A grande Actriz Maria Matos, aqui lembrada, no dia em que passam 127 anos sobre o seu nascimento.

 

Maria MatosMARIA da Conceição MATOS Ferreira da Silva Mendonça de Carvalho. Actriz, Encenadora, Professora, Dramaturga e Empresária Teatral, natural de Lisboa, nasceu a 29-09-1890 e faleceu a 18-09-1952. Seguiu o Curso de Piano, Canto e Arte Dramática no Real Conservatório de Lisboa, sob a orientação dos Professores Dom João da Câmara, José António Moniz e Augusto de Melo. Apresentou-se para o exame final de Curso com a peça “Rosas de Todo o Ano”, expressamente escrita por Júlio Dantas. Estreou-se profissionalmente em 1907, no Teatro de Dona Maria II, na peça “Judas” de Augusto de Lacerda. Em 1908, tornou-se sócia daquele teatro, de cujo elenco faziam parte Ferreira da Silva, Adelina Abranches e outros vultos importantes da cena teatral portuguesa.

Casada com o Actor Francisco Mendonça de Carvalho, criou com o marido a empresa Maria Matos/Mendonça de Carvalho, tornando-se, posteriormente, Empresária do Teatro do Ginásio.

Das peças que representou, destacam-se: “O Senhor Roubado”, “Em Boa Hora o Diga”, “A Vizinha do Lado”, “Domador de Sogras”, “A Dama das Camélias”, “A Doida”, “Isabel de Inglaterra e Benilde”, entre muitas outras. Fez igualmente cinema, participando nos filmes. “A Varanda dos Rouxinóis” (1939), de Leitão de Barros, “A Menina da Rádio”, “A Morgadinha dos Canaviais”, “Um Homem às Direitas”, e “O Costa do Castelo” (1943), de Artur Duarte.

Em 1940, foi nomeada Professora do Conservatório Nacional, leccionando as cadeiras de Estética Teatral e de Arte de Dizer. A grande popularidade de que desfrutou como Actriz cómica, no Teatro e no Cinema, relegou para segundo plano a sua actividade de Escritora, representada por dois livros de crónicas e versos, África e Dizeres de Amor e de Saudade, (1935), três comédias de factura convencional, Direitos do Coração, em 1 acto, A Tia Engrácia, em 3 actos, 1936, e Escola de Mulheres, em 3 actos, 1937, e várias traduções de obras teatrais de P. Frondaie, J. Benavente, Zola e Pirandello. Postumamente, foram publicadas as suas Memórias, revistas por Alice Ogando, (1955).

Maria Matos ficou também célebre no cinema, em filmes como: O Costa do Castelo (1943), A Menina da Rádio e Um Homem às Direitas (ambos em 1944) ou As Pupilas do Senhor Reitor (1935), A Varanda dos Rouxinóis (1939) ou ainda, A Morgadinha dos Canaviais e Heróis do Mar (ambos em 1949).

Actuou pela última vez, em 1951, no Teatro Sá da Bandeira, ao lado de Maria Helena (sua filha), Alves da Cunha e Vasco Santana, nas peças “Multa Provável e 3 Gerações”.

Maria Matos foi, ainda, agraciada com um louvor publicado no Diário do Governo pelos serviços prestados ao Teatro (1915), o Hábito de Santiago da Espada (1934) e, em 22 de 0utubro de 1969, abriu em Lisboa o Teatro com o seu nome. Pertenceu àSociedade de Autores Portugueses e Brasileiros.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Albufeira; Almada (Freguesia da Charneca de Caparica); Barreiro (Freguesia do Lavradio); Caldas da Rainha (Cidade das Caldas e Freguesia da Serra do Bouro); Cascais (Freguesia de São Domingos de Rana); Lisboa (Freguesia de Benfica, Edital de 10-11-1966, ex-Rua F à Quinta do Charquinho); Matosinhos (Freguesia da Senhora da Hora); Moita; Montijo; Odivelas (Freguesias de Odivelas e Ramada); Oeiras (Freguesia de Linda-a-Velha); Portimão; Seixal; Sesimbra (Vila de Sesimbra e Freguesia da Quinta do Conde); Sintra (Freguesia de Algueirão-Mem Martins); Vila Franca de Xira

Fonte: “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, (Vol. III, Publicações Europa América)

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”, (de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 868 e 869).

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 349).

Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”

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