Recordamos hoje, Guilherme Pinto Basto, Industrial e Desportista, a quem se deve a iniciativa da realização do primeiro jogo de futebol em Portugal, em 1888.

 

guilhermepintobastoGUILHERME Ferreira PINTO BASTO, Industrial e Desportista natural da Freguesia de Santa Catarina (Lisboa), nasceu a 01-02-1864 e faleceu a 26-07-1957. Era filho de Eduardo Ferreira Pinto Basto (1838-1916), e de Lucy Custance (1838-1894). Casou, em primeiras núpcias, a 15-08-1885, em Belas, com Maria Luísa de Portugal de Sousa Coutinho (1864-1888), e em segundas núpcias, a 01-08-1895, com Branca Jervis Atouguia Ferreira Pinto Basto, e irmão de Alice Ferreira Pinto Basto, Lucília Ferreira Pinto Basto e Frederico Tomás Ferreira Pinto Basto. Eduardo Ferreira Pinto Basto. Estudou no estrangeiro e trabalhou nos negócios da sua empresa familiar, tendo sido sócio da Fábrica de Porcelana da Vista Alegre.

Até aos 14 anos estudou em Portugal tendo, nessa altura, seguido para Inglaterra, onde frequentou um Colégio de Fades Beneditinos – Colégio de Downside. Quatro anos mais tarde, regressou a Portugal e, juntamente com os seus irmãos, Eduardo e Frederico Pinto Basto, tornou-se num dos primeiros desportistas portugueses.

Praticou todos os desportos do seu tempo: ciclismo, patinagem, hóquei, corridas de cavalo, automobilismo e caça. Distinguiu-se sobretudo no ténis (foi campeão nacional durante nove anos), nos desportos náuticos a remo e à vela e no futebol. Por sua iniciativa realizou-se em 1888 o primeiro encontro de futebol que houve no País.

Enquanto amador, participou também em touradas, a pedido da rainha D. Amélia, onde foi bandarilheiro e moço do curro. Disputou, igualmente, regatas a remos e campeonatos de vela. A caça tornou-se, de igual modo, numa prática de eleição, enquanto fazia incursões pelo interior e sul de África. Na altura em que apareceram os primeiros automóveis, disputou algumas competições em Portugal e na Espanha.

Paralelamente ao desporto, teve uma vida ligada ao comércio. Trabalhou na casa comercial E. Pinto Basto e Companhia Lda., dirigida pelo seu pai, Eduardo Pinto Basto. No ano de 1910, tornou-se Cônsul Geral da Dinamarca, cargo que viria a desempenhar durante 39 anos. Simultaneamente, foi encarregado de negócios da Islândia e do Sião.

Integrou a direção da Companhia Portuguesa dos Caulinos e foi sócio da Fábrica de Porcelanas Vista Alegre.

Recebeu as Comendas da Ordem de Cristo, da Legião de Honra (França), da Coroa do Sião, do Falcão da Islândia e da Real Ordem de Donnebrog (Dinamarca).

O seu nome faz parte da Toponímia de: Seixal (Freguesia de Fernão Ferro); Vila Franca de Xira. Existe, também, em Cascais um Campo de Futebol com o seu nome.

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 84).

Fonte: “Guarda-Mór, Edição de Publicações Multimédia, Ldª”

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