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“Marido e Mulher”, na Toponímia do mesmo Município.

Palmira Bastos e Sousa Bastos, Mulher e Marido, na Toponímia dos Municípios de: Lisboa, Odivelas e Oeiras.

 

 

palmira-bastosPALMIRA Martinez de Sousa BASTOS, Actriz, nasceu na Freguesia de Aldeia Gavinha (Alenquer), a 30-05-1865, e faleceu em Lisboa, a 10-05-1967. Era filha de artistas espanhóis que actuavam numa modesta companhia ambulante. A Mãe era de Valhadolid e o pai de Santiago de Compostela). Durante a sua carreira artística, que se estendeu por três quartos de século, ocupou ininterruptamente um lugar de primeiro plano na cena portuguesa.

Estreou-se em “O Reino das Mulheres”, de E. Blum, a 18-08-1890, no Teatro da Rua dos Condes, com o empresário Sousa Bastos, com quem casou a 01-06-1894 (viúva desde 1911, veio a casar com Actor-Cantor Almeida Cruz).

Revelou logo, grandes qualidades para acena. Foi seu Professor de Canto Augusto Machado.

Trabalhou em diversos Teatros: no Teatro Nacional de D. Maria, na Companhia Rosas e Brasão, com a qual fez a primeira digressão artística, em 1893, tendo sido acompanhada por sua mãe, em companhias de opereta, dos empresários Sousa Bastos, Afonso Taveira, Luís Galhardo e Armando de Vasconcelos, realizou largas temporadas no Teatro D. Amélia, onde criou vários papéis, nas fantasias Vénus e Viagens de Guliver, em 1905 e 1906.

Desde 1931 a 1967, pertenceu ao elenco da Companhia Amélia Rey Colaço, que actuava no Teatro Nacional D. Maria II, onde representou com grande êxito o repertório daquela empresa, sendo uma das primeiras figuras, não só daquele Teatro mas da cena portuguesa. Foi uma Artista genérica na opereta, na comédia, no drama e na revista. Em todos estes géneros se distinguiu.

Representou nos principais palcos portugueses, no Continente e nas Ilhas Adjacentes, e percorreu o Brasil, em digressões artísticas. Em 1960, Palmira Bastos foi convidada a visitar o Brasil, onde, naquele país irmão, lhe tributaram uma impressionante homenagem. No seu regresso, em 25-10-1960, no Teatro D. Maria II, foi-lhe, igualmente, prestada, em cena aberta, uma calorosa homenagem, à qual assistiu o Ministro da Educação Nacional. Anteriormente, recebeu notáveis testemunhos de apreço pelo seu valor artístico.

A sua última actuação foi em 15-12-1966 na peça “O Ciclone”. Com aptidão não só para o drama e a comédia mas também para opereta e a revista, ocupou durante décadas um dos primeiros lugares da cena Portuguesa. Para o cinema mudo interpretou o filme “O Destino”, em 1922, de G.Pallu.

No Teatro Nacional, após melindrosa operação a que foi submetida; no Teatro de Sá da Bandeira, no Porto, pelos críticos teatrais desta cidade. No Museu João de Deus, em Lisboa. O Lisbon Courier, associando-se a esta homenagem, dedicou-lhe a seguinte quadra: Palmira, quer dizer teatro puro/ Mais nobre, porque é todo singeleza/Palmira, quer dizer: mas uma quina/Na bandeira da Arte Portuguesa.

Contracenou com os melhores Artistas, como os Rosas, Brasão, António Pinheiro, Santos Melo, Carlos Santos, Ferreira da Silva, Ângela Pinto, Adelina Abranches, Rosa Damasceno e tantos outros grandes do Teatro Português.

É difícil enumerar as peças em que criou papéis extraordinários; no entanto, devemos salientar: Maria Antonieta; Feiticeira; Tá-Mar; Honra; Frei Luís de Sousa; Inquisidor; Zá-Zá; Dama das Camélias; Leonor Teles; Electra; Miss Ba; O Leque de Lady Windermere, etc.

Assinale-se, também, a sua brilhante actuação no teatro musicado, nas interpretações de: A Boneca; Tição Negro; Galo de Oiro; Tim-Tim por Tim-Tim; Solar dos Barrigas; ABC; Burro do Sr. Alcaide; Sal e Pimenta; Cigana; Gata Borralheira; Noite e Dia; Perichole; Barba Azul, etc.

Palmira Bastos foi também uma inteligente ensaiadora, directora de empresa teatral, encenadora, etc.

Actuou no cinema mudo, na películoa O Destino, produzida pela Invicta Filmes, do Porto.

Foi distinguida com o Prémio Lucinda Simões 1965, pela seu ainterpretação na peça Ciclone.

Em 1959, o Governo português concedeu-lhe a Comenda da Ordem de Sant’Iago. Na festa de homenagem que lhe foi prestada em 30-05-1965, o Chefe do Estado condecorou-a com a Comenda da Ordem de Cristo.

Em 22-09-1962, a sua terra natal, Aldeia Gavinha, prestou-lhe uma expressiva homenagem, atribuindo o nome de Palmira Bastos ao largo fronteiro à casa em que nasceu.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alenquer; Almada (Cidade de Almada e Freguesia da Charneca de Caparica); Amadora; Barreiro (Freguesia do Lavradio); Beja; Caldas da Rainha; Cascais (Freguesia de São Domingos de Rana); Évora; Lisboa (Freguesia de Marvila); Loures (Freguesias da Portela e São João da Talha); Matosinhos (Freguesia da Senhora da Hora); Moita (Freguesias de Alhos Vedros e Baixa da Banheira); Montijo; Odivelas (Freguesias de Odivelas, Pontinha, Póvoa de Santo Adrião e Ramada); Oeiras (Freguesia de Queijas); Seixal (Freguesia da Torre da Marinha); Sintra (Freguesia de Monte Abraão); Vila Franca de Xira (Freguesias de Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria).

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”, (de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 121, 122 e 123).

Fonte: “Dicionário do Cinema Português 1895-1961” (de Jorge Leitão Ramos, Editorial Caminho, 1ª Edição, Outubro de 2012, Pág. 46, 47, 48, 49, 50 e 51)

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 1º Volume, A-C, Temas e Debates, Círculo de Leitores, 1ª Edição, Janeiro de 2010, Pág. 131 e 132)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 85).

 

sousa-bastos António de SOUSA BASTOS, Escritor e Jornalista, natural de Lisboa, nasceu a 15-05-1844 e faleceu a 02-07-1911. Fez a instrução primária em Lisboa e o liceu em Santarém. Voltou para Lisboa para seguir o Curso de Agronomia no Instituto Agrícola, não o concluindo, entregando-se depois a diversos empregos e à vida jornalística. Começou a trabalhar no Álbum Literário, passando depois para o Comércio de Lisboa, Diário Comercial, Gazeta Setubalense, Gazeta do Dia, entre outros periódicos.

Estreou a sua primeira revista teatral, intitulada “Coisas e Loisas”, em 1869. Criou um género que vingou durante muitos anos e para o qual escreveu peças como “Lisboa no Palco”, em 1864, “Cenas de Lisboa”, em 1875, “Do Céu à Terra”, em 1884, “Tim Tim Por Tim Tim”, em 1889, “Tam Tam”, em 1890, “Fim do Século”, em 1892, “Sal e Pimenta”, em 1894, “Em Pratos Limpos”, em 1896 e “Talvez te Escreva”, em 1900. Compôs dramas românticos, comédias e operetas, e, fundou e dirigiu jornais e revistas ligadas ao Teatro. Deixou livros de interesse informativo e memorístico, como “Cousas do Teatro”, em 1895, “A Carteira do Artista”, em 1896, “Dicionário do Teatro Português”, em 1908, e “Recordações de Teatro” em 1947.

Em Lisboa, foi Empresário dos Teatros: Rua dos Condes, Trindade, Príncipe Real e Avenida.

Casou em 1894 com a Actriz Palmira Bastos e dirigiu Teatros em Lisboa, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará e Pernambuco.

Obras principais: dramas: O Actor; Os Mistérios de Lisboa; Os Ladrões de Lisboa, (1877); comédias: Um Criado Brioso, (1880); revistas: Tim Tim por Tim Tim, (1889); Fim de Século, (1891); Sal e Pimenta, (1894); Talvez Te Escreva, (1900); outras obras: Carteira Artista, (1898); Dicionário do Teatro Português, (1908).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Lisboa (Freguesia de Marvila), Odivelas (Freguesia da Ramada), Oeiras (Freguesias de Linda-a-Velha e Queijas).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. II, Publicações Europa América)

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 29, Pág. 841 e 842)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 84).

“Marido e Mulher”, na Toponímia do mesmo Município.

 

Maria Lalande e Ribeirinho, Mulher e Marico, na Toponímia dos Municípios de: Amadora; Almada, Cascais e Lisboa.

 

maria-lalandeMARIA Adelaide da Silva LALANDE, Actriz, nasceu na Freguesia de Salgueiro do Campo (Castelo Branco), a 07-11-1913, e faleceu em Lisboa, a 21-03-1968. Era filha de José Inocêncio Lalande e de Virgínia Carma da Silva. Foi casada com o Actor e Enecenador Ribeirinho.

Nobilíssima figura da cena portuguesa, foi aluna distintíssima do Conservatório onde frequentou os cursos de Teatro e Dança. Estreou-se no Teatro da Trindade, mas foi no Teatro Nacional que começou a ser actriz. O seu primeiro grande papel surgiu no desempenho da adolescente, tuberculizada e mártir, de Gerard Hauptmann, o maior poeta dramático da Germânia da última metade do século XIX. As personagens da sua galeria de criações dramáticas revelam o seu instinto de tragédia, embora também tenha interpretado a comédia, o Teatro Gil Vicente e o teatro infantil “História da Carochinha”, de Eduardo Schwalbach, “São João Subiu ao Trono”, de Carlos Amaro. Das melhores peças nacionais e estrangeiras figuram admiráveis interpretações de obras de Ibsen, “Casa de Bonecas”, de Alexandre Dumas, “Dama das Camélias”, de B Shaw, “Pigmalião”, de Eugénio O’Neil, “Electra e os Fantasmas”, de Marcel Pagnol, “Fanny”, de Alfredo Cortês, “Tá-Mar”, de Ramada Curto, “Po Caso do Dia”, de Tennesse Williams, “Fumos de Verão”, de Romeu Correia, “Jangada”, de Bernardo Santareno, “António Marinheiro”, e de Costa Ferreira, “Rua”.

Recebeu o Prémio Lucília Simões atribuído pelo SNI. Teve grandes desempenhos nos filmes Rosa do Adro, Lisboa e Fátima Terra de Fé. Maria Lalande é a mais alta expressão de tragédia dos palcos portugueses.

Participou, entre outros, nos seguintes filmes: Lisboa (de José Leitão de Barros, Documentário, 1930); Campinos do Ribatejo, (de António Lopes Ribeiro, 1932); A Rosa do Adro, (de Chianca de Garcia, 1938); Fátima, Terra de Fé, (de Jorge Brum do Canto, 1943); Não Há Rapazes Maus, (de Jorge García Maroto e João Mendes, 1948).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada; Barreiro (Freguesia do Lavradio); Cascais (Freguesia de São Domingos de Rana); Castelo Branco; Lisboa (Freguesia de Benfica, Edital de 31-01-1978); Montijo; Seixal (Freguesia de Fernão Ferro) e de Sesimbra.

Fonte: “O Grande Livro dos Portugueses”, (Círculo de Leitores, 1990)

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres, de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 660”.

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 14, Pág. 583).

 

ribeirinhoFrancisco Carlos Lopes Ribeiro (Ribeirinho), Actor e Encenador, natural de Lisboa, nasceu a 21-09-19111 e faleceu a 07-02-1984. Era filho de Manuel Henrique Correia da Silva Ribeiro e de Ester Nazareth Lopes. Foi casado com a Actriz Maria Lalande.

Teve aos olhos do público uma vida dupla. A sua faceta mais conhecida foi a de cómico, celebrada no cinema numa catadupa de filmes que fizeram as delícias do povo como “O Pai Tirano” e “O Pátio das Cantigas” , em que também assinou a realização, “A Menina da Rádio” e “O Grande Elias”. Sabia tudo de comédia, como fazer rir até às lágrimas e emocionar quando era preciso. O eterno filho de Vasco Santana, era ágil na corrida e na graça, tendo dado muito do seu génio ao Teatro de Revista que cultivou até ao fim da sua vida. Por outro lado, foi um dos homens mais bem informados e melhor formados de uma geração que, convenha-se, pouco sabia de Teatro Moderno e do melhor que se fazia e inovava em palcos estrangeiros. Conhecia os clássicos tão bem como os contemporâneos.

Dirigiu quatro Companhias exemplares e pioneiras na formação de um público alheio à cena do “seu tempo”. “O Teatro do Povo”,” Os Comediantes de Lisboa”,” O Teatro Universitário” e “O Teatro Nacional Popular”.

Foi director do Teatro Nacional Dona Maria II após a recuperação total do edifício, tornou claro que só um verdadeiro homem de Teatro, está capacitado para gerir a Sala Garrett.

No cinema participou em filmes de António Lopes Ribeiro, seu irmão, como A Revolução de Maio (1937), Feitiço do Império (1939), O Pai Tirano (1941) ou A Vizinha do Lado (1945). Trabalhou ainda com Arthur Duarte (que o dirigiu em A Menina da Rádio, 1944 e O Grande Elias, 1950), Ladislao Vajda e Teixeira da Fonseca.

Realizou a popular comédia O Pátio das Cantigas (1941), onde também participa como actor e co-realizou com António Lopes Ribeiro o documentário As Rodas de Lisboa (1951).

Foi Condecorado com o grau de oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada e foi galardoado com os prémios Eduardo Brazão e Chaby Pinheiro.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Costa de Caparica), Amadora, Cascais (Freguesia de Alcabideche e São Domingos de Rana), Lisboa (Freguesia de São Jorge de Arroios, Edital de 24-04-1986), Odivelas, Oeiras (Freguesia de Linda-a-Velha), Seixal (Freguesia de Fernão Ferro), Sintra (Freguesias de Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro), Vila Franca de Xira.

Fonte: “O Grande Livro dos Portugueses”, (Círculo de Leitores, 1990, Pág. 436)

Fonte: “Ribeirinho. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-05-13]”

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 448).

“Marido e Mulher”, na Toponímia do mesmo Município.

 

António Silva e Josefina Silva, Marido e Mulher, na Toponímia dos Municípios de: Amadora;  Cascais; Palmela e Seixal.

 

antonio-silvaANTÓNIO Maria SILVA, Actor, natural de Lisboa, nasceu a 15-08-1886 e faleceu a 03-03-1971. Foi casado com a Actriz Josefina Silva. Foi empregado numa Retrosaria, numa Drogaria e Bombeiro antes de fazer o Curso Comercial, tirado no antigo Colégio Calipolense. Atraído pelo teatro, fez parte de grupos cénicos amadores antes de se estrear como profissional, em 1910, no Teatro da Rua dos Condes, na peça Novo Cristo, de Tolstoi.

Continua na Companhia de Alves da Silva, interpretando fugidios papéis e, em 1913, parte em tournée para o Brasil onde fica até 1921. Durante uma digressão artística ao Brasil ali interpretou, em 1920, os filmes Convém Martelar e Coração de Gaúcho. Mas foi nos anos 30 que a sua carreira atingiu o auge, não apenas no teatro de revista mas também no cinema, ao participar com Vasco Santana e Beatriz Costa na película A Canção de Lisboa, 1933, seu primeiro filme. Pelo seu trabalho em A Menina da Rádio recebeu em 1945 o prémio da SNP. António Silva era inimitável a sua interpretação de personagens de tipo popular. Dezenas de peças e filmes (entre outros, O Costa do Castelo, 1943, O Pátio das Cantigas, 1942, O Leão ds Estrela, 1947, O Grande Elias, 1940) saíram valorizados com o seu estilo muito próprio, numa carreira que suspenderia por motivos de saúde em 1966, interpretando no teatro Adão e Elas e no cinema Sarilho de Fraldas. Foi casado com a Actriz Josefina Silva.

António Silva foi agraciado com as insígnias da Ordem de Santiago (1966), com a Medalha de Prata do Teatro Nacional de D. Maria II, com a Medalha de Mérito Municipal (1967) e também com a Medalha de Benemerência (1927).

Foi Bombeiro Voluntário, onde acumulou 24 louvores, tendo mesmo chegado a Comandante do Corpo Activo dos Bombeiros Voluntários da Ajuda, de 1932 a 1938.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Albufeira, Almada (Freguesia da Charneca de Caparica), Amadora, Caldas da Rainha (Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, Deliberação de 07-10-1991 e Freguesia de Santo Onófre, Deliberação de 08-09-1997); Cascais (Freguesias de Alcabideche, Cascais, Parede e São Domingos de Rana), Gondomar (Freguesia de Rio Tinto), Lisboa (Freguesia do Lumiar, Edital de 22-06-1971), Loures (Freguesia de Santa Iria de Azóia), Maia, Montijo (Freguesia de Santo Isidro de Pegões), Odivelas (Freguesias de Caneças, Odivelas, Pontinha e Ramada), Oeiras (Freguesia de Linda-a-Velha), Seixal (Freguesias de Corroios, Fernão Ferro e Seixal), Sintra (Freguesias de Algueirão-Mem Martins, Colares e Monte Abraão), Vila Franca de Xira (Freguesia de Póvoa de Santa Iria e Vila Franca de Xira).

Fonte: “O Grande Livro dos Portugueses”, (Círculo de Leitores, 1990, Pág. 466 e 467

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 28, Pág. 772 e 773)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 482).

 

josefina-silvaJOSEFINA Barco SILVA, Actriz, natural de Lisboa, nasceu a 10-01-1898 e faleceu em 1993. Filha de um Cantor Lírico, muito jovem representou “A Casa da Boneca”, de Ibsen.

Aos 15 anos estreou-se como corista no Teatro de São Luís, na revista “De Capote e Lenço”. No ano seguinte foi contratada pela empresa do Teatro Apolo como corista-bailarina.

Em 1914 faz a sua primeira digressão artística ao Brasil, onde permaneceu até 1921. Ali casou, em 1920, com o Actor António Silva e com ele regressou a Portugal, integrada na companhia Santanela-Amarante.

Pela sua actuação em “Divinas Palavras”, de Valle-Inclán, recebeu em 1964 o Prémio Lucília Simões. Actuou nos filmes “Lisboa, Crónica Anedótica”, em 1930, “Canções”, em 1946, “Quando o Mar Cavalgou a Terra”, em 1954, “O Noivo das Caldas”, em 1956, “Dois Dias no Paraíso”, em 1957, e “Perdeu-se um Marido”, em 1957. Decana dos artistas que integram a Companhia do Teatro Nacional, recebeu em 1985 o Prémio de Prestígio, outorgado pela Casa da Imprensa.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Amadora, Cascais (Freguesias de Cascais e São Domingos de Rana), Palmela (Freguesia de Pinhal Novo), Seixal (Freguesia de Corroios); Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem Martins).

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 28, Pág. 815)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 487).

“Marido e Mulher”, na Toponímia do mesmo Município.

 

Laura Alves e Vasco Morgado, Mulher e Marido, na Toponímia dos Municípios de: Almada; Amadora e Cascais.

 

laura-alvesLAURA ALVES Magno Veiga Morgado, Actriz e Cantora, natural de Lisboa, nasceu a 08-09-1927 e faleceu a 06-05-1986. Actriz e Cantora, foi uma  das vedetas mais aclamadas pelo público português. Cursou na Escola Industrial Machado de Castro e frequentou o curso de Dança no Conservatório Nacional.

Estreou-se em 1935, interpretando ao lado de Alves da Cunha As Duas Garotas de Paris, e no Teatro Nacional a pela infantil A História da Carochinha, com música de Filipe Duarte. Frequentou em seguida o Conservatório Nacional e rapidamente ascendeu ao primeiro plano com a sua intervenção nas operetas Lisboa 1900 (música de Raul Portela e Fernando de Carvalho, 1941) e O Zé do Telhado (música de Jaime Mendes, 1944), contracenando naquela com o Barítono Alberto Reis e nesta com Estevão Amarante. Entre ambas participou em duas revistas, O Senhor da Pedra e Margarida Vai à Fonte, na primeira das quais fez, com bom sentido de humor, uma imitação de Beatriz Costa, de quem foi a sua sucessora como «vedeta» do género e, posteriormente, entre várias outras;  A Patuscada 81945); Tá bem ou não Tá? (1947) e Enquanto Houver Santo António (1950)

Na inauguração do Teatro Monumental, em 1951, foi, ao lado do Tenor Tomás Alcaide, a protagonista da opereta de Óscar Straus As Três Valsas; nessa sala de espectáculos encabeçou o elenco de várias revistas, entre 1952 e 1957: Lisboa Nova; Viva o Luxo; Mulheres há Muitas; Melodias de Lisboa; Música, Mulheres e…; e das comédias musicais Boa Noite, Bettina, de Giannini e Garinei, e Margarida da Rua (Irmã la douce, de Alexandre Beffort e Margarite Monnot; , versos traduzidos por David Mourão-Ferreira), ambas de 1960. A partir desse ano, dedicou-se exclusivamente ao teatro declamado, onde havia conseguido grandes êxitos (A Sereia do Mar e da Terra, de A. Casona, 1952); A Rainha do Ferro-Velho, de G. Kanin, 1958; Gata em Telhado de Zinco, de Tennesse Williams, 1959); posteriormente, são de recordar as suas interpretações em Meu Amor é Traiçoeiro, (de Vasco de Mendonça Alves, 1962); a Mulher de Roupão, (de Tennesse Williams, 1966); A Promessa, (de Bernardo Santareno, 1967).

O Cinema utilizou-a em comédias de grande popularidade, como: O Pai Tirano, (1941); O Pátio das Cantigas, (1942); O Leão da Estrela, (1947), e Sonhar É Fácil, (1951).

Casou, em 1948, com Vasco Morgado, Empresário do Teatro Monumental e de vários outros Teatros de Lisboa e Porto, de quem se divorciou em 1967, casando-se doze anos depois com o Maestro e Compositor  Frederico Valério.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Cidade de Almada e Freguesia da Charneca de Caparica); Amadora; Beja; Caldas da Rainha; Cascais (Freguesias da Parede e São Domingos de Rana); Lisboa; Loures (Freguesias de Prior Velho e Santo Antão do Tojal),Odivelas (Freguesias de Famões, Odivelas e Pontinha); Palmela; Seixal (Freguesia de Fernão Ferro); Sesimbra (Sesimbra e Freguesia da Quinta do Conde); Setúbal; Sintra (Freguesias de Algueirão-Mem Martins e Queluz); Vila Franca de Xira (Freguesias de Póvoa de Santa Iria, Vialonga e Vila Franca de Xira).

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 1º Volume, A-C, Temas e Debates, Círculo de Leitores, 1ª Edição, Janeiro de 2010, Pág. 36)

Fonte: “Dicionário do Cinema Português 1895-1961” (de Jorge Leitão Ramos, Editorial Caminho, 1ª Edição, Outubro de 2012, Pág. 28, 29 e 30)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 38).

vasco-morgadoVASCO Manuel Veiga MORGADO, Empresário e Actor, nasceu na Charneca de Caparica (Almada), a 19-05-1924, e faleceu em Lisboa, a 22-11-1978. Era filho de Cândido da Anunciação Ribeiro Morgado e de Maria Manuela de Araújo Veiga Morgado. Foi casado com a Actriz Laura Alves.

Tinha o Curso Industrial e frequentou o Conservatório Nacionald e Lisboa, não tendo chegado a concluir o Curso de Teatro.

Tornou-se Empresáerio Teatral, tendo chegado a possuir cinco teatros em Lisboa e um no Porto, o que fazia dele o mais importante empresário do mundo do teatro durante os últimos anos do Estado Novo.

O Teatro Monumental, ao Saldanha, em Lisboa, era o símbolo deste pequeno império, que representava em 1967 cerca de 80% da produção teatral nacional e que vivia essencialmente do então muito popular teatro de revista.

Dentro da ordem Corporativa deo regime, Vasco Morgado foi Secretário do Grémio dos Espectáculos, Vice-Presidente da mesma organização e Procurador à Câmara Corporativa nas X e XI Legislaturas. Entrou para a Câmara Corporativa em Abril de 1970, substituindo Artur Campos Figueira de Gouveia, falecido a 14 de Fevereiro de 1970 (acórdão da Comissão de Verificação de Poderes nº 6/X, de 09 de Abril de 1970), passando então a integrar a 1ª Subsecção (Teatro, Música e Dança) da IX Secção (Espectáculos). Representava as entidades patronais, como membro da Secção de Teatro, Música e Dança da Corporação dos Espectáculos.

A sua acção na Câmara Corporativa resume-se à subscrição de um parecer, o parecer nº 14/X, relatico à proposta de lei nº 6/X (protecção do cinema nacional), de 21 de Abril de 1970. No entando, a sua passagem pela Câmara Corporativa revelou-se bastante útil para o conhecido empresário, que, beneficiando do seu cargo político, ultrapassou certos dissabores como o mandato de prisão ordenado pelo Juiz do Tribunal da Trabalho por ter sido julgado e condenado nalguns processos de transgressão em que era participante a Caixa de Previdência dos Profissionais de Espectáculos. O Juiz chegou a pedir autorização ao Presidente da Câmara Corporativa para o prender, mas Supico Pinto não autorizou, tendo respondido: «Dada a natureza da obrigação, entendo que não devo aceder ao solicitado».

Iniciou a sua carreira artística, como figurante, no filme »O Pai Tirano« (1941), de António Lopes Ribeiro. Participou posteriormente em »Ladrão, Precisa-se« (1946), »Heróis do Mar« (1949) e »Parque das Ilusões« (1963). Em 1945, fundou, juntamente com o cineasta Constantino Esteves, uma empresa cinematográfica que produziu alguns dos filmes em que participou como Actor.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica), Amadora, Cascais (Freguesia da Parede), Oeiras (Freguesia de Linda-a-Velha).

Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume II de M-Z), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág., 185 e 186).

“Marido e Mulher”, na Toponímia do mesmo Município.

 

Ema Reis e Luís da Câmara Reis, Mulher e Marido, na Toponímia do Município de Almada.

 

ema-reisEMA Romero Santos Fonseca da Câmara REIS, Escritora e Musicóloga, nasceu em Faro, a 18-08-1897, e faleceu em Lisboa, a 24-08-1968. Era filha de António dos Santos Fonseca, militar, natural de Faro e de D. Marina Romero Santos Fonseca. Casou com o Professor, Escritor e Jornalista Luís da Câmara Reis. Fez estudos musicais com a Srª de Rangel Baptista e José Henrique dos Santos, e de Canto, com D. Eugénia Mantelli.

Desde muito nova, deu a conhecer, aos portugueses, diversos Compositores nacionais e estrangeiros, muitos deles cujas obras, só por seu intermédio, foram ouvidas pela primeira vez no nosso País.

Organizou, a expensas suas, um grupo de polifonia vocal, «a capella», único então existente, ao qual deu a sua colaboração os melhores nomes de artista portugueses.

Cultivou como amadora a arte vocal, tendo interpretado óperas de autores de renome como »Zanetto«, de Mascagni, e »Portrait de Manon«, de Massenet. Promoveu centenas de concertos de câmara, nos quais revelou um grande número de obras inéditas em Portugal. Organizou, a expensas suas, um grupo de polifonia vocal »a capella«, único então existente no País, e divulgou o Lied.

Colaborou em : Imprensa Nova, Diário de Notícias, A Monarquia, Nacção Portuguesa, Música Contemporânea e Vida Mundial.

Testemunham a sua vasta actividade cultural mecenática os cinco volumes da “Divulgação Musical”. Além de colaboração dispersa em publicações periódicas, deu ainda a lume: “Folhas Dispersas”, em 1923, “À Luz da Minha Alma”, em 1924, e “Arte do Canto”, em 1927.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica), Faro, Seixal (Freguesia de Corroios e Fernão Ferro).

Fonte: “Quem Foi Quem? 200 Algarvios do Século XX”, (de Glória Maria Marreiros, Edições Colibri, 1ª Edição, Dezembro de 2000, Pág. 431 e 432)

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres, de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 189”

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 444).

 

luis-da-camara-reusLUÍS DA CÂMARA REIS, Professor, Jornalista e Escritor, nasceu na Freguesia de Santa Isabel (Lisboa), a 20-04-1885, e faleceu na Freguesia do Estoril (Cascais), a 27-10-1961. Em 1907 conclui o curso da Faculdade de Direiro de Coimbra. Figura de destaque dos meios intelectuais republicanos de oposição ao salazarismo. Dedicou a sua vida à cultura e à política portuguesas.Foi casado com a Musicóloga Ema Reis.

Foi Professor do Ensino Secundário, no Liceu de Setúbal e, em Lisboa, nos Liceus Camões e Gil Vicente, na Casa Pia de Lisboa e na Escola Normal. Sempre se interessou, aliás, pelas questões do Ensino e logo em 1908 assinou o programa da Liga de Educação Nacional, que se propunha «regenerar a sociedade portuguesa» pela educação. Além de ter publicado vários trabalhos, como A Crise da Universidade, (1933); A Didáctica da Matemática ou Métodos Geométricos. Teve grande actividade como Conferencista, designadamente na Universidade Popular, desde a sua fundação, e como colaborador de diversos jornais e revistas, como Mocidade (1899-1905); A República Portuguesa (1910-1911); Ilustração Portuguesa; Lucta; República; Capital e O País.

Exerceu funções directivas na revista Seara Nova, de 1921 a 1961 (da qual foi um dos fundadores e proprietário) escreveu livros escolares e fez palestras de crítica, de pedagogia e de cultura musical. Jornalista, foi Director (1910-1911) de “A República Portuguesa”.

Pertenceu a vários movimentos oposicionistas ao Estado Novo, designadamente ao Movimento de Unidade Democrática, de que foi um dos fundadores e de cuja primeira Comissão Central fez parte.

Em Outubro de 1945 integra a primeira comissão central do MUD, do qual foi membro fundador. Foi também Vogal da junta consultiva do MUD em 1946 e membro da Comissão Central dos serviços de candidatura do General Norton de Matos à presidência da República em 1949. nove anos depois será um dos apoiantes da candidatura de Arlindo Vicente às eleições para a presidência da República de 1958, antes da desistência deste a favor do General Humberto Delgado.

Foi candidato a Deputado, pelo círculo de Lisboa, nas eleições de 1953 e 1957 e pelo círculo de Santarém em 1961, tendo falecido repentinamente durante a campanha eleitoral.

Obras principais: Contos de Março (Lisboa, 1909); Aspectos da Literatura Portuguesa, (Lisboa, 1919); Infinitismo, (1932); As Questões Morais e Sociais na Literatura, (1940-1943, em 6 volumes); Ao Serviço da Democracia, (Lisboa, 1945); Divagações Musicais (dos Trovadores a Vila-Lobos), (1944).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica); Amadora; Lisboa (Freguesia de Santa Maria dos Olivais).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Publicações Europa América)

Fonte: “Candidatos da Oposição à Assembleia~Nacional do Estado Novo (1945-1973). Um Dicionário”, (de Mário Matos e Lemos, Luís Reis Torgal, Coordenador, Colecção Parlamento, Edição da Assembleia da República, 1ª Edição, Lisboa, Outubro de 2009, Pág. 240).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. e 445).

“Marido e Mulher”, na Toponímia do mesmo Município.

 

Ana de Castro Osório e Paulino de Oliveira, Mulher e Marido, na Toponímia do Município de Setúbal.

 

ana-de-castro-osorioANA DE CASTRO OSÓRIO, Escritora e Pedagoga, nasceu em Mangualde, a 18-06-1872, e faleceu em Setúbal, a 23-03-1935. Era filha de João Baptista de Castro, natural de Eucísia (Alfândega da Fé), e de Mariana Adelaide Osório de Castro Cabral de Albuquerque Moor Quintins, natural de São Jorge de Arroios (Lisboa) e irmã do Poeta Alberto Osório de Castro.

Residiu em Setúbal e publicou, as primeiras crónicas, aos 23 anos, no periódico Mala Posta, entusiasticamente elogiada por Tomaz Ribeiro. Nesse mesmo ano casou com o publicista e tribuno republicano Paulino de Oliveira. Em 1898 deu início à colecção “Para as crianças” (18 volumes) que lhe conferiu um lugar cimeiro na literatura infantil. A sua bibliografia é muito extensa: Obras didácticas, romances, novelas, contos, peças infantis e comédia. Para divulgação de normas educativas e de higiene, escreveu e fez distribuir, gratuitamente, folhetos com o título genérico “A bem da Pátria”. O seu livro “A Minha Pátria”, celebrizou-se pelo capítulo “O Jardim do Jorge”, verdadeira lição de civismo e amor pátrio, apontada como exemplo por António José de Almeida.

Em 1911 acompanhou seu marido, nomeado Cônsul de Portugal em São Paulo, mas, enquanto lá viveu, não abandonou a actividade editorial e literária. Aí foi Professora e escreveu vários livros, entre os quais Lendo e Aprendendo e Lição de História, dois manuais que escolas brasileiras e portuguesas seguiram. Ana de Castro Osório foi também considerada a fundadora da literatura infantil em Portugal, muito pela publicação da coleção em fascículos Para as Crianças (1897- 1935), obra marcante na sua época e que durou até à sua morte.

Com ele tomou parte, em 1912, no Congresso de Instrução Pública, em Belo Horizonte, sendo os únicos estrangeiros.

Quando enviuvou, em 1914, regressou e fixou-se em Lisboa. Na Guerra de 1914-1918 teve acção preponderante na propaganda e na assistência aos Soldados, o que lhe mereceu, da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, a colocação do seu busto, em bronze, obra do Escultor João da Silva, na respectiva sede. Em 1915, como Delegada da Câmara Municipal de Cuba (Alentejo), participou no Congresso Municipal de Évora, onde foi a única mulher admitida, apresentando a tese “A mulher na agricultura, nas indústrias regionais e na administração municipal”.

Feminista militante, publicou “As Mulheres Portuguesas”, em 1905, fundou a revista “A Sociedade Futura e a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, e colaborou, com Afonso Costa, na elaboração da lei do divórcio. Não aceitou ser condecorada com a Ordem de Santiago, mas, mais tarde, aceitou a Ordem de Mérito Agrícola e Industrial, que lhe foi atribuída pelo Governo, em reconhecimento dos seus esforços no ressurgimento da silvicultura e das indústrias caseiras como as rendas e a tapeçaria. Era mãe dos Escritores João de Castro Osório e José Osório de Oliveira.

Obras principais: Infelizes, (contos, 1898); Ambições, (1903); Às Mulheres Portuguesas, (1905); Festas Infantis, (1906); Quatro Novelas, (1908); Instrução e Educação, (1909); Em Tempo de Guerra, (1918); A Grande Aliança, (1924); A Verdadeira Mãe, (1925); Mundo Novo, (1927); A Capela das Rosas, (1931); literatura infantil: Bem Prega Frei Tomás, (peça em 1 acto, 1905); A Minha Pátria, (1906); Uma Lição de História, (1909); Os Nossos Amigos, (1911); Viagens Aventurosas de Felício e Felizarda, (1923); O Príncipe das Maçãs de Oiro, (1935); Histórias Maravilhosas da Tradição Popular Portuguesa, (2 volumes, 1952); Últimas Histórias Maravilhosas da Tradição Popular Portuguesa, (s/d).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Amadora; Cascais (Freguesia de São Domingos de Rana); Entroncamento; Lagos; Lisboa (Freguesia de Carnide, Edital de 19-06-1976, ex-Rua B da Urbanização dos Condes de Carnide); Mangualde; Moita (Freguesia do Vale da Amoreira); Montijo, Odivelas; Oeiras (Freguesia de Caxias); Seixal (Freguesias da Amora, Corroios e Seixal); Sesimbra (Freguesias da Quinta do Conde e Sesimbra); Setúbal (Cidade de Setúbal e Azeitão); Sintra (Freguesias de Queluz e Rio de Mouro); Tavira (Freguesia de Cabanas de Tavira).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Publicações Europa América, Organizado pelo Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Coordeando por Eugénio Lisboa, 1994, Pág. 131 e 132)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 396).

Fonte: “Dicionário de Autores da Beira-Serra”, (de João Alves das Neves, Editora Dinalivro, 1ª Edição, Novembro de 2008, Pág. 238).

Fonte: “Setubalenses de Mérito” (de João Francisco Envia, edição de autor, 2003, Pág. 55, 56 e 57)

 

Francisco PAULINO Gomes DE OLIVEIRA, Escritor e Jornalista, nasceu em Setúbal, a 22-06-1864, e faleceu em São Paulo (Brasil), a 13-03-1914. Era filho de João Vítor de Oliveira, comerciante, e de D. Maria José Gomes de Oliveira. Estudou em Lisboa na Escola Académica e no Instituto Industrial, mas não concluiu os respectivos cursos.

Voltou para Setúbal e empregou-se como Guarda-Livros numa casa comercial dedicando-se também ao ensino da escrituração mercantil e da Geografia. Empregou-se depois ao Jornalismo e, com Romão Libânio da Silva, Manuel Portela Júnior, Júlio de Oliveira e outros, fundou o quinzenário A Estrela (25-04-1886), que foi até ao nº 12, seguindo-se-lhe A Semana Setubalense, a 03-10-1886, que continuou a numeração e atingiu o nº 48 em 05-07-1887. Fez parte da redacção de O Sadino, que apareceu em 16-09-1888. Em 09-06-1889 aparece A Opinião e Paulino de Oliveira é um dos principais redactores. Fez parte ainda da redacção de O Eco de Setúbal, em 12-03-1893. Com o desaparecimento deste jornal fica suspensa a sua actividade jornalística.

Como político, estadeou sempre o seu republicanismo, o que lhe acarretou alguns desgostos. Por causa das suas ideias e de algumas manifestações públicas, foi forçado a abandonar o lugar de Guarda-Livros na Fábrica de José Joaquim Fragoso, que muito o estimava. Nos começos de 1894 embarcou para o Ambriz (Angola) e de lá regressou nos fins do ano. Fundou depois O Mês (Novembro de 1894) e passou a colaborar na Gazeta Setubalense, na Revista de Setúbal, em O Elmano e O Distrito.

Em 10-03-1898 casou com D. Ana de Castro Osório, ilustre Escritora e Directora de uma Biblioteca Infantil, sob o título de “Para as Crianças”. Paulino de Oliveira começou a colaborar com  sua esposa na dita Biblioteca Infantil, onde um dos volumes, Contas e Fábulas, de 1908, em verso, é de sua autoria exclusiva.

Além de Director da Biblioteca, era também seu editor, pois era proprietário da Livraria Editora, de Setúbal.

Com sua esposa trabalhou entusiasticamente pela consagração de Garrett, tendo feito com que Setúbal enviasse ao Parlamento uma representação a pedir que os restos mortais do Poeta de Folhas Caídas, fossem trasladados para os Jerónimos. Em 1905 empenhou-se a celebrar o génio de Bocage e contribuiu para enaltecer a memória da Cantora Luísa Todi e tornar conhecido o Poeta Popular António Eusébio, o Calafate. Quando em 28-01-1908 se deu o esboço de uma tentativa revolucionária que motivou a prisão de António José de Almeida, Afonso Costa, Visconde da Ribeira Brava, França Borges, Álvaro Pope e outros, Paulino de Oliveira, amigo de todos e implicado também na conjura, afastou-se das suas empresas Editoriais e labores poéticos pois, com a morte, que se seguiu, de D. Carlos I e do Príncipe Real, os republicanos eram muito perseguidos.

Emigrando para o Brasil (1908), por lá se conservou quase dois anos, sempre interessado na sua obra de propaganda e aproximação intelectual dos dois países. Proclamada a República voltou, e como o seu idealismo não ficasse safisfeito, continuou a pugnar pelas suas aspirações. Fundou, para isso, o semanário O Radical, onde combateu os falsos republicanos, como combatera a Monarquia. Em Maio de 1911, seguiu para o Brasil, como Cônsul de Portugal, em São Paulo, e ali faleceu três anos depois.

Publicou: Cânticos Sadinos (primeiros versos com o pseudónimo Anúplio de Oliveira, com desenhos de Julião Machado, Lisboa, 1888); Em Ferros de El-Rei (obra em que se refere aos 30 dias de prisão sofrida por motivos políticos, 1893); Dor (1894); Para a Escola (em colaboração com D. Ana de Castro Osório, 1910). Em 1932 saiu a edição póstuma dos Poemas de Paulino de Oliveira. Os despojos do Poeta foram trasladados, em 1932, para Setúbal.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Setúbal.

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 19, Pág. 387)

Fonte: “Setubalenses de Mérito” (de João Francisco Envia, edição de autor, 2003, Pág. 173, 174, 175 e 176)

Marido e Mulher”, na Toponímia do mesmo Município.

 

Francisco Sousa Tavares e Sophia de Mello Breyner, Marido e Mulher na Toponímia dos Municípios de: Almada; Amadora; Cascais; Lisboa; Loires; Odivelas; Oeiras; Seixal e Sintra.

 

sousa-tavaresFRANCISCO José de SOUSA TAVARES, Advogado, Jornalista e Político, nasceu na Freguesia da Lapa (Lisboa), a 12-06-1920, e faleceu na Freguesia do Campo Grande (Lisboa), a 25-05-1993. Era filho de Francisco de Sousa Tavares e de Maria Adelina Bello e Carneiro, família tradicionalista e conservadora. Foi aluno dos Jesuítas, tendo frequentado o Colégio de Santo Tirso, onde foi companheiro de António Alçada Baptista. Casado com a escritora e grande poeta Sophia de Melo Breyner Andresen, teve cinco filhos, entre eles, Miguel Sousa Tavares, também ele, Jornalista e Escritor.

Após uma breve passagem pela Faculdade de Engenharia, Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, em 1945, tendo dedicado a maior parte da sua vida profissional à Advocacia. De convicções monárquicas, as suas primeiras actividades políticas foram em defesa desse ideal, procurando dar um conteúdo social e oposicionista à Causa Monárquica.

Advogado, Escritor e Jornalista de grandes méritos, Sousa Tavares, que em 1960 publicou um livro de ensaios políticos, “Combate Desigual”, foi um dos fundadores do Centro Nacional de Cultura, à frente do qual permaneceu longos anos, desenvolvendo uma notável actividade cultural e cívica. Católico progressista. Assinou vários documentos de protesto daquele grupo de cidadãos (o chamado documento dos 101, por exemplo) que, em volta da candidatura do General Humberto Delgado, dinamizaram a oposição à ditadura. Participou, como advogado, em imensos julgamentos políticos no Tribunal Plenário de Lisboa e no Tribunal Militar Especial, tendo defendido, entre outros, Jaime Serra, dirigente comunista, Luís Moita, católico e oposicionista e Manuel Serra, no chamado julgamento da revolta de Beja.

Funcionário do Ministério do Trabalho, de que foi compulsivamente afastado pela ditadura, Sousa Tavares participou no movimento oposicionista chamado “revolta da sé”, de 11 de Março de 1959, tendo sido, em consequência, preso pela PIDE. Em 1967 foi de novo preso pela PIDE, em Caxias, como suspeito de ter denunciado à imprensa inglesa o célebre escândalo dos “ballets rose”. Ao lado de Mário Soares e Francisco Salgado Zenha de quem foi colega e amigo. Foi candidato a Deputado pela CEUD nas pseudo-eleições de 1969 já em pleno consulado caetanista. No dia 25 de Abril de 1974, na hora indecisa em que os tanques de Salgueiro Maia, no Largo do Carmo, se preparava para atacar o quartel da GNR, onde se encontrava refugiado o ainda Primeiro-Ministro Marcelo Caetano, Sousa Tavares de megafone em punho, aregou às massas populares, ajudando a desmoralizar definitivamente os soldados defensores da ditadura. Em 1974 entrou para o Partido Socialista. Mais tarde, fez parte do Grupo dos Reformadores (1979) e, enquanto membro desse Grupo, foi eleito, em 1980, Deputado por Évora nas listas do Partido Social Democrata. Nesse mesmo ano, na 5ª Legislatura, voltou a ser Deputado também por Évora, integrando agora o Grupo Parlamentar do PSD. Apoiou, então, a candidatura de Soares Carneiro à Presidência da República. Em 1981 entrou para o Partido Social Democrata, de que viria a ser suspenso do direito de eleger e de ser eleito durante 18 meses, ao dar o seu apoio à candidatura de Mário Soares à Presidência da República (1986). Após o 25 de Abril de 1974, foi Ministro da Qualidade de Vida do Governo do Bloco Central, chefiado por Mário Soares (1984). Abandonou, então, as funções de Director do jornal A Capital, que vinha exercendo desde 1976. Ninguém ficava indiferente aos artigos de undo que escreveu durante esse longo período. Depois da sua morte, parte da colaboração em A Capital e no Público, indispensável para o conhecimento do pulsar de uma época, foi editada em dois volumes: Escritos Políticos I (Fevereiro de 1996, com prefácio de Mário Soares); Escritos Políticos II, (Dezembro de 1996, com prefácio de António Barreto).

Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade em 1990.

Obras principais: Combate Desigual, (1960); Escritos Políticos, I e II, (1996).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada, Amadora, Cascais (Freguesia de São Domingos de Rana), Guarda, Lisboa (Freguesia de São Francisco Xavier, Edital de 31 de Agosto de 1993), Loures (Freguesia de Prior Velho), Oeiras, Seixal (Freguesia de Paio Pires), Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem Martins).

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. V, Publicações Europa América)

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 391).

Fonte: “Candidatos da Oposição à Assembleia~Nacional do Estado Novo (1945-1973). Um Dicionário”, (de Mário Matos e Lemos, Luís Reis Torgal, Coordenador, Colecção Parlamento, Edição da Assembleia da República, 1ª Edição, Lisboa, Outubro de 2009, Pág. 279 e 280).

 

sophiaSOPHIA DE MELLO BREYNER Andresen, nasceu no Porto, a 06-11-1919, e faleceu em Lisboa, a 02-07-2004. Nasceu no seio de uma família aristocrática, e aí viveu até aos dez anos, altura em que se mudou para Lisboa. De origem dinamarquesa por parte do pai, a sua educação decorreu num ambiente católico e culturalmente privilegiado que influenciou a sua personalidade. Foi casada com o Advogado e Político Francisco Sousa Tavares.

Frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em consonância com o seu fascínio pelo mundo grego (que a levou igualmente a viajar pela Grécia e por toda a região mediterrânica), não tendo todavia chegado a concluí-lo. Teve uma intervenção política empenhada, opondo-se ao regime salazarista (foi co-fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos) e também, após o 25 de Abril de 1974, como Deputada.

Presidiu ao Centro Nacional de Cultura e à Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Escritores. O ambiente da sua infância reflete-se em imagens e ambientes presentes na sua obra, sobretudo nos livros para crianças. Os verões passados na Praia da Granja e os jardins da casa da família ressurgem em evocações do mar ou de espaços de paz e amplitude. A civilização grega é igualmente uma presença recorrente nos versos de Sophia, através da sua crença profunda na união entre os deus e a natureza, tal como outra dimensão da religiosidade, provinda da tradição bíblica cristã. A sua actividade literária (e política) pautou-se sempre pelas ideias de justiça, liberdade e integridade moral. A depuração, o equilíbrio e a limpidez da linguagem poética, a presença constante da Natureza, a atenção permanente aos problemas e à tragicidade da vida humana, são o reflexo de uma formação clássica, com leituras, por exemplo, de Homero, durante a juventude. Colaborou nas revistas »Cadernos de Poesia«, em 1940, »Távola Redonda«, em 1950, e Árvore«, em 1951 e conviveu com nomes da literatura como, Miguel Torga, Ruy Cinatti e Jorge de Sena. Na lírica, estreou-se com »Poesia«, em 1944, a que se seguiram »Dia do Mar«, em 1947, »Coral«, em 1950, »No Tempo Dividido«, em 1954, »Mar Novo«, em 1958, »O Cristo Cigano«, em 1961, »Livro Sexto«, em 1962, Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores, »Geografia«, em 1967, »Dual«, em 1972, »O Nome das Coisas«, em 1977 (Prémio Teixeira de Pascoais), »Navegações«, entre 1977-1982, e »Ilhas«, em 1989. Este último voltou a ser publicado  em 1996, numa edição de poemas escolhidos acompanhada de fotografias de Daniel Blaufuks. Em 1968, foi publicada uma Antologia e, entre 1990 e 1992, surgiram três volumes da sua »Obra Poética«. Seguiram-se os títulos »Musa«, em 1994 e »O Búzio de Cós«, em 1997. Colaborou ainda com Júlio Resende na organização de um livro para a infância e juventude, intitulado »Primeiro Livro de Poesia«, em 1993. Em prosa, escreveu »O Rapaz de Bronze«, em 1956, »Contos Exemplares«, em 1962, »Histórias da Terra e do Mar«, em 1984, e os contos infantis »A Fada Oriana«, em 1958, »A Menina do Mar«, em 1958, »Noite de Natal«, em 1959, «O Cavaleiro da Dinamarca«, em 1964, e »A Floresta«, em 1968. É ainda autora dos ensaios »Cecília Meireles«, em 1958, »Poesia e Realidade«, em 1960, e »O Nu na Antiguidade Clássica«, em 1975, para além de trabalhos de tradução de Dante, Shakespeare e Eurípedes. A sua obra literária encontra-se parcialmente traduzida em França, Itália e nos Estados Unidos da América. Em 1994, recebeu o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores e, no ano seguinte, o Prémio Petrarca, da Associação de Editores Italianos. O seu valor, como poetisa e figura da cultura portuguesa, foi também reconhecido através da atribuição do Prémio Camões, em 1999.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Abrantes, Albufeira, Almada (Freguesia da Sobreda), Amadora, Benavente (Freguesia de Samora Correia), Braga (Freguesia de Palmeira), Cascais (Freguesia de Alcabideche), Castro Verde, Lisboa, Loures (Freguesia de São Julião do Tojal), Maia, Mangualde, Montijo (Freguesia da Atalaia), Odivelas (Freguesia de Famões), Oeiras (Freguesia de Carnaxide), Palmela (Freguesia de Pinhal Novo), São João da Madeira, Porto, Seixal (Freguesia de Amora), Setúbal (Azeitão), Sintra (Freguesias de São Martinho e Algueirão-Mem Martins), Sobral de Monte Agraço, Vila do Conde, Vila Franca de Xira (Freguesias de Vialonga e Vila Franca de Xira), Vila Nova de Gaia.

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. IV, Publicações Europa América)

Fonte: “Dicionário do 25 de Abril”; (Verde Fauna, Rubra Flor, de John Andrade, Editora Nova Arrancada, Sociedade Editora, S.A.. 1ª Edição, Setembro de 2002, Pág. 48 e 49).

Fonte: “Candidatos da Oposição à Assembleia Nacional do Estado Novo (1945-1973), Um Dicionário” (Mário Matos e Lemos, Coordenação de Luís Reis Torgal, Pág. 105 e 106, Colecção Parlamento, Edição de 2009).

Álvaro Guerra, se fosse vivo, faria hoje 80 anos de idade.

 

No dia em que Álvaro Guerra, Diplomata, Escritor, Jornalista e Político, faria 80 anos de idade, deixamos aqui um pouco da sua biografia.

 

alvaro-guerraÁLVARO Manuel Soares GUERRA, Escritor, Diplomata, Jornalista e Político, natural de Vila Franca de Xira, nasceu a 19-10-1936 e faleceu a 18-04-2002. Formou-se  na Faculdade de Letras de Lisboa. foi Militar no Ultramar de 1961 a 1963, estudou Publicidade em Paris e foi Director de Informação da RTP após o 25 de Abril. Dedicou-se ao jornalismo, tendo sido Jornalista do jornal A Luta.

Ficcionista, estreou-se com «Os Mastins», 1967. Outras obras significativas são: «Memória», 1971, «Do General ao Cabo mais Ocidental», 1975, «Café República», 1982, «Café 25 de Abril», 1987, e «Crimes Imperfeitos», 1990. Jornalista, publicou textos de intervenção nos jornais República (1971-1974) e A Luta. Ensaísta político, publicou «Reflexões sobre a China», 1976.

Em 1975 abraçou a carreira Diplomática como Embaixador de Portugal na Suécia, Jugoslávia, a que se seguiu o Zaire, a Índia e o Conselho da Europa (Estrasburgo).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Vila Franca de Xira (Freguesias de Alverca do Ribatejo, Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 263).

Raul Solnado, se fosse vivo, faria hoje 87 anos de idade.

 

No dia em que o grande Actor Raul Solnado faria 87 anos de idade, aqui fica esta pequena lembrança.

 

sintra-0070RAUL Augusto de Almeida SOLNADO, Actor, natural de Lisboa, nasceu a 19-10-1929 e faleceu a 08-08-2009. Era filho de Bernadino da Silva Solnado (natural de Fundada, Vila de Rei) e de Virgínia Augusta de Almeida (natural de Maceira, Fornos de Algodres).

Iniciou a sua carreira como amador na Sociedade Guilherme Cossoul. Em 1952, obteve grande êxito no Maxime, com o espectáculo »O Sol da Meia Noite«, que lhe valeu um enorme aplauso por parte da crítica e do público. A partir de então assumiu-se como artista cómico, revelando-se um dos mais dotados actores da cena teatral portuguesa. Na década de 50, participou em várias operetas, comédias e revistas que o ajudaram a consolidar a sua carreira. Consagrou-se na revista »Bate o Pé« (1961), levada à cena no Teatro Maria Vitória (Parque Mayer), ao interpretar, pela primeira vez, o célebre monólogo »A Guerra de 1908«.

Foi definitivamente catapulcado para a fama, devido à larga difusão que a rádio deu a este trabalho gravado em disco. Seguiram-se inúmeros êxitos de revista que consolidaram o seu estilo cómico, no qual se distinguiu pela forma peculiar de expor o texto, hesitante e pontuada por um vasto leque de expressões faciais. Como empresário teatral, fez construir e dirigiu o teatro Villaret, de 1964 a 1970, tendo promovido alguns dos mais importantes espectáculos dos anos 60. Distinguiu-se recentemente, ao protagonizar a peça »O Avarento«, (1995), de Molière, levado à cena no Teatro da Barraca.

Para além do teatro, participou em diversos filmes, como: »O Noivo das Caldas«, (1956), »Perdeu-se um Marido«, (1956), »As Pupilas do Senhor Reitor«, (1960),  »Dom Roberto«, (1961), e »Balada da Praia dos Cães«, (1987), que lhe deram a oportunidade de explorar a sua faceta dramática.

Trabalhou também em televisão, nomeadamente no grande clássico de entretenimento televisivo em Portugal, Zip-Zip (1969) e noutros programas como »A Visita da Cornélia«, (1977) e »Faz de Conta«, (1986). Colaborou ainda na sitcom, Há Petróleo no Beato e na telenovela A Banqueira do Povo (1991), entre vários outros projectos.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cascais (Freguesias de Cascais e São Domingos de Rana), Montijo (Freguesia de Pegões), Oeiras (Freguesia de Porto Salvo); Peniche; Sines, Sintra (Freguesia de São Pedro de Penaferrim).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 495).

“Marido e Mulher”, na Toponímia do mesmo Município.

Chaby Pinheiro e Jesuína Chaby, dois Actores, Marido e Mulher na Toponímia do Município de Sintra.

 

chaby-pinheiroAntónio Augusto CHABY PINHEIRO, Actor, nasceu em Lisboa, a 12-01-1873, e faleceu em Algueirão (Sintra), a 06-12-1933. Filho do artista dramático Fortunato Pinheiro, frequentou o Curso Superior de Letras, que não chegou a concluir, passando a exercer as funções de Aspirante dos Correios e Telégrafos (CTT).

Relacionava-se com a intelectualidade do seu tempo, com destaque para algumas figuras ilustres da arte, da literatura e do jornalismo.

Tentado pelo teatro, embora o seu físico não se enquadrasse aos ideais físicos masculinos da altura (pois era muito gordo), estreou-se em 1896, no Teatro de Dona Maria II , com a peça »O Tio Milhões«, fazendo parte do elenco da Companhia Rosas & Brazão. Mais tarde, ingressou na Companhia de Lucinda Simões, com a qual percorreu as principais cidades do Brasil e Argentina, sendo depois contratado pelo empresário Eduardo Vitorino.

Regressaria á Companhia Rosas & Brazão, já sediado no Teatro de Dona Amélia, onde se conservou durante onze anos ao lado dos maiores artistas da cena teatral portuguesa.

Posteriormente organizou uma outra Companhia com a Actriz Aura Abranches e com a Actriz Jesuína Chaby, com quem havia casado, que funcionou no Politeama.

Do seu vasto repertório destacam-se as peças: »Teresa Raquin« de Zola, »A Casa da Boneca«, de Ibsen, e »Sua Alteza«, de Ramada Curto; O Leão da Estrela (1925, de Ernesto Rodrigues, Félix Bermudes e João Bastos); A Voz do Operário (1931).

Em cinema, participou no filme: Lisboa, Crónica Anedótica (1930), de Leitão de Barros. Foi ainda Professor do Conservatório Nacional, e condecorado com a Ordem de Santiago.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada, Amadora; Barreiro (Freguesia do Lavradio), Cascais (Freguesia de São Domimgos de Rana), Lisboa (Freguesia das Avenidas Novas, ex-Freguesia de Nossa Senhora de Fátima); Matosinhos (Freguesia da Senhora da Hora); Montijo (Freguesia de Alhos Vedros); Odivelas (Freguesia da Ramada); Oeiras (Freguesia de Linda-a-Velha); Seixal (Freguesia de Corroios); Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem Martins).

Fonte: “O Grande Livro dos Portugueses”, (Círculo de Leitores, 1990, Pág. 410)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 420 e 421).

mem-martins-1413JESUÍNA Pereira Saraiva de CHABY Pinheiro, Actriz, natural de Lisboa, nasceu a 11-11-1865 e faleceu em 1947. Iniciou, ainda tamanhinha, a sua carreira teatral. Apresentou-se em público, pela primeira vez, no Teatro da Rua dos Condes, tendo apenas 8 anos de idade, começou a aparecer, com frequência, em palcos particulares, alcançando apreciáveis êxitos.

Entretanto, frequentou, no Conservatório de Lisboa, as aulas do Professor Carlos Santos, não terminando, porém, o respectivo curso.

Depois de uma digressão pela província, actuou no Teatro do Príncipe Real, onde se salientou na Morgadinha de Vale Pereiro (paródia à Morgadinha de Vale Flor). Pertenceu depois aos elencos dos Teatros Ginásio e D. Amélia (companhia de Rosas e Brasão).

Tendo casado com o Actor Chaby Pinheiro, com ele constituiu uma empresa teatral, na qual se distinguiu nas peças: Os Postiços, A Gata Borralheira, Poliche, Conde Barão, Amigo de Peniche, O Leão da Estrela, O Médico `Força, Cama, Mesa e Roupa Lavada, A Biblioteca, Alcácer Quibir, Fogueiras de S. João, entre centenas de peças em que participou. Fez várias digressões artísticas ao Brasil. Com a morte de seu marido, em 1933, afastou-se da cena, tendo então feito publicar o livro “As Memórias de Chaby”.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem Martins*).

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”, (Por Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão, Editores, Edição de 1981, Pág. 238)