João Baptista Sassetti, fundador da conhecida Casa Sassetti, nasceu faz hoje 200 anos.

 

Casa SassettiJOÃO BAPTISTA SASSETTI, Editor e Músico, nasceu na Freguesia de São Martinho (Sintra), a 09-08-1817, e faleceu em Lisboa, a 03-10-1889. Era filho de Vítor Domingos Sassetti, nascido em Bussoleno (Itália) mas falecido em Sintra, e de Ana Violante Ribeiro, natural de São Martinho (Sintra).

João Baptista Sassetti, foi o fundador da importante Casa Editora de Músicas com o seu apelido. Estudou Música no Seminário Patriarcal, e tornou-se excelente Pianista, tendo por Mestre Frei José Marques.

Activo e empreendedor, entendeu-se com um capitalista que lhe forneceu os meios de estabelecer uma Casa para venda de Pianos e Músicas.

Em princípios de Janeiro de 1848, estabeleceu, em Lisboa, uma Casa para Venda de Pianos e Música, tornando-se, mais tarde, numa das primeiras Casas Editoras de Música do País.

A Casa prosperou, e Sassetti foi progressivamente alargando o seu comércio, tornando-se também Editor. Estabeleceu uma oficina de gravura, pelo processo de calcografia, e fez publicar grande quantidade de obras em todos os géneros, especialmente para piano e para canto.

As edições impressas na Casa Sassetti são tão perfeitas e nítidas, absolutamente idênticas às melhores que no seu tempo vinham do estrangeiro. Graças a essa vantagem, e também à concorrência que faziam os Editores Figueiredo e Lence, cujas publicações eram litografadas, o comércio da Música entre nós viveu e prosperou quase independente da indústria estrangeira.

Sassetti ou Casa Sassetti era a designação pela qual era conhecida a empresa Sassetti & Cª (posteriormente Sassetti – Sociedade Portuguesa de Música e Som, SARL. Começou por estar sediada na Rua do Carmo, em Lisboa, onde permaneceu cerca de 100 anos.

Nos 50 anos do Século XX instalou-se na Avenida Visconde de Valmor e na Rua Nova do Almada, sucessivamente, tendo, nos anos 80, Lojas na Rua Castilho e no Centro Comercial das Amoreiras. Manteve a estrutura de empresa familiar até 1969-1970, altura em que integrou uma Sociedade Comercial.

Começou por ser uma Loja de Instrumentos Musicais (sobretudo pianos) nacionais e importados. Nos anos 50 do Século XIX, investiu na edição de música impressa, constituindo então a principal actividade e razão de reconhecimento social da Empresa.

Destacou-se pela vasta produção de partituras para piano e canto, de música erudita de Compositores Portugueses, de obras de carácter pedagógico e de música ligeira.

No início do Século XX era representante em Portugal da Editora italiana Ricordi, servindo de intermediário no aluguer de partituras de ópera para o Teatro Nacional de São Carlos, actividade que assegurava a viabilidade económica da Empresa.

Em meados do Século XX na Empresa funcionava uma escola denominada Viveiro Musical, cujo respons´+avel e Professor era Gonçalves Simões.

Em 1970  SST foi adquirida pela editora discográfica Guilda de Música, fundada em 1968, tendo como disco de estreia As Barcas Novas com música de Fernando Lopes raça sobre versos de Fiama Hasse Pais Brandão.

Em 1972, estas empresas juntaram-se às Organizações Zip-Zip, tendo-se fundido em Sociedade em Agosto de 1973, com a designação Sassetti – Sociedade Portuguesa d Música e Som, SARL.

Sob ESTa configuração a maior parte do investimento da empresa passou a centrar-se na edição e venda de fonogramas. Mantiveram-se, no entanto, as edições de livros de pedagogia musical.

Em Março de 1975, a Empresa passou a um regime de autogestão, tendo aprodução discográfica diminuido significativamente.

Em 1990, a direcção da SST foi retomada pelos proprietários e, em 1984, cedeu os direitos de parte do repertório editado à empresa editora Strauss.

Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 27, Pág. 781)

Fonte: “Dicionário Biográfico de Músicos Portugueses, de Ernesto Vieira, Volume II, Lisboa, 1900, Pág. 283 e 284, Tipografia Mattos Moreira & Pinheiro”

Fonte: “Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX” (Direcção de Salwa Castelo-Branco, 4º Volume, P-Z, Temas e Debates, Círculo de Leitores, 1ª Edição, Janeiro de 2010, Pág. 1187, 1188 e 1189)

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