Mariano Gago, se fosse vivo, faria hoje 68 anos.

“MARIANO GAGO, o cientista que pos a ciência na agenda da política”

 

 

Mariano GagoJosé MARIANO Rebelo Pires GAGO, Professor e Político, natural de Lisboa, nasceu a 16-05-1948 e faleceu a 17-04-2015. Licenciou-se em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico, em 1971 e Doutorou-se em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Paris, em 1976.

A permanência de Mariano Gago na Suíça teve também como pano de fundo a sua atividade como militante pró-democrático que intensifica entre 1972 e 1974 e o inibe de se restabelecer em Portugal. A seguir à queda do Estado Novo, em 1974, conserva-se na Suíça realizando estadias mais ou menos prolongadas em Portugal onde colabora em diversas iniciativas cívicas, nomeadamente em campanhas de alfabetização de adultos. É pois a partir de sua residência em Genebra que recebe o convite para dirigir os destinos da então Junta Nacional para a Investigação Científica e Tecnológica, que se formalizará em 1986.

Foi bolseiro do Instituto de Alta Cultura, no Laboratório de Física Nuclear e de Altas Tecnologias da École Polytechnique, de 1971 a 1976, e na Organização Europeia de Pesquisa Nuclear, de 1976 a 1978. Foi ainda Presidente da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, entre 1986 e 1989.

Liderou o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, em Lisboa, e foi Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico. Foi um dos responsáveis pela criação da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, gestora da rede de Centros Ciência Viva e publicou vários trabalhos como «Homens e Ofícios» (1978; 1982), “Manifesto para a Ciência em Portugal” (1990) e “O futuro da cultura científica” (1994) em que defendeu a ciência e a tecnologia como bases para o desenvolvimento humano, social e civilizacional.

Mariano Gago tem sido um ativo promotor da ciência, do conhecimento da história dos processos e métodos científicos, da educação e da divulgação científicas em Portugal, tendo sido um dos responsáveis pela criação da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, gestora da rede de Centros Ciência Viva. Ainda nessa qualidade de impulsionador, publicou diversos trabalhos entre os quais citamos «Homens e Ofícios» (1978; 1982), «Manifesto para a Ciência em Portugal» (1990) ou «O futuro da cultura científica» (1994), nos quais prosseguiu a sua defesa da ciência e da tecnologia, do conhecimento, em suma, como bases para o desenvolvimento humano, social e civilizacional. Em 1991, no quadro do festival internacional Europalia (Bruxelas) em que Portugal foi o país convidado, Mariano Gago integrou a comissão científica responsável por diversas iniciativas de difusão da ciência portuguesa na Europa, daí tendo resultado a publicação de trabalhos como a «Ciência em Portugal» ou «O estado das Ciências em Portugal».

Nos XIII e XIV Governos Constitucionais, entre 1995 e 2002, foi Ministro da Ciência e da Tecnologia. Em 2005 foi nomeado Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do XVII Governo Constitucional, cargo que manteve no XVIII Governo Constitucional.

Foi agraciado com o título de Comendador da Ordem de Sant’Iago da Espada, em 1992.

Fonte: “Jornal Correio da Manhã”

Fonte: “ACT – Arquivo de Ciência e Tecnologia”

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