Mily Possoz, uma Pintora portuguesa, de ascendência belga, na Toponímia de Cascais.

 

Mily Possoz, na Toponímia de Cascais, por proposta minha, pena é que, em Sintra, onde viveu e faleceu, o seu nome não faça, também, parte da Toponímia, apesar de, em tempos, ter feito proposta nesse sentido. (25)

Cascais 0008MILY POSSOZ, nome artístico de Emília Possoz, nasceu em Lisboa, a 04-12-1889 (mas foi registada nas Caldas da Rainha), e faleceu em Sintra, a 16-07-1968. Filha de pais belgas, mas portuguesa por nascimento. É a filha mais velha de Henri Émile Possoz (1856-1912) e de Jeanne Anne Rosalie Leroy (1862-1937), naturais de Anvers e Liége.

Os seus pais casaram em Londres, nos inícios de 1888, tendo vindo para Portugal nesse mesmo ano. O seu pai, Engenheiro Químico, anteriormente fora oficial de artilharia, no exército belga, carreira que interrompeu por razões que desconhecemos. O casal veio para Portugal, pois o seu pai, fora contratado como Professor para leccionar a disciplina de Química, na Escola Industrial das Caldas da Rainha.

Henri e Jeanne, já grávida, chegaram a Lisboa a 2 de Dezembro desse ano. Jeanne deu à luz dois dias depois, a 4 de Dezembro, a sua primeira filha Émilie (Mily) às nove horas da manhã. Contudo, só foi registada meses depois, aquando do seu baptismo, já se encontrando a sua família na Vila das Caldas, facto que tem sido gerador de equívoco. Foi baptizada na Igreja Paroquial das Caldas da Rainha, no dia 8 de Junho de 1889 e registada com o nome de Emília Possoz.

Em Lisboa, frequenta a escola Alemã e o atelier da pintora Emília Braga. cerca de 1905 foi para Paris, tendo frequentado a Académie de la Grande Chaumiére. Companheira de aventura de humoristas e independentes, presente nos seus salões (1913, 1923, 1930-1931) e também nos da Sociedade Nacional de Belas-Artes (1909-1918) e Secretariado de Propaganda Nacional/Secretariado Nacional de Informação (1939-1962), o estilo pessoal em que cedo se fixou, de pronunciado sentido decorativo e de grande frescura e espontaneidade, reservam-lhe um lugar original na história do modernismo português. Em desenho de fino traço, gravuras, guaches ou óleos de subtil colorido, ilustradora excepcional, representou crianças, gatos, janelas floridas e quadradinhos de paisagem, com motivos de Sintra ou do Alentejo.

A visão serena e lírica que imprimiu a toda a sua vasta produção correspondia à imagem de si própria, afectiva e delicada. Recebeu os Prémios Sousa Cardoso (1943) e José Tagarro (1949). Está representada no Museu da Fundação Gulbenkian, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, na National Gallery e no Museu Cleveland, de Londres.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cascais (*); Seixal.

Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 431 e 432).

Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”, (de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 1071).

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