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Recordamos hoje o Compositor Joly Braga Santos, no dia em que faria 100 anos.

JOLY BRAGA SANTOS – José Manuel Joly Braga Santos, de seu nome completo. Compositor e Chefe de Orquestra, natural de Lisboa, nasceu a 14-05-1924, e faleceu a 18-07-1988. Compositor, Director de Orquestra, Crítico e Professor. Estudou Violino e Piano no Conservatório Nacional a partir de 1936, ingressando no Curso Superior da mesma instituição, em 1941. Ao mesmo tempo, estudou Composição e Ciências Musicais a título particular com Luís de Freitas Branco. As suas primeiras obras (Nocturno em mi, para Violino e Piano) datam deste período. A primeira obra sinfónica foi composta em 1946, após ter escrito várias obras de música de câmara.

Em 1947, depois da estreia da Abertura Sinfónica I no Teatro Nacional de São Carlos, foi convidado a ingressar no Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional como colaborador fixo, vivendo exclusivamente da actividade de compositor para esta instituição até à extinção do Gabinete em 1954.

Frequentou o Curso Internacional de Direcção com Hermann Scherchen em Veneza, em 1948, por ocasião da Bienal, estudando, posteriormente, com o mesmo Maestro na Suíça, em 1957 e 1958.

Entre 1959 e 1961, estudou Composição com Virgílio Mortari em Roma. Em 1961 inicoou a actividade de Maestro Assistente de captação na Emissora Nacional, onde trabalhou com Álvaro Cassuto, entre outros.

Teve um importante papel na mobilização da população juvenil nos finais dos anos 40, factor essencial para a formação da Juventude Musical Portuguesa. Em 1950, inspirado pelo Congresso das Juventudes Musicais realizado em Portugal, compôs a 4ª Sinfonia, dedicada à Juventude Musical Portuguesa, que termina com um «Hino à Juventude», simbolizando, na sua óptica, a união dos jovens de todo o Mundo através da Música. Teve uma intensa actividade como Director de Orquestra.

Estreou-se em 1950 na Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional, num Concerto organizado pela Juventude Musical Portuguesa e deu sempre preponderância à música contemporânea.

Foi responsável pelas estreias em Portugal de obras de Penderecki, Ginastera, Cassuto e Jorge Peixinho. Na década de 1960 restringiu a Direcção de Orquestra às obras da sua autoria, tendo, entre 1968 e 1978, interrompido essa actividade. O último concerto sinfónico que rwalizou foi em 1978 (4ª Sinfónia).

Foi crítico na revista Arte Musical, em 1942, nos jornais O Século, no final dos anos 40 e anos 50, Diário da Manhã, nos anos 50, Diário de Notícias, Época, nos anos 70 e na revista Panorama, entre 1967 e 1972.

Realizou conferências no âmbito da acção divulgadora da Juventude Musical Portuguesa e nos Cursos de Iniciação à Música Contemporânea da Fundação Calouste Gulbenkian. A partir de 1970, colaborou como Compositor, Conferencista e Redactor de Programas nos Festivais de Música de Cuenca, Granada e Sevilha. Integrou a Comissão Orientadora de Reforma do Conservatório Nacional, entre 1972-1974, responsável pela reformulação da disciplina de Educação Musical. Nessa instituição foi Professor de Análise e de Composição, entre 1972 e 1976.

Regressou ao mesmo estabelecimento de ensino em 1987, onde permaneceu até falecer.

A sua obra pode dividir-se em duas fases. Da primeira, são característicos os elementos melódicos e harmónicos modais e uma estruturação que privilegia as formas clássicas (sonata, variação e suite). Os pontos de repouso são ainda assinalados por consonâncias e o tipo de construção cíclica é utilizado como elemento unificador. Nesta fase é notória a influência de Luís de Freitas Branco. No entanto, demarcou-se quer nos aspectos métricos e rítmicos, utilizando uma dinâmica masi vincada e incisiva, quer na orquestração densa e particularmente diversificada, resultado do alargamento dos naipes das madeiras e das percussões.

Foi ainda finfluenciado pelas melodias da música tradicional do Alentejo, que utilizou nos processos de génese temática, e pela gradiosidade da paisagem alentejana, que inspirou a imponente orquestração.

No final dos anos 50 iniciou-se uma progressiva transformação no seu estilo musical: em Três esboços sinfónicos (1962) e Sinfonieta (1963) a construºão melódica oscila entre o cromatismo e o diatonismo.

A sua obra teve uma boa recepção, tanto em Portugal como no estrangeiro, onde a acção de divulgador de Silva Pereira foi determinante a partir dos anos 60.

Criou um idioma próprio, com um intuito universalista, absorvendo as influências das músicas do seu País sem perder o sentido de expressividade e de comunicabilidade necessário à vontade de escrever para o público do seu tempo. Conseguiu em grande parte cumprir o que considerou ser o seu objectivo: ser um profissional da composição em Portugal.

Foi condecorado com a Ordem de Santiago da Espada por «Mérito Artístico».

O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica – Praceta e Rua Joly Braga Santos); Amadora (Rua Joly Braga Santos); Lisboa (Freguesia de São Domingos de Benfica – Rua Joly Braga Santos; Edital de 09-12-1988, ex-Rua 2 à Estrada da Luz), Moita (Freguesia de Alhos Vedros – Rua Joly Braga Santos), Odivelas (Freguesia de Famões – Praceta Joly Braga Santos), Oeiras (Freguesia de Carnaxide – Rua Joly Braga Santos), Seixal (Freguesia de Amora – Rua Joly Braga Santos); Setúbal (Azeitão – Rua Joly Braga Santos).

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 4º Volume, P-Z, Pág. 1174 e 1175,  Temas e Debates, Círculo de Leitores)

Fonte: “Homens e Mulheres Vinculados às Terras de Almada, Nas Artes, nas Letras e nas Ciências” (De Romeu Correia, Edição da Câmara Municipal de Almada, 1978, Pág. 83 e 84)

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 471).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Olhão”

JOSÉ LOPES DE SOUSA. Militar, natural de Lisboa, nasceu em 1745, e faleceu em data que não consegui apurar. Assentou praça, no Regimento de Artilharia de Estremoz, em 01 de Julho de 1760. Participou na campanha que decorreu no ano de 1762, tendo sido feito prisioneiro, apenas regressando a Portugal no ano seguinte.

A 31 de Agosto de 1764 foi promovido a 2º Tenente e, no ano de 1773, já com a patente de Capitão foi enviado para Goa, de onde regressou a 21 de Agosto de 1780. Em 25 de Fevereiro de 1786, já com a patente de Major, foi colocado em Castro Marim, sendo nomeado, em 01 de Fevereiro de 1787, Governador interino da Praça de Vila Real de Santo António. Foi promovodo a Tenente-Coronel, em 25 de Fevereiro de 1802.

Impulsionador da revolta do Algarve, contra o domínio francês, em 16 de Junho de 1808, foi nomeado chefe do movimento coordenador da defesa da Vila de Olhão, onde se encontrava. Promovido ao posto de Marechal-de-Campo, por decreto de 04 de Janeiro de 1809, integrou o Exército do Algarve, sob o comando do Conde de Castro Marim, reorganizando todas as forças militares do Alentejo, entrando em Lisboa a 17 de Setembro de 1809. Durante a segunda invasão francesa, entrou em Chaves, com as tropas Algarvias sob o seu comando, no dia 17 de Maio de 1809, atravessando a Galiza, regressou a Portugal a 21 de Maio de 1809, dirigindo-se para Lisboa em 06 de Julho do mesmo ano. Beresford, em Agosto, do mesmo ano, nomeou-o Governador da Praça de Abrantes, cargo que ocupou até 16 de Outubro de 1816, sendo ainda, por alvará de 04 de Abril de 1813, nomeado Alcaide-Mor de Grândola. Foi promovido a Tenente-General em 16 de Outubro de 1816.

Fei Fidalgo-Cavaleiro da Casa Real, em 16 de Outubro de 1816, foi agraciado com os graus de Comendador honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, por decreto de 21 de Dezembro de 1808, e de Cavaleiro da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo, por decreto de 17 de Dezembro de 1812, recebendo ainda a Comenda de Mazagão, por alvará de 03 de Agosto de 1812.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Olhão (Rua José Lopes de Sousa).

Fonte: “Os Generais do Exército Português”, (II Volume, I Tomo, Coordenação do Coronel António José Pereira da Costa; Biblioteca do Exército, Lisboa, 2005, Pág. 61)

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 15, Pág. 446 e 447)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Oleiros”

CARLOS I – Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon e Saxe-Coburgo-Gotha, de seu nome completo. Rei de Portugal de 1889 a 1908, natural de Lisboa, nasceu a 28-09-1863, e faleceu a 01-02-1908. Era filho primogénito de Dom Luís I e da Rainha Dona Maria Pia de Sabóia, e casado, em 1886, com Dona Maria Amélia de Orleães, filha dos condes de Paris.

O jovem monarca subiu ao trono, em 1889, numa época particularmente difícil da vida do país, resultante de uma conjuntura económico-financeira de crise e de uma grande rivalidade entre os dois grandes partidos »rotativos«, progressista e regenerador, que afectava de maneira notória a vida política do país, mantendo-a em permanente tensão. O ambiente de crise agudizou-se ainda mais com o Ultimatum britânico de 1890, motivado pelo célebre Mapa Cor-de-Rosa, que obrigou os portugueses a retirarem-se das regiões africanas aí estabelecidas. Este ultimato provocou em Portugal uma onda de indignação e de ódio geral contra Inglaterra e contra o regime monárquico, que não teria sabido defender os interesses nacionais. A situação foi então aproveitada pelo partido republicano que, em 1891, desencadeou no Porto uma revolta, a primeira tentativa armada republicana para tomar o poder.

Dom Carlos procurou acalmar o país, colocando, em 1906, João Franco na chefia do governo liberal, mas a acção deste político reacendeu a hostilidade dos partidos e dos adeptos dos ideais republicanos. A tensão política trazida pela atitude ditatorial do governo acabaria de modo trágico, com o regicídio de Dom Carlos, em Fevereiro de 1908, no qual morreria também o príncipe herdeiro, Dom Luís Filipe. Ainda em vida, Dom Carlos procurou desenvolver uma política de relações externas para reconquistar o prestígio do país na Europa. Efectuou, no ano de 1895, uma viagem às principais capitais europeias, recebendo posteriormente, em 1903 e 1904, Eduardo VII de Inglaterra, Afonso XIII de Espanha, a rainha Alexandra de Inglaterra, o imperador Guilherme II da Alemanha e ainda o presidente da república francesa, Emílio Loubet. Durante o seu reinado, foi assinado com a Grã-Bretanha o tratado de Windsor (1889), reataram-se as relações luso-brasileiras, interrompidas por um acidente diplomático, e, finalmente, pacificaram-se os territórios ultramarinos, desde África até à Índia.

Dom Carlos distinguiu-se como um monarca culto. Cientista, colaborou em investigações oceanográficas, a bordo o iate »Amélia«, tendo sido também um exímio pintor de aguarelas e pastéis, que lhe valeram prémios em concursos internacionais.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Abrantes (Rua Rei D. Carlos); Almada (Praceta e Rua D. Carlos I); Amadora (Avenida D. Carlos I); Aveiro (Rua D. Carlos I); Barreiro (Praceta D. Carlos I); Bombarral (Freguesia de Pó – Rua D. Carlos I); Bragança (Rua D. Carlos I); Caldas da Rainha (Cidade das Caldas da Rainha – Parque e Passeio D. Carlos I; Freguesia de Foz do Arelho – Rua D. Carlos I); Cascais (Avenida e Rotunda D. Carlos I); Constância (Rua D. Carlos I); Ferreira do Zâzere (Rua Rei D. Carlos I); Funchal (Rua D. Carlos I); Lagoa (Freguesia de Estômbar – Rua D. Carlos I; Freguesia do Parchal – Rua D. Carlos I); Leiria (Praceta, Rua e Travessa D. Carlos I); Lisboa (Freguesias da Estrela e da Misericórdia – Avenida D. Carlos I Edital de 23-12-1948; Freguesia do Parque das Nações – Esplanada D. Carlos I; Edital de 16-09-2009); Loures (Freguesia de Camarate – Rua D. Carlos I; Freguesia  de Santa Iria da Azóia – Rua D. Carlos I); Marco de Canaveses (Travessa D. Carlos I); Odivelas (Freguesia de Odivelas – Rua D. Carlos I; Freguesia da Pontinha – Rua D. Carlos I); Oeiras (Freguesia de Porto Salvo – Rua D. Carlos I); Oleiros (Freguesia de Isna – Rua D. Carlos I); Portimão (Rua D. Carlos I); Porto (Avenida D. Carlos I); Ribeira Grande (Rua El-Rei D. Carlos I); Sabugal (Freguesia de Aldeia de Santo António – Rua D. Carlos I); Seixal (Freguesia de Fernão Ferro – Rua D. Carlos I); Serpa (Freguesia de Pias – Largo D. Carlos I); Sesimbra (Vila de Sesimbra – Rua D. Carlos I; Freguesia da Quinta do Conde – Rua D. Carlos I); Sintra (Freguesia de Casal de Cambra – Rua D. Carlos I); Vila Nova de Gaia (Rua D. Carlos I).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 124 e 125).

Fonte: “Dicionário Histórico e Biográfico de Artistas e Técnicos Portugueses”, (de Arsénio Sampaio de Andrade, 1ª Edição, Lisboa, 1959, Pág. 41 e 42)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Oeiras”

FRANCISCO ROQUE DE AGUIAR. Militar, natural de Lisboa, nasceu a 24-02-1854, e faleceu a 11-03-1933. Assentou praça como voluntário em 1873 e chegou a Moçambique em 03-01-1891. Comandante do corpo policial de Lourenço Marques, notabilizou-se na defesa da capital moçambicana (14-10-1894) e, sobretudo, no combate de Marracuene (12-02-1895). Rota uma das faces do quadrado, carregou à baioneta os assaltantes landins, permitindo a reconstituição da formação inicial e assegurando a vitória definitiva.

Foi Governador do Distrito de Moçambique e de Lourenço Marques. Oficial do Exército. Passou à reserva como Tenente-Coronel.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Oeiras (Rua Francisco Roque de Aguiar).

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 01, Pág. 655)

Fonte: “Quem É Quem”, (Portugueses Célebres, Círculo de Leitores, Edição de 2008, Pág. 16).

“Pessoas Vinculadas aos CTT”

ROSA GRACINDA MATEUS. Funcionária dos CTT, natural de Lisboa, nasceu a 19-09-1913, e faleceu em data que não consegui apurar. Admitida nos CTT, em 1932, como Telefonista, aposentou-se como Telefonista-Chefe.

Publicou: A Vida da Telefonista (Palestra, proferida, na Sala “Algarve” da Sociedade de Geografia, em 01 de Abril de 1950, Lisboa, 1950).

Fonte: “Catálogo Do Que Escreveram Funcionários dos Correios, Telégrafos e Telefones” (Notas Bio-Bibliográficas Coligidas por Godofredo Ferreira; Chefe de Repartição da Administração-Geral dos C.T.T.; Edição dos Serviços Culturais dos C.T.T, Editado em 1955, Pág. 100)

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Odivelas”

FERREIRA SIMAS – Frederico António Ferreira de Simas, de seu nome completo. Militar e Político, natural de Lisboa, nasceu a 11-05-1872, e faleceu a 07-10-1945. Filho de António do Carmo Ferreira de Simas, e neto paterno de António Ferreira de Simas (1800-1863), que foi Secretário dos Correios de Lisboa.

Cursou a Arma de Artilharia na Escola do Exército, vindo a seguir a carreira militar (praça em 1889, Alferes em 1894, Tenente em 1895, Ccapitão em 1911, Major em 1917, Tenente-Coronel em 1918, e Coronel em 1922). Exerceu actividade docente naquela instituição de ensino (matérias de explosivos, fabrico de material de guerra e balística) e também no Instituto de Odivelas (a partir de 1910), no Instituto Comercial (1913-1942) e na Escola de Guerra (1914). Ainda no âmbito educativo, ocupou os cargos de director da Escola Normal Feminina de Lisboa (a partir de 1910), de inspector do Liceu Pedro Nunes e de vogal da comissão de organização do Ensino Primário (1911) e do Conselho Superior de Ensino Técnico. Comandou o Grupo de Artilharia Pesada nº 2.

Manteve conferências com Lord Kitchener sobre defesa nacional, em Londres, no biénio de 1916-1917, e presidiu, durante o mesmo período, à delegação portuguesa na Comissão Internacional de Abastecimento. Nomeado Adido Militar em Washington em 1919, não tomou posse do cargo.

Passou a desempenhar nesse ano, e até 1941, as funções de Director do Instituto de Odivelas, a que se seguiram, para além das de vogal em várias comissões de estudo, as de presidente da comissão encarregada de estudar a possibilidade de instalação de uma fábrica de adubos em Portugal (1930), e as de vice-presidente do Conselho Tutelar dos Exércitos de Terra e Mar (1941).

Filiado no Partido Republicano Português, sobraçou a pasta da Instrução entre 12 de Dezembro de 1914 e 25 de Janeiro de 1915, e, pela segunda vez, desde 29 de Novembro de 1915 até 15 de Março de 1916. Foi ainda senador por Faro (1915) e pela Guiné (1922 e 1925), regressando ao governo, como ministro do Comércio, entre 15 de Fevereiro e 01 de Julho de 1925. Passou à reserva da vida militar em 1931.

Pertenceu à Maçonaria, tendo sido iniciado em 1910 na loja Pureza com o nome simbólico de Berzelins.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Odivelas (Rua Coronel Ferreira Simas)

Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 11, Pág. 193)

Fonte: “Parlamentares e Ministros da 1ª República (1910-1926); (Coordenação de A. H. Oliveira Marques, Colecção Parlamento; Edições Afrontamento, Pág. 408)

Recordamos hoje Bernardo Sassetti, no dia em que passam 12 anos da sua morte.

BERNARDO SASSETTI – Bernardo da Costa Sassetti Pais, de seu nome completo. Músico, nasceu em Lisboa, a 24-06-1970, e faleceu devido a uma queda numa falésia em Cascais, a 10-05-2012. Era filho de Sidónio de Freitas Branco Pais (neto de Sidónio Pais), e de Maria de Lourdes da Costa de Sousa de Macedo Sassetti, (descendente do fundador da Casa Sassetti).

Pianista e Compositor, descendente de famílias de Múscios (Freitas Branco e Sassetti), iniciou estudos de piano aos nove anos de idade, frequenatndo depois a Academia de Amadores de Música. O contacto regular com seus primos, os irmãos Moreira, aproximou-o do Jazz. Estudou com Zé Eduardo e Horace Parlan e frequentou o workshop do Estoril Jazz com Sir Roland Hanna em 1990.

A partir dos 18 anos tocou em concertos e jam sessions com o quarteto de Carlos Martins e o Moreiras Jazztet.

Acompanhou, em Portugal e noutros paíeses, músicos como Art Farmer, Curtis Fuller, Benny Golson, Eddie Henderson, Freddie Hubbard, Steve Nelson, Andy Sheppard e Kenny Wheeler.

Integrou ainda a Big Band do Hot Clube de Portugal, a United Nations Orchestra, fundada por Dizzy Gillespie e dirigida após a sua morte por Paquito D’Rivera, os grupos de Carlos Barreto e Perico Sambeat, bem como o quinteto de Guy Barker. Participou na gravação do CD Waht Love Is deste trompetista inglês com a London Philarmonie Orchestra e o convidado especial Sting.

Em Julho de 1993 actuou em Londres no Ronnie Scott’s dirigindo o seu próprio trio, com Wayne Batchelor e Ralph Salmins e o convidado especial Peter King. A solo ou com formações, realizou nos anos 90 numerosas digressões pela Europa, África e Estados Unidos da América, tendo participado num concerto no Mainly Mozart Festival (San Diego, Califórnia), bem como em concertos na China acompanhado pela Orquestra Filarmónica de Hong Kong.

No cinema, além da participação na banda sonora de The Talented Mr. Ripley (1999, Anthony Minguella), compôs a música para Facas e Anjos (2000, Eduardo Guedes); Aniversário, (2000, Mário Barroso); As Terças da Bailarina Gorda, (1999, Jeanne Waltz) e Summer Moments, (1998, Rita Ferreira) e ainda a partitura para a cópia restaurada do filme mudo Maria Papoila (1930, Leitão de Barros, numa encomenda do canal televisivo La Sept/Arte, 2000).

Inicialmente influenciado por Wynton Kelly e Herbie Hancock, cedo se revelou um músico promissor no panorama do Jazz em Portugal, pela desenvoltura técnica, criatividade melódica e harmónica, polivalência rítimica e capacidade de improvisação.

Em duo tocou com o pianista Mário Laginha, com quem gravou “Mário Laginha / Bernardo Sassetti” e “Grândolas”, naquela que foi uma homenagem a Zeca Afonso e aos 30 anos do 25 de Abril.

Compôs para teatro (“Azul Longe nas Colinas”, de Dennis Potter, numa encenação da sua mulher, Beatriz Batarda), para dança (“Uma Coisa em Forma de Assim”, da Companhia Nacional de Bailado), para bebés (“Os Embalos do Bernardo”) e até para o Castelo de São Jorge (“Histórias do Castelo”).

Acompanhou Beatriz Batarda ao piano em recitais onde esta narra contos de Sophia de Mello Breyner; participou em “Final de Rascunho”, de Sérgio Godinho, que integra uma canção com música sua.

Bernardo Sassetti tocou ainda com Camané ‘My Funny Valentine’ na Festa do Jazz 2010 e apresentou os 3 Pianos com Mário Laginha e Pedro Burmester no Festival Med.

O lado mais mediático da sua actividade em 2010/11 foi a edição do disco com Carlos do Carmo (ed. Universal), e de “Motion” com o seu trio, na Clean Feed (a apresentação ao vivo incluiu a projeção de fotografias de sua autoria).

Mais discretas foram as colaborações nos álbuns “Palace Ghosts and Drunken Hymns”, do Will Holshouser Trio, e “Madrugada”, dos Peixe: Avião.

Recebeu o Prémio Amália Rodrigues (categoria Música Popular) e o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores (categoria Melhor Canção, para ‘Retrato’, com letra de Mário Cláudio, do álbum com Carlos do Carmo).

Fez ainda parte do júri da 8 1/2, a Festa do Cinema Italiano, em Lisboa.

A sua actividade mais recente incluiu a participação no disco “Motor” de André Fernandes (ed. Tone of a Pitch), a escrita de um tema para o disco “Different Time” (ed. Sony) de Marta Hugon e a presença no CD “DocTetos” (ed. edição JORSOM), de António José de Barros Veloso. O pianista compôs ainda uma parte da música original para o espectáculo multimédia “Lisboa, quem és tu?”, estreado a 30 de Março último no Castelo de São Jorge, em Lisboa.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Oeiras (Freguesia de Porto Salvo – Praceta Bernardo Sassetti); Olhão (Freguesia de Quelfes – Rua Bernardo Sassetti).

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 4º Volume, P-Z, Pág. 1189 e 1175,  Temas e Debates, Círculo de Leitores)

Fonte: “Jornal Expresso”

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Odemira”

TEÓFILO TRINDADE – Teófilo José Trindade, de seu nome completo. Militar e Político, nasceu em Lagoa (Algarve), a 26-01-1856, e faleceu em Lisboa, a 10-12-1936. Era filho de Teófilo José Trindade e de D. Joaquina Emília Soares Carneiro.

Concluído o curso dos liceus, frequentou as Faculdades de Matemática e de Filosofia de Coimbra. Ingressou depois na Escola do Exército, onde cursou Engenharia Militar. Fez carreira cmo oficial, ascendendo a Alferes em 1880, a Tenente em 1882, a Capitão em 1888, a Major, em 1902, a Tenente-Coronel em 1906, a Coronel em 1910 e, finalmente, a General em 1918.

Membro da Comissão de Defesa de Lisboa e Porto (1885-1890) e responsável por vários trabalhos de construção militares, comandou a Companhia de Caminhos de Ferro do Regimento de Engenharia em 1893-1894. Após ter servido em Moçambique entre 1900 e 1905, e de aí ter sido governador de Manica e Sofala (1901-1903), desempenhou as funções de promotor de Justiça no julgamento dos conspiradores monárquicos, em 1914, e de comandante da Escola de Guerra, em 1917-1919. Regressou ao território moçambicano, ao serviço da Companhia de Moçambique, nos anos de 1921 e 1922. No domínio político, manteve uma postura extra-partidária.

Foi Ministro das Colónias entre 28 de Janeiro e 08 de Março de 1915, e titular da pasta dos Negócios Estrangeiros desde aquela última data até 14 de Maio seguinte.

Na vigência da Ditadura, viria a ocupar o cargo de Presidente da Junta Autónoma de Estradas desde 1927 até 1936, ano em que faleceu em Lisboa.

Da sua forlha de serviços constam três louvores dos quais um pela boa direcção dada aos trabalhos da Escola Prática de Engenharia, revelada nos exercícios e trabalhos finais realizados em 11 de Junho de 1909 a que assistiu S. M. El-Rei.

Condecorado com a Medalha de Ouro, da Classe de Comportamento Exemplar, e de Prata, da Classe de Bons Serviços, foi ainda agraciado com os graus de Grã-Cruz da Ordem Militar de São Bento de Avis e de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Alvito (Freguesia de Vila Nova da Baronia – Praça General Teófilo da Trindade); Beja (Rua e Travessa General Teófilo da Trindade); Faro (Rua General Teófilo da Trindade); Ferreira do Alentejo (Rua Teófilo Trindade); Lagoa (Rua e Travessa Comendador Teófilo Trindade); Odemira (Avenida Teófilo da Trindade); Portimão (Rua General Teófilo Trindade); Porto de Mós (Rua General Trindade).

Fonte: “Os Generais do Exército Português”, (III Volume, I Tomo, Coordenação do Coronel António José Pereira da Costa, Biblioteca do Exército, Lisboa, 2008, Pág. 189, 190, 187, 191 e 192).

Fonte: “Parlamentares e Minsitros da 1ª República (1910-1926)”; (Coordenção de A. H. Oliveira Marques, Edições Afrontamento, Colecção Parlamento, Pág. 425 e 426).

“Quem Foi Quem na Toponímia do Município de Óbidos”

JOSÉ JOAQUIM PACHECO. Militar, nasceu em Óbidos, em 1792, e faleceu na Areosa (Maia), a 02-12-1833. Oficial do Exército desde 1809, atingiu o posto de Coronel. Participou na Guerra Peninsular, na Campanha do Rio da Prata (1815-1823); na Guerra Civil (1826-1827; 1828-1833). Liberal, viveu no exílio (1828-1832), esteve nos Açores e fez parte dos bravos do Mindelo, que desembarcaram em 1833. Foi agraciado com a Torre e Espada.

Em Setembro de 1833, para as bandas da Areosa travou-se um violento combate entre miguelistas e o Regimento de Infantaria nº 10 que era comandado pelo Coronel José Joaquim Pacheco que foi ferido. Faleceu dois dias depois na Quinta do Mirante onde o seu Regimento estava aquartelado.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Óbidos (Rua Coronel Pacheco); Porto (Rua e Travessa Coronel Pacheco).

Fonte: “História da Maçonaria em Portugal, Política e Maçonaria 1820-1869”, (A.H. Oliveira Marques, Editorial Presença, III Volume, 2ª parte, 1997, Pág. 506).

“Prémios Nobel da Literatura na Toponímia” (51º)

ALBERT CAMUS. Escritor nasceu em Mondovi, (Argélia), a 07-11-1913, e faleceu em Villeblevin, (França), a 04-01-1960. Albert Camus, foi um escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta franco-argelino. Ele também atuou como jornalista militante envolvido na Resistência Francesa, situando-se próximo das correntes libertárias durante as batalhas morais no período pós-guerra.

Filho de um jornaleiro meio argelino, meio francês, e de uma carroceira espanhola analfabeta, cedo se revelou um estudante exemplar, ao receber, em 1924, uma bolsa de estudos para o Liceu de Argel. Aí permaneceu até 1932, fazendo parte das actividades atléticas escolares, que acabou por interromper ao contrair tuberculose inócua que lhe deixou mazelas para toda a vida.

A partir de 1935 ocupou vários postos de trabalho na capital e, depois de se filiar no Partido Comunista, conseguiu licenciar-se em Filosofia pela Universidade de Argel, em 1936.

Partiu então pela primeira vez rumo à Europa, na esperança de melhorar a sua condição pulmonar, agravada pelos sopros arenosos e abrasadores do deserto do Sara.

Em 1937 publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de ensaios com o título L’Envers Et L’Endroit (O Avesso e o Direito). No ano seguinte passou a trabalhar como jornalista no Alger Républicain, chegando a fazer uma reportagem detalhada sobre a condição dos muçulmanos da região de Cábila, que lhe valeu as atenções do público e das autoridades goveramentais.

Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, Camus publicou Noces (1939), uma coletânea de ensaios que reflectiam o estado de espírito consequente ao seu divórcio de Simone Hié, morfinómana com quem havia casado alguns anos antes.

Juntou-se ao movimento da Resistência Francesa e, em 1942, publicou um dos seus romances mais conhecidos, L’Étranger (O Estrangeiro), obra que havia começado a compor na Argélia antes do começo da guerra, e que dava início ao estudo do absurdo, constante no seu trabalho, e que representava a prova aparente, segundo Camus, da não existência de Deus.

Também em 1942 apareceu o ensaio filosófico Le Mythe de Sisyphe: Essai Sur L’Absurde (O Mito de Sísifo), em que ajuntava o conceito do suicídio ao marasmo do absurdo (termo que havia de caracterizar a problemática existencial de toda uma geração de autores e pensadores) da vida.

Em 1943, juntamente com Jean-Paul Sartre, fundou o jornal de esquerda Combat, de que foi editor até 1947, ano em que publicou o seu terceiro romance, com o título La Peste (A Peste), uma alegoria à ocupação da França pelos Nacional-Socialistas em que os comportamentos humanos em situações extremas são cuidadosamente analisados. Rompendo pouco tempo depois com Jean-Paul Sartre, líder da corrente existencialista, Camus publicou L’Homme Revolté (1951, O Homem Revoltado), coletânea de ensaios dedicados à génese histórica do Ateísmo. La Chute (1956, A Queda) retoma pela narrativa a problemática da justiça humana, sempre em torno da célebre frase de Dostoievski: ” Se Deus não existisse, tudo seria permitido”.

Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1957, (foi o 51º Prémio Nobel da Literatura).

Albert Camus faleceu prematuramente, a 4 de janeiro de 1960, num acidente de viação ocorrido nas cercanias de Sens, em França.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Argentina (Villa Rosa, Buenos Aires – Rua Alberto Camus); Brasil (São Paulo – Rua Albert Camus); Espanha (Calle Albert Camus), França (Avenue e Rue Albert Camus); Bélgica (Rue Alberto Camus); Itália (Via Camus).

Fonte: “Infopédia – Dicionários Porto Editora”