Eduarda Lapa, a “Pintora das Flores”, foi a primeira mulher a fazer parte da direcção da Sociedade de Belas-Artes, aqui recordada no dia em que passa mais um aniversário sobre o seu nascimento
Maria EDUARDA LAPA de Sousa Caldeira, Pintora, nasceu em Trancoso, a 15-11-1896, e faleceu em Lisboa, a 09-09-1976. Foi discípula de Artur Loureiro, Emília Santos Braga e Armando de Lucena. Estudou em Paris, onde conviveu com os melhores artistas, como a Pintora brasileira Helena Pereira da Silva, Waldemar da Costa, Arpad Szènes e Maria Helena Vieira da Silva, também colega do atelier de pintura, em Lisboa.
É Autora da primeira exposição feminina realizada em Portugal e que se efectuou de no Outono de 1942.
Foi também a primeira mulher a integrar a direcção da Sociedade de Belas-Artes. Execelente na técnica da pintura a óleo e pastel, distinguiu-se como intérprete das flores, cuja frescura e intenso colorido sabia traduzir com brilho, e das paisagens rústicas, em especial dos seus trechos ribeirinhos. Está representada no Museu de Arte Contemporânea.
Eduarda Lapa está representada no Museu Regional da Guarda (em cuja criação se envolveu em 1940), no Museu Marítimo de Ílhavo, no Museu José Malhoa das Caldas da Rainha, no Museu Grão Vasco de Viseu, no Museu Soares dos Reis no Porto, nas Câmaras Municipais de Coimbra, Porto, Matosinhos e Trancoso e, em Lisboa, no Museu de Arte Contemporânea/Museu do Chiado, na Fundação Gulbenkian e na Academia das Ciências de Lisboa.
A «Pintora das Flores» foi distinguida pela Sociedade Nacional de Belas Artes com uma Menção Honrosa (1930), a 3ª Medalha (1931), a 2ª Medalha (1935), a 1ª Medalha em pastel (1943), a 1ª Medalha em óleo (1944), a Medalha de Honra em pastel (1948) e a Medalha de Honra em óleo (1954). Recebeu ainda em 1942 a Medalha de Honra na Exposição A Imagem da Flor da Câmara Municipal de Lisboa; a Medalha de Ouro do Salão do Estoril e, em 1950, foi agraciada pelo Presidente da República com o Grau Oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Almada (Freguesia da Charneca de Caparica); Cascais (Freguesias de Cascas e Estoril); Estarreja (Freguesia de Veiros); Lisboa (Freguesia de Marvila, Edital de 26-12-2001, ex-Rua G da Zona L de Chelas); Lourinhã; Seixal (Freguesia de Corroios); Sesimbra; Tavira; Trancoso.
Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 291)
Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”
Ruas com história
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