“Tudo o que sei, e nada sei, é para partilhar”

No dia Internacional da Mulher, vamos recordar Mariana Osório de Castro, uma Feminista Portuguesa, que era mãe de Ana de Castro Osório, também ela Feminista, e foi casada com o Juiz João Baptista de Castro, que permitiu que Carolina Beatriz Ângelo pudesse votar nas eleições de 1911.

 

Mariana Osório de CastroMARIANA Adelaide OSÓRIO DE CASTRO Cabral de Albuquerque Moor Quintins, Feminista, natural de Lisboa, nasceu a 15-06-1842 e faleceu a 17-11-1917. Era filha do Tenente-General José Osório de Castro Cabral de Albuquerque, Governador de Macau, e de Ana Doroteia Moore Quintius, de nacionalidade holandesa. Casou com o Magistrado João Baptista de Castro, e foi mãe de Alberto Osório de Castro, João Osório de Castro, Jerónimo Osório de Castro e de Ana Osório de Castro.

Casou, em 1866, no Fundão; residiu 22 anos em Mangualde, onde o marido era Conservador do Registo Predial; viveu muitos anos em Setúbal, embora acompanhasse o marido em Comarcas do Alentejo; e, a partir de 1911, passou a residir em Lisboa, na Rua Arco do Limoeiro, nº 17, (actual Rua Augusto Rosa), num prédio sobejamente conhecido por ser o centro das actividades políticas e sociais da filha.

Militante da Associação de Propaganda Feminista desde a sua fundação, acabou por desempenhar papel de relevo na sua manutenção depois do falecimento de Carolina Beatriz Ângelo, e quando Ana de Castro Osório e Elzira Dantas Machado se encontravam no Brasil, tornou-se a segunda Presidente da direcção eleita, escolhida entre as sócias fundadoras (1912); assegurou a publicação da revista A Mulher Portuguesa (1912-1913) e do jornal A Semeadora (1915-1918), sendo uma das accionistas da Empresa de Propaganda Feminista e defesa dos direitos da mulher (Junho de 1915); auxiliou a Comissão Feminina “Pela Pátria”, trabalhando em agasalhos para os Soldados portugueses, e, em 1916, foi eleita para o Conselho Fiscal.

Aderiu à Obra Maternal, contribuiu para subscrições, nomeadamente em benefício das actividtas Inês da Conceição Conde e Maria Veleda, e integrou a Cruzada das Mulheres Portuguesas.

Fonte: “Dicionário no Feminino, Séculos XIX-XX”, (Direcção de Zília Osório de Castro e João Esteves, Coordenação de António Ferreira de Sousa, Ilda Soares de Abreu e Maria Emília Stone, Livros Horizonte, Edição de Março de 2005, Pág. 752 e 753)

No comments yet

Deixe um comentário