No dia em que se comemora “O Dia Internacional do Jazz”, recordamos Louis Armstrong.

LOUIS ARMSTRONG – Daniel Louis Armstrong, de seu nome completo, nasceu em Nova Orleães, Luisiana, nos (EUA), a 04-08-1901); e faleceu em Corona, Nova Iorque, Nova York, (EUA), a 06-07-1971). Louis Armstrong, cantor e trompetista negro norte-americano, de origem humilde, enquanto jovem aprendeu a tocar vários instrumentos de sopro, mas foi no trompete que mais se destacou.

Em grande medida a ele se deve a transição de um estilo de jazz de índole mais folk, para uma forma de arte que destacava a improvisação e a criatividade do solista. Ficaram famosas as suas improvisações de sons vocálicos sem sentido, conhecidas por scatting.

Já com um percurso musical distribuído por várias bandas, juntou-se, em 1922, à Oliver’s Creole Jazz Band, em Chicago, na altura o centro do jazz norte-americano, tendo aí permanecido até 1924. Neste ano mudou-se para Nova Iorque, onde tocou na banda de Fletcher Henderson, considerada a melhor banda jazz do seu tempo. A sua atividade musical, crescente em solicitações e em reconhecimento pelo seu talento, incluiu algumas gravações com cantores de blues, tais como Bessie Smith, Clara Smith e Ma Rainey.

Em 1925 regressou a Chicago e fundou a sua própria banda, os Louis Armstrong And His Hot Five, aos quais se sucederiam os Hot Seven. Nos dois anos seguintes granjeou o sucesso que fez dele um dos melhores trompetistas de todos os tempos e um cantor de eleição. Neste período destacaram-se temas como “Cornet Chop Suey”, “Heebies Jeebies”, “Potato Head Blues” e “Struttin’ With Some Barbecue”. Em 1928 formou os “Savoy Ballroom Five”, nos quais fez dupla com o pianista Earl Hines. São deste período temas como “West End Blues”, “Weather Bird”, “St. James Infirmary” e “Basin Street Blues”.

Os anos 30 constituíram o período de ouro de Armstrong, tendo liderado várias bandas e gravado temas populares da altura, tal como “I Can’t Give You Anything But Love”, “Ain’t Misbehavin”, “Tiger Rag”, “I’ve Got A Heart Full Of Rhythm” e “Wild Man Blues”.

A década de 40 viu a sua popularidade diminuir. Fundou o sexteto All Stars, com o qual tocou em palcos de todo o Mundo. Esta banda notabilizou-se pela postura humorística que tinha em palco.

Nos anos 50 e 60 destacaram-se temas como “Mack The Knife” (1955), “Hello Dolly” (1964) e “What A Wonderful World” (1967), entre outros.

Nos últimos anos da sua vida, o seu nome era conhecido em todo o mundo, não só pelas qualidades de trompetista, mas também por ser um cantor e um artista de entretenimento de eleição.

Trabalhou ainda no cinema, tendo participado nos filmes Cabin In The Sky (1943), Jam Session (1944), High Society (1956) e The Five Pennies (1959).

Em 1954, editou a sua autobiografia, Satchmo, My Life In New Orleans (1954).

A título póstumo, algumas das suas lendárias actuações ao vivo foram lançadas em disco. Além dessas edições, uma nota para as dezenas de compilações da sua obra. Nesse formato, destaque para The Complete Hot Five and Hot Seven Recordings, editada pela Columbia em 2000. Esta edição foi repetida, dois anos mais tarde, numa caixa especial.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Espanha (Calle Louis Armstrong); França (Place e Rue Louis Armstrong); Itália (Via Louis Armstrong).

Fonte: “Infopédia – Dicionários Porto Editora”

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