos Jesuítas.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alcácer do Sal; Vouzela (Rua Padre Simão Rodrigues)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 456).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vizela”

 

António Inácio PEREIRA DE FREITAS, Médico, nasceu na Freguesia de São Miguel (Vizela), a 01-02-1842, e faleceu em Ponte de Lima, onde exerceu clínica, a 07-09-1905. Foi pioneiro na aplicação da dosimetria e da hipnoterapia. Filósofo, Ensaísta, Professor na Escola Municipal Secundária de Ponte de Lima, da qual foi Director.

Foi, também, Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vizela (Rua Doutor Pereira de Freitas)

Fonte: “Ponte de Lima Cultural”, (Portal de Promoção e Divulgação do Património Cultural de Ponte de Lima)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Viseu”

 

Artur HOMEM RIBEIRO, Militar, nasceu em Vale de Madeiros, Freguesia de Canas de Senhorim (Nelas), a 11-11-1874, e faleceu em pleno combate na Batalha de Naulila (Angola), a 18-12-1914.

Comandante da 9ª Companhia do Batalhão Infantaria 14/RI14, morreu no Combate de Naulila no Sul de Angola, contra tropas Alemãs, a 18 de Dezembro de 1914, ainda na fase inicial da Grande Guerra.

A 30 de Março de 2014, no Centenário do início da I Grande Guerra, o Capitão Homem Ribeiro, foi homenageado na sua terra natal, com a colocação de uma lápide evocativa na casa onde nasceu.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Viseu (Rua e Travessa Capitão Homem Ribeiro)

Fonte: “josemiguelsilvajornalista.blogspo.pt”

Fonte: “memorialvirtual.defesa.pt” (AHM – Arquivo Histórico Militar).

Recordamos hoje, Wilhelm Roentgen, o primeiro Cientista laureado com o Prémio Nobel da Física, por ter descoberto os Raios X.

 

 

WILHELM  Conrad ROENTGEN, Cientista, nasceu em Lennep (Alemanha), a 27-03-1845, e faleceu em Munique (Alemanha), a 10-021923. Foi o primeiro cientista laureado com o Prémio Nobel da Física, em 1901. Foi um Físico que, em 1895, no decorrer das suas experiências com raios catódicos, descobriu os Raios X, também designados como Raios Roentgen, o que lhe grangeou fama mundial e o Prémio Nobel da Física no ano de 1901, bem como um Museu com o seu nome na sua terra natal.

Formado pela Escola Politécnica de Zurique, em 1866, também leccioniu Física e Matemática em Hohenheim (1875); Estrasburgo (1876); Geissen (1879) e Wurzburg (1880), Universidade de que foi também Reitor a partir de 1886 e, a partir de 1900 ainda foi o Fisico Chefe da Universidade de Munique.

A descoberta ocorreu em Novembro de 1895 e Roentgen usou a designaç\ao matemática para algo desconhecido donominando os Raios X. Cinquenta anos depois publicou o artigo original da desconerta “Ueber Eine Neue Art von Strahlen” (Sobre uma Nova Espécie de Raios), em 28 de Dezembro, seis dias antes conseguira a 1ª chapa radiográfica, a mão da sua mulher e, hoje é considerado o pai da Radiologia de Diagnóstico Médico.

Roentgen doou o dinheiro do Prémio Nobel à sua Universidade, certo de que a ciência devia estar ao serviço da humanidade e não do lucro e, à semelhança da Escola Científica Alemã da época, rejeitou registar qualquer patente relacionada com a sua descoberta.

O seu nome faz parte ca Toponímia de:Lisboa (Freguesia de Carnide – Alameda Roentgen)

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vinhais”

 

Horácio de ASSIS GONÇALVES, Militar, natural de Vinhais, nasceu a 29-06-1880. Seguiu a carreira das armas e foi Tenente de Infantaria. Combateu na Grande Guerra. Foi Director da Revista A Guerra e foi Secretário de Oliveira Salazar, quando foi Ministro das Finanças, em 1928.

Fez os Estudos Secundários em Bragança e aí chegou a fazer o 2º ano do Curso de Teologia. Prosseguiu os estudos militares em Lisboa e Coimbra.

Foi Oficial da Ordem de Cristo, com a Cruz de Guerra e Cavaleiro da Ordem de Aviz.

Colaborou em vários jornais. Portugal na Guerra, Na Cepelândia, Necessidade da Força Armada, A Infantaria na Flandres e na História, Pátria e Exército, no Combate, O Vinte e Três, são alguns dos livros que escreveu.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vinhais. (Rua Tenente Assis Gonçalves).

Fonte: “Dicionário dos Mais Ilustres Transmontanos e Alto Duriense”, (ccordenado por Barroso da Fonte, I Volume, Editora Cidade Berço).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vimioso”

 

POLICARPO Luís LIBERAL, Médico, natural de Carção (Vimioso), nasceu a 06-11-1907 e faleceu a 23-02-1996. Era o mais velho de dez irmãos. Fez a instrução primária na terra natal e o liceu de Bragança. Concluído este, matriculou-se na Universidade do Porto, onde frequentou os Preparatórios de Medicina. Transferiu se, de seguida, para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra onde obteve, em 1932, a Licenciatura em Medicina e Cirurgia com elevadas classificações, tendo sido convidado para trabalhar nos Hospitais da Universidade. Em vez disso e apesar de se ter tornado, para toda a vida, um fervoroso adepto da Académica de Coimbra, preferiu regressar a Trás os Montes, fazendo toda a vida clínica no concelho de Vimioso.

Iniciou a vida profissional como Médico Municipal, dedicando grande parte da sua actividade à Clínica Geral, prefigurando o verdadeiro Médico de família.

Com efeito, era conhecido e conhecia, pessoalmente, todos os naturais do concelho de Vimioso e também um número significativo dos residentes nos concelhos limítrofes, a maior parte dos quais tratava. Tarefa aliás árdua, dadas as dificuldades de comunicação que o obrigaram, durante muitos anos, a calcorrear, diariamente, caminhos quase intransitáveis, montado a cavalo. Só posteriormente, e na altura como atitude pioneira para a região, adquiriu um jeep e passou a utilizá lo nas suas deslocações assistênciais. Deu particular atenção à medicina peri natal, assistindo ao nascimento de centenas de crianças sendo reconhecido pelas suas aptidões no acompanhamento aos partos. Implementou no concelho o Plano Nacional de Vacinações, que foi responsável pela redução drástica da mortalidade infantil aí existente. Como Subdelegado de Saúde empenhou se na melhoria das condições higieno-sanitárias a vários níveis, que culminou na erradicação de várias endemias, como a febre tifóide, o carbúnculo, a brucelose, etc. Integrou os quadros médicos do I.A.N.T., tendo se dedicado activamente à prevenção, rastreio e tratamento da Tuberculose e de casos esporádicos de Lepra na altura existentes na região. Foi durante muitos anos médico dos Serviços Médico Sociais, criando para o efeito uma consulta bi semanal em Argozelo, a fim de melhor assistir a numerosa população mineira aí sediada. Não se poupando a sacrifícios, já numa fase avançada da sua vida clínica, fez um estágio prolongado em Lisboa, a fim de obter competência na área da Estomatologia, que depois praticou intensamente ao longo de vários anos.

No âmbito da Medicina hospitalar foi Director Clínico do Hospital da Misericórdia de Vimioso, tendo acompanhado a construção do novo edifício e orientado a sua montagem e arranque. Aí executou inúmeras intervenções do foro da Obstetrícia e da Cirurgia Geral.

Do ponto de vista cívico, para além da participação em várias agremiações locais, foi Presidente da Câmara Municipal de Vimioso, cargo que exerceu com grande empenho e entusiasmo apesar das suas inúmeras actividades profissionais que motivaram uma visita ao Concelho, do Presidente da República e de vários ministros do Governo de então, a fim de se inteirarem das carências locais. A ele se ficaram a dever várias obras de carácter urbanístico e de saneamento básico, tendo uma delas, o arranjo urbanístico do largo adjacente ao adro da Igreja Matriz, sido distinguida.

Dedicou parte do seu tempo disponível à agricultura, tornando se um abastado lavrador da região, várias vezes premiado como produtor de cereais, vinho e azeite. Gratificante era ver, na época das vindimas ou da apanha da azeitona, muitas dezenas de homens e mulheres, sem serem chamados ou rogados, retribuírem a assistência gratuita por ele largamente praticada ao longo de toda a sua vida.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vimioso (Rua Doutor Policarpo Liberal).

Fonte: “In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte, Editora Cidade Berço”.

Recordamos hoje, Óscar Monteiro Torres, o primeiro Piloto Português na I Guerra Mundial.

 

ÓSCAR MONTEIRO TORRES, Militar, nasceu em Luanda (Angola), a 26-03-1889, e faleceu em Laon (França), a 20-11-1917. Após a revolta de 14 de maio de 1915, Monteiro Torres foi escolhido pelo então Ministro da Guerra, Norton de Matos, para seu ajudante. Monteiro Torres ofereceu-se para a aviação portuguesa que o Ministro da guerra queria organizar e assim foi para Inglaterra tirar o diploma de piloto na Escola de Aviação de Hendon, o que conseguiu com a mais alta classificação.

Três meses depois rumou a França para a Escola de Aperfeiçoamento de Pau. Regressado a Portugal, Monteiro Torres organizou e colaborou na Escola de Aviação de Vila Nova da Rainha e assim, uma divisão portuguesa ficou pronta para apoiar os Aliados na Guerra.

É colocado em Shoques no Esquadrão 10 da força aérea francesa, uma unidade de observação equipada com bilugares. Fruto da amizade que tinha com o Às francês Georges Guynemer é colocado como piloto de caça na Esquadrilha SPA 55.

Faleceu em combate em 19.11.1917 quando terá caído num armadilha. Estando em patrulha com um oficial francês comandante da Esquadrilha francesa SPA 65 do 13º Grupo de Caça, atacaram 2 aviões bilugares de reconhecimento alemães mas foram igualmente atacados por 3 Fokker alemães. O oficial francês conseguiu escapar mas o Major Oscar Monteiro Torres ficou gravemente ferido e o seu aparelho Spad colidiu com o solo.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alpiarça, Amadora, Cascais, Lisboa (Freguesia de São João de Deus, Edital de 14-09-1926), Montemor-o-Novo, Sintra (Freguesias de Queluz e Rio de Mouro).

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa, Direcção Municipal de Cultura Departamento de Património Cultural Núcleo de Toponímia”

Fonte: “Fórum Defesa – ForumDefesa.com”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila Viçosa”

 

JEREMIAS TOSCANO, Médico, natural de Vila Viçosa, nasceu a 29-06-1927 e faleceu a 07-03-1996. Jeremias Toscano foi um benemérito e distinto médico calipolense. Foi um símbolo nato do verdadeiro humanismo, um digno exemplo de amor ao próximo, um excelente profissional de saúde que, no seu consultório, a qualquer hora do dia ou da noite, a todos acolhia sem distinção. Um verdadeiro democrata firme defensor dos direitos humanos e sociais.

O pedestal que sustenta o seu busto de mármore é da autoria do Escultor João de Paula e está assente num canteiro de flores, num espaço em frente da antiga residência do Médico, na Freguesia de Conceição. Nele pode ler-se: «Ao homem, ao benemérito, ao amigo Dr. Jeremias Toscano. N. 29-06-1927 F. 07-03-1996, o povo de Vila Viçosa agradece de todo o coração».

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Viçosa (Freguesias de Bencatel e Conceição – Rua Doutor Jeremias Toscano)

Fonte: “Médicos Nossos Conhecidos, de Ana Barradas e Manuela Soares, Editor: Mendifar, 2001, Pág. 164”

Recordamos hoje a famosa Costureira da Figueira da Foz, que ficou conhecida como “Maria Jarra”

 

 

MARIA JARRA, de seu verdadeiro nome: Maria Maia Miguéis da Silva, Costureira, natural de Buarcos (Figueira da Foz), nasceu a 25-03-1912 e faleceu a 01-08-1997. Dama da costura e dos bordados, Maria Jarra como era conhecida, possuía uma enorme colecção de trajes típicos da região. Tendo iniciado o seu ofício com apenas doze anos de idade, foi sempre a costureira eleita pelos pescadores do bacalhau, confeccionando os fatos que os iriam proteger do frio nos mares da Terra Nova.

Foi promotora de inúmeros desfiles e eventos públicos, vestiu vários grupos etnográficos da região, bem como os Actores e Actrizes de variadíssimas peças de teatro realizadas no Teatro Trindade e particularmente no Caras Direitas, a cujo lançamento da primeira pedra assistiu, tendo sido, igualmente, uma das Actrizes pioneiras desta colectividade.

Entre o seu vasto espólio encontram-se modelos de várias épocas, alguns com mais de cem anos, incluindo desde o fato da noiva, o traje domingueiro das peixeiras, o fato da vendedeira de mexilhão e de camarão à farda de trabalho dos pescadores, passando pelas fatiotas das famílias mais abastadas.

O seu espólio foi entregue à guarda da Câmara Municipal da Figueira da Foz, ficando no Núcleo Museológico do Mar, em Buarcos.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Figueira da Foz (Largo Maria Jarra).

Fonte: “Câmara Municipal da Figueira da Foz”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Vila Verde”

 

DOMINGOS DE OLIVEIRA LOPES, Médico, nasceu na Freguesia de Barbudo (Vila Verde), a 27-02-1955 e faleceu em Braga, a 10-12-1999. Embora tenha falecido muito novo, deixou, por toda a parte onde exerceu o seu mister uma marca indelével de zeloso e competente curador dos enfermos e um lastro imenso de bondade e extraordinária presença cidadã activa, particularmente junto dos mais pobres e desvalidos da vida.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Verde (Cidade de Vila Verde e Freguesia de Barbudo – Rua Doutor Domingos de Oliveira Lopes).

Fonte: “ADOL – Associação Domingos Oliveira Lopes”